Chegados a uma época de divórcio com as actividades ligadas ao mar, nunca é demais enaltecer a aposta dos entusiastas que persistem em remar contra a maré. Daí o elogio aqueles que ousaram devolver o "Gil Eannes" a casa, mantendo portas abertas à curiosidade de quem passa por Viana do Castelo. Como o assunto já foi abordado diversas vezes, desço ao segundo vértice do triangulo, até Matosinhos.
O "Gil Eannes" - imagem de Blue Moon IA ligação de Matosinhos ao mar é por demais evidente. Quem conhece ou por lá passa vê navios de pesca e de comércio, infelizmente menos actualmente porque os tempos são de crise. Neste caso o elogio vai para a Câmara Municipal, que em feliz iniciativa colocou estátuas em diversas praias do Concelho, com lápides explicativas, a recordar alguns dos naufrágios mais graves onde por força das circunstâncias pereceram marinheiros e pescadores.
Nau "Vila do Conde" - imagem de BekaFlorNo último vértice encontra-se Vila do Conde a explicar ao resto do país que à muito por fazer e tanto que se pode ainda conhecer. A sala de visitas da Cidade tem desde à meses aberta ao público e a todos os interessados a nau "Vila do Conde", réplica das naus quinhentistas, cópia fiel das construções que ali foram feitas, nesse período. Melhor ainda, a Autarquia decidiu abrir a Casa Museu da Alfândega, onde é possível consultar um excelente espólio referente às navegações quinhentistas, muito facilitado por se encontrar tudo digitalizado e de fácil acesso.
Valendo-me do provérbio que diz que o exemplo vem de cima, proponho uma visita ao Norte para um mergulho na história marítima nacional. E que todo esse material disponível venha a servir para estudo aos jovens historiadores, por força da necessidade de continuar a desvendar os segredos por contar, das muitas aventuras portuguesas sobre o mar.
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