terça-feira, 28 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


O mês de Junho fecha com o regresso do "Wind Surf"




Esteve de regresso ao porto, ontem, durante a tarde, numa curta escala de poucas horas, o navio de passageiros "Wind Surf". Chegou procedente de Lisboa e prosseguiu a actual viagem de cruzeiro, com destino ao porto de Vigo.

domingo, 26 de junho de 2016

A regata dos barcos rabelos, em dia de S. João


Há coisas que não mudam!

E a imprevisibilidade da corrente do rio Douro é uma delas.
Quando menos se espera volta a força incontrolada das águas, com as inevitáveis ronhentas, afrontando o governo das embarcações, mesmo quando estão nas mãos experientes de mestres bem preparados.
No caso dos barcos rabelos, tal como se viu nesta última regata a celebrar o dia mais festejado na cidade, as águas do rio e o vento que veio da Biscaia, foram agrestes para com os saudosistas desta navegação centenária.
O dia escolhido para a regata dos rabelos é sempre o 24 de Junho, portanto não havia hipótese para escolher uma data mais propícia, face às condicionantes climatéricas.
A hora marcada para a largada, cerca das 17 horas, estava perfeitamente enquadrada para facilitar a marcha dos barcos rio acima, tal como previsto.
Porém, a nortada fresca da tarde, com algumas rajadas, complicou de sobremaneira o manejo dos barcos, já por si de difícil comando, que aliada à corrente do rio, com uma intensidade anormal, estragou um pouco o excelente espectáculo, que se vislumbra anualmente desde as margens do Douro.

Momento da largada dos barcos rabelos

O barco rabelo da Rozés esteve imparável

O barco rabelo da Sandeman em boa marcha

O barco rabelo dos vinhos Dalva em navegação muito atribulada

E o barco rabelo da Offley após colisão frontal com a muralha

Alguns dos barcos rabelos, poucos, mas melhor posicionados à largada da regata, conseguiram entrar na linha de água e navegar na direcção da meta, a boa velocidade. Outros, quase tantos quantos os que seguiram rio acima, saíram disparados contra as margens do rio na Afurada, e próximo à Arrábida, com abalroamentos à mistura, mas felizmente sem consequências de maior.
Outros ainda, navegaram aos bordos, entrando nos redemoinhos das águas, para desgovernados saírem na direcção das margens, e salvos de avarias pelas tripulações atentas, embarcadas nas lanchas de apoio, que os acompanhavam a curta distância.
Posto isto, os barcos acabaram a dar por concluída a regata, na linha de meta, quer recorrendo à normal navegação à vela, ou subindo o rio a reboque das lanchas de apoio.
Finda a competição, ao contrário das regatas realizadas nos anos anteriores, o desfecho, por inesperado, justificou os momentos de ansiedade provocados a cada ocasião que os barcos desgovernavam, mantendo-se todavia o interesse e a curiosidade, que juntou milhares de pessoas atentas a todos os detalhes da prova, colorindo as margens do rio, ao longo de todo o percurso.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Memorativo da Armada


O cruzador “Vasco da Gama”

Como é sabido, o sr. ministro da Marinha mandou desarmar o antigo cruzador “Vasco da Gama”, por não convir para o serviço da Marinha devido à sua antiguidade e já não corresponder às exigências requeridas como unidade naval e não merecer o fabrico que elas requeriam.
Foi mandado suspender a sua entrega à direcção dos Serviços Marítimos para a venda do casco em hasta pública, pois talvez ainda venha a ser empregue como navio mãe dos navios submersíveis, para servir de aquartelamento das praças dos referidos navios e para a atracação dos mesmos.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 6 de Janeiro de 1935)

Cartão postal do cruzador "Vasco da Gama"
Nº 736 - Edição Martins, Lisboa

O casco do antigo cruzador-couraçado “Vasco da Gama”,
foi arrematado em hasta pública por 394 contos
Na Direcção dos Serviços Marítimos, no Arsenal de Marinha, realizou-se esta tarde a praça, para a venda em hasta pública, dos cascos do antigo cruzador-couraçado “Vasco da Gama” e da canhoneira “Bengo”.
Quanto à “Bengo”, foi verificado haver apenas uma oferta inferior à base de licitação, pelo que voltará, mais tarde, a ser aberta nova praça. Já quanto ao casco do “Vasco da Gama” o leilão esteve muito concorrido por empresas nacionais e estrangeiras.
Presidiu o sr. capitão de mar-e-guerra Teixeira Marinho, director dos Serviços Marítimos, ladeado pelos srs. capitão de fragata António de Campos Navarro, subdirector, e o 1º tenente Alves Pinheiro.
A empresa Barry-Rogglifano-Salles, de Paris, apresentou uma proposta em moeda francesa que dava na nossa moeda cerca de 330 contos, ou seja uma oferta superior à base de licitação, que era de 243.770$00.
Ficou decidido, então, passar a licitação verbal e o duelo travou-se animado e renhido, entre aquela casa francesa e a empresa britânica Turner & Hickman, de Glasgow e as ofertas foram aumentando até 394 contos, oferta da casa inglesa.
Os franceses nesta altura deram-se por vencidos.
O pregoeiro anunciou:
Está arrematado, por 394 contos o casco do antigo cruzador-couraçado “Vasco da Gama” à firma britânica Turner & Hickman.
O arrematante entregou imediatamente 10% da sua oferta como determina o regulamento do leilão. Amanhã deverá entregar mais 25%, devendo a parte restante ser paga no acto da entrega do navio. A documentação referente ao leilão vai ser remetida ao Ministério da Marinha, a fim do ministro se pronunciar e autorizar a venda.
Alguns números que demonstram o valor do casco deste navio: 1.050 toneladas de ferro, 550 toneladas de couraça com 20 cm., de espessura, 20 a 25 toneladas de bronze e 70 toneladas de metais diversos.
Um potente rebocador inglês levará do Tejo para Glasgow o casco do “Vasco da Gama”.
Este vaso de guerra foi construído há 60 anos em Inglaterra.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 15 de Outubro de 1936)

terça-feira, 21 de junho de 2016

Histórias do mar português!


O lugre "Diamantino"


Nos estaleiros de Gaia
Nova embarcação
Nos estaleiros de Gaia foi ontem lançada à água uma nova embarcação, o lugre “Diamantino”, destinada ao transporte de mercadorias entre o Porto, Lisboa e Nova Iorque.
Cerca das 6 horas da tarde, depois de terminados os preparativos na carreira, perante numerosa concorrência, a menina Ida de Sousa cortou com uma pequena machada a espia do cepo, que sustinha a embarcação, começando esta a deslizar suave e altaneira pela carreira, no meio de aclamações, não se prevendo a contrariedade que sucedeu quando entrou na água, o que causou certo sobressalto, pois que a embarcação começou a adernar para bombordo, tornando-se a sua inclinação mais sensível quando se deslocaram para o mesmo lado duas pipas de água e um ancorete que estavam a bordo.
Assim adernado, o lugre navegou até meio do rio.
A tripulação, incluindo o capitão, o piloto e mais duas ou três pessoas que estavam a bordo, procurou imediatamente pôr-se a salvo, conseguindo mudar-se para estibordo, aproximando-se da nova embarcação alguns barcos no intuito de prestar socorros.
Felizmente não se deu qualquer desastre, e depois de algumas manobras por homens práticos, conseguiram coloca-lo na posição normal, tendo prestado também auxílio o rebocador “Leão”, ancorado próximo do local.
Às 7 horas da tarde via-se já o lugre na sua posição natural e com amarras lançadas para terra, sendo desde logo deitadas nos porões algumas toneladas de areia, lastro indispensável nas embarcações quando são postas a flutuar.
O “Diamantino” é de 450 toneladas e pertence ao sr. Diamantino José das Neves, da praça de Almeirim, que é representado na cidade pelo sr. João da Cunha e Sousa, considerado comerciante e o capitão do lugre é o sr. Raul Vasques, que conhece, como poucos, a escabrosa vida do mar.
A construção do “Diamantino” esteve a cargo do sr. José da Silva Lapa.
O sr. João da Cunha e Sousa foi muito felicitado e cumprimentado pelo êxito obtido com a construção do novo navio, que vem aumentar a frota de navios destinados a viagens de longo curso.
Quando a nova embarcação, profusamente empavesada de bandeiras, foi lançada à água, foram queimados numerosos foguetes.
O sr. João da Cunha e Sousa ofereceu aos seus amigos um jantar no Palácio de Cristal, assistindo também sua esposa e filhos.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Setembro de 1919)

Da leitura desta notícia ressalta a curiosidade sobre:
1º - Que lugre é este?
Em sentido oposto à informação prestada na notícia, o lugre “Diamantino” não era um navio novo, bem pelo contrário. Na realidade, o novo proprietário, tal como vem referido no corpo da notícia, decidiu-se por mandar recuperar o cavername de um lugre antigo, que em 1910 tinha sido adaptado a fragata de carga, para operar nos portos do Douro e Leixões.
No período anterior relacionado com a existência deste navio, constata-se ter sido o lugre inglês “Aurora”, construído no estaleiro de J. Petrie, no porto de Montrose, em Inglaterra, com data de Maio de 1869.
2º - Será que o jornalista que relata o evento estava presente, aquando do lançamento do navio à água?
Quanto a esta pergunta, com um alargado benefício de dúvida, talvez tenha estado, mas…

Características do lugre de 3 mastros “Diamantino”
Armador: Diamantino José das Neves, Almeirim
Nº Oficial: B-137 - Iic: H.D.M.O. - Porto de registo: Lisboa
ex “Aurora”, J. Petrie, Montrose, 1869
ex “Aurora”, J. Warrack & Co., Montrose, 1883
ex “Aurora”, J.H. Guilbert & Co., Montrose, 1889
Arqueação: Tab 317,56 tons - Tal 286,03 tons
Dimensões: Pp 39,00 mts - Boca 7,90 mts - Pontal 4,50 mts
Propulsão: À vela

Navio de longo curso, terá seguramente cruzado o Atlântico uma inúmera quantidade de vezes, cumprindo o fim em vista a justificar a sua reconstrução. Seguramente navegou até ao ano de 1934 com o mesmo nome e as mesmas características, perdendo-se-lhe o rasto a partir de 1935.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Dois navios de passageiros que regressam, uma primeira escala,
com perspectiva  de que todos voltarão ao porto a curto prazo.



Navio de passageiros "Star Legend"
Esteve de visita ao porto no dia 11. Chegou procedente de Lisboa e saiu com destino ao porto do Ferrol.



Navio de passageiros "Thomson Spirit"
Foi o primeiro dos dois navios que estiveram de visita ao porto no dia 16. Em direcção oposta ao navio anterior, chegou procedente de Vigo e continuou a viagem com destino a Lisboa.



Navio de passageiros "Aegean Odyssey"
Apesar dos muitos anos em operação de cruzeiros, esta foi a primeira escala deste navio em Leixões. Chegou proveniente de Lisboa e prosseguiu a actual viagem de cruzeiro com destino ao porto da Corunha.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

História trágico-marítima (CXCII)


O encalhe do vapor “Eider”, no rio Douro

Ontem, cerca das 3 horas e meia da tarde, na ocasião em que seguia rio abaixo, em direcção à barra, o vapor inglês “Eider”, da Mala Real Inglesa, ao chegar ao lugar de Lobeiras de Gaia, próximo aos armazéns da casa Andresen, encalhou nas pedras.
O encalhe deu-se quando o vapor fazia uma manobra, desviando-se ao sul, por causa de uma barcaça fundeada naquele ponto.
Feito o sinal de socorro, dirigiram-se para o local os rebocadores “Luzitania” e “Mars”, que deram vários puxões ao vapor, sem, contudo, conseguir safá-lo, por lhe faltar a maré.
O vapor era pilotado pelo sr. Porfírio da Silva Faustino.
Esperam que na maré da madrugada de hoje, com o auxílio dos aludidos rebocadores, o “Eider” possa safar-se.
……….
O “Eider” foi construído em 1900, é de aço, tem 1.236 toneladas brutas, 779 toneladas líquidas, 230 pés de comprido (70,10 mts), 32 pés de largo (9,75 mts) e 16 e meio (5,64 mts) de pontal, estando matriculado em Glasgow. Tinha vindo de Lisboa receber carga de vinho e outros géneros, destinando-se a Inglaterra. É seu capitão o sr. Derby.
……….
O encalhe do vapor chamou a atenção de muitos curiosos, que estiveram a presenciar as manobras feitas para salvamento do “Eider”.
……….
Além de umas 120 pipas de vinho, pertencentes a uma importante casa exportadora de Gaia, o “Eider” tem ainda um carregamento de sacos de minério, cortiça e diversos géneros.
……….
Ao fim da tarde o vapor tombou um pouco para a margem esquerda. Consta que o vapor ainda não tem nenhum rombo; mas é de presumir que apareça, atendendo que o peso da carga sobre que assenta no rochedo é de umas 400 toneladas.
……….
Esta madrugada os rebocadores seguiram para próximo do “Eider”, a fim de, aproveitando a maré, ver se conseguem safá-lo.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 26 de Outubro de 1919)

Foto do navio "Eider" - Imagem da Photoship.Uk

Características do vapor “Eider”
1900-1926
Armador: Royal Mail Steam Packet Co., Londres
Construtor: Campbeltown Shipbuilding Co., 10.1900
Arqueação: Tab 1.236,00 tons - Tal 779,00 tons
Dimensões: Pp 70,23 mts - Boca 9,93 mts - Pontal 4,98 mts
Propulsão: Hutson & Sons - 1:Te - 3:Ci - 120 Nhp - 10 m/h
dp “Eider”, Union Castle Ltd., Londres, 1926-1936
dp “Stanhill”, Stancope Steam Shipping, Londres, 1936-1936
dp “Docilitas”, Adriatico Tirreno S.A., Génova, 1936-1938
Atacado à bomba em 4 de Maio de 1944, durante um raid aéreo sobre a cidade de Génova, tendo ficado muito danificado. Por esse motivo foi mandado demolir pouco tempo depois.

O vapor encalhado
O vapor “Eider”, da Mala Real Inglesa, que se encontrava encalhado desde sábado, no local de Lobeiras de Gaia, quando se dispunha a sair a barra, em direcção a Inglaterra foi posto a flutuar, na madrugada de Domingo.
Pelas 2 horas e meia de madrugada de ante-ontem, aproveitando a meia maré, foram feitos todos os preparativos para o salvamento, sob a direcção do piloto sr. Porfírio da Silva Faustino, que pilotava o vapor na ocasião do encalhe.
Os trabalhos correram o melhor possível e, tirado o cabo e com o auxílio de um ferro, o vapor começou a flutuar.
Os rebocadores “Luzitania” e “Mars”, deitando então cabos ao “Eider”, endireitaram-no, levando-o rio abaixo até ao lugar do Cavaco, próximo a Gaia, onde fundeou.
Antes de terem procedido ao desencalhe e a fim de aliviar o vapor, foi esgotado um tanque, alijando assim um peso de umas 60 toneladas.
Ontem um mergulhador andou a verificar as avarias que o “Eider” recebera, parecendo que se resumem à amolgadela de umas chapas e a uma avaria no leme.
O capitão do navio sr. Derby, espera ordens de Inglaterra, respeitantes às reparações a fazer no vapor e sua saída.
(In jornal “Comércio do Porto”. terça, 28 de Outubro de 1919)

O vapor “Eider” saiu a barra
O vapor inglês “Eider”, da Mala Real Inglesa, que no sábado último encalhara no rio Douro, quando se dispunha a seguir para Inglaterra, com carregamento de vinho e géneros, após uma demorada vistoria, levantou ontem ferro, de tarde, seguindo ao seu destino, sem novidade.
Como foi dito, o “Eider” apenas ficou com umas chapas amolgadas e uma pequena avaria no leme.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 29 de Outubro de 1919)

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades


O 10 de Junho fora de portas!

Fragata F333 NRP Bartolomeu Dias, em Leixões

A Marinha de Guerra Portuguesa enviou para Leixões a fragata "Bartolomeu Dias", no intuito de alargar o âmbito das comemorações, que este ano decorreram novamente em Lisboa.
A intenção foi seguramente proporcionar um relacionamento mais próximo com a equipa em serviço neste meio naval, abrindo o navio a visitas, durante os três dias do fim-de-semana, em que a fragata permaneceu em Leixões.
A escolha deste navio não podia ter sido mais acertada, pois são raras as oportunidades para ver as novas unidades da Armada, de tal forma que talvez tenha sido mesmo esta a primeira vez que esta fragata fez escala no porto.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Nova escala do navio de passageiros "Marina"

Com passagem marcada pelo porto no último dia 8, o navio foi recebido com imenso nevoeiro, impossibilitando colher boas imagens para guardar no arquivo pessoal. Já de tarde apareceu o sol, acompanhado por uma desagradável nortada. Enfim, porque não choveu, fica o registo da visita através das fotos que seleccionamos.


Na viagem de cruzeiro em curso, o navio chegou procedente de Lisboa, tendo partido com destino ao porto do Ferrol.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Dia mundial dos oceanos


Uma imagem vale mais do que mil palavras!


E assim vai o mundo...

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Nova visita do navio de passageiros "Oriana"

Hoje, encontra-se de regresso ao porto o paquete "Oriana", praticamente um ano depois da última escala, ocasião em que foram vistas as novas cores escolhidas pelo armador, na proa e na chaminé.





Na viagem de cruzeiro a decorrer, o navio chegou procedente de Tanger e deverá partir com destino ao porto de Bilbao.

domingo, 5 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Novo regresso do navio de passageiros "Bremen"





Ontem, dia 4, passou novamente por Leixões o navio de passageiros "Bremen", tendo efectuado uma curta escala de poucas horas. O navio chegou ao porto cerca do meio-dia, procedente de Lisboa, tendo saído pelas 18 horas com destino ao porto de Vigo.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

História trágico-marítima (LXXXII)


O naufrágio da barca “ Agnes “
07.1883 - 1899
Armador: J. H. Andresen, Sucrs., Porto

Barca “Tulchan” à entrada da barra do porto de Nova York
Quadro de autor desconhecido
Imagem gentilmente cedida pelo Sr. João H. Andresen

Naufrágio
Foi recebida a notícia de ter naufragado perto do Cabo Hatteras, na ilha do mesmo nome, a barca portuguesa “Agnes”, da casa Andresen, da praça do Porto, em viagem de Nova Orleães para o rio Douro, com um carregamento de algodão em rama e aduelas. Na praia de Norfolk apareceram alguns fardos de algodão, aduelas e vergas, assim como um pedaço do navio com o nome “Agnes”. A tripulação, composta de 17 ou 18 homens, todos de Ílhavo, pereceu no naufrágio. O navio não estava no seguro.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 19 de Setembro de 1899)

Foto de Rosina Knudtsen e do marido, capitão Eduard Knudtsen
Foto de autor desconhecido
Imagem gentilmente cedida pelo Sr. João H. Andresen

Identificação do navio
Nº Oficial: N/tem - Iic.: H.G.Q.M. - Porto de registo: Porto
Construtor: Desconhecido, Dundee, Escócia, 10.1876
ex “Tulchan”, A.M. Banks & Co., Dundee, 1876-1880
ex “Tulchan”, Dickinson, Akvoyd & Co., Londres, 10.1880-1881
ex “Tulchan”, C.W. Stuve, Bremen, Alemanha, 2.1881-7.1883
Arqueação: Tab 663,34 tons - Tal 635,00 tons - 1.877,265 m3
Dimensões: Pp 54,99 mts - Boca 8,72 mts - Pontal 5,24 mts
Propulsão: À vela
Capitães embarcados neste navio: W. Ames (1877 a 1879/80); Eduard Knudtsen (1880 a 1888/89); da Cunha (1889 a 1890/91); Soares (1891 a 1898) e Manuel Bernardes de Sousa Sobrinho (1899)

Ainda o naufrágio da barca “Agnes”
Os tripulantes da barca portuguesa “Agnes”, que pereceram no naufrágio deste navio, eram os seguintes: Capitão e 1º piloto, Manuel Bernardes de Sousa Sobrinho, da Foz; 2º piloto, José Francisco Castanheira, de Lisboa; contra-mestre, Eduardo Ferreira Lourenço, de Esposende; cozinheiro, Manuel do Rosário, de Vinhais. Marinheiros: José Maria Rocha e Manuel Chino, de Ílhavo; Alfredo Vieira Barros, de Pernambuco. Moços do governo: Matias Neto e António José Maria, de Esposende; moços, Adão de Barros Lima e António Neto, de Esposende; António Iglésias, de Darque e António Sacramento, de Ílhavo.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 21 de Setembro de 1899)

O naufrágio da barca “Agnes”
Esposende, 20 de Setembro - A notícia da perda da barca “Agnes”, na costa da América do Norte, veio encher-nos de consternação, porque seis dos infelizes tripulantes pertenciam a esta vila; todos rapazes, deixam alguns viúva e filhos e outros as mães já viúvas e na extrema miséria.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 24 de Setembro de 1899)

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Junho promissor...

Confirmadas duas escalas de navios de passageiros nos dois primeiros dias do mês, apetece dizer que o porto de Leixões segue a todo o vapor!... E haverá muito mais para os próximos dias, com uma ou outra surpresa pelo meio. Nesta ocasião apresentamos imagens dos visitantes mais recentes, caso dos navios "Silver Wind" e "Thomson Spirit", que deverá voltar a muito curto prazo.




Fotos do navio "Silver Wind", em porto no primeiro dia do mês. Chegou procedente de Lisboa e seguiu viagem para o porto da Corunha.




Neste segundo dia, houve nova oportunidade para rever o navio "Thomson Spirit", que chegou proveniente de Vigo, e já se encontra a caminho para realizar nova visita a Lisboa.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Leixões na rota do turismo!


Mês de Maio termina em grande...

Os dois navios de passageiros, cujas imagens reproduzimos a seguir, fecham o mês com visitas programadas para este dia. Ao "Seven Seas Voyager", juntou-se na oportunidade o "Queen Victoria", que admitimos tem prevista nova escala, nos primeiros dias de Junho.




Imagens do navio "Seven Seas Voyager", que tem passado pelo porto com alguma regularidade, chegou procedente de Lisboa, continuando a actual viagem de cruzeiro com destino ao porto da Corunha.




Por sua vez o "Queen Victoria", ausente deste porto faz algum tempo, regressou proveniente de Southampton, encontrando-se presentemente em visita ao porto de Lisboa.