quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

As fragatas "Dealey" Americanas


As Portuguesas e as Norueguesas...

Esta semana tive a oportunidade de passear por sites da net a descobrir navios, tendo encontrado diversas fotos interessantes, algumas das quais já publicadas. Do extenso rol vou agora publicar mais três, as excelentes "Dealey" construídas em Portugal, de muito boa memória para quem teve a oportunidade de fazer uma ou mais comissões de serviço a bordo. Simultâneamente abri o meu pequeno cofre e vou aproveitar para fazer comparações, relativamente a outras "Dealey" que navegaram com a bandeira de outros países.

As "Dealey" Americanas


Independentemente do facto de o navio ser bom e ter merecido razoável acolhimento do Estado Maior Americano, os navios deste tipo navegam por períodos na ordem dos 20 a 25 anos, sendo depois colocados à venda. Na eventualidade de não aparecer nenhuma Marinha dos países aliados interessados na compra, depois de desarmados passam a alvos, cumprindo gloriosamente a missão que lhes foi destinada. Começaram a ser construídos nos E.U. a partir de 1952.

As "Dealey" Portuguesas

A Marinha Portuguesa dispôs de 3 destes navios, 2 construídos no antigo estaleiro da Rocha do Conde de Óbidos e a última nos estaleiros de Viana do Castelo, cremos que de 1966 até 1968. No conjunto formaram a classe Almirante Pereira da Silva.

Fragata F472 NRP " Almirante Pereira da Silva "


Fragata F473 NRP " Almirante Gago Coutinho "


Fragata F474 NRP " Almirante Magalhães Corrêa "


Os detalhes dos navios podem ser apreciados no "welcome a board" deste navio, como segue :



Se houver algo a acrescentar, diríamos tão somente que os navios tiveram um fim precóce, com cerca de 25 anos de utilização, em comparação com fragatas idênticas construídas na Noruega. Dos 5 navios escolhidos para a defesa do país escandinavo, que formaram a classe Oslo e que foram a "Oslo", a "Bergen", a "Trondheim", a "Stavanger" e a "Narvik", a 3 delas foram efectuadas reparações permanentes e atempadas, que lhes asseguraram notável longevidade. Sabendo que foram construídas entre 1963 e 1966, é no minimo de enaltecer o facto da "Bergen" ter sido abatida em Agosto de 2005, a "Trondheim" em Janeiro de 2006 e por último a "Narvik" em Agosto de 2007. Isto depois de garantida a substituição por 5 novas fragatas, algumas já a navegar e as restantes com data de entrega perfeitamente definida.

Para finalizar o "welcome a board" da "Narvik" com as características correspondentes :


A barca "Foz do Douro", o primeiro amor...


A barca " Foz do Douro "

" Hawaiian Isles - foto de autor desconhecido

Construtor : C. Connel & Co., Ltd., Glasgow, Escócia, Fev., 1892
Tonelagens : Tab 2.345 to > Tal 1.966 to > Pmorto 3.087 to
Cpmts.: Ff 88,20 mt > Pp 81,40 mt > Bc 13,10 mt > Ptl 7,20 mt

1892 / 1893 - O estaleiro entrega o navio ao 1º armador, a empresa Hawaiian Construction Co., de Honolulu, para ser empregue no transporte de açucar entre Honolulu e portos na costa Oeste da América Latina. Fica registado no Hawaii e é baptizado "Hawaiian Isles".
1893 / 1900 - Após venda a A. Nelson, também de Honolulu, permanece no mesmo tráfego.
1900 / 1901 - Surgem dificuldades no comércio do açucar. O navio é posto à venda sendo comprado pela empresa Welsch Co., de São Francisco. Começa a navegar com a bandeira dos Estados Unidos.
1901 / 1906 - Aumentam os problemas de transporte entre o Norte e o Sul do continente americano. Concretiza-se nova venda ao capitão Walter M. Mallet, ainda de São Francisco, que inicia viagens para a Austrália e para o continente europeu.
1906 / 1909 - O navio apresenta os primeiros sinais a pedir reparação urgente. Como a despesa promete ser considerável, é mais uma vez colocado à venda. Muda de dono. O novo armador, a Matson Navigation Co., também com sede em São Francisco recupera o navio, que desde então estabelece uma linha regular directa para portos ingleses.
1909 / 1910 - Regressa à propriedade do capitão Walter M. Mallet.
1910 / 1926 - O capitão aceita a proposta de aquisição do navio em favor da companhia Alaska Packer's Association, igualmente de São Francisco, pelo valor de 60.000 dólares. A barca mantém a bandeira Americana, porém altera o nome para "Star of Greenland".

" Star of Greenland " - foto de autor desconhecido

1926 / 1929 - O navio perde utilidade. Amarra em Alameda, São Francisco, onde aguarda a melhor proposta para venda.
1929 /1942 - Aparece como comprador interessado a Escola Náutica de Stiftelsen Abraham Rydberg, de Estocolmo, que adquire o navio por 19.000 dólares. Atravessa o Atlântico, muda o registo para a Suécia e é rebaptizado "Abraham Rydberg III". Para que a Escola Náutica possa suportar as despesas do serviço de instrução, o navio utiliza os instruendos para trabalhar a bordo, enquanto combina a utilização dos porões para o transporte de graneis sólidos, em viagens à volta do mundo.

" Abraham Rydberg III " - imagem de autor desconhecido

Durante este período por não ser normal, comenta-se uma viagem em Janeiro de 1930, de um transporte de carga a granel, com saída de São Francisco e chegada a Inglaterra 124 dias depois. No dia 10 de Maio de 1936, foi vitima de uma colisão com o vapor "Koranton", a cerca de 45 milhas a Sul de Eddystone. Do choque sofrido resultou que as chapas do casco por bombordo tivessem ficado muito danificadas, tal como o 2º mastro de vante (traquete) cuja substituição foi inevitável. Depois do acidente, o navio seguiu para o porto de Blyth, a fim de efectuar as necessárias reparações.

" Abraham Rydberg III " - notícia em revista inglesa de 1936

1942 / 1943 - Regressa aos Estados Unidos, outra vez ficando à espera de nova proposta de aquisição. Mantem-se durante meses amarrada no porto de Baltimore.
1943 / 1951 - Volta a cruzar o Atlântico, agora em viagem para Lisboa (apesar do nome, estamos em crer que o navio nunca entrou no rio Douro), chegando a 11 de Setembro. É agora propriedade do armador Júlio Ribeiro de Campos, faz registo na Capitania do Porto e começa a navegar com a bandeira Portuguesa, com o nome "Foz do Douro".

" Foz do Douro " - a navegar durante a II Grande Guerra Mundial
Imagem de autor desconhecido

Desde então passa a realizar viagens comerciais com destino ao Brasil, carregando algodão e carga diversa. Entretanto fica célebre a viagem com o Almirante Gago Coutinho, que embarcando no navio em Santos, a 21 de Dezembro de 1943, foi utilizado apenas um astrolábio quinhentista para navegar, na tentativa de recrear a viagem de Pedro Álvares Cabral. Terminada a viagem, o Almirante desembarcou em Leixões no dia 31 de Março de 1944.
Ainda no decorrer desse ano de 1944, o navio recebe grande reforma nos estaleiros americanos Kensington Shipyards, de Filadélfia, que incluem a instalação de 2 motores diesel, modelo 37E14 da Fairbanks, altura que procede à alteração da mastreação.

" Foz do Douro " - imagem (c) Foto Mar

1951 / 1956 - Completamente desactualizada para a época, o navio foi negociado e confirmada a compra pela Sociedade Industrial Ultramarina, de Lisboa, para quem efectuou algumas viagens. Apesar de ter sido projectada a completa modernização da embarcação, para operar comercialmente no Mediterrâneo, gorou-se essa possibilidade levando à paralização do navio no cais de Pedrouços, em Lisboa, onde amarrou por largos meses a aguardar destino.

A "Foz do Douro " - desenho de Luís Filipe Silva

1957 - Segue-se nova venda durante o mês de Fevereiro, mas desta feita para sucateiros italianos, em La Spezia, ponto final nas navegações dum navio absolutamente memorável.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Perdidos e achados ( II )


Perdidos (no tempo) e achados (na net)...


" Agen " (com bom aspecto)

Este navio que teve durante os anos de serviço um único armador, a Companhia Paris-Orleans Railways, apresenta na chaminé um logotipo muito idêntico, ou igual, ao logotipo da empresa Delmas, pelo que apenas por curiosidade (além da madeira claro...) pode levar à probabilidade de ter existido uma ligação entre ambas as empresas.


" Agen " (muito debilitado)

Informação disponível
Mandado construir no estaleiro Pickersgill, em Southwick, ficou pronto em Outubro de 1921. Navegou sempre com bandeira Francesa, tinha uma Tab de 4.186 toneladas, 111 metros de comprimento entre perpendiculares e 16,1 metros de boca. O navio naufragou sobre um baixo 6 milhas Noroeste de South Goodwin, próximo a Deal (Dover) em 13.01.1952.


" Anna "

Informação disponível
Mandado construir para a empresa norueguesa Fred Olsen Lines, no estaleiro Nylands, em Kristiania, terminou os fabricos a 20.06.1897, sendo baptizado "Bayard". Navegou com bandeira Norueguesa, tinha uma Tab de 1.001 toneladas, 69,9 metros de comprimento entre perpendiculares e 9,9 metros de boca. Vendido a H. Hansen, alterou o nome para "Bess", em 1915. Vendido a P. Meyer, mudou o nome para "Havbor", em 1923. Vendido a K. Knudsen, mudou novamente o nome para "Braemar", em 1928 e finalmente foi vendido ao armador Finlandês E. Fagerstrom, que rebaptizou o navio "Anna, em 1936. O navio perde-se por encalhe em St. Coombs, local próximo a Fraserburgh, no Norte da Escócia, a 07.12.1959.


" Armagh "

Informação disponível
Mandado construir para a empresa Londrina Union Steamship of New Zeeland, Ltd., no estaleiro Swan Hunter & W. Richardson, em Wallsend, foi considerado pronto em Outubro de 1917, mantendo sempre o nome de origem. Navegou com bandeira Inglesa, tinha uma Tab de 12.269 toneladas, 161,7 metros de comprimento entre perpendiculares e 19,2 metros de boca. Sendo utilizado numa carreira para transporte de passageiros e mercadorias entre a Inglaterra, a Nova Zelândia e a Austrália. Naufragou num baixo do Taylor's Bank, no rio Mersey, Inglaterra, em 15.12. 1923.

« Imagem préviamente publicada no blog "Blue Moon I" »


" Holmbank "

Informação disponível
Mandado construir pelo armador norueguês Skibs A/S Stroms Tpt., de Oslo, no estaleiro Bergens Mv., de Bergen, foi dado como pronto em Fevereiro de 1948 e baptizado "Anna". Navegou com bandeira norueguêsa, com uma Tab de 509 toneladas. Vendido a J. Thorensen, mudou o nome para "Sunny Girl", em 1950. Vendido aos Gisborne Farmers, alterou o nome para "Turihaua", em 1952. Comprado pela Holm & Co. foi rebaptizado "Holmbank", em 1962. Encalhou na baía Peraki, na Nova Zelândia, em 20.09.1963.


" Invercarry "

Não encontramos registo deste navio, nem local do encalhe.

" Maral R "

" Maral R "

Não encontramos registo deste navio, nem local do encalhe.

« Imagem préviamente publicada no blog "Blue Moon I" »


" Ramsdal "

Informação disponível
Mandado construir pelo Governo Canadiano, no estaleiro Foundation Maritime, sendo dado como pronto em Junho de 1943 e baptizado "Victoria Park". Navegou com bandeira do Canadá, com uma Tab de 2.875 toneladas.
Vendido mudou o nome para "Julia", em 1945. Vendido altera o nome para "Lona", em 1951. Vendido muda o nome para "Senator Hagelstein", em 1957. Novamente vendido altera o nome para "Agia Sophia", em 1962. Vendido é rebaptizado "Manos Lemos", em 1967. Vendido ainda uma vez mais, chamou-se "Ramsdal", em 1968. Encalhou em Kusadasi, Turquia, em 12.02.1969, foi recuperado e desmantelado em Sigacik, também na Turquia, em Setembro de 1969.

Perdidos e achados ( I )


Perdidos (no tempo) e achados (na net) !
E o eterno elogio à fotografia...


" Glenbervie "

" Granite State "

" Maria Celine "

" Vincennes "

" Volga "

domingo, 27 de janeiro de 2008

Quatro ases e quatro rainhas


Os navios da American Export Lines,
American Export Isbrandtsen Lines
1919-1936 * 1936-??

Esta companhia americana cujo nome de origem foi Export Steamship Corporation, com início de actividade em 1919, estava vocacionada para o transporte de mercadorias entre os portos espalhados ao longo do continente Americano, tendo passado por dificuldades financeiras até 1936, altura em que muda o nome para a designação actual. A alteração levada a efeito permitiu ampliar a oferta de serviços através da aquisição de navios mistos e posteriormente navios de passageiros, com uma linha regular entre os Estados Unidos e portos no Mediterrâneo..

Apresentação dos primeiros navios - postal da Companhia

O "Excelsior" - "Exarch" - "Exilona" - postal da Companhia

Os navios retratados acima são exemplo dos cargueiros operados na fase inicial da empresa, após 1936, desde então com um campo de acção alargado até à Europa. Já em 1931 com a aquisição dos primeiros navios mistos

o "Excalibur" (I) 1931-1942 > USS Joseph Hewes
o "Excambion (I) 1931-1942 > USS John Penn
o "Exeter" (I) 1931-1941 > USS Edward Rutledge
e o "Exochorda" (I) 1931-1946 > USS Harry Lee 1942-1946

a companhia começa igualmente a oferecer um transporte regular com saídas a partir de Nova Iorque, tendo previstas escalas em Marselha, Nápoles, Alexandria, Jaffa, Haifa, Beirute, Haifa, Alexandria, Piréu, Nápoles, Livorno, Génova, Marselha, Boston e o regresso a Nova Iorque, final de uma viagem que durava cerca de 46 dias. Com o início da guerra os navios são requisitados pela marinha e transformados em transportes militares. Do quarteto apenas o "Exochorda" foi poupado, resistindo até à sua venda à Turkish Maritime Lines, em 1946, continuando a navegar com o nome "Tarsus". Findo o II conflito mundial, a companhia reorganiza-se em 1948 com a entrada em serviço de quatro navios gémeos, construídos para a marinha Americana e utilizados como transportes de tropas, reconquistando o tráfego deixado em aberto e interrompido por força da guerra. Vão ser esses quatro navios mistos

o USS "Dauphin"
29.03-1944 (1944-1948) > depois "Exochorda" - 1948-1975
Vendido a C.Y. Tung, "Oriental Pearl", demolido Suao a 13.03.1974

o USS "Dutchess"
04.11.1944 (1944-1948) > depois "Excalibur" - 1948-1965
Vendido a C.Y. Tung, "Oriental Jade", demolido Kaohsiung, 22.01.1974

o USS " Queens"
16.12.1944 (1944-1948) > depois " Excambion" - 1948-1965
Requisitado pelo governo americano, 1965-2006, foi afundado em Brownsville em Novembro de 2006, para ser utilizado como coral artificial.

e o USS " Shelby"
20.01.1945 (1945-1948) > depois " Exeter" - 1948-1967
Requisitado pelo governo americano, 1967-1975, nome "Stevens", naufragou próximo a Chester, Pasadena, sendo mais tarde recuperado e levado para demolição em Nova Iorque, 1979,

cujos nomes significam; Exochorda (o arbusto que dá flores idênticas à rosa, cultivado na Ásia central), Excalibur (a espada do Rei Artur), Excambion (termo obsoleto outrora utilizado na Escócia, para definir comerciante de troca livre de produtos) e Exeter (a cidade de...), que ficarão conhecidos na história da marinha mercante americana pelo pseudónimo de Quatro Ases "Four Aces".

O "Excambion" - postal do porto de Nápoles (Simplon postcards)

O "Excalibur" - postal da Companhia

O "Exochorda" - postal da Companhia

Principais características (iguais para todos os navios)
Construtor : Estaleiro Naval de Bethlehem, Los Angeles
Deslocamento : 7.375 toneladas > Equipagem : 41 tripulantes
Comprimentos : Pp 107,75 mt > Boca 15,15 mt > Ptl 5,01 mt
Máquina : !:Di > 2.820 Bhp > 1 veio/ hélice > Veloc. 13 m/h

Mas nunca um às será supremo, sem a preciosa companhia de uma rainha. Este pensamento levou-nos a juntar 4 preciosas "Ladies", que em boa verdade correspondem aos principais navios adquiridos pela Companhia, nesta ordem :

" Laguardia "

O "Leilani" ex "Laguardia" - da Hawaiian Steamship Company (Simplon postcards)

"Laguardia" (nome tirado de um antigo Mayor de Nova Iorque)
Construído no estaleiro Federal de Kearny, USA, 02.11.1944
ex "General W.P. Richardson", Marinha Americana, 1944-1948
em serviço 1948-1956 > 156 pax 1ª classe 330 pax turística
Tonelagens : Tab 17.811 to > Pm 8.200 to
Comprimentos : Ff 189,90 mt > Pp 174,70 mt > Boca 23,00 mt
Histórico
Vendido para Hawaiian Steamship Co., "Leilani", 1956-1960
Vendido para Am. Prsd. Lines, "President Roosevelt", 1961-1970
Vendido para A.J. Chandris, "Atlantis", 1970-1972
Vendido para Easter S/ship Lines, "Emerald Seas", 1972-1992
Mesmo armador muda o nome para "Funtastica", 1992-1992
Fretado à Seafest Cruises, "Sapphire Seas", de 1992-1998
Devolvido a Easter S/ship Lines, "Ocean Explorer I", 1998-2004
Vendido à Explorer para demolição na India, em 01.12.2004

" Independence "

O "Independence" - postal da Companhia

Construído no estaleiro Bethlehem, Los Angeles, 12.1950
em serviço 1951-1974 > 295 1ª, 375 2ª classe, 330 pax turística
Tonelagens : Tab 23.754 to > Pm 7.108 to > Veloc. 27,2 m/h
Comprimentos : Ff 208,00 mt > Pp 192,90 mt > Boca 27,20 mt
Histórico
Vendido para C.Y. Tung, "Oceanic Independence", 1974-1982
Vendido para California Mfrg. Co., "Independence", 1982-2005
Supostamente continua a navegar com o nome "Oceanic".

" Constitution "

O "Constitution" - postal da Companhia

Construído no estaleiro Bethlehem, Quincy, USA, 25.05.1951
em serviço 1951-1974 > 295 1ª, 375 2ª classe, 330 pax turística
Tonelagens : Tab 23.754 to > Pm 7.108 to > Veloc. 27,2 m/h
Comprimentos : Ff 208,00 mt > Pp 192,90 mt > Boca 27,20 mt
Histórico
Vendido para C.Y. Tung, "Oceanic Constitution", 1974-1982
Amarrou no porto de Jacksonville, Florida. Seguindo a reboque afundou-se a cerca de 700 milhas a Norte de Honolulu, em 20.11.1997.

" Atlantic "

O "Atlantic " - postal da Companhia

Construído no estaleiro Sun, Chester, Pasadena, USA, 1954
ex "Badger Mariner" (cargueiro), Marit. Comm., 1954-1957
Transformado em navio de passageiros durante 1958
em serviço 1958-1967 > 40 1ª classe, 860 pax turística
Tonelagens : Tab 14.136 to > Pm 5.100 to
Comprimentos : Ff 171,80 mt > Pp 161,10 mt > Boca 23,30 mt
Histórico
Vendido altera o nome "Universe Campus", 1968-1976
Vendido altera o nome para "Universe", 1976-1996
Vendido para demolição em Alang, a 06.04.1996

sábado, 26 de janeiro de 2008

Os navios tanques nacionais durante a II Grande Guerra Mundial


Os navios tanques

A II Grande Guerra Mundial independentemente da participação de países da América do Norte, da América do Sul e do Japão, foi um conflito entre europeus, cuja extensão alargada à África privilegiou a continuação da presença e do domínio pelos países colonizadores. A permeio desse conjunto de interesses, o nosso país que por sistema depende de economias mais fortes, manteve uma neutralidade ambígua, participando nos jogos de guerra superficialmente.
Com o país isento de meios para assegurar a estabilidade social, deixou mais uma vez em claro as nossas fragilidades marítimas, conservando-se este sector, como habitualmente muito abaixo das necessidades para acorrer a todo o tipo de fornecimentos, de bens essenciais de consumo.
Daí que também os transportes por falta de carburantes, se vissem obrigados a recorrer às senhas de racionamento, face às exíguas quantidades de combustível postos à disposição do mercado. Como foram seguramente tempos difíceis, julgamos ser importante e relevante lembrar os navios, que conseguiram heroicamente furar os bloqueios durante os anos da guerra, possibilitando o continuar da laboração fabril, andar a pescar no mar e ter camiões nas estradas.

O " Shell 15 "
Porto de registo: Lisboa


O "Shell 15" no Douro - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro

Armador : Companhia Shell Portuguesa - em serviço 1924-?
Ctdo. no estaleiro Haarlemsche, em Haarlem, Holanda, 1924
Nº Of.: 464-E > Iic.: CSIF > Equipagem : 10 tripulantes
Tonelagens: Tab 216,46 to > Tal 119,89 to > Pm 489 to
Cpmts.: Ff 38,09 > Pp 36,27 mt > Bc 7,01 mt > Ptl 2,83 mt
Máquina: D. Hoedkoop, Jr., Ans, Haarlem, 1924
2:Di > 2 x 80 Bhp > 175 Rpm > Velocidade 9 m/h
Desconhecemos qual o destino dado a este navio


O "Shell 15" - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro
possívelmente varado algures no Tejo, para limpeza do casco


O " Penteola "
Porto de Registo: Lisboa


O "Penteola" - detalhe de postal ilustrado na Figueira da Foz

Armador : Companhia Shell Portuguesa - em serviço 1936-1951
Ctdo. por van der Giessen, Krimpen a/d Ijssel, Holanda, 03.1936
Nº Of.: G-375 > Iic.: CSCF > Equipagem : 16 tripulantes
Tonelagens: Tab 544,52 to > Tal 259,45 to > Pm 850 to
Cpmts.: Ff 53,03 > Pp 51,05 mt > Bc 8,58 mt > Ptl 3,58 mt
Máquina: D. Hoedkoop, Jr., Ans, Haarlem, 1924
1:Di > 300 Bhp > 225 Rpm > Velocidade 10 m/h
Vendido em 1951. Alterou o nome para "Faero Shell"
Histórico
Vendido em 1956. Alterou o nome para "Peter"
Vendido em 1957. Alterou o nome para "Ela"
Vendido em 1964. Alterou o nome para "Carlotta"
Vendido em 1967. Alterou o nome para "Agia Lavra"
Vendido em 1968. Alterou o nome para "Rodos"
Vendido para demolição em Perama, em 1970.


O "Penteola" - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro


O NRP " Sam Braz " (A-523)


O "Sam Braz" em Lisboa - imagem de Roiz, Lda., Lisboa

Armador : Marinha de Guerra - em serviço 1942-1976
Construído no Arsenal do Alfeite, em 1942
Nº Of.: A-523 > Equipagem : 41 tripulantes
Deslocamento: 7.375 to
Comprimentos : Pp 107,75 mt > Bc 15,15 mt > Ptl 5,01 mt
Máquina: 1:Di > 2.820 Bhp > 300 Rpm > Veloc. 13 m/h
Alterou o nome para "São Brás" em 1967.
Abatido ao activo da Armada, foi demolido em 1976.


O "São Brás" a navegar - imagem de autor desconhecido

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Frotas nacionais - Comp. Nacional de Navegação


Neste Carnaval,


recordamos o carnaval de outros tempos...

a bordo do paquete " Moçambique "


O paquete "Moçambique" - postal da Companhia

Navio Nº 57 da frota da Companhia - em serviço 1949-1972
Ctdo. no estaleiro Swan, Hunter & Wigham Richardson, de
Newcastle-upon-Tyne, Escócia, em10.1949
Nº Of.: H-387 > Iic.: CSEI
Equipagem: 209 tripulantes > 761 passageiros
Tonelagens: Tab 12.976,37 to > Tal 7.627,54 to > Pm 9.423 to
Cpmts.: Ff 167,50 > Pp 160,99 mt > Bc 20,50 mt > Ptl 7,10 mt
Máquina: Swan, Hunter & Wigham Richardson, 1948
2:Di > 2 x 6.500 Bhp > 115 Ppm > Velocidade 17 m/h
Vendido para demolição em Kaohsiung, 29.09.1972


Paquete "Moçambique" - foto-postal da Companhia

Paquete "Moçambique" - foto-postal da Companhia

Paquete "Moçambique" - foto-postal da Companhia