quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Frotas nacionais - A Secil


Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento
Setúbal
(Conclusão)

Já que estamos a mexer na prata da casa, aproveitamos a oportunidade para fazer referência aos navios em falta no post anterior, depois dos oportunos comentários recebidos nesse sentido.

" Falcão Primeiro "
Porto de registo: Setúbal (27.02.1942)

O "Falcão Primeiro" em Leixões - imagem (c) Fotomar

Rebocador > Nº Of.: 501 > Iic.: C.S.G.F. > Equip.: 6 tripulantes
Em serviço desde 1942 até 1953
Cttor.: Charles Wood Scott & Son Ltd., Glasgow, Escócia, 1923
ex " ?? " - Registo Inglês desde 1923 até 1942
Tonelagens: Tab 97,09 to > Tal 11,65 to
Comprimentos: Pp 24,74 mt > Boca 5,51 mt > Pontal 2,49 mt
Máq.: Gauldie, Gillespie & Co. > 1:Cd > 400 Ihp > Vlc. 10 m/h
Vendido à Sofamar, em 1953

" Tróia "
Porto de registo: Setúbal (27.02.1942)

Batelão > Nº Of.: 504 > Iic.: C.S.E.A. > Equip.: 4 tripulantes
Cttor.: António Francisco Lapa, Vila Nova de Gaia, 1920
ex "Granja" - (Fragata) de 1920 até 1942
Tonelagens: Tab 220,49 to > Tal 204,75 to > Porte 370 to
Cpmts.: Ff 33,79 mt > Pp 32,96 mt > Bc 8,46 mt > Ptl 3,22 mt

" Boa Sorte Primeira "
Porto de registo: Setúbal (30.04.1942)

Batelão > Nº Of.: 508 > Iic.: C.S.L.C. > Equip.: 4 tripulantes
Cttor.: Jeremias M. Novais, Vila do Conde, 1920
Reconstruído por Manuel M. Bolais Mónica, Gafanha, 1940
ex " ? " - Nº Of.: 102, Abel Martins Pinto e outros, Porto
ex " ? " - Nº Of.: C-102, Reboques e Transp. Maritimos, Porto
Tonelagens: Tab 222,55 to > Tal 206,73 to > Porte 464 to
Cpmts.: Ff 33,40 mt > Pp 33,10 mt > Bc 8,41 mt > Ptl 3,50 mt

" Roaz "
Porto de registo: Setúbal

O "Roaz" em Leixões - imagem (c) Fotomar

Em serviço desde 2002 até ??
Cttor.: Astilleros de Lorenzo Gregório J., Vigo, Julho.1991
ex "Formentor" - E. Lorenzo y Cª. S.A., Vigo, 1991 até 1994
ex "Cementor" - Registo Espanhol, desde 1994 até 2002
Tonelagens: Tab 2.169 to > Porte 3.500 to
Comprimentos: Ff 82,50 mt > Pp 78,00 mt > Bc 13,20 mt
Mantem-se em serviço comercial.

1 comentário:

Rui Amaro disse...

Aí vai Reimar
Olha que o n/m Roaz não é pertença da Secil, até porque a cimenteira já há muito deixou de ter navios, principalmente com a extinção da Secil Marítima, o que foi uma pena! Esse navio apenas transporta o clinquer/cimento do Outão (Setúbal) para portos costeiros portugueses, particularmente para Leixões, Aveiro e Viana do Castelo. O armador é ou era a Vinave, porque embora faça parte da sua frota, já li para aí qualquer coisa que o armador é uma firma estrangeira, da qual não me recordo do nome.
Agora que a barra do Douro apresenta uma melhor segurança na sua passagem em dias de ondulação (Em minha opinião e de muitos locais, que conhecemos e assistimos a situações de autêntico pânico nesta desgraçada barra, quando tinha um inusitado movimento de embarcações de todo o tipo, poderia ter vindo a ficar com muito mais segurança, caso o molhe norte se prolongasse um pouco mais para fora, isto é por fora da rebentação, como o primeiro projecto apresentado pela APDL. Esse sim, era excelente e sem grandes bonitezas, mas enfim houve objecções por parte de “ personas notabilis” muito preocupadas com a paisagem, as quais sabem lá o que é paisagem e muito menos mar nas barras, o qual priva os mareantes de as cruzarem ou vararem nas praias dos vários centro piscatórios espalhados pelo país), é que a Secil com cais privativo na encosta da Arrábida do Porto passou-se para Leixões, segundo parece contra sua vontade. Sempre eram cinco escalas semanais. Olha que o Roaz com os seus 82m não é nenhuma enormidade, pois poderia vir ao Douro com a maior das facilidades. O vapor Cabo Verde (I), 111m/4,698tb, era um dos maiores navios que cruzavam a barra do Douro. compreenda-se em ocasiões de barra larga, após as cheias periódicas e muitos outros com calados quase nos 20 pés.
Ah! Já me esquecia. A foto do rebocador Falcão Primeiro apresenta-o após reconstruído em rebocador a motor, pelo s/ novo armador a Sofamar, possivelmente no início dos anos 60. Quando pertencia à Secil era a fogo (tenho para aí uma gravura de O Século Ilustrado de 1946, se bem que aparece no meio de traineiras, depois passo-a para o teu E-milio. Conduzia a reboque o batelão João Diogo, Gibraltina, Maiorca, etc. Em 01/1972, um Sábado, levava de saída do Douro, o batelão Maiorca, em lastro, ambos apanharam mar que se fartaram, mas lá conseguiram passar a rebentação sem percalços.
Ainda existirá!?
Um abraço
Rui Amaro