Um belíssimo navio de passageiros, ligeiramente enriquecido em termos estéticos face ao primeiro da série, o imponente VERA CRUZ. Pena que só tenha navegado 19 anos. Foi uma dor de aslma ver o SANTA MARIA partir de Lisboa pela última vez, disfarçado de cargueiro, os porões e os tombadilhos cheios de carga para Luanda e Lourenço Marques. Serviu depois de rebocador da capital moçambicana para Port Louis, que os navios de cabotagem a vapor da CCN na Costa Oriental estavam também a ser substituídos. Acabou prematuramente na Formosa ao lado do seu irmão VERA CRUZ, já em fase de desmantelamento, aos quais se juntou um mês depois o PÁTRIA. Foram-se os aneis, ficaram os dedos, foram-se os navios, ficaram memórias, saudades e muita revolta por de mais não termos sido capazes. Anos mais tarde um armador Grego ilustre, grande amigo dos navios portugueses disse-me: -Se tivesse vindo para Portugal uns anos mais cedo, não tinham ido para a sucata assim. Mas ainda veio a tempo de salvar o FUNCHAL e o INFANTE...
2 comentários:
Um belíssimo navio de passageiros, ligeiramente enriquecido em termos estéticos face ao primeiro da série, o imponente VERA CRUZ.
Pena que só tenha navegado 19 anos. Foi uma dor de aslma ver o SANTA MARIA partir de Lisboa pela última vez, disfarçado de cargueiro, os porões e os tombadilhos cheios de carga para Luanda e Lourenço Marques. Serviu depois de rebocador da capital moçambicana para Port Louis, que os navios de cabotagem a vapor da CCN na Costa Oriental estavam também a ser substituídos. Acabou prematuramente na Formosa ao lado do seu irmão VERA CRUZ, já em fase de desmantelamento, aos quais se juntou um mês depois o PÁTRIA.
Foram-se os aneis, ficaram os dedos, foram-se os navios, ficaram memórias, saudades e muita revolta por de mais não termos sido capazes. Anos mais tarde um armador Grego ilustre, grande amigo dos navios portugueses disse-me:
-Se tivesse vindo para Portugal uns anos mais cedo, não tinham ido para a sucata assim. Mas ainda veio a tempo de salvar o FUNCHAL e o INFANTE...
Mas que maravilha.
Tudo perdemos.
Enfim, recordar é viver!
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