Só quem conhece o rio com as margens a abraçar quem nele navega, terá certamente tirado partido de uma paisagem deslumbrante, que dificilmente se esquece. E continua a surpreender os marinheiros dos navios que sobem rio acima até Sardoura, que não regateiam elogios à visita ao Porto e lamentam a escassez de cargas para que poderem regressar. Não é por acaso que um capitão Inglês escolheu o rio para última morada, com as águas acima e abaixo, num permanente namoro com as águas do mar.
O "Lanrick" subindo o rio Douro
O "Lanrick" era um navio Inglês que visitava o rio com muita regularidade. Foi construído por Gavle Varvet, em Gefle, Súecia em Julho de 1957, para o armador Gibson Rankine, de Leith. Tinha uma tab de 570 to. e media 74 metros de comprimento. Esteve encalhado na margem Sul do rio, próximo ao cais de Gaia, durante um mês por ter sido apanhado pela cheia de 1962. Foi desencalhado, regressou ao serviço comercial e voltou muitas vezes até cair de velho num sucateiro de Hartlepool a 27 de Maio de 1982.
Nesta foto descobrimos o transporte de gás Dinamarquês "Karin Tholstrup" ancorado no pontão frente às instalações da Mobil. Construído nos estaleiros Brand, de Oldemburgo, na Alemanha, a 4 de Novembro de 1960, integrou a frota dos tanques Tholstrup, sendo igualmente um dos visitantes assíduos ao rio. Tinha uma tab de 500 to. e como muitos outros navios que ali amarraram, deixam às gentes ribeirinhas um imenso oceano de saudades.
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