A Fragata Couraçada " Numancia "
1863 - 1912
1863 - 1912
Navio histórico da Armada Espanhola, a fragata invencível como ficou conhecida. Defendia o Vice-Almirante de Esquadra Don Castro Méndez Núnez, Galego nascido em Vigo a 01.07.1824 e falecido em Pontevedra a 21.08.1869, que a Espanha prefere a honra sem barcos, a barcos sem honra. Tendo participado em diversos combates, teve acção preponderante na Batalha del Callao e fez frente a Oficiais Superiores Ingleses e Americanos a quem participou que afundaria os seus navios, se estes o impedissem de cumprir as missões que lhe foram destinadas nas costas do Chile e do Perú.
A fragata "Numancia" foi começada a construir em Setembro de 1862 após contrato assinado em Madrid, com a Sociedade "Forges et Chantiers de la Mediterranée", que por sua vez nomeou o Estaleiro La Seyne de Tólon para realizar o trabalho conforme o projecto acordado. No dia 19 de Novembro de 1863 o Bispo de Tólon dava-lhe a benção solene e sem mais demora, efectuou as provas de navegação e armamento durante a viagem entre o estaleiro e o porto de Cartagena, em Dezembro de 1864, cujo resultado foi considerado excelente e compensador face ao custo total que ascendeu a 8.322.252 pesetas, uma verdadeira exorbitância para a época.
O navio apresentava os seguintes detalhes: Deslocamento: 7.500 toneladas, comprimento entre perpendiculares 96,08 metros, boca 17,34 metros e pontal 7,90 metros. Construída com três mastros para favorecer a navegação à vela, tinha igualmente um motor auxiliar com 1.000 Ihp que lhe assegurava 12 milhas por hora. De construção em madeira, foi completamente couraçada a pranchas de ferro com a espessura de 13 e 11 centímetros, desde 2,30 metros abaixo da linha de flutuação até à base da coberta. O armamento principal consistia em 34 canhões lisos de 20 centímetros. A equipagem compreendia 590 tripulantes. Na última reforma efectuada em 1896, perde o mastro grande e recebe um motor mais potente até 3.700 Ihp.
Depois dos muitos anos de serviço foi desarmada e desactivada ficando amarrada no porto de Cádiz, até ser tomada decisão quanto ao seu destino, que nesse período passou por continuar amarrada e transformada em navio museu. A altíssima despesa de manutenção alterou-lhe os planos, pelo que foi posta à venda para demolição.
Saíu em Novembro de 1916 a reboque do porto de Cádiz para Bilbao, onde seria desmantelada, ainda transportando um carregamento de sal. No dia 16 porque o cabo de reboque não aguentou o tempo, o navio ficou à deriva dando à costa na praia de Sesimbra, onde ficou por algum tempo até à sua completa destruição.
Saíu em Novembro de 1916 a reboque do porto de Cádiz para Bilbao, onde seria desmantelada, ainda transportando um carregamento de sal. No dia 16 porque o cabo de reboque não aguentou o tempo, o navio ficou à deriva dando à costa na praia de Sesimbra, onde ficou por algum tempo até à sua completa destruição.
2 comentários:
O naufrágio da Numância, em Sesimbra, foi um pouco mais dramático. Perante o agravamento das condições meteorológicas, o navio ficou fundeado na baía de Sesimbra, com alguns tripulantes, enquanto o rebocador se refugiou em Setúbal. A ondulação acabou por arrastar o navio para próximo da praia, e os tripulantes tiveram de ser salvos através de um cabo de vai-vem, que, em terra, ficou amarrado no morro acima do arraial das armações da empresa Roquete
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