domingo, 16 de março de 2008

Frotas nacionais - C.N. Carregadores Açoreanos


Os navios da Companhia

" Lagoa " (II)
Porto de Registo: Ponta Delgada

O "Lagoa" em Leixões - imagem (c) Fotomar

Navio Nº 17 da frota > Nº Of. 937 > Iic.: C.S.A.R.
Em serviço desde 15.10.1951 até 11.12.1972
Construtor: Soc. Espanhola de Construção Naval, Bilbao, 1949
ex "Villaviciosa" - Soc Nacional Elcano S.A., Bilbao, 1950-1952
Tonelagens: Tab 2.414,75 to > Tal 1.406,18 to > Porte 2.885 to
Cpmts.: Ff 89,60 mt > Pp 84,97 mt > Bc 13,20 mt > Ptl 6,98 mt
Máq.: S.C.N., Espanha, 1949 > 1:Cd > 1.800 Ihp > Vlc. 12 m/h
Transf. para a Emp. Insulana de Navegação, em 11.12.1972
Vendido, alterou o nome para "Somar", 1973-1973
Vendido para demolição na Gandia, a 07.10.1973

" Sete Cidades " (II)
Porto de registo: Ponta Delgada

O "Sete Cidades" em Leixões - imagem (c) Fotomar

Navio Nº 18 da frota > Nº Of. 943 > Iic.: C.S.A.M.
Em serviço desde 24.01.1952 até 1962
Construtor: Soc. Espanhola de Construção Naval, Bilbao, 1950
ex "Villagarcia" - Soc Nacional Elcano S.A., Bilbao, 1950-1952
Tonelagens: Tab 2.414,60 to > Tal 1.402,06 to > Porte 2.885 to
Cpmts.: Ff 89,60 mt > Pp 84,92 mt > Bc 13,20 mt > Ptl 6,98 mt
Máq.: S.C.N., Espanha, 1950 > 1:Cd > 1.800 Ihp > Vlc. 12 m/h
Vendido em 1962 ??

" Açores "
Porto de registo: Lisboa

O "Açores" em Leixões - imagem (c) Fotomar

O "Pedro Reinel" em Leixões - foto (c) m/ colecção

Navio Nº 19 da frota > Nº Of. H-458 > Iic.: C.S.B.A.
Em serviço de 1958 até 18.12.1972
Construtor: Finnboda Varf A/B., Estocolmo, 05.03.1958
ex "Svea" - Registo Sueco, 05.03.1958 até 28.07.1958
Tonelagens: Tab 2.962,88 to > Tal 1.616,33 to > Porte 4.496 to
Cpmts.: Ff 114,49 mt > Pp 107,55 mt > Bc 15,42 mt > Ptl 8,38 mt
Máq.: Eriksbergs A/B, 1958 > 1:Di > 4.450 Bhp > Veloc. 15 m/h
Transf. para e Emp. Insulana de Navegação, em 18.12.1972
Transf. para a Comp. Transportes Marítimos, em 04.02.1974
Vendido à Portline, nome "Pedro Reinel", 05.11.1985
Vendido, alterou o nome para "Pedro Express", 1987-1987
Vendido para demolição em Gadani Beach, em 29.09.1987

1 comentário:

Unknown disse...

Servi como oficial de máquinas no "LAGOA", em 1958, e na primeira viagem do "AÇORES" ( recem construído na Suécia )em Dezembro de 1958 e 31 Janeiro de 1059, quando os rebeldes de Castro entraram em Havana.O "LAGOA" fazia a rota do norte da Europa ( Lisboa - Leixões - Ponta Delgada ( onde carregava ananazes )- Southampton - Antwerpen - Roterdam - Hamburgo - Le Havre - Leixões - Lisboa ). O Radiotelegrafista era surdo ( explodia se entre nós falavamos em tom normal, pois desconfiava que estavamos "cortando na sua casaca" !!! ) mas captava muito bem as frequências bi-bi-bi de morse que nos traziam notícia de mau tempo a caminho ... Havia um oficial que, para não gastar, não saia quando em porto. Eu cobria o seu plantão diurno e em troca ganhava a noite do seu plantão. Ao fim de algumas viagens meu irmão, alarmado com o meu cansaço e magreza, exigiu que eu não embarcasse. Na última viagem, quando iamos de Hamburgo para Southampton pegamos um temporal desfeito nas costas da Inglaterra e numa madrugada tenebrosa estivemos a ponto de ser arremessados sobre os rochedos. Carregávamos uma locomotiva no convés e, de madrugada, o velho marinheiro Manuel ( veterano sobrevivente da carnificina no mar do norte e no Baltico dos comboios para a Russia no apogeu da II guerra ) murmurava "estamos perdidos, estamos perdidos". Escapamos para continuar apanhando na Biscaya ... A viagem no "Açores" também foi duríssima. Quando, em 24 de Dezembro, aportamos no Faial, fizeram festa ( não só era "dia de São Navio ", como era a primeira vez do "Açores" ) e estava preparada a consoada para a tripulação. Mas o capitão _ bem xingado por nós _ fez-nos zarpar às 23 horas ... O "castigo" não faltou: até New York foram dias e dias debaixo de temporal ... e fome ( não dava para cozinhar e, mesmo em pé, era difícil manter o prato na mão ), avaria no motor, enfim, um inferno. Em NY 17° negativos, baia e rio Hudson congelados, quase acabamos bloqueados pelo gelo a caminho de Wilmington ... Ao chegar a Lisboa, o Manuel Serra veio exigir que ficasse para articularmos os planos e a execução do que, em 11/12 de março, seria a Revolta da Sé, afinal frustrada na undéssima hora. Ano e meio depois saía da prisão para tentar curar a tuberculose lá adquirida ...