Os habitantes de Leça da Palmeira, localidade onde se situa a área Norte do porto de Leixões, identificam com facilidade a estridente sirene dos bombeiros, sempre que toca a reunir os elementos da Corporação que se encontram dispersos. Um silvo acidente na terra, dois silvos acidente em Matosinhos, três silvos acidente fora das localidades e quatro silvos avisa que o acidente aconteceu na zona portuária ou no mar. Nessa época eram comuns os encalhes no litoral, mas como não estava mau tempo, logo se pensou que houvesse algum incêndio na doca, situação que se verificava com alguma frequência, sempre que se encontrava um navio a descarregar os malfadados fardos de 200 quilos de algodão.
O toque da sirene na tarde do dia 31 de Dezembro de 1964, apanhou todos de surpresa, porquanto estariam a ser ultimados os preparativos para mais uma tranquila celebração da passagem de ano. Iniciado o combate ao fogo, porque o Quartel dos Bombeiros estava situado a cerca de 200 metros, verificou-se desde logo tarefa árdua devido à brisa de Sudoeste que foi aumentado de intensidade até ao final do dia, atingindo fortes rajadas durante a noite. E quanto mais água era despejada sobre os fardos, mais o algodão ardia começando a levantar flocos em brasa, levados pelo vento até cerca de 1 quilómetro para Norte.
O navio que efectuou a descarga do algodão, o holandês "Laarderkerk", teve de ser retirado à pressa do cais, pois poderia igualmente pegar fogo. Não ardeu mas na saída descontrolada, não resistiu às rajadas de vento e caiu sobre os rochedos à entrada da doca. E ali ficou até à manha seguinte, quando na maré cheia os rebocadores do porto puderam desencalhá-lo, seguindo viagem. Pior aconteceu ao hotel Golfinho, localizado no outro lado da avenida, que por ter recebido larga quantidade de flocos de algodão a arder, não resistiu ao fogo que o consumiu até restar apenas o esqueleto de pedra em pé.
O toque da sirene na tarde do dia 31 de Dezembro de 1964, apanhou todos de surpresa, porquanto estariam a ser ultimados os preparativos para mais uma tranquila celebração da passagem de ano. Iniciado o combate ao fogo, porque o Quartel dos Bombeiros estava situado a cerca de 200 metros, verificou-se desde logo tarefa árdua devido à brisa de Sudoeste que foi aumentado de intensidade até ao final do dia, atingindo fortes rajadas durante a noite. E quanto mais água era despejada sobre os fardos, mais o algodão ardia começando a levantar flocos em brasa, levados pelo vento até cerca de 1 quilómetro para Norte.
O navio que efectuou a descarga do algodão, o holandês "Laarderkerk", teve de ser retirado à pressa do cais, pois poderia igualmente pegar fogo. Não ardeu mas na saída descontrolada, não resistiu às rajadas de vento e caiu sobre os rochedos à entrada da doca. E ali ficou até à manha seguinte, quando na maré cheia os rebocadores do porto puderam desencalhá-lo, seguindo viagem. Pior aconteceu ao hotel Golfinho, localizado no outro lado da avenida, que por ter recebido larga quantidade de flocos de algodão a arder, não resistiu ao fogo que o consumiu até restar apenas o esqueleto de pedra em pé.
A quantidade de flocos de algodão em brasa que sobrevoou Leça foi em quantidade assustadora, pelo que nessa noite ninguém conseguiu dormir, protegendo as habitações e nalguns casos já a custo foi possível dominar alguns focos de incêndio, espalhados pela localidade. Através da foto tirada na manhã seguinte, é possível ficar com uma ideia da dimensão do sinistro e perceber da quantidade de algodão destruído pelas chamas. Não fosse o fogo, as imensas labaredas, o medo que se instalou nas pessoas que viram de perto os seus bens destruídos, teria sido certamente uma passagem de ano inesquecível.
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