quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Memórias dum passado recente!... (VII)


O novo navio-motor “Lúrio”

O "Lúrio" chega hoje a Lisboa
O novo navio "Lúrio", construído na Escócia para o serviço costeiro de Moçambique chega hoje, de manhã, ao Tejo. Trata-se de mais uma nova unidade pertencente à Companhia Nacional de Navegação.
(In jornal "Comércio do Porto", quarta, 1 de Março de 1950)

Vindo da Escócia, chegou ontem ao Tejo o navio-motor “Lúrio”, nova unidade da Companhia Nacional de Navegação, integrada no plano de renovação da frota da Marinha Mercante Nacional.
O “Lúrio” que se destina ao serviço de cabotagem nos portos da África Oriental, para onde partirá em meados deste mês, atinge a velocidade de 14 nós e dispõe de acomodações para 12 passageiros de primeira classe, 22 de segunda e 16 de terceira. Tem, além disso, uma «suite» de luxo e pode transportar 700 indígenas.

Imagem do navio-motor "Lúrio"
Postal ilustrado da Comp. Nacional de Navegação

Identificação do navio-motor “Lúrio”
Armador: Companhia Nacional de Navegação, Lisboa
Nº Oficial: H-388 - Iic.: C.S.I.G. - Registo: Lisboa
Construtor: Androssan Dockyard Ltd., Inglaterra, 02.1950
Arqueação: Tab 2.639,06 tons - Tal 1.473,53 tons
Dim.: Ff 88,64 mt - Pp 84,04 mt - Bc 13,18 mt - Ptl 7,25 mt
Prop.: British Polar - 2:Di - 2x8:Ci - 2.560 Bhp - 12 m/h
dp “Faial”, Emp. Insulana Navegação, Lisboa, 1968-1973
Vendido para demolição à firma Desguaces y Salvamentos, de Avilés, Espanha, em 24 de Abril de 1973.

O navio entrou no Tejo embandeirado em arco e, comboiado por rebocadores da empresa proprietária, atracou ao cais da Fundição, onde foi visitado pelos srs. Jaime Thompson e comandante Celestino Ramos, administradores da companhia, e engº Mendes do Amaral, delegado do Governo, membro do conselho fiscal e assembleia geral, além dos filhos do sr. ministro da Marinha e outras entidades, que apresentaram cumprimentos ao sr. comandante Noronha Andrade, administrador da companhia que foi a Inglaterra receber o navio e nele fez a primeira viagem. O navio foi depois visitado por todas as entidades oficiais.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 2 de Março de 1950)

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