sábado, 30 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


Mais dois navios fecham o mês de Abril

Neste último dia do mês, renovou a escala no porto de Leixões, o navio de passageiros "Silver Explorer", e simultaneamente deu-se a visita do "Viking Sea", pela primeira vez e praticamente novo, por ter saído recentemente do estaleiro construtor.




Imagens do navio de passageiros "Silver Explorer", que deu entrada no porto a meio da manhã, tendo chegado procedente de Lisboa, continuando a viagem ao final da tarde, com destino ao porto de Vigo.




Também algumas imagens do novo navio de passageiros "Viking Sea", chegado relativamente cedo esta manhã, procedente de Lisboa, saindo igualmente com destino ao norte de Espanha, para visitar o porto da Corunha.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


Nova visita ao porto do "Saga Pearl II"

Está presentemente a decorrer uma agradável azáfama de escalas no porto, neste fim de mês, com a vinda de interessantes navios de passageiros, muito embora alguns deles sejam repetentes. Porém, esse facto perde relevância, sempre que um considerável espaço da área portuária, se enche de cor e movimento.




Hoje, foi ocasião para constatar do regresso a Leixões do navio de passageiros "Saga Pearl II", que chegou cedo, procedente de Pasajes, para voltar a Espanha, partindo ao final da tarde com destino ao porto de Vigo.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


O regresso do "Rotterdam"




O navio de passageiros holandês "Rotterdam" da Holland America Cruises esteve hoje de regresso ao porto, numa curta escala de poucas horas, tendo chegado proveniente da Corunha, continuando a presente viagem de cruzeiro com destino ao porto de Cadiz.

terça-feira, 26 de abril de 2016

História trágico-marítima (CLXXXVIII)


O naufrágio da barca “Glama”

Por notícias recebidas na cidade do Porto, veio a informação que a barca “Glama” teria naufragado no canal da Florida, em frente de Key West, em Maio de 1905, quando em viagem de Nova Orleães para o Porto, com carregamento de madeira.

A barca "Southern Cross", antes de alterar o nome para "Glama"
Imagem da Photoship.Uk - Foto de autor desconhecido

Características da barca “Glama”
1896-1905
Armador: Glama & Marinho, Lda., Porto
Nº Oficial: N/t - Iic: H.B.L.M. - Porto de registo: Porto
Construtor: Curtis, Smith & Cushman, East Boston, 09.1868
ex “Southern Cross”, Edward Lawrence Jr., Nova York, 1868-1896
Arqueação: Tab 1.139,71 tons = 3.225,270 m3 – Tal 1.087 tons
Dimensões: Pp 53,85 mts - Boca 11,40 mts - Pontal 7,01 mts
Propulsão: À vela
Capitães: Vasco ? (1895 a 1898) e João Simões Paião (1899 a 1905)

Naufrágio
Por telegramas recebidos ante-ontem nesta cidade, soube-se que naufragou em frente de Key West, no canal de Florida, a barca “Glama”, que se perdeu completamente. A tripulação conseguiu salvar-se, sendo-lhe prestados prontos socorros.
A “Glama” vinha em viagem de Nova Orleães para o Porto, com carregamento de aduelas, consignado aos srs. Fonseca Dias & Comandita, desta cidade.
Tanto o carregamento como o casco estavam seguros, aquele numa companhia de Londres e este em outras de Lisboa e Porto.
A barca “Glama” pertencia aos comerciantes da praça do Porto, srs. Glama & Marinho.
(In jornal “Comércio do Porto”, 22 de Maio de 1905)

domingo, 24 de abril de 2016

Retratos do Portugal marítimo!


Odisseia marítima
O “Famalicão 3º” só apareceu ao cabo de 4 meses, após
ter realizado uma viagem com partida de Viana do Castelo

Arribou há três dias a Setúbal o iate “Famalicão”, que no dia 19 de Outubro tinha levantado ferro de Viana do Castelo, para Santa Cruz de Tenerife, com 220 toneladas de madeira.
Em consequência da demora por falta de notícias, o barco e a tripulação já haviam sido dados como perdidos, devido ao temporal.
O Sr. António de Oliveira da Velha, comandante do “Famalicão”, que é um barco de vela, com 7 homens de tripulação, conta assim a triste odisseia porque passaram:
- Em quantos dias fez a viagem? - perguntou-lhe um jornalista.
- Em 5 meses.
- Apanhou muito temporal?
- Se tivesse feito as derrotas com tempo favorável, devia ter gasto uns 45 dias, na ida e na volta. Sou marítimo há 29 anos, e não me lembro de apanhar um temporal como este último.
- Onde o apanharam?
- Próximo da Madeira. O barco abriu água, que me obrigou a deitar metade da carga ao mar, a fim de evitar que o “Famalicão” soçobrasse e a tripulação perecesse. As bombas de esgotamento não deram vencimento à invasão da água.
- E depois?
- Consegui chegar a Santa Cruz de Tenerife, com 16 dias de viagem e 6 pés de água no porão. Em 9 de Novembro levantei ferro em direcção a Setúbal, com mantimentos para 15 dias. No dia 18, tinha a ilha da Madeira à vista. Aí começou outra tragédia. Faltaram-me os víveres no dia 28, à vista do Cabo de S. Vicente.
- E não tinham maneira de se abastecerem?
- Valeu-nos um vapor francês, que de uma forma cativante nos forneceu mantimentos. Em 6 de Dezembro pudemos alcançar o Cabo de S. Vicente.
A tripulação estava exausta de fadiga e de fome, tendo-nos valido um vapor italiano, que nos forneceu viveres para 3 dias. No dia 9 tivemos que pedir mantimentos a um vapor paraguaio, que nos deu uma cabeça de porco, tendo eu recusado mais géneros, por me encontrar próximo de terra.
Aqui, aumentou o nosso tormento. O navio começou a andar para trás, devido aos ventos contrários e a um tremendo temporal. Andamos três dias perdidos, sem uma pinga de água para beber, nem uma côdea de pão para comer. Mas Deus, não nos desamparou. No dia 15, conseguimos chegar à fala com um navio dinamarquês, que nos deu um saco cheio de pão e um barril com água.
- E a tripulação conseguiu vencer todas essas privações?
- Só por milagre voltamos. O pessoal já deitava sangue pela boca, devido ao constante trabalho, de estar dias e noites sem comer. Em 19 de Dezembro, encontrávamo-nos na latitude do Cabo de S. Vicente e na longitude da Madeira. Em 21, voltamos a pedir socorro a um vapor inglês, que nos deu 6 quilos de batatas e um barril de água. Disseram-nos, que se lhes déssemos vinho ou aguardente, nos davam mais viveres em troca.
Não quero nem recordar as privações, e o que foi essa viagem. Passei depois a não saber onde estava. Só no dia 26 veio um vento favorável, que me levou à Madeira, tendo os tripulantes recolhido ao hospital.
- Quando chegaram a Setúbal?
- Há 3 dias. As nossas famílias já se encontravam vestidas de luto, por nos considerarem mortos há muito tempo.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 27 de Dezembro de 1927)

Imagem do iate "Famalicão 3º"
Foto de autor desconhecido

Características do ate “Famalicão 3º”
Armador: Brandão & Cª., Lda., Porto
Nº Oficial: B-171 - Iic: H.F:A:M. - Porto de registo: Porto
Construtor: Soc. Construções e Pesca, Lda., Fão, 30.03.1922
Arqueação: Tab 133,94 tons - Tal 100,79 tons
Dimensões: Pp 36,01 mts - Boca 7,04 mts - Pontal 3,12 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 7 tripulantes
Mestres embarcados: João Campos Pereira (1922 e 1923), António Oliveira da Velha (1924 até 1927) e Francisco da Silva (1929)

Depois de ter efectuado provas de mar, este navio partiu em Abril de 1922 para a Terra Nova, na sua 1ª campanha à pesca do bacalhau, que repetiria durante os três anos seguintes. Integrou posteriormente a frota de serviço comercial, efectuando viagens entre o Continente e as ilhas Adjacentes. Já com registo em Viana do Castelo, naufragou na posição 41º00’N 09º22’W, sob violento temporal, em 22 de Abril de 1930.

sábado, 23 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


Nova escala do navio de passageiros "Amadea"





O navio de passageiros "Amadea" regressou ontem para visitar o porto, transportando a bordo um considerável grupo de turistas alemães. Chegou procedente da Corunha, tendo continuado esta viagem de cruzeiro com destino a Porto Santo.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

História trágico-marítima (CLXXXVII)


O naufrágio da barca “Oriente”
1905-1907
Armador: Lino Marques da Nova & Filhos, Sucr., Porto

Segundo noticias recebidas na cidade, foi confirmado o encalhe da barca “Oriente”, em meados do mês de Abril de 1907, próximo de Progress Hill, na Carolina do Norte, Estados Unidos, resultando na perda total do navio.

Desenho de uma barca, sem correspondência ao texto

Características do navio
Nº Oficial: N/t - Iic: H.C.F.T. - Porto de registo: Porto
Construtor: Desconhecido, Grimstad, Noruega, 1892
ex “Vesones”, B. Einersen, Grimstad, 1892-1900
ex “Oriente”, Cª. Portuguesa da África Oriental, 1900-1905
Arqueação: Tab 1.567,878 m3 = 554,02 tons
Dimensões: Pp 44,96 mts - Boca 9,65 mts - Pontal 4,90 mts
Propulsão: À vela
Capitães embarcados: Leandro de Almeida (1900) e J. dos Santos Lé (1906)
Sinistro marítimo
Por telegramas recebidos na cidade, soube-se que a barca “Oriente”, pertencente à firma Lino Marques da Nova & Filhos, Sucr., da praça do Porto, saída em 2 de Abril da Barbada, nas Antilhas, para Nova York, naufragou perto do Cabo Henry, salvando-se a tripulação.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 4 de Maio de 1907)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


A primeira escala em porto do navio "L'Austral"




O navio de passageiros francês "L'Austral", visitou pela primeira vez o porto de Leixões, no passado dia 18 deste mês, tendo chegado a meio da manhã, procedente de Lisboa, e saído ao final da tarde com destino ao porto da Corunha.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Casos da história, 1807


Portugal fecha os portos aos navios ingleses

O desgraçadíssimo sistema, adoptado pelo príncipe regente D. João (depois D. João VI) nas críticas circunstâncias em que Portugal se viu, perante as ambições de Napoleão, teve as mais perniciosas consequências.
Sempre hesitante, sempre duvidoso, sem abraçar, francamente, o partido da França, ou da Inglaterra, o único proveito que houve, das suas incertezas e dos seus expedientes de ocasião, foi ver-se Portugal isolado e por todos desprezado, no momento em que rebentou a crise.
Quando o Imperador exigiu do nosso Governo que aderisse à causa continental, foi dito, para França, que não teríamos dúvidas em fechar os portos aos navios ingleses, mas que não sequestraríamos as propriedades ou prenderíamos os súbditos da Grã-Bretanha, e, na mesma data pedíamos à Inglaterra que nos fizesse uma guerra aparente, que levasse a fecharmos os nossos portos à sua marinha.
Como bem se presumirá, semelhante processo não agradou a Napoleão, que mais rapidamente se apressou a ordenar a marcha das suas tropas, para a nossa fronteira, sendo Junot o primeiro incumbido de nos fazer pagar caro por uma tal desgovernação.
O decreto que prescreveu a proibição de entrada nos nossos portos, aos navios da nossa aliada, tornou-se público por um aviso da Junta de Comércio de 22 de Outubro de 1807.
Como represália, mais do que esperada, a Inglaterra ordenou às suas esquadras que apresassem os navios portugueses que encontrassem, e, assim, a nossa marinha mercante foi hostilizada, simultaneamente, pela França e pela Inglaterra.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Leixões na rota do turismo!


O regresso a porto do navio "Fram"

Navio de passageiros "Fram", ontem, em Leixões

Esteve novamente de regresso a Leixões, este navio de passageiros norueguês da Hurtigruten, que chegou procedente de Lisboa, tendo continuado esta viagem de cruzeiro, com destino ao porto da Corunha.