quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Últimas notícias do ano, ainda em viagem!


A passagem por Santos


Boqueirão, Santos, 29 de Dezembro – A passagem por Santos, 21 anos depois da primeira visita à cidade, agora com a agradável oportunidade de conhecer um novo amigo, o colega Nelson Carrera, depois de longo período de correspondência, acabou por não se revelar perfeita face ao encerramento temporário de Unidades Museológicas de Marinha, devido ao período de férias natalícias, e principalmente por força dum violento temporal, com a queda de 300 raios em apenas uma hora, quando nada o faria prever.
Com as praias repletas de gente o desfecho foi trágico, faleceram cinco pessoas colhidas por um raio, na área denominada Praia Grande, quando se refugiavam da chuva, que caía com intensidade, encontrando-se sob a hipotética proteção dum guarda-sol.

O dia de ontem acordou soalheiro, permitindo um longo passeio pelo litoral da cidade e obviamente colher algumas imagens, muito embora fossem ainda notórios alguns estragos causados pelo vendaval ocorrido na véspera, com a queda de pequenas arvores e arbustos. Felizmente foi também possível apreciar algum movimento marítimo, sendo avistados ao largo diversos navios porta-contentores e um largo número de pequenas embarcações de pesca.

Farol na praia do Boqueirão (desactivado)

Farol na praia Azul (desactivado)

Embarcação (não identificada) utilizada com fins turísticos

Entrada em porto do porta-contentores "CMA CMG La Traviata"

Imagem da Ilha Grande vista do areal Santista

Entrada em porto do ro-ro da Gimaldi Lines "Grande America"

Águas safas e boas navegações para 2015

domingo, 21 de dezembro de 2014

Natal 2014


Boas festas - Season greetings


Votos de festas felizes para todos os amigos que me tem acompanhado ao longo de alguns anos, através das páginas do blog, e muito principalmente a todos que tendo ultrapassado a barreira da amizade, são agora parte integrante da família que ganhei de presente.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Convite


Porto de partida!


Enquanto passo uns tempos fora do país, para visitar familiares, vou efectuando algumas pesquisas, sobre assuntos a publicar após o regresso. Até lá vou aproveitando para falar de navios, e do nosso Porto, que foi antes de qualquer outra coisa, um porto de partida!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

In memorium


Rui Picarote Amaro


Fui hoje surpreendido pela desagradável notícia do falecimento do Rui Amaro, amigo de longa data e uma das raras pessoas no norte do país, que de comum comigo nutria uma enorme paixão pelo mar, pelo rio Douro, pelas docas de Leixões e actividades portuárias, mas muito principalmente por navios.
É na minha opinião o último dos "visitadores de navios", que fez parte de uma elite de personalidades, com quem tive o privilégio de conviver e aprender a profissão que desempenhei por cerca de trinta e cinco anos.
Já reformados, ainda percorremos juntos muitas milhas de pesquisa, sobre a nossa história marítima e sobre a navegação à vela, nos séculos XIX e XX, que infelizmente tão mal se conhece. Parte importante dessa história, e de acontecimentos posteriores até quase à actualidade constam nos blogs "Navios à vista", "O piloto prático do Douro e Leixões" e também na página pessoal que mantinha no sítio do "Ship's nostalgia".
Viu ainda publicado o seu trabalho sobre "A barra da morte", reflexo dos muitos anos vividos entre a classe marítima, com a qual se identificava, salvaguardando sempre com enorme afeto a lembrança de seu pai, piloto nas barras do Douro e Leixões, de quem recebeu os primeiros ensinamentos náuticos e uma educação esmerada.
O Rui foi vitima da doença que o atormentava à alguns anos. Desaparece, até um eventual próximo encontro, um amigo que me habituei a respeitar e admirar, pelo que neste momento de despedida só posso agradecer os muitos e bons momentos de convívio que passamos juntos.
Obrigado Rui e até sempre!

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Histórias do mar português!


A passageira clandestina

A bordo do “D. Pedro I”, 5 de Novembro de 1932
Não há mulheres a bordo?
Há.
Viaja connosco uma passageira clandestina, de volta a Portugal, seu país de origem.
Vive toda e sempre escondida. Nem a oficialidade, nem o pessoal de bordo, nem os agentes de polícia que nos espiam, nem a escolta que nos... que nos inveja – ninguém notou ainda a sua presença entre nós, na prisão flutuante.
E, no entanto ela está por toda a parte.
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O vapor “D. Pedro I”
1926-1935

Foto do vapor “Wyreema” da Australasian United Steam Ltd.
Imagem do State of Victoria Library, Victoria, Australia

Armador: Lloyd Brasileiro, Rio de Janeiro, Brasil
Construtor: Alexander Stephen & Sons Ltd., Govan, 1908
ex “Wyreema”, Australasian United Steam Navigation, 1908-1926
Arqueação: Tab 6.338 tons - Tal 3.362 tons
Dimensões: Pp 122,02 mts - Boca 16,51 mts - Pontal 9,30 mts
Propulsão: Alex. Stephens - 2:Te - 2x3:Ci - 1.038 Nhp - 14 m/h
dp “Dom Pedro I”, Lloyd Brasileiro, Rio de Janeiro, 1935-1958
O vapor foi demolido no Rio de Janeiro em Agosto de 1958

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E ela divide, a clandestina, por todos nós, o seu carinho santo, com a piedade generosa de uma irmã de caridade. Vai, de cabine em cabine, de mesa em mesa, de pensamento em pensamento. Senta-se no beliche, naturalmente, à cabeceira daquele que a insónia atormenta, e repete o gesto antigo que cobriu, como uma asa, o nosso berço; apoia-se, como uma cruz suavíssima, ao ombro daquele que, sentado num rolo de cordas da popa, finge olhar o crepúsculo enxague; debruça-se sobre o que escreve ou o que lê, e conduz a mão sobre o papel, ou volta as páginas do livro...
Quando ela veio de Portugal, era loira e leve; parecia a “velida” de D. Diniz, a “bem talhada”, a “delgada”, a “muito alongada de gente”, bailando “solo verde ramo florido”...
Mas aqui, nos trópicos americanos, queimou-se de sol e amolentou-se no balanço das redes e das palmas.
E eis, agora, regressa mais lânguida e mais humana à sua pátria...
..................
Viaja connosco uma passageira clandestina de volta a Portugal, seu país de origem.
Ela é a Saudade.
Almeida, Guilherme de, O Meu Portugal, pp. 17/19, Companhia Editora Nacional, Rua dos Gusmões, 26-30, São Paulo, 1933

domingo, 9 de novembro de 2014

O paquete "Africa Iº"


Que navio é este?

Ilustração Portuguesa, II Série, Nº 409, pp.750,
Lisboa, 22 de Dezembro de 1913

Este é o tipo de notícia que diz muito e simultaneamente explica pouco, apesar de ser um facto conhecido as diversas tentativas feitas previamente por armadores nacionais e anglo-portugueses, para tornar possível uma carreira de navios, a sair regularmente de Lisboa ou Porto, com destino ao Brasil.
Numa primeira análise, em função do atrás referido, pode afirmar-se que este vapor não foi de modo algum o primeiro navio português de carreira para o Brasil, mas também é verdade existirem obstáculos de vária ordem, que eram sistematicamente criados em benefício das companhias de navegação estrangeiras.
Em muitas ocasiões, ou em grande parte dos casos, a opção da garantia de conforto a bordo de bons navios, mesmo quando a travessia do atlântico era efectuada em 3ª classe, podia ainda ser favorecida por facilidades, tais como a autorização do pagamento das viagens dos passageiros A posteriori, desde que um fiador no país assegurasse a responsabilidade da liquidação completa da despesa.
Estas peripécias, quantas vezes a deixar os fiadores em situação de grande precaridade, são obviamente do conhecimento de quem estudou ou pesquisou sobre os caminhos da emigração, principalmente para o Brasil, porque em relação à África os transportes marítimos funcionavam sob o domínio das companhias de navegação nacionais, a coberto de interesses do próprio Estado.

Segundo a notícia, o vapor “Africa Iº”, acabava de realizar a primeira viagem ao Brasil, tendo o navio sido acolhido com entusiasmo, mas lamentavelmente não diz onde!
Depois começam as dificuldades de identificação do próprio navio, que terá pertencido a uma sociedade de nome Liberdade, eventualmente de origem Angolana, face ao registo do navio na capitania de Luanda, conforme pode ser apreciado através da inscrição na boia, visível na imagem inferior.
Depois da história ficam dúvidas por esclarecer: que navio é este; quantas viagens o vapor teve oportunidade de realizar ao Brasil e o que lhe pode ter acontecido durante o ano de 1914, considerando não constar nas listas de navios portugueses, já em Janeiro de 1915.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Histórias do mar português!


A viagem da corveta “Rainha de Portugal”
2ª Parte

A corveta “Rainha de Portugal” foi construída em Blackwall (Inglaterra), no ano de 1875. Tem 1.120 toneladas de deslocamento e a força de 150 cavalos.
É um dos nossos melhores navios de guerra, com 8 bocas-de-fogo, e que tem desempenhado importantes comissões de serviço tanto na nossa África como no estrangeiro. Não é esta a primeira vez que acontece desastre, pois em Maio de 1876, quando o príncipe de Gales visitou Lisboa, foi esta corveta abalroada no Tejo pela fragata inglesa “Raleigh” do modo mais grosseiro.
O príncipe de Gales retirou de Lisboa no dia 8 de Maio de 1876 a bordo do “Serapis” acompanhado pela fragata inglesa “Raleigh”, yatch “Osborne” e aviso “Lively”; e el-rei D. Luiz, a bordo da corveta “Rainha de Portugal”, ia acompanhar até à barra o seu ilustre hóspede.
O “Serapis” levantou ferro e seguiu pelo rio acima até à frente da Praça do Comércio, virando então para norte para aproar à barra sem voltar a popa para a cidade. A corveta “Rainha de Portugal” seguiu-lhe na alheta, para assim acompanhar o “Serapis”, segundo o desejo de el-rei por deferência ao seu augusto hóspede.
Ao mesmo tempo porém, que se realizava esta manobra, a fragata “Raleigh” largou da amarração e seguindo com grande andamento a “Rainha de Portugal”, em breve se pôs a seu lado, avançando cada vez mais de modo que quando a corveta deu a volta, a fragata também a deu sem guardar a distância necessária e enrascaram-se os dois navios, apesar da “Rainha de Portugal” ter parado e cair toda à ré.
O resultado deste encontro foi a corveta ficar com o gurupés partido e figura de proa, partindo-se também dois escaleres da “Raleigh”, que seguiu Tejo abaixo nas águas do “Serapis” com o “Osborne” e “Lively”.
Entretanto da parte do comandante da corveta nenhuma culpa ou erro tinha havido, mas sim uma manobra mal dirigida do comandante da “Raleigh”.
Reis, A. Estácio dos, Os Navios d’O Occidente, Edições Culturais de Marinha, Gradiva Publicações, Lda., Lisboa, 2001, com o relato transcrito do artigo publicado na revista “O Ocidente”, Nº 362, de 11 de Janeiro de 1889

A fragata "Raleigh" e o vapor "Serapis"
Gravura publicada no sítio Photoship.UK

Abalroamento
Vai larga discussão em todos os círculos a propósito do pequeno desastre que houve ante-ontem no Tejo, quando a corveta “Rainha de Portugal”, que levava el-Rei a bordo, manobrava para aproar à barra e seguir o navio “Serapia”, que conduzia a bordo o Príncipe de Gales.
A corveta portuguesa abalroou com a corveta inglesa “Raleigh”. De quem foi a culpa? Aqui é que variam as opiniões.
Os que são a favor do oficial português dizem que a “Rainha de Portugal” virou primeiro que a “Raleigh” e que esta devia navegar de modo que não a incomodasse na sua rotação, por já estar subordinada à acção do seu leme e por ter içado o estandarte real num dos seus mastros, já por ela andar pouco mais de metade do número de milhas da sua marcha. Infelizmente a maré e a rapidez com que a “Raleigh” meteu a virar, aproximaram-na do navio português a ponto de este não ter espaço para evitar o abalroamento.
Os que são pelo oficial inglês objectam que se não foi do oficial português que errou, o desastre derivou-se da corveta não ter boa marcha e ser de má construção. Ao ouvir uns e outros é difícil saber de que lado está a razão.
O que é certo, porém, é que a “Rainha de Portugal” sofreu um grande choque, perdeu a figura de proa e perdeu o gurupés; a “Raleigh” perdeu todos os escaleres de bombordo e uma lancha a vapor. Agora, tudo indica que a corveta portuguesa terá de ir a Inglaterra, para reparar as avarias que sofreu.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Maio de 1876)

A colisão da corveta “Rainha de Portugal”
Parece estar fora de dúvida, que no abalroamento da fragata “Raleigh” com a corveta “Rainha de Portugal”, toda a culpa coube ao oficial inglês que comandava a “Raleigh”. Na ocasião do desastre morreram dois marinheiros ingleses.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Maio de 1876)

Ainda sobre a colisão da corveta “Rainha de Portugal”
Lisboa, 10 de Maio - Continua a discussão a propósito do abalroamento da fragata “Raleigh” com a corveta “Rainha de Portugal”, e parece que o verdadeiro e único culpado do desastre foi o comandante do navio inglês, por isso que quando se aproximou do vaso de guerra português este estava a virar e precisava de espaço para completar a manobra.
Também é censurado aquele oficial por ter seguido o seu caminho sem perguntar à corveta se precisava de algum socorro depois da avaria que sofreu, sendo esta falta muito mais censurável por estar el-Rei a bordo do navio avariado.
Consta-se que el-Rei, que estava ao lado do comandante da “Rainha de Portugal”, quando se deu o abalroamento, lhe dissera que estivesse sossegado e não se afligisse, porque podia afirmar que a culpa toda era do comandante da “Raleigh”.
Acrescenta-se que dois marinheiros do navio inglês morreram em consequência do choque, ficando um entalado entre os dois navios, quando inconsideradamente pretendia afastar a proa da corveta “Rainha de Portugal” do vaso de guerra inglês.
Não obstante o comandante da corveta portuguesa ter a consciência segura de não lhe poder caber a responsabilidade daquele desastre e apesar das palavras de el-Rei, requereu um conselho de investigação, para se apurar a verdade e ficar ilibada a sua reputação de distinto oficial de marinha, que goza há muito tempo. Tem-se como certo um veredicto favorável do conselho que fôr nomeado.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 11 de Maio de 1876)

Telegrama
S.M. el-Rei D. Luiz recebeu hoje um telegrama da Rainha Victoria, agradecendo o acolhimento feito em Lisboa ao Príncipe de Gales, pedindo desculpa pelo caso “Raleigh”.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 15 de Maio de 1876)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Histórias do mar português!


A viagem da corveta “Rainha de Portugal”
1ª Parte

A notícia do grande perigo que correu a corveta “Rainha de Portugal”, na sua viagem para Moçambique, onde vai reforçar a divisão naval ali estacionada, para o bloqueio da costa de Zanzibar, foi recebida em Lisboa com o mais profundo sentimento, pensando-se até, ao princípio, que o navio tinha soçobrado, no meio do furioso temporal que o assaltou, próximo de Port-Said.
Essa primeira impressão felizmente desvaneceu-se, em vista de posteriores notícias tranquilizadoras, de que o navio triunfara da fúria dos elementos, sem perda de vidas, mas com grossa avaria.
Uma carta que recebemos de Port-Said, escrita de bordo da corveta “Rainha de Portugal”, por um nosso delicado correspondente, descreve com todas as particularidades, o perigo eminente que este navio correu durante quatro dias de temporal desfeito, em que por mais de uma vez esteve prestes a afundar-se, e com ele toda a guarnição, perecendo no meio das encapeladas ondas do Oceano, sem esperança de socorro.
Esta carta, que em seguida publicamos, deu motivo ao nosso colaborador artístico, sr. José Pardal, a compor com o seu lápis imaginoso, o desenho que reproduzimos na gravura da página e que representa a corveta “Rainha de Portugal” em luta com a tempestade, no momento em que a força do mar lhe partiu o gurupés arrastando todo o aparelho correspondente.

Cópia da gravura atrás citada, (a) Oliveira e José Pardal

É um quadro de sensação, da mais palpitante actualidade, e que pertence à história da nossa marinha, a qual mais uma vez provou que na pátria dos Gamas ainda não se extinguiu a raça dos ousados marinheiros, que há quatro séculos dobraram o Cabo das Tormentas.
Eis a carta:
“Port-Said, 13 de Dezembro de 1888 – Escrevo-lhe ainda sob a impressão da formidável tempestade que nos assaltou próximo deste porto, parecendo-me ainda fortemente abalado pelo jogo extraordinário da corveta, nos dias que procederam a nossa entrada aqui. O tempo não me sobra para lhe descrever todos os perigos que nos rodearam desde a nossa saída de Malta até a entrada neste porto.
Estivemos quatro dias em Malta para refrescar e meter carvão, e de lá largamos no dia 5 pelas 7 horas da manhã, seguindo nas nossas águas a canhoneira “Tâmega” que fôra primeiro a Tanger e que viera reunir-se-nos.
Pouco depois de sairmos de Malta, a “Tâmega” foi ficando para a popa de corveta, e às 3 horas da tarde tinha-se perdido da nossa vista, porque o seu andamento era inferior ao do nosso navio.
Contávamos chegar a Port-Said na tarde do dia 8, ou na manhã do dia 9, em boas condições de viagem, mas não aconteceu assim, porque pela tarde do dia 6 principiou a levantar-se vento rijo de Norte, que foi crescendo cada vez mais e de modo que ao sol-posto do dia 8, o mar levantava-se em grossos vagalhões ameaçando tragar o navio.
A tempestade desencadeou-se com violência, e como o mar batia o navio de través, o comandante mandou aproar à vaga, desviando-se o navio do rumo que levava, e aumentando o balanço de popa à proa extraordinariamente.
Durante a noite redobrou a tempestade e com ela a fúria do mar.
Por muitas vezes vimos a corveta prestes a afundar-se, tragada pelas enormes ondas que a investiam pela proa, mas apesar da horrível situação em que nos achávamos, ninguém a bordo perdeu o ânimo, e o intrépido comandante, o nosso capitão-tenente Francisco de Paula Teves e o imediato Carlos Leopoldo dos Santos Diniz, firmes e serenos no seu posto de comando, dirigiam as manobras com inexcedível acerto, lutando corajosamente com o perigo que nos cercava.
O dia 9 não apareceu mais animador que a noite antecedente. O céu carregado de nuvens não deixava ver um único raio de sol; o barómetro baixara consideravelmente, tirando-nos toda a esperança de uma rápida evolução do tempo para melhor, e o mar crescia cada vez mais alteroso.
Entretanto os dignos oficiais comandantes não desamparavam o seu posto, animando com o seu exemplo a guarnição do navio composta de 162 homens.
Pelas 10 horas da manhã uma enorme vaga que surpreendeu o navio de vante, sem que fosse possível orçar, partiu-lhe quase todo o aparelho da proa levando-lhe o pau da bujarrona, o da giba, sevadeiras e pica-peixe, que apenas ficaram suspensos por alguns cabos.
Este desastre podia arrastar consigo para o abismo a todo o navio se não fôra a rápida resolução do comandante que logo gritou: – Às machadinhas.
Num momento, viu-se sobre o castelo da proa parte da guarnição do navio armada de machadinhas, enquanto o comandante mandava parar a máquina, para que os destroços do desastre não se envolvessem no hélice e aumentassem a avaria já sofrida.
Apenas o comandante deu a voz de – Corta; todas as machadinhas, como se fossem uma só, caíram sobre os cabos que prendiam ainda o navio o aparelho de proa, e este foi levado na crista das ondas por bombordo deixando o navio desenrascado.
Estava conjurado aquele perigo, mas o mar continuava sem dar tréguas, crescendo as ondas cada vez com mais fúria, produzindo novos estragos a bordo.
Uma vaga mais valente que galgou a amurada, veio partir as fundas dos escaleres inçados à proa escapando milagrosamente o escaler a vapor de ir para o meio do encapelado mar.
Teve de se lhe passar uma amarra, assim como foi preciso passar talhas aos rodízios a meia-nau por serem insuficientes as peias que tinham, em vista do jogo do navio.
Defender destes perigos constantes constituiu um trabalho sem descanso durante mais de 40 horas, principiando pelos oficiais comandantes, que nunca desampararam o seu posto revezando-se apenas por alguns momentos para tomarem alimento, até ao mais simples moço, todos lidavam com presteza no meio da enorme barafunda que ia a bordo.
Pouco depois das seis horas da tarde partiu-se o cabo do leme, sendo preciso passar os teques à cana do leme para se poder governar como Deus era servido. Faltava-nos mais este transtorno para aumentar o perigo em que nos achávamos, mas graças ainda ao sangue frio do nosso comandante e aos seus muitos conhecimentos práticos, coadjuvados pela experiência e boa vontade do mestre João Ventura de Oliveira, conseguiu-se gornir um cabo novo à roda do leme, e portanto dominar-se melhor o governo da corveta.
A noite passou-se como os dias anteriores, no meio do vendaval, sem podermos descansar sequer um momento, mas felizmente, pela madrugada, principiou a abrandar um pouco o vento o que nos deu alguma esperança, que se foi convertendo em realidade pelo dia adiante, abonançando o tempo e permitindo, ainda que com grande risco, o navio tomar o rumo de SE (sudoeste) que era o do porto que demandávamos.
Assim navegamos durante o dia 10 e dia 11, com vento rijo pelo través e a vaga à popa, o que era para nós uma feliz bonança depois do que tínhamos sofrido.
Ás 9 horas da noite de 11 descobrimos um farol que nos pareceu ser de terra, mas que depois reconhecemos ser de um navio; achando-nos porém, já perto do porto de chegada, e estando o mar bonançoso, o comandante mandou parar a máquina, era uma hora da noite, esperando pela madrugada para a corveta entrar em Port-Said.
Efectivamente pelas 10 horas da manhã, fundeava o nosso navio dentro do porto e aqui encontramos a canhoneira “Tâmega”, que tinha entrado na véspera com avaria nos paus das cevadeiras, que o mar lhes levou e alguns vidros das escotilhas de ré partidas.
Não sei como lhes tenho escrito, no meio da confusão que me parece ainda estar, impressionado pela horrível cena a que assisti pela primeira vez na minha vida, mas os numerosos leitores do Ocidente que desculpem o mal alinhavado destas linhas, que só o desejo de lhes dar uma notícia que se me afigura interessante e desusada me levou a escreve-la.
Vamos reparar as avarias mais importantes para depois seguirmos para Adem. Estimarei não ter que lhe noticiar mais algum contratempo deste malfadado navio, e assim me despeço até Moçambique de onde espero escrever-lhe. (a) Z"
Reis, A. Estácio dos, Os Navios d’O Occidente, Edições Culturais de Marinha, Gradiva Publicações, Lda., Lisboa, 2001, com o relato transcrito do artigo publicado na revista “O Ocidente”, Nº 362, de 11 de Janeiro de 1889
... Continua ...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A barca "Lord Nelson" em Leixões


Um regresso inesperado

Imagem retirada do blog "Somewhere else"

A barca inglesa "Lord Nelson" chegou na noite de ontem a Leixões, tendo efectuado em porto uma curta escala, que se estendeu até à tarde de hoje. O navio encontra-se a realizar um cruzeiro, que teve origem nas Ilhas Canárias, passa pelas Ilhas de Cabo Verde e, segundo o programa previsto, deverá terminar nas Bermudas, com a duração de 32 dias.
Porque já foi feita referência a esta barca no blog, relacionada com visitas previamente efectuadas no porto, lembro apenas que é propriedade da Jubilee Sailing Trust, e é um dos raros navios preparados para receber e navegar com passageiros, que apresentam deficiência motora, a preços meramente simbólicos.

Imagem retirada do blog "Wildlife travel"

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Marinha – Os regulamentos de 1911


Regulamento dos serviços dos departamentos marítimos,
capitanias dos portos e departamentos marítimos


Lisboa, 3 de Junho - Vai ser publicado o regulamento dos serviços dos departamentos marítimos, capitanias dos portos e respectivas delegações do continente e ilhas.
Por esse diploma é a costa de Portugal dividida em três departamentos, denominados do norte, do centro e do sul, e desaparece o actual departamento de oéste, ficando as costas dos archipelagos da Madeira e dos Açores divididas em capitanias em Ponta Delgada, Angra do Heroismo, Horta e Funchal.
As capitanias na costa do continente serão; no departamento marítimo do norte: Caminha, Vianna do Castelo, Povoa de Varzim, Leixões, Porto, Aveiro e Figueira da Foz. No departamento marítimo do centro: Nazareth, Lisboa e Setúbal. No departamento marítimo do sul: Faro, Olhão, Tavira e Villa Real de Santo António. As delegações destas capitanias serão em número de 23.
As verbas a cobrar nas capitanias e delegações, por licenças, matriculas, etc., que pertençam ao Estado, são pagas em estampilhas do imposto do sêllo ou outras que se venham a crear; as quantias arrecadadas provenientes de arrematações do usufructo de locaes de pesca, depositos, etc., são consideradas receitas das capitanias e a receita das licenças annuaes para o exercício da pesca será especialmente destinada ao custeio da despeza feita com a fiscalização do exercício d’aquella industria.
Contém ainda o regulamento: disposições sobre as atribuições do pessoal, penas disciplinares dos empregados civis, vencimentos, inscripção marítima, matriculas, exames para arraes ou mestres, vistorias, fixação de ancoradouros, policia marítima, pesca, etc.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 4 de Junho de 1911)

sábado, 11 de outubro de 2014

Imagens do dia!


Naturalmente, mais do mesmo...

Um navio de passageiros ontem, mais dois durante o dia de hoje, portanto há pouco para acrescentar ao escrito previamente, relativamente ao excelente desempenho da equipa da administração do porto, quanto aos resultados obtidos, em função do aumento regular de escalas de paquetes de cruzeiro, verificadas ultimamente, um rotundo sucesso na área do turismo.

O "Celebrity Infinity", voltou ontem novamente a Leixões,
em viagem desde Vigo, saindo com destino a Harwich

O "Oceana", já hoje,  fez a primeira visita neste ano,
chegando procedente da Corunha, tendo saído para Lisboa

E o "Fram", também hoje, de regresso ao porto,
em viagem desde Brest, saindo com destino a Las Palmas

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Imagens do mês!


E vão cinco!

Que pena as condições meteorológicas não estarem a corresponder, para que, de forma mais harmoniosa, Leixões possa estar a receber condignamente quem nos visita.
Mesmo assim, os navios de passageiros continuam a fazer escalas pelo norte do país, com uma agradável regularidade.
Julgo, sem o poder afirmar, que destes últimos navios que estiveram em porto, somente o "Crystal Symphony" realizou a sua primeira visita às novas instalações portuárias, dado que os restantes são já clientes habituais.
Imagens dos visitantes, como segue:

No dia 3 o "Black Watch",
em viagem desde Vigo, tendo saído com destino a Lisboa

No dia 4 o "Crystal Symphony",
em viagem desde a Corunha, saindo também para Lisboa

No dia 7 o "Boudicca",
em viagem desde Vigo, tendo saído com destino a Greenock

No dia 8 o "Nautica",
em viagem desde Vigo, igualmente para Lisboa

Ainda no dia 8 o "Seven Seas Voyager",
procedente de Vigo, seguiu como os demais para Lisboa

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Estação do I.S.N. de Leixões


Terminadas as obras de restauro das instalações

Teve lugar no dia 13 de Setembro a cerimónia de inauguração, das renovadas instalações da estação José Rabumba (o Aveiro), do Instituto dos Socorros a Náufragos, em Leixões.
Está pois completamente remodelada a estação, passando a oferecer melhores condições de trabalho a uma equipa, cujos níveis de operacionalidade são ímpares no país.
Foi igualmente proporcionada uma melhor área de conforto, para cada vez que se revele necessário o estado de prontidão, ou descanso, para depois do cumprimento das diversas missões de assistência, sempre que são chamados a intervir.
Estiveram presentes na cerimónia diversos convidados, salientando-se o Ministro da Defesa, Dr. Aguiar Branco, o Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Luís Macieira Fragoso, o Vice-Almirante Álvaro Cunha Lopes, o Capitão do porto de Leixões, Capitão-de-Mar-e-Guerra Vítor Martins dos Santos, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Engº Guilherme Pinto e o Presidente do Conselho de Administração da A.P.D.L., Engº Brogueira Dias, entre outras individualidades.

Estação do I.S.N. José Rabumba, em Leixões

O Vice-Almirante Álvaro Cunha Lopes, no uso da palavra, fazendo um resumo histórico das actividades da estação

Um aspecto da assistência

Alocução do Ministro Dr. Aguiar Branco

Momentos de confraternização com os convidados

domingo, 28 de setembro de 2014

Imagem do dia!


Confirmado o novo recorde de escalas

Nesta data dão-se por concluídas as 21 visitas de navios de passageiros, que estavam previstas para o mês de Setembro no porto de Leixões. Foi como se compreende um salto qualitativo em relação aos anos anteriores, sobressaindo de igual forma um substancial aumento no número de passageiros.
Foram facto de relevo as escalas de dois navios da Tui Cruises, os "Mein Schiff 1 e 3", este em plena viagem inaugural, dos 3 navios da Holland America Line e dos dois navios da Costa Cruises, entre os quais o magnifico "Costa Luminosa". E porque o ano não termina agora Leixões irá ainda acolher outros navios, muito embora diminua o excelente ritmo de escalas verificado neste período.
É pois sintomático, que o nível de crescimento apresente valores que apontam para novos recordes já a partir do próximo ano, tendo principalmente em linha de conta, que os trabalhos de construção do edifício onde está instalada a gare marítima está em fase de conclusão, estando prevista a sua inauguração no decorrer dos próximos meses.

O regresso do "Celebrity Infinity" a Leixões,
em viagem desde Vigo, tendo saído com destino a Harwich

sábado, 27 de setembro de 2014

Imagens do dia!


Hoje, em Leixões...

Mais um navio, o "Mein Schiff 1", efectuou a primeira escala no porto, com a sorte de encontrar por cá um dia solarengo, quente e sem vento.

O navio de passageiros "Mein Schiff 1",
em viagem desde a Corunha, saindo com destino a Lisboa

Embarcações de recreio

Conjunto de "Optimists" do Clube de Vela Atlântico

Encontro de pequenos barcos, comandados por jovens velajadores, numa regata que prometia animação e que resultou frustada pela falta de vento. Daí que a ninhada de "optimists" se viu rebocada para as instalações do clube, onde ansiosamente irão esperar por brisas favoráveis às suas navegações.

O iate "Funtastic", registado em Leixões

Com o proprietário e o seu fiel amigo, na proa do barco, em pose, de tal forma que parece indicar o caminho de regresso ao cais, depois de um passeio breve, dando provas de exímio marinheiro.

Embarcação de pesca

"Mestre Feiteira"

Navios porta-contentores, vistos a chegar e a partir do porto

O "Berit"

O "Conmar Elbe"

E o "Wec Brueghel"

Terminada a visita, o "Mein Schiff 1", já caminho de Lisboa

sábado, 20 de setembro de 2014

Imagem do dia!


No dia do porto de Leixões

Uma verdadeira romaria, que se contabilizou em vários milhares de pessoas, aceitou o convite da Administração do porto de Leixões, para visitar as instalações portuárias, em passeios programados e comodamente instalados em autocarros turísticos, colocados à disposição da população.
Houve a rara oportunidade de perceber como funcionam os rebocadores, apreciar maquetes de navios em operação portuária, uma máquina de caminho de ferro a vapor, outrora em uso para transporte de mercadorias, maquetes de casas e monumentos históricos da cidade expostos a propósito, numa coletanea subjacente ao titulo "Focando o Porto", e ainda ajuizar de perto as melhores fotografias da doca, que foram apresentadas a concurso.
Um parque preparado para crianças, com diversos escorregas insuflaveis, possibilitou aos mais novos um dia pleno de divertimento e os menos jovens acorreram em massa, durante a tarde, para assistir aos concertos dos "X4U" e dos "Mind da Gap".
E como normalmente acontece os visitantes foram ainda premiados com "t-shirts" e chapéus de palha, que se revelaram uteis enquanto testemunhavam o esforço da grossa coluna de participantes, na corrida a celebrar este dia tão especial.

A corveta N.R.P."Jacinto Candido", em Leixões

Além das múltiplas atrações já citadas, também a Petrogal quis colaborar na festa, abrindo o corredor do Terminal Petrolífero para visitas, e a Marinha através da corveta "Jacinto Candido" mereceu grande interesse, comprovado pela imagem acima documentada, situação que se repete cada vez que os navios da Armada podem ser apreciados de perto.
Como já previramos o porto de Leixões viveu mais um dia inesquecível, a confirmar do interesse das pessoas pela fronteira marítima, pelos navios e seguramente pelo mar, que lhes está vedado nos restantes dias do ano.
Está portanto de parabéns a Administração do porto por manter viva esta iniciativa, sem esquecer o caudal de funcionários da empresa presentes nos diversos locais, sempre atentos, solícitos e prestáveis, a cada ocasião que se revelaram oportunas ou necessárias as explicações de circunstância.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Imagens do dia!


O regresso do "Bremen"

Julgo poder repetir o que disse no post anterior, relativamente às grandes companhias de navegação, que ano após ano permanecem fieis a trazer os seus navios a Leixões, como é o caso da Hapag Lloyd, já em segunda escala. De lamentar apenas as condições de tempo, que o navio encontrou por cá, com vento forte e muita chuva. Acontece!...

No dia 18, a escala do "Bremen",
em viagem desde a Corunha, tendo saído para Lisboa

Para este mês estão ainda esperados os navios "Mein Schiff 1" e "Celebrity Infinity", dos quais daremos notícia oportunamente.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Imagens do dia!


E vão três!

Creio que ninguém poderá ignorar a importância da companhia Holland America Line, no contexto global, ligada inicialmente ao transporte de passageiros, com diversos paquetes que fizeram história, bem como no mercado de cruzeiros numa fase mais recente. E do mesmo modo, todos os navios utilizados no transporte de mercadorias, desde o século XIX, identificados com o sufixo "dyk", comum a toda a frota, a viajar ao redor do mundo.

No dia 15, a escala do "Prinsendam",
em viagem desde St. Malô, saindo com destino a Lisboa

E hoje, dia 17, foi a vez do "Rotterdam",
em viagem desde a Corunha, também com destino a Lisboa

Desta companhia vão três só neste mês, depois da visita do "Ryndam", que passou pelo porto no passado dia 3. É o regresso a Leixões dos navios das grandes companhias de navegação, resultado de um trabalho excelente e por motivos óbvios digno dos maiores elogios.
Eis mais um exemplo a celebrar, em pleno clima de festa.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Divulgação


É já no próximo sábado!


Repete-se este ano o dia do porto de Leixões, com a antecipada certeza do bom acolhimento recebido em anos anteriores. Para o actual evento foram introduzidas algumas novidades, pelo que é esperado um avolumar de presenças, o que significa ser garante de um início de fim-de-semana bem passado. E, valendo-nos das previsões atmosféricas, até o tempo vai querer colaborar para um renovado sucesso.

sábado, 13 de setembro de 2014

Imagens do dia!


Em véspera de fim de semana...

O navio tanque italiano "Peonia",
que visita o porto com grande regularidade

Navios de passageiros
Mais três navios fizeram escala em Leixões, nas últimas horas, com a novidade de terem sido vistos dois navios da Costa Cruzeiros, em dois dias consecutivos.

No dia 12, ontem, o "Costa Neo Romantica",
chegou procedente de Guernsey, saindo com destino a Lisboa

Já hoje, dia 13, voltou ao porto o "Club Med 2",
em viagem desde a Corunha, tendo saído para Málaga


Ainda nesta data, fez igualmente visita o "Insignia",
tendo viajado desde Lisboa, para sair com destino a Vigo

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Imagens do dia!


Mais escalas de navios em Leixões
Foi grande o movimento turístico nesta data, mas também foram vistos navios de comércio em continuo movimento, tanto no transporte de contentores como no transporte de combustíveis líquidos. Eis dois desses exemplos:

O porta-contentores "Bjork Rider"

O navio tanque "Kirsten Maersk"

Navios de passageiros
Da tripla de navios que passaram hoje pelo porto, o "Wind Surf" e o "Silver Cloud" estão já perfeitamente identificados, em função de diversas visitas regulares, que vem sendo realizadas há alguns anos. Talvez por esse motivo as atenções estivessem viradas para a primeira escala do enorme "Costa Luminosa", recebido em Leixões exactamente nas condições que o nome do navio apregoa.

O "Wind Surf",
Em viagem desde a Corunha, saindo com destino a Lisboa

O "Silver Cloud",
Também em viagem desde a Corunha, com destino a Lisboa

E o majestoso "Costa Luminosa",
Em viagem desde o Havre, tendo igualmente saído para Lisboa