O naufrágio do vapor "Corinthian"
Sinistro marítimo
O vapor inglês “Corinthian”, que ontem saiu a barra do rio Douro, às 11 horas da manhã, com um carregamento de gado e fruta para Liverpool, encalhou nas pedras a 5 milhas ao Sul de Viana.
A casa dos srs. Chamiços recebeu ontem às 11 horas da noite, de Viana, uma participação telegráfica com a notícia deste sinistro. Os consignatários do “Corinthian” são os srs. Chamiço e Coverley. Por parte dos srs. Chamiço partiu para Viana o sr. Henrique Spratley, e por parte do sr. Coverley o sr. Cutler.
Os passageiros e a tripulação salvaram-se e há esperanças de que o vapor possa safar-se. Os consignatários resolveram mandar ao lugar do sinistro para auxiliar o “Corinthian”, o vapor “Braganza”, que para este fim já hoje saiu a barra, às 11 horas da manhã.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 4 de Julho de 1864)
Identificação do vapor "Corinthian"
A casa dos srs. Chamiços recebeu ontem às 11 horas da noite, de Viana, uma participação telegráfica com a notícia deste sinistro. Os consignatários do “Corinthian” são os srs. Chamiço e Coverley. Por parte dos srs. Chamiço partiu para Viana o sr. Henrique Spratley, e por parte do sr. Coverley o sr. Cutler.
Os passageiros e a tripulação salvaram-se e há esperanças de que o vapor possa safar-se. Os consignatários resolveram mandar ao lugar do sinistro para auxiliar o “Corinthian”, o vapor “Braganza”, que para este fim já hoje saiu a barra, às 11 horas da manhã.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 4 de Julho de 1864)
Identificação do vapor "Corinthian"
Armador: Bibby & Co., Liverpool, Inglaterra
Cttor.: John Reid & Co., Port Glasgow, Escócia, Maio,1855
Arqueação: Tab 1.073,00 tons - Tal 703,00 tons
Dimensões: Pp 73,82 mts - Boca 9,14 mts - Pontal 6,10 mts
Propulsão: 1 motor compósito
Cttor.: John Reid & Co., Port Glasgow, Escócia, Maio,1855
Arqueação: Tab 1.073,00 tons - Tal 703,00 tons
Dimensões: Pp 73,82 mts - Boca 9,14 mts - Pontal 6,10 mts
Propulsão: 1 motor compósito
Vapor “Corinthian”
Um telegrama chegado ontem de Viana informa estarem destruídas todas as esperanças, dadas pela notícia anterior relativamente ao vapor inglês “Corinthian”, que tendo saído ante-ontem a barra do rio Douro, encalhou às 6 horas da tarde do mesmo dia num banco de areia a 5 milhas ao Sul de Viana, abrindo logo água.
Às 3 horas da madrugada de ontem, a tripulação vendo que o navio ia submergir-se abandonou-o e desembarcou a salvo em Viana.
Com os socorros prestados pelas repartições competentes daquela cidade pôde ser salvo do vapor naufragado parte do gado que ia no convés.
O “Corinthian” está totalmente perdido. Bateu e submergiu-se em sítio tão fundo, que ontem às 3 horas da tarde, segundo uma carta de Viana, apenas se viam os mastros fora da água. Os tripulantes tinham-no abandonado pouco antes da submersão.
O vapor levava perto de 300 bois, dos quais ainda foram salvos 60 e tantos, que iam no convés. Mergulhadores empregados para a salvação da carga, ainda não tinham conseguido salvar nada até às 3 horas da tarde de ontem.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 5 de Julho de 1864)
Às 3 horas da madrugada de ontem, a tripulação vendo que o navio ia submergir-se abandonou-o e desembarcou a salvo em Viana.
Com os socorros prestados pelas repartições competentes daquela cidade pôde ser salvo do vapor naufragado parte do gado que ia no convés.
O “Corinthian” está totalmente perdido. Bateu e submergiu-se em sítio tão fundo, que ontem às 3 horas da tarde, segundo uma carta de Viana, apenas se viam os mastros fora da água. Os tripulantes tinham-no abandonado pouco antes da submersão.
O vapor levava perto de 300 bois, dos quais ainda foram salvos 60 e tantos, que iam no convés. Mergulhadores empregados para a salvação da carga, ainda não tinham conseguido salvar nada até às 3 horas da tarde de ontem.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 5 de Julho de 1864)
Vapor “Braganza”
Este vapor, que ante-ontem tinha saído a barra para ir prestar auxílio ao vapor “Corinthian”, naufragado a algumas milhas ao Sul do porto de Viana, entrou ontem de tarde no Douro, trazendo o gado que tinham conseguido salvar, que como foi dito, foram 60 e tantos bois. Trouxe também parte da tripulação.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 6 de Julho de 1864)
O vapor “Corinthian”
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 6 de Julho de 1864)
O vapor “Corinthian”
O jornal de Viana, «Aurora do Lima» de ontem, informa que o vapor “Corinthian” continua submerso, sem que haja as menores esperanças de poderem safá-lo.
Por parte das estações competentes continuam a empregar todos os esforços para salvar o que fôr possível da carga e casco do vapor naufragado, tendo para isso empregado o serviço de mergulhadores.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 7 de Julho de 1864)
Por parte das estações competentes continuam a empregar todos os esforços para salvar o que fôr possível da carga e casco do vapor naufragado, tendo para isso empregado o serviço de mergulhadores.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 7 de Julho de 1864)
O vapor “Corinthian”
O «Vianense» de 9 do corrente diz o seguinte:
«Pelos mergulhadores tem sido tirada grande parte do cordame do vapor naufragado, e algumas das muitas sacas com lã que faziam parte da carga.
Ontem foi aplicado um cofre de pólvora ao casco do vapor, mas foi insignificante o resultado desta primeira experiência. Consta que hoje será empregue um cofre contendo muito mais pólvora a ver se a explosão dá os resultados que esperam desta tentativa».
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 11 de Julho de 1864)
«Pelos mergulhadores tem sido tirada grande parte do cordame do vapor naufragado, e algumas das muitas sacas com lã que faziam parte da carga.
Ontem foi aplicado um cofre de pólvora ao casco do vapor, mas foi insignificante o resultado desta primeira experiência. Consta que hoje será empregue um cofre contendo muito mais pólvora a ver se a explosão dá os resultados que esperam desta tentativa».
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 11 de Julho de 1864)
O vapor “Corinthian”
Diz o «Vianense» de ontem que fôra aplicado à popa deste vapor naufragado, um segundo cofre, contendo muito maior porção de pólvora que o primeiro, e que a explosão dera resultados satisfatórios. Saiu um dos mastros, que quebrou com a explosão, e grande número de sacas de lã e outros pertences do navio tem sido extraídos do seu casco.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 12 de Julho de 1864)
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 12 de Julho de 1864)
Vapor “Corinthian”
Viana, 18 - Tem continuado com muita actividade e óptimo resultado os trabalhos empreendidos para recolher os salvados do vapor “Corinthian”. Ontem ficaram já em terra quase todas as sacas de lã que o navio conduzia, sendo essa a parte mais importante do seu carregamento, além do gado.
Dos aprestes do vapor também tem sido recolhidos alguns e continuam as diligencias para salvar tudo quanto seja possível. Óptimo serviço hão feito os mergulhadores, dirigidos pelo sr. João Pereira Xavier, que é competentíssimo para estes trabalhos.
O consignatário, sr. Mateus José Barbosa e Silva, tem sido incansável nos meios empregados para minorar os prejuízos daquele desastrado naufrágio.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 19 de Julho de 1864)
Dos aprestes do vapor também tem sido recolhidos alguns e continuam as diligencias para salvar tudo quanto seja possível. Óptimo serviço hão feito os mergulhadores, dirigidos pelo sr. João Pereira Xavier, que é competentíssimo para estes trabalhos.
O consignatário, sr. Mateus José Barbosa e Silva, tem sido incansável nos meios empregados para minorar os prejuízos daquele desastrado naufrágio.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 19 de Julho de 1864)
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