domingo, 27 de julho de 2014

Op Sail' '76


A operação "Sail" de grandes veleiros em 1976,
nas comemorações do bicentenário da cidade de Boston
2ª Parte

"Dar Pomorza", da Polónia
"Eagle", da Guarda Costeira Americana
"Sagres", o principal embaixador nacional
"Libertad", da Argentina

A operação “Sail”, de 1976, viria a revelar-se num exemplo fantástico de colaboração entre empresas privadas, que em conjunto foram o suporte financeiro da celebração do bicentenário. Deve ser feita justiça aqueles que voluntariamente colaboraram na angariação de fundos, oferecendo o seu tempo e dinheiro para que a operação tivesse sucesso.
É verdadeiramente notável, que um evento desta magnitude pudesse ser executado através da colaboração com um largo número de países, pessoas e organizações. É também o tributo à compreensão internacional revelado através dos participantes, face ao trabalho realizado directamente entre pessoas, ou grupos, oriundos de diferentes partes do globo.
Foi, enfim, o resultado que justificou em pleno o projecto de celebração das comemorações do bicentenário, na tradicionalmente marítima cidade de Boston.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Op Sail' '76


A operação "Sail" de grandes veleiros em 1976,
nas comemorações do bicentenário da cidade de Boston
1ª Parte

A regata iniciada no porto de Portsmouth, em Inglaterra, com escalas nos portos de Lisboa, Tenerife e Bermuda, propiciou o encontro de veleiros de grandes dimensões, oriundos de cerca de 30 países, no porto americano de Boston, para em conjunto colaborarem nas comemorações do bicentenário da cidade.
Desse evento há registo de algumas imagem dos navios, encabeçados pela fragata americana "Constitution", cuja localização à entrada do porto, serviu para dar as boas-vindas à frota internacional participante nas festividades.

"Constitution"
"Kruzenshtern", da Rússia
"Sir Winston Churchill", de Inglaterra
"Amerigo Vespucci", de Itália

quinta-feira, 10 de julho de 2014

História trágico-marítima (CXL)


O naufrágio do iate “Valadares 4º”

Naufrágio e mortes
Caminha, 9 de Outubro – O iate “Valadares 4º”, procedente de Lisboa com carga da praça para este porto naufragou na noite passada nas alturas de Vigo, morrendo o mestre e mais quatro tripulantes. Salvaram-se apenas dois tripulantes, de nome Manuel Marques e João Salgado, naturais de Ílhavo.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 10 de Outubro de 1893)

Identificação do iate “Valadares 4º”
Armador: José Maria Valadares, Caminha
Nº Oficial: N/tem - Iic: H.F.S.J. - Porto de registo: Caminha
Construtor: António José Gonçalves, Caminha, 09.08.1876
Arqueação: Tal 59,01 tons – 167,24 m3
Dimensões: Ff 18,90 mts - Boca 5,90 mts - Pontal 2,40 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 7 tripulantes

Nos jornais de Vigo vêm publicados diversos pormenores acerca do naufrágio deste navio, já referenciado na edição anterior do jornal, conforme notícias recebidas de Caminha.
O iate, arrastado pela corrente, e quando com mais fúria se desencadeava o temporal, foi de encontro às rochas das ilhas Cies, ficando despedaçado e desaparecendo imediatamente.
Eram 2 horas e meia da madrugada de Domingo. As ondas batiam com tremendo fragor nos penhascos da costa, e dos tripulantes do “Valadares 4º”, só dois restavam vivos. Um deles fôra lançado pelo mar sobre terra firme, mas o outro ficara metido entre os rochedos, com o corpo magoado, e sem poder fazer o mais insignificante movimento.
Quando amanheceu puderam dirigir-se para uma fábrica de conservas que há nas imediações onde se dera o naufrágio, sendo ali socorridos e fornecidos de roupas e depois conduzidos para Vigo.
A tripulação do iate compunha-se do mestre José Marques, de 54 anos de idade, do contra-mestre seu filho Manoel Marques, de 24 anos, e dos marinheiros Edmundo de Paula, António Brígido, António Teixeira e João da Cunha.
Salvou-se este último, que só tem 15 anos de idade, estando muito contundido. O outro que se salvou é o filho do mestre Manoel Marques, que ficou com o corpo muito ferido.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 11 de Outubro de 1893)

Na notícia do bota-abaixo deste iate em Caminha, sobre as águas do rio Minho, constata-se ter ocorrido no dia 9 de Agosto de 1876, pelas 5 horas da tarde, apresentando o novo navio 80 palmos de quilha. À sua queda na água, que se efectuou com felicidade, assistiram como sempre acontece em idênticas situações, bastantes espectadores. Esta informação está disponível no jornal “Comércio do Porto”, de Domingo, 13 de Agosto de 1876.