sábado, 6 de setembro de 2008

Mar adentro (3) - Navios da pesca do bacalhau


Os navios da pesca do bacalhau

Tanto quanto julgo saber, quem por um motivo ou outro se deixou apaixonar por navios, gosta igualmente ou mais ainda dos navios que ao longo dos anos estiveram ligados à pesca do bacalhau. Como os registos fotográficos somente nos permite conhecer frotas que navegaram no século XX, ficamos presos à curiosidade de imaginar como seriam os navios dum passado mais longínquo e como seria efectuada a captura do fiel amigo.
Consegui encontrar algumas respostas através da interessante contribuição de Robert Jackson, tal como o desenho de um navio de pesca Francês, que tal como os originais construídos em madeira, terão navegado e pescado na Terra Nova por volta de 1780.


Navio bacalhoeiro do século XVIII

Se a memória não me atraiçoa, por ter lido ou ouvido comentários nesse sentido, creio ter havido uma forte ligação à França durante muitos anos, copiando-lhes o formato dos navios (que nos visitavam regularmente para carregar sal), ou até se a ocasião propocionasse teriamos mesmo comprado alguns desses navios para pescar. Daí que espero não estar longe da verdade, ao admitir que nesse período da nossa história, os poucos navios nacionais que pescaram nos bancos, seriam iguais ou muito identicos ao modelo representado na gravura.

Diz o texto que acompanha a imagem:
No século XVIII as frotas pesqueiras da Europa e dos Estados Unidos, convergiam a cada estação ao encontro de grandes cardumes de bacalhaus, que se encontravam nos bancos a Sul da Terra Nova. As águas nos bancos como eram pouco profundas, permitiam o ancoradouro às embarcações, onde amarravam para pescar.
Face às condições de tempo e mar os navios eram posicionados de proa ao vento, enquanto os pescadores usando linhas singelas, ficavam colocados numa plataforma preparada para o efeito, de costas ao vento, protegendo-se do frio. Outros membros da tripulação dividiam-se entre a proa e a ré do navio, com redes, capturando o peixe que eventualmente escapasse das linhas. Ainda outros, menos afortunados, utilizavam pequenos botes para pescar, com ordens rigorosas para apenas regressar com carregamentos completos. Os navios tinham arqueações brutas na ordem das 400 toneladas e cerca de 30 metros de comprimento por 8 metros de boca.

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