“ Porto “
A draga “Porto” constitui para uma boa parte dos trabalhadores portuários, do Douro e de Leixões, já reformados ou a reformar nos próximos anos, uma das imagens mais marcantes de um longo quotidiano. Sempre presente, vestida no luto característico das dragas, raramente dela se falava, apesar dos seus respeitáveis 80 anos de existência.
A sua construção foi encomendada pela Junta Autónoma das Obras da Cidade do Porto ao estaleiro Alemão Deutsche Werke F. Schichau, em Elbing, tendo ficado pronta em Junho de 1913, ano em que deu início ao serviço de dragagens. A compra do navio foi conseguida através de subscrição pública, efectuada na cidade, por proposta da Associação Comercial do Porto. Funcionou sempre com a mesma máquina, do mesmo nome e marca do construtor, tinha um motor de tripla expansão a debitar 450 Ihp, para uma velocidade média na ordem das 8 milhas por hora.
E porque com o mudar dos tempos mudam-se as vontades, reparamos que além do primeiro registo na Capitania do Douro, de 1913 até 1930, muito curiosamente a draga teve ainda dois outros registos, como segue:
A sua construção foi encomendada pela Junta Autónoma das Obras da Cidade do Porto ao estaleiro Alemão Deutsche Werke F. Schichau, em Elbing, tendo ficado pronta em Junho de 1913, ano em que deu início ao serviço de dragagens. A compra do navio foi conseguida através de subscrição pública, efectuada na cidade, por proposta da Associação Comercial do Porto. Funcionou sempre com a mesma máquina, do mesmo nome e marca do construtor, tinha um motor de tripla expansão a debitar 450 Ihp, para uma velocidade média na ordem das 8 milhas por hora.
E porque com o mudar dos tempos mudam-se as vontades, reparamos que além do primeiro registo na Capitania do Douro, de 1913 até 1930, muito curiosamente a draga teve ainda dois outros registos, como segue:
A draga "Porto" vista em postal ilustrado
Edição da Tabacaria Africana, Porto
Edição da Tabacaria Africana, Porto
Nº Of.: P-2647 > Iic.: Não tinha > Registo: Porto, 1931-1935
Entidade responsável: Junta Autónoma do Porto de Leixões
Tonelagens: Tab 825,12 to > Tal 323,34 to
Cpmts.: Pp 57,23 mt > Boca 10,94 mt > Pontal 4,22 mt
Nº Of.: G-408 > Iic.: C.S.D.E. > Registo: Lisboa, 1936-1992
Ent. responsável: Adm. Geral Serv. Hidráulicos e Eléctricos
Não se registaram alterações nas principais características.
Amarrada no porto de Viana do Castelo desde 1981, sob o nome "Procyon", ali deve ter permanecido durante vários anos, até à resolução de venda em hasta pública, possivelmente a sucateiros para trabalhos de demolição, em 1992.
Entidade responsável: Junta Autónoma do Porto de Leixões
Tonelagens: Tab 825,12 to > Tal 323,34 to
Cpmts.: Pp 57,23 mt > Boca 10,94 mt > Pontal 4,22 mt
Nº Of.: G-408 > Iic.: C.S.D.E. > Registo: Lisboa, 1936-1992
Ent. responsável: Adm. Geral Serv. Hidráulicos e Eléctricos
Não se registaram alterações nas principais características.
Amarrada no porto de Viana do Castelo desde 1981, sob o nome "Procyon", ali deve ter permanecido durante vários anos, até à resolução de venda em hasta pública, possivelmente a sucateiros para trabalhos de demolição, em 1992.
A draga "Porto" em operação na fase mais recenteimagem (c) Fotomar
4 comentários:
Caro Reimar
Bonitas imagens da nossa “Tripeira” draga Porto, que prestou relevantes serviços ao Douro/Leixões e a outros portos Nortenhos e foi comprada pela Associação Comercial do Porto, por subscrição pública na cidade do Porto. Um dia rumou a Sul e lá se foi a draga, que era privativa dos portos do Douro e Leixões. Em 1981 encontrava-se imobilizada no porto de Viana do Castelo com o nome de Procyon, onde foi leiloada em hasta pública, possivelmente vendida a sucateiros. No rio Douro tinha o seu ancoradouro no caneiro da Ínsua, Ouro, junto das instalações da antiga junta portuária, hoje APDL ou melhor “Porto de Leixões”, como agora se diz. Parece que a APDL se desinteressou pelo porto do Douro ou ou melhor porto do Porto.
.Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro
Caro Martins!!Quem diria que nos iríamos encontrar nas lides virtuais! Os propósitos são diferentes, no entanto. Eu cá apostei na pseudo poesia/prosa como forma de expressão dos tempos parados..imaginários. Mas Parabéns pelo seu blog! Recuperou uma alma antiga, e brindou-nos com a História desta arte bem portuguesa de reinar os mares. (dito baixinho:é pedagógico e eu bem preciso de aprender!) Heheheh
Continuação de boas viagens!
aahh! não sabe quem sou? Coloque a Helena à frente, o Pedro ao lado e aqui a incógnita a tenta focar com um ar atrapalhado. Já descobriu?
Olá Ana Claudia!
Saiba que coloquei a Helena à frente, o Pedro e a incógnita ao lado e o rosto vai concerteza manter-se perplexo durante muito tempo.
Como não me chamo Martins, houve seguramente troca de identidade, mas agradeço o facto de ter gostado do blog. Espero todavia que isso não seja motivo impeditivo para voltar e viajar connosco na descoberta dum imenso e saudoso mar Portugês.
Obrigado e até sempre, Reimar
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