Notas sobre o naufrágio
O capitão (não está identificado) tinha sempre a última palavra. Dele chegou a descrição do ataque ao navio, algo mais ou menos próximo do que já foi relatado no texto anterior. Salvaram-se os 5 tripulantes que seguiam a bordo, na baleeira do navio, numa derrota que teve Sines como porto de abrigo. No dia 13 de Dezembro, chegavam a Lisboa para prestar declarações à autoridade marítima competente. Depois, acto contínuo, iniciavam a viagem de regresso a casa.
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Eram quatro horas e meia da manhã de sábado (09.12.1916), quando o “Brizella” se encontrava a 65 milhas a Oeste de Cascais. Subitamente começou a sentir-se em volta da embarcação um ruído semelhante ao de um motor de um aeroplano. Toda a tripulação acorreu a observar o fenómeno quando, a curta distância do barco, pela popa, surgiu um submarino. Imediatamente um oficial apareceu rodeado de marinheiros armados, reclamando os papeis de bordo. O piloto, António dos Santos Embonado (a), levou a bordo do submarino o manifesto de carga e o passaporte do navio.
O comandante do submarino deu 10 minutos para que a tripulação tomasse uma baleeira. Assim se fez, reunindo-se todos a bordo. Depois disto o submarino atracou-se ao lugre e um dos marinheiros foi colocar no porão uma bomba explosiva. Após isto, o submarino e a baleeira afastaram-se do “Brizella” e deu-se a explosão; mas, como o barco não submergisse, de bordo do submarino alvejaram o lugre com um tiro de canhão para a proa.
Às seis horas da manhã, o “Brizella” afundou-se pela proa e em seguida o submarino mergulhou. Este tinha pelo menos o dobro do comprimento do “Brizella”, que media mais de 25 metros. O navio inimigo estava pintado de branco. O lugre “Brizella” não estava no seguro. A carga avaliada em sete contos, estava segura nas companhias Ultramarina e Atlântica.
O comandante do submarino deu 10 minutos para que a tripulação tomasse uma baleeira. Assim se fez, reunindo-se todos a bordo. Depois disto o submarino atracou-se ao lugre e um dos marinheiros foi colocar no porão uma bomba explosiva. Após isto, o submarino e a baleeira afastaram-se do “Brizella” e deu-se a explosão; mas, como o barco não submergisse, de bordo do submarino alvejaram o lugre com um tiro de canhão para a proa.
Às seis horas da manhã, o “Brizella” afundou-se pela proa e em seguida o submarino mergulhou. Este tinha pelo menos o dobro do comprimento do “Brizella”, que media mais de 25 metros. O navio inimigo estava pintado de branco. O lugre “Brizella” não estava no seguro. A carga avaliada em sete contos, estava segura nas companhias Ultramarina e Atlântica.
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(a) Até agora não foi possível identificar a tripulação do navio à excepção do piloto, Sr. António dos Santos Embonado. Como curiosidade o piloto Embonado foi promovido a capitão em 1917, sendo-lhe entregue o comando do lugre “Ligeiro”, (que navegou entre 1917 e 1918), matriculado na praça da Figueira da Foz. Capitão de fraca sorte, a bordo deste lugre voltou a encontrar outro submarino, ao largo de Vila do Conde, tendo novamente resultado na perda do navio, agora a 26 de Janeiro de 1918. Já era preciso ter azar...
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