terça-feira, 3 de março de 2009

Navegar é preciso, viver não é preciso...


O lugre “ Rio Cávado “
1918 – 1918

O "Rio Cávado" no estaleiro em Fão
foto / postal da minha colecção

Este navio foi construído no estaleiro de Fão, por José de Azevedo Linhares. Por ter ficado preso na carreira durante o seu 1º bota-abaixo, a 11 de Junho, foi atrasado o lançamento à água para o dia 15 de Julho de 1918. Destinou-se a uma sociedade armadora do Porto, encabeçada por João de Barros. Tinha uma tonelagem de arqueação liquida de 277 toneladas. De curta existência pouco ou quase nada navegou. Na primeira e última viagem em derrota para Bristol, Inglaterra, com um carregamento de vinho do Porto, foi afundado por um submarino Alemão, com 13 tiros de canhão. O ataque aconteceu pelas 6 horas da manhã do dia 2 de Outubro de 1918, quando se encontrava a 290 milhas NW do Cabo Prior. Os 5 tripulantes salvaram-se recorrendo à baleeira do navio, aportando à cidade do Ferrol, no norte de Espanha, onde chegaram famintos, quase nús mas felizmente vivos. Desta vez navegar não foi preciso, fundamental foi sobreviver a qualquer custo.

1 comentário:

Ana Maria Lopes disse...

Acho sempre as imagens destes lugres espectaculares. Nunca me cansam. História curiosa! Com marcação de segunda data de bota-abaixo, o que, às vezes acontecia.
Depois, com o torpedeamento, vida fugaz que teve; a sorte foi serem apenas cinco tripulantes que se salvaram em dramáticas condições, mas salvaram.
Por coincidência ou não, hoje tinha de ler outro atentado. Foram os casos, que bem sabe, do Maria da Glória e do Delães, em 1942, de trágicas consequências para Ílhavo. Enquanto consultava jornais, passaram-me pelos olhos e parei para os reler.
Boas pesquisas!