Chegaram os Russos!...
2ª parte
2ª parte
O iate “ Famalicão III “ encontrava-se a navegar com destino a Viana do Castelo, com um carregamento completo de sal, com bom tempo, sem novidade. Chegada a madrugada do dia 19 de Novembro, caiu repentinamente um violento temporal, contudo a tripulação sem perder a serenidade, prosseguiu lentamente a viagem cumprindo a derrota. A cada milha que o navio se aproximava da costa, a intempérie aumentava de intensidade, até que a curto trecho as velas se foram rasgando, enquanto as pipas de água potável se iam desfazendo, cada vez que as vagas entravam furiosamente pelo convés. Sem velas o mestre do iate manteve-se agarrado ao leme, tentando manter a proa da embarcação enfrentando as ondas alterosas, enquanto a tripulação deitava as mãos às bombas, para freneticamente tentar escoar a água que se acumulava a bordo.
Com uma ligeira melhoria do tempo, vogaram ao sabor da corrente, atentos a toda e qualquer possibilidade de ajuda. Durante 7 dias à deriva viram passar próximo um navio inglês, outro sueco e um italiano, tendo ignorado a buzina e as bandeiras colocadas no mastro, apelando ao socorro e salvamento. O desespero ia aumentando de hora a hora, minuto a minuto.
No horizonte surge a silhueta dum quarto navio, que se desloca velozmente para norte. Subitamente altera a rota no direcção do iate e quando se encontrava já próximo, é identificado pelo mestre, como sendo um navio russo. De bordo deste navio, através de um alto-falante um tripulante grita, em perfeito português; Esperem, camaradas! Já os vamos salvar. Sem perda de tempo o tanque exibindo a perícia dum capitão experimentado, manobrou por fora a cortar a ondulação, colocando-se quase a par do iate. Dali foi passada uma espia, seguindo-se o cabo de reboque. O navio russo aproou ao mar, virando-se depois com rumo a sul, dando início à viagem para Leixões.
Compunham a tripulação do “Famalicão III”, então propriedade do Sr. Alberto de Azevedo, de Viana, Francisco da Silva, mestre, Custódio Vieira, contra-mestre, António dos Santos, Manuel Rodrigues Lima e Manoel da Silva, marinheiros, todos naturais e residentes em Viana do Castelo, bem como o cozinheiro José da Costa. Apenas o moço, Aníbal Azevedo, era natural e residente em Darque. Os tripulantes sofreram ferimentos ligeiros, nos tombos que deram devido à forte oscilação do navio. Apenas o mestre apresentava ferimentos mais graves, por ter sido atingido por um dos barris de água potável.
Já em Leixões comentavam refeitos do susto, depois de uma semana de futuro incerto, que os russos foram duma extrema cordialidade, fazendo por eles muito, além do imaginável. Ficaram-lhes eternamente gratos, credores da vida de cada um. Aquele navio e todos aqueles homens da tripulação, jamais seriam esquecidos.
Com uma ligeira melhoria do tempo, vogaram ao sabor da corrente, atentos a toda e qualquer possibilidade de ajuda. Durante 7 dias à deriva viram passar próximo um navio inglês, outro sueco e um italiano, tendo ignorado a buzina e as bandeiras colocadas no mastro, apelando ao socorro e salvamento. O desespero ia aumentando de hora a hora, minuto a minuto.
No horizonte surge a silhueta dum quarto navio, que se desloca velozmente para norte. Subitamente altera a rota no direcção do iate e quando se encontrava já próximo, é identificado pelo mestre, como sendo um navio russo. De bordo deste navio, através de um alto-falante um tripulante grita, em perfeito português; Esperem, camaradas! Já os vamos salvar. Sem perda de tempo o tanque exibindo a perícia dum capitão experimentado, manobrou por fora a cortar a ondulação, colocando-se quase a par do iate. Dali foi passada uma espia, seguindo-se o cabo de reboque. O navio russo aproou ao mar, virando-se depois com rumo a sul, dando início à viagem para Leixões.
Compunham a tripulação do “Famalicão III”, então propriedade do Sr. Alberto de Azevedo, de Viana, Francisco da Silva, mestre, Custódio Vieira, contra-mestre, António dos Santos, Manuel Rodrigues Lima e Manoel da Silva, marinheiros, todos naturais e residentes em Viana do Castelo, bem como o cozinheiro José da Costa. Apenas o moço, Aníbal Azevedo, era natural e residente em Darque. Os tripulantes sofreram ferimentos ligeiros, nos tombos que deram devido à forte oscilação do navio. Apenas o mestre apresentava ferimentos mais graves, por ter sido atingido por um dos barris de água potável.
Já em Leixões comentavam refeitos do susto, depois de uma semana de futuro incerto, que os russos foram duma extrema cordialidade, fazendo por eles muito, além do imaginável. Ficaram-lhes eternamente gratos, credores da vida de cada um. Aquele navio e todos aqueles homens da tripulação, jamais seriam esquecidos.
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