O encalhe do vapor “Arrábida “
1910 - 1914
1910 - 1914
O "Arrábida" na praia da Junqueira
imagem (c) colecção fsc
imagem (c) colecção fsc
Armador : Empreza Portuense de Pescarias, Lda., Porto
Nº Oficial : -?- > Iic.: -?- > Porto de registo : Porto
Construtor : -?-, North Shields, Inglaterra, 1902
ex “King Edward”, -?-, Cardiff, Inglaterra, 1902-1910
Tonelagens : Tab 203,00 to > Tal 57,00 to
Equipagem : 13 tripulantes
Nº Oficial : -?- > Iic.: -?- > Porto de registo : Porto
Construtor : -?-, North Shields, Inglaterra, 1902
ex “King Edward”, -?-, Cardiff, Inglaterra, 1902-1910
Tonelagens : Tab 203,00 to > Tal 57,00 to
Equipagem : 13 tripulantes
Capitães embarcados : João da Rocha (1912) e Manuel de Oliveira da Velha (1913 e 1914)
O naufrágio em 21 de Março de 1914
Ao começo da noite encalhou na Ponta da Rana, à entrada da barra de Lisboa, o vapor de pesca “Arrábida”, do Sr. Guilherme Puís, da praça do Porto. O navio tinha 13 homens a bordo, que através de sinais luminosos pediram socorro. Da fortaleza foram dados três tiros de peça, em sinal de alarme. Acudiu o salva-vidas de Cascais, que salvou todos os tripulantes, trazendo-os para terra. Pelo que diz a tripulação, relativamente à posição do casco do navio, parece que este se poderá safar. (CP 22.03.1914)
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Devido a um mar muito agitado, este navio encalhou na Praia da Junqueira, entre Carcavelos e a Parede, com uma tripulação de treze homens. Dado o alarme em Cascais, logo saiu o salva-vidas capitaneado pelo patrão Luís da Silva, o “Espanhol”, que consegue abordar o vapor. Obrigou então a tripulação a entrar para o salva-vidas, tendo ainda procurado o capitão, que se encontrava a bordo, de pistola em punho, preparando-se para num acto de desespero pôr fim à vida. Dissuadido das suas intenções, o capitão juntou-se à tripulação no salva-vidas, seguindo este para Paço de Arcos. Também presente no local do sinistro o salva-vidas de Paço de Arcos, os seus serviços foram dispensados. O patrão e tripulação do salva-vidas foram louvados por mais esta dura prova de grande heroísmo. (Náufrágios no litoral Cascalense, 2005)
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Dois dias decorridos sobre o encalhe do vapor “Arrábida”, o navio não mudou de posição, conservando-se com a proa ao norte, muito adornado a bombordo e metido por terra dentro. No local do encalhe esteve o rebocador “Cabo da Roca”, para encetar os trabalhos do seu salvamento, mas teve de retroceder, por soprar nortada forte e o cachão a isso impossibilitar. O navio que continua abandonado pela tripulação, considera-se perdido se o mar não amainar, ou se não se apressarem os trabalhos para retirá-lo daquela situação. Até esta altura, nem o Agente nem o proprietário apareceram a tomar conta dele, encontrando-se apenas a guardar o navio a guarda-fiscal. Ao local do encalhe tem afluído muita gente. (CP 24.03.1914)
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Os treze náufragos do vapor “Arrábida”, encalhado na Ponta da Rana, foram apresentar-se ao Instituto de Socorros a Náufragos para pedir auxílio, pois perderam todos os seus haveres. (CP 24.03.1914)
3 comentários:
Muito bom dia,
Interessando-me por este vapor, vinha solicitar-lhe a amabilidade de me descodificar, por favor, a sigla CP, indicada nas referências que coloca a data no final de cada uma dos notícias.
Desde já muito obrigado e melhores cumprimentos
Jorge Russo
Caro Jorge Russo,
As iniciais CP referem-se ao jornal Comércio do Porto, de onde normalmente faço a recolha de notícias.
Cumprimentos,
Reinaldo Delgado
Muito obrigado,
Da maior utilidade.
Um forte abraço
Jorge Russo
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