A história do " Pimpão "
Na galeria dos sinónimos para “Pimpão”, encontramos os termos valentão, corajoso, janota, peralta, elegante, garboso e valente. Da mesma forma a expressão “pimpar”, significa passar vida larga e divertida. Por todos estes motivos, que melhor nome um navio poderia ter… Era um palhabote que me apareceu disfarçado de iate, registado em Viana do Castelo e que descobri recentemente. Como todos os navios, tem esta história para contar.
O " Pimpão "
Foi construído em 1885 pelo mestre construtor Manuel Dias dos Santos Borda, em estaleiro de Viana do Castelo, por encomenda duma sociedade encabeçada por José Martins de Mattos, também ele Vianense, comerciante e proprietário de algumas empresas sediadas na cidade. Já se vê que ao “Pimpão“ cabia a responsabilidade de trazer para Viana a matéria prima a ser utilizada nas fábricas, facilitando em simultâneo o escoamento e o transporte dos produtos ali produzidos, para o norte, centro e sul do país.
Resistiu o “Pimpão“ durante 34 anos a correr a estrada marítima da cabotagem nacional. Teve um irmão bem mais jovem, construído em Fão em 1898, o “Pimpão 2º”, cuja actividade foi precocemente encurtada em 1909, vitima de colisão com um vapor Italiano, próximo a Marbella, na Espanha mediterrânica. Tinha à época por direito adquirido, o acréscimo de primeiro (1º) ao nome de origem, alteração que se justificava por ser o navio almirante da pequena frota.
Manteve-se sempre fiel à escolha de tão honroso nome, durante a longa existência do seu proprietário, falecido entre 1917 e 1918, na parte final dos longos anos da guerra. O herdeiro face à despesa que o navio requeria, com a exigível manutenção e eventual reconstrução e, paralelamente atento às notícias da guerra, com relatos de afundamentos dos navios portugueses em ataques levados a cabo pelos submarinos Alemães, decidiu-se pela venda do “Pimpão 1º”, ainda em 1918.
O novo armador, a empresa Magalhães, Filho, Lda., leva o navio a estaleiro para beneficiações, tendo-o então rebaptizado com o nome “Restaurado”. Pouco tempo depois, efectua a última viagem iniciada em Lisboa, de regresso a casa, interrompida por um submarino Alemão, a cerca de 5 milhas da Ericeira. Metido a pique, terminava tristemente uma existência de sucesso, no dia 23 de Abril de 1918.
Resistiu o “Pimpão“ durante 34 anos a correr a estrada marítima da cabotagem nacional. Teve um irmão bem mais jovem, construído em Fão em 1898, o “Pimpão 2º”, cuja actividade foi precocemente encurtada em 1909, vitima de colisão com um vapor Italiano, próximo a Marbella, na Espanha mediterrânica. Tinha à época por direito adquirido, o acréscimo de primeiro (1º) ao nome de origem, alteração que se justificava por ser o navio almirante da pequena frota.
Manteve-se sempre fiel à escolha de tão honroso nome, durante a longa existência do seu proprietário, falecido entre 1917 e 1918, na parte final dos longos anos da guerra. O herdeiro face à despesa que o navio requeria, com a exigível manutenção e eventual reconstrução e, paralelamente atento às notícias da guerra, com relatos de afundamentos dos navios portugueses em ataques levados a cabo pelos submarinos Alemães, decidiu-se pela venda do “Pimpão 1º”, ainda em 1918.
O novo armador, a empresa Magalhães, Filho, Lda., leva o navio a estaleiro para beneficiações, tendo-o então rebaptizado com o nome “Restaurado”. Pouco tempo depois, efectua a última viagem iniciada em Lisboa, de regresso a casa, interrompida por um submarino Alemão, a cerca de 5 milhas da Ericeira. Metido a pique, terminava tristemente uma existência de sucesso, no dia 23 de Abril de 1918.
Sem comentários:
Enviar um comentário