Na rota da pesca,
a frota Vianense nos anos da guerra
(continuação)
a frota Vianense nos anos da guerra
(continuação)
Durante os anos da guerra, Viana do Castelo ficou praticamente esvaziada dos seus recursos marítimos e limitadas as capacidades de transporte, devido à transferência de parte das suas unidades para outras praças do país.
O lugre “Vianna”, ex “Maria do Rosário”, ex “Palmyra”, ex Ethel”, ex “A.M. Brundit”, de 96 toneladas, construído em Runcorn, Inglaterra, em 1882, da propriedade de Rodolpho Vieitas Costa, o iate “Santa Luzia”, ex “Teiga & Companhia”, de madeira, construído em 1897 em Aveiro, da propriedade de A. dos Santos Machado Júnior e o iate “D. Joaquina” (114 toneladas), de madeira, construído em 1903, por António Dias dos Santos, em Fão, da propriedade de Magalhães, Filho, Lda., foram vendidos a armadores da capital em 1917, ficando matriculados na praça de Lisboa. No ano seguinte, em 1918, a escuna “Maria Augusta”, ex “Adelaar”, 187 toneladas, de aço, construída em 1897 em Martinshock, Holanda, da propriedade de Magalhães, Filho, Lda., segue o mesmo destino dos outros navios atrás citados. O único bacalhoeiro a navegar, o “Santa Luzia”, da Sociedade de Pescarias de Viana, efectua a última campanha de pesca para esta empresa em 1919, por ter sido vendido a Joaquim Morais Júnior, em 1920, passando ao registo da Figueira da Foz.
Da mesma forma que muitas outras embarcações do armamento nacional, era inevitável que os navios de Viana escapassem à inclemência da guerra, penalizadas por violentas acções de carácter militar. Foram estas as seguintes baixas :
O lugre-escuna “Santa Maria”, da Sociedade de Pescarias de Viana, afundado após torpedeamento a cerca de 6 milhas ao Sul das Berlengas, por submarino Inglês, em 10 de Junho de 1917, quando em viagem do Porto para Lisboa.
A chalupa “D. Rosa”, 106 toneladas, de madeira, construída em Fão em 1891, propriedade de José Manoel Vivo e outros, entretanto vendida a Manoel José da Silva Couto e matriculada no Porto em 1918, deu à costa próximo a Espinho, quando em viagem de Cardiff para o Porto, por ter sido abalroada por um caça-minas Francês, a 9 de Dezembro de 1918.
A chalupa “Valladares 2º”, 76 toneladas, de madeira, construída em Esposende, em 1902, pertença de Magalhães, Filho, Lda., foi afundada por um submarino Alemão, próximo às Berlengas, quando em viagem de Portimão para Viana do Castelo, a 3 de Janeiro de 1917.
Também vitima da guerra, regista-se o antigo iate “Pimpão”, 130 toneladas, de madeira, construído em Viana do Castelo em 1885, propriedade de José Martins de Mattos e vendido em 1918 a Magalhães, Filho, Lda. Este navio que fora entretanto rebaptizado com o nome “Restaurado”, foi afundado por um submarino Alemão, a cerca de 5 milhas da Ericeira, quando em viagem para Lisboa para Viana do Castelo, a 23 de Abril de 1918.
Terminada a Iª Grande Guerra, constata-se que a frota de Viana do Castelo no início de 1919 é insignificante. Restava apenas o bacalhoeiro “Santa Luzia”, presente na sua última campanha realizada nesse ano à Terra Nova, logo seguindo com destino à Figueira, para integrar a frota de cabotagem local.
No decurso de 1919 sopram ventos de mudança no porto minhoto, com a renovação da frota e com o re-despertar para a construção naval. Partindo da estaca “0”, a armação Vianense promove grandes investimentos. Viana anima-se com o regresso à pesca, conquistando um lugar de relevo por todos elogiado. Os navios e as tripulações voltam à Terra Nova, ao encontro dos muitos locais descobertos e habitados pelos seus antepassados.
Tomaram parte na frota renovada para o serviço de longo curso e de cabotagem, os seguintes navios :
Lugre “Santa Martha”, de 385 toneladas, de madeira e o lugre “Lusitânia”, de 861 toneladas, de madeira, ambos da propriedade do construtor, a Empresa de Construções Navais, Lda. O primeiro lançado à água a 3 de Janeiro e o segundo a 27 de Agosto de 1919.
O lugre “Fernanda”, de 103 toneladas, de madeira, construído em Noya (Norte de Espanha), em 1918, registado em Vilagarcia de Arosa, com o nome “Galicia” e a escuna “Delfina”, de 100 toneladas, de madeira, construída na Corunha em 1918 e também registada em Vilagarcia de Arosa, com o nome “Coruña”, passam ambos à propriedade da Sociedade Vianense de Cabotagem, Lda.
A escuna “Laboriosa”, de 130 toneladas, de madeira, construída em Fécamp, França, em 1902, que se encontrava matriculada em Caminha, foi vendida por Braz J. Giestal e Antónia Giestal Gonzalez a Daniel José Machado. Para terminar regista-se ainda a matricula do iate “Maria Clara”, de 93 toneladas, de madeira, em nome do construtor, a firma A. Rocha, Lda., de Viana do Castelo, sendo lançado à água em 28 de Julho.
Para a pesca nos grandes bancos, aparece na sua primeira campanha o
O lugre “Vianna”, ex “Maria do Rosário”, ex “Palmyra”, ex Ethel”, ex “A.M. Brundit”, de 96 toneladas, construído em Runcorn, Inglaterra, em 1882, da propriedade de Rodolpho Vieitas Costa, o iate “Santa Luzia”, ex “Teiga & Companhia”, de madeira, construído em 1897 em Aveiro, da propriedade de A. dos Santos Machado Júnior e o iate “D. Joaquina” (114 toneladas), de madeira, construído em 1903, por António Dias dos Santos, em Fão, da propriedade de Magalhães, Filho, Lda., foram vendidos a armadores da capital em 1917, ficando matriculados na praça de Lisboa. No ano seguinte, em 1918, a escuna “Maria Augusta”, ex “Adelaar”, 187 toneladas, de aço, construída em 1897 em Martinshock, Holanda, da propriedade de Magalhães, Filho, Lda., segue o mesmo destino dos outros navios atrás citados. O único bacalhoeiro a navegar, o “Santa Luzia”, da Sociedade de Pescarias de Viana, efectua a última campanha de pesca para esta empresa em 1919, por ter sido vendido a Joaquim Morais Júnior, em 1920, passando ao registo da Figueira da Foz.
Da mesma forma que muitas outras embarcações do armamento nacional, era inevitável que os navios de Viana escapassem à inclemência da guerra, penalizadas por violentas acções de carácter militar. Foram estas as seguintes baixas :
O lugre-escuna “Santa Maria”, da Sociedade de Pescarias de Viana, afundado após torpedeamento a cerca de 6 milhas ao Sul das Berlengas, por submarino Inglês, em 10 de Junho de 1917, quando em viagem do Porto para Lisboa.
A chalupa “D. Rosa”, 106 toneladas, de madeira, construída em Fão em 1891, propriedade de José Manoel Vivo e outros, entretanto vendida a Manoel José da Silva Couto e matriculada no Porto em 1918, deu à costa próximo a Espinho, quando em viagem de Cardiff para o Porto, por ter sido abalroada por um caça-minas Francês, a 9 de Dezembro de 1918.
A chalupa “Valladares 2º”, 76 toneladas, de madeira, construída em Esposende, em 1902, pertença de Magalhães, Filho, Lda., foi afundada por um submarino Alemão, próximo às Berlengas, quando em viagem de Portimão para Viana do Castelo, a 3 de Janeiro de 1917.
Também vitima da guerra, regista-se o antigo iate “Pimpão”, 130 toneladas, de madeira, construído em Viana do Castelo em 1885, propriedade de José Martins de Mattos e vendido em 1918 a Magalhães, Filho, Lda. Este navio que fora entretanto rebaptizado com o nome “Restaurado”, foi afundado por um submarino Alemão, a cerca de 5 milhas da Ericeira, quando em viagem para Lisboa para Viana do Castelo, a 23 de Abril de 1918.
Terminada a Iª Grande Guerra, constata-se que a frota de Viana do Castelo no início de 1919 é insignificante. Restava apenas o bacalhoeiro “Santa Luzia”, presente na sua última campanha realizada nesse ano à Terra Nova, logo seguindo com destino à Figueira, para integrar a frota de cabotagem local.
No decurso de 1919 sopram ventos de mudança no porto minhoto, com a renovação da frota e com o re-despertar para a construção naval. Partindo da estaca “0”, a armação Vianense promove grandes investimentos. Viana anima-se com o regresso à pesca, conquistando um lugar de relevo por todos elogiado. Os navios e as tripulações voltam à Terra Nova, ao encontro dos muitos locais descobertos e habitados pelos seus antepassados.
Tomaram parte na frota renovada para o serviço de longo curso e de cabotagem, os seguintes navios :
Lugre “Santa Martha”, de 385 toneladas, de madeira e o lugre “Lusitânia”, de 861 toneladas, de madeira, ambos da propriedade do construtor, a Empresa de Construções Navais, Lda. O primeiro lançado à água a 3 de Janeiro e o segundo a 27 de Agosto de 1919.
O lugre “Fernanda”, de 103 toneladas, de madeira, construído em Noya (Norte de Espanha), em 1918, registado em Vilagarcia de Arosa, com o nome “Galicia” e a escuna “Delfina”, de 100 toneladas, de madeira, construída na Corunha em 1918 e também registada em Vilagarcia de Arosa, com o nome “Coruña”, passam ambos à propriedade da Sociedade Vianense de Cabotagem, Lda.
A escuna “Laboriosa”, de 130 toneladas, de madeira, construída em Fécamp, França, em 1902, que se encontrava matriculada em Caminha, foi vendida por Braz J. Giestal e Antónia Giestal Gonzalez a Daniel José Machado. Para terminar regista-se ainda a matricula do iate “Maria Clara”, de 93 toneladas, de madeira, em nome do construtor, a firma A. Rocha, Lda., de Viana do Castelo, sendo lançado à água em 28 de Julho.
Para a pesca nos grandes bancos, aparece na sua primeira campanha o
Lugre “ Gaspar ”
1919 – 1948
1919 – 1948
O lugre "Gaspar" - foto de autor desconhecido
Armador : Soc. Novas Pescarias de Viana, Lda., V. do Castelo
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Nº Oficial : 71 > Iic.: H.G.A.P. > Registo : Viana do Castelo
Cttor.: Manuel M. B. Mónica, Cabedelo, F. Foz, lançado 24.08.1919
ex “Sarah”, Nápoles, Pinto Basto & Cª., Lda., F. Foz, 1919-1919
Tonelagens : Tab 317,68 to > Tal 245,81 to
Comprimentos : Pp 43,35 mt > Boca 8,80 mt > Pontal 4,23 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
Equipagem : 39 tripulantes
Capitães embarcados : José dos Santos Carrapichano (1919)
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Nº Oficial : 71 > Iic.: H.G.A.P. > Registo : Viana do Castelo
Cttor.: Manuel M. B. Mónica, Cabedelo, F. Foz, lançado 24.08.1919
ex “Sarah”, Nápoles, Pinto Basto & Cª., Lda., F. Foz, 1919-1919
Tonelagens : Tab 317,68 to > Tal 245,81 to
Comprimentos : Pp 43,35 mt > Boca 8,80 mt > Pontal 4,23 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
Equipagem : 39 tripulantes
Capitães embarcados : José dos Santos Carrapichano (1919)
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