O encalhe do navio "Rabat", no rio Douro
Vapor alemão em risco, à saída da barra do rio Douro (1)
Ontem, cerca das 10 horas da manhã, quando o vapor alemão “Rabat” saía a barra, ao passar em frente ao cais da Meia-Laranja, desgovernou para estibordo, sendo obrigado a largar um ferro, não obstando a que o vapor fosse bater violentamente nas pedras do enrocamento do referido cais, ficando encalhado de proa. Minutos depois, acorrentado pela corrente da água do rio, atravessou-se completamente no canal, ficando assim também encalhado de popa na restinga do Cabedelo, que, devido às más condições em que actualmente se encontra, tornou este lugar num verdadeiro funil.
Dado o alarme compareceram, imediatamente as lanchas-motor dos pilotos da barra, os rebocadores “Neiva”, “Aguila”, “Mars 2º”, “Deodato”, “Tritão”, e o salva-vidas da Afurada, a fim de prestarem os seus serviços. Ao mesmo tempo, os pilotos trataram de passar de bordo do “Rabat”, três cabos de arame para a terra, um da popa e dois da proa, que foram amarrados aos peoris que estão no cais, a fim de aguentarem melhor o navio, ao mesmo tempo que os puxavam de bordo, para ver se conseguiam retirá-lo da situação em que estava.
Meia hora depois, como esta experiência não desse o resultado previsto, foi dada ordem ao rebocador “Tritão” para passar uma amarreta para bordo, o que fez, puxando-o pela popa, facto este que deu em resultado o “Rabat” desencalhar da proa, depois do que, auxiliado pela corrente do rio, desencalhou, também de popa.
Descaindo um pouco pela corrente de água, e suspendendo o ferro que antes tinha largado, conseguiu endireitar novamente para o canal, seguindo para o fundeadouro, no Cavaco. É de supor que tivesse sofrido grossas avarias no casco.
Os serviços de manobras para o salvamento do vapor foram dirigidas pelo piloto-mor da barra, e pelo cabo de pilotos Alexandre Meireles, que se encontrava na lancha-motor nº4, coadjuvados por outros pilotos. No cais compareceram os agentes, e o patrão-mor da Capitania do porto, que de terra dirigiram alguns dos trabalhos. A multidão era contida à distancia pela polícia da esquadra da Foz.
O vapor “Rabat”, comandado pelo capitão Thaden, entrou no Douro no dia 25, procedente de Roterdão, com carga diversa e 8 passageiros em transito, e destinava-se a Lisboa e Las Palmas.
Quanto aos outros rebocadores, não foram necessários os seus serviços, bem como do salva-vidas da Afurada, tendo apenas feito serviço as lanchas-motor dos pilotos e o rebocador “Tritão”.
Dado o alarme compareceram, imediatamente as lanchas-motor dos pilotos da barra, os rebocadores “Neiva”, “Aguila”, “Mars 2º”, “Deodato”, “Tritão”, e o salva-vidas da Afurada, a fim de prestarem os seus serviços. Ao mesmo tempo, os pilotos trataram de passar de bordo do “Rabat”, três cabos de arame para a terra, um da popa e dois da proa, que foram amarrados aos peoris que estão no cais, a fim de aguentarem melhor o navio, ao mesmo tempo que os puxavam de bordo, para ver se conseguiam retirá-lo da situação em que estava.
Meia hora depois, como esta experiência não desse o resultado previsto, foi dada ordem ao rebocador “Tritão” para passar uma amarreta para bordo, o que fez, puxando-o pela popa, facto este que deu em resultado o “Rabat” desencalhar da proa, depois do que, auxiliado pela corrente do rio, desencalhou, também de popa.
Descaindo um pouco pela corrente de água, e suspendendo o ferro que antes tinha largado, conseguiu endireitar novamente para o canal, seguindo para o fundeadouro, no Cavaco. É de supor que tivesse sofrido grossas avarias no casco.
Os serviços de manobras para o salvamento do vapor foram dirigidas pelo piloto-mor da barra, e pelo cabo de pilotos Alexandre Meireles, que se encontrava na lancha-motor nº4, coadjuvados por outros pilotos. No cais compareceram os agentes, e o patrão-mor da Capitania do porto, que de terra dirigiram alguns dos trabalhos. A multidão era contida à distancia pela polícia da esquadra da Foz.
O vapor “Rabat”, comandado pelo capitão Thaden, entrou no Douro no dia 25, procedente de Roterdão, com carga diversa e 8 passageiros em transito, e destinava-se a Lisboa e Las Palmas.
Quanto aos outros rebocadores, não foram necessários os seus serviços, bem como do salva-vidas da Afurada, tendo apenas feito serviço as lanchas-motor dos pilotos e o rebocador “Tritão”.
Imagem do navio "Rabat" - Bilhete-postal
Minha colecção
Características do vapor alemão “Rabat”
Minha colecção
Características do vapor alemão “Rabat”
Armador: Oldenburg-Portugiesische D. Reederei, Oldemburgo
Nº Oficial: N/d - Iic: D.N.A.Y. - Porto de registo: Oldemburgo
Construtor: Deutsche Werft A.G., Hamburgo, Alemanha, 1929
Arqueação: Tab 2.719,00 tons - Tal 1.603,00 tons
Dimensões: Pp 86,33 mts - Boca 14,02 mts - Pontal 7,01 mts
Propulsão: Do construtor - 1 motor diesel - 4:Ci
Nº Oficial: N/d - Iic: D.N.A.Y. - Porto de registo: Oldemburgo
Construtor: Deutsche Werft A.G., Hamburgo, Alemanha, 1929
Arqueação: Tab 2.719,00 tons - Tal 1.603,00 tons
Dimensões: Pp 86,33 mts - Boca 14,02 mts - Pontal 7,01 mts
Propulsão: Do construtor - 1 motor diesel - 4:Ci
O vapor alemão “Rabat” (2)
Este vapor, que havia encalhado, ante-ontem, à saída da barra, depois de ter sido vistoriado, saiu ontem com destino a Lisboa, onde possivelmente sofrerá na doca as necessárias reparações no casco.
Caso não possa fazer as reparações em Lisboa, o “Rabat” seguirá ao seu destino, sendo então reparadas as avarias no porto de Hamburgo.
Notícias publicadas no jornal “Comércio do Porto”, em:
(1) Sexta-feira, 1 de Abril; e (2) sábado, 2 de Abril de 1932
Caso não possa fazer as reparações em Lisboa, o “Rabat” seguirá ao seu destino, sendo então reparadas as avarias no porto de Hamburgo.
Notícias publicadas no jornal “Comércio do Porto”, em:
(1) Sexta-feira, 1 de Abril; e (2) sábado, 2 de Abril de 1932
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