quinta-feira, 30 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 11 - " Silva Gouveia " (II)


“ Silva Gouveia “ (II)
1928 – 1949
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Silva Gouveia" na barra do rio Douro
Foto (c) autoria e colecção de F. Cabral

Nº Of.: 388-E > Iic.: H.S.G.O. > Registo : Lisboa, 19.04.1928
Cttor.: Schiffswerft J&S A.G., Hamburgo, Alemanha, 10.1922
ex “Taunus”, Ubersee Reederei, Hamburgo, 1922-1924
ex “Max Weidtman”, H. Stahl & Co., Hamburgo, 1924-1928
Máq.: Dresden M/fabrik,1922 > 1:Te > 580 Ihp > Vlc. 10 m/h

O "Silva Gouveia" à chegada a Leixões
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos

O "Silva Gouveia" recebe carga em Leixões
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos

1º Registo
Tonelagens : Tab 1.240,56 to > Tal 772,13 to
Cpmts.: Pp 63,64 mt > Boca 10,10 mt > Pontal 6,16 mt
Equipagem : 27 tripulantes – 2 passageiros

O "Silva Gouveia" no Douro durante a demolição
Foto (c) autoria e colecção de F. Cabral

2º Registo
Nº Oficial : F-560 > Iic.: C.S.B.N. > Reg.: Lisboa, 1946
Tonelagens : Tab 892,54 to > Tal 510,99 to
Cpmts.: Ff 67,46 mt > Pp 63,88 mt > Bc 9,73 mt > Ptl 3,94 mt
Equipagem : 27 tripulantes – 2 passageiros

O "Silva Gouveia"
desenho de Luís Filipe Silva

Existe um registo de colisão com o navio Alemão “Sevilla”, da O.P.D.R., Oldenburgo, no rio Douro, em 11.12.1929. Amarrado desde finais de 1949, foi vendido à empresa de sucatas Rocha, Mota & Soares, Lda., do Porto, tendo efectuado a última viagem até à margem sul do rio Douro, onde foi demolido, durante o ano de 1954.

1 comentário:

Rui Amaro disse...

Caro Reimar
Excelentes fotos do SILVA GOUVEIA (3) e numa delas vê-se o velho rebocador TRITÃO da APDL. Os sucateiros de Gaia, que o desmantelaram e mais o MINIMO ex MIRA TERRA eram a firma ROCHA, MOTA & SOARES Lda., da Av. Diogo Leite, junto ao lugar dos Vanzeleres, cujo sócio Soares era meu vizinho. Com os meus 12 anos, o meu pai fez-me saltar com ele, que como piloto ia conduzir de entrada aquele vapor da SG, e o capitão entregou-me a roda do leme, que por acaso era pequena, apropriada à minha estatura, e sob as ordens do meu pai e do capitão lá conduzi aquele “transatlântico” até fundear a dois ferros ao Norte da bacia de Leixões. A primeira foto diante do Cabedelo, é ai por volta de 1949/50, e procedia do Pomarão, rio Guadiana, com um carregamento completo de enxofre para a CUF, Gaia.
Esse vapor e mais o ALFERRAREDE, ZÉ MANEL, MIRA TERRA e o COSTEIRO deram muitos sustos ao meu pai e aos outro pilotos, quando com cheias ou barra apertada, lá iam de guinada às pedras a Norte ou à restinga do Cabedelo a Sul, mesmo com rebocador à proa, e só largando os ferros á proa, é que os seguravam, e por vezes a amarra partia-se e lá ficava o navio sem ferro, quando não encostavam ao enrocamento, como o COLARES, que ficou durante um dia com a proa abicada no enrocamento do cais Velho.
Hoje vou a Vigo ver os Tall Ships, só que já estão atracados, não dá muito para fotos. Vê lá se incentivas as entidades competentes, a trazerem esses navios ao Douro/Leixões como na década de 90, antes que as Câmaras de Gaia e Porto estraguem o nosso porto fluvial com um teto de pontes à cota baixa! A maior estupidez!
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro