Uma presença assegurada
A exemplo dos portos menores do Norte do país, também da Nazaré saiu este navio para a Terra Nova, tendo estado presente durante várias campanhas.
Lugre “ São Nazaré “
1925(?) – 1928
1925(?) – 1928
Armador : Manuel Dias Pereira, Nazaré
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Nº Oficial : 303 > Iic.: H.S.N.Z. > Registo : Nazaré
Contrutor : -?-
Tonelagens : Tab 91,33 > Tal 69,59 to
Comprimentos : Pp 33,89 mt > Boca 4,90 mt > Pontal 2,54 mt
Máquina : -?- (Tinha motor auxiliar)
Equipagem : (x) tripulantes
Capitães embarcados : -?-
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Nº Oficial : 303 > Iic.: H.S.N.Z. > Registo : Nazaré
Contrutor : -?-
Tonelagens : Tab 91,33 > Tal 69,59 to
Comprimentos : Pp 33,89 mt > Boca 4,90 mt > Pontal 2,54 mt
Máquina : -?- (Tinha motor auxiliar)
Equipagem : (x) tripulantes
Capitães embarcados : -?-
Em função dos elementos disponíveis, que são poucos, podemos ajuizar tratar-se de um lugre comprado no exterior, por dispôr de motor auxiliar já em 1925. Aparece nas listas dos navios Portugueses desse mesmo ano, mas pode ter sido colocado na actividade piscatória alguns anos antes. Porque não temos a lista referente a 1929 e não está incluído da lista de 1930, admitimos tenha sido vendido a armador duma praça no Sul do país ou para o estrangeiro. Por esse facto vamos considerá-lo sem rasto a partir de 1929.
1 comentário:
Reimar Amigo
Navios registados nos portos de São Martinho do Porto, Vila do Conde, Esposende, Caminha e mesmo Povoa de Varzim e hibernarem lá não é novidade para mim, agora na Nazaré, que não passava de uma enseada com uma extensa praia, apenas abrigada dos ventos do quadrante Norte pelo Monte, é que desconhecia. No entanto o estar matriculado não quer dizer que permanecesse lá, certamente que o lugre “São Nazaré” de cerca de 40m ff, para descarregar não teria dificuldade, agora hibernar na enseada é que não se aguentava com ventos fortes do quadrante Sul, de certeza passava o Estio num dos portos vizinhos ou passaria esse tempo no comércio, o que não seria novidade naqueles tempos, como o Reimar tem dado a conhecer no caso de outros navios bacalhoeiros.
È que a Nazaré, desde há poucos anos tem um porto de pesca bastante praticável, mesmo com agitação marítima razoável mas naqueles anos era a enseada e nada mais. Recordo-me de na década de 50, o arrastão da costa “Umbelina Maria” de Leixões, que se fora abrigar do mau tempo de Noroeste, à rebeça do Monte e em dado momento, o tempo virou temporal de Sudoeste, e a coisa esteve feia! Escutei-os pela fonia, desesperadamente a pedir socorro e já a despedirem-se dos seus familiares, dado que devido à maresia e ao vento, os ferros não o sustinha e a máquina a trabalhar (ou estaria avariada) iam de garra sobre a margem do Monte, sem possibilidade de salvamento possível. De Cascais largou a todo o vapor o contratorpedeiros “Vouga” para os socorrer, e se ainda me lembro conseguiu resgatar “in extremis” o “Umbelina Maria” e a sua aflita equipagem, que deveria ser de cerca 20 valiosas vidas.
Note-se que os cinco portos acima referidos, naqueles anos tinham movimento marítimo costeiro, pesca e bacalhoeiro. Hoje o da Povoa e o da Vila estão modernizados e funcionais, mas como todos os portos necessitam de dragagens regulares, e parece que as entidades responsáveis fazem ouvidos moucos, até surgir uma desgraça, e depois temos inquéritos, que não resolvem coisa alguma. De Esposende e Caminha, a desgraça é completa, do primeiro lá por causa das dunas e se calhar das gaivinas também, não se faz a obra, há muito prometida. Vem os protestos dos “Ambis” e dos “Ecos” e fica tudo emperrado! Como vai estes País! Valha-nos a Santa Engrácia!
Já vai extenso……. Stop!
Saudações marítimo-entusiásticas.
Rui Amaro
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