A barca " Foz do Douro "
Construtor : C. Connel & Co., Ltd., Glasgow, Escócia, Fev., 1892
Tonelagens : Tab 2.345 to > Tal 1.966 to > Pmorto 3.087 to
Cpmts.: Ff 88,20 mt > Pp 81,40 mt > Bc 13,10 mt > Ptl 7,20 mt
Tonelagens : Tab 2.345 to > Tal 1.966 to > Pmorto 3.087 to
Cpmts.: Ff 88,20 mt > Pp 81,40 mt > Bc 13,10 mt > Ptl 7,20 mt
1892 / 1893 - O estaleiro entrega o navio ao 1º armador, a empresa Hawaiian Construction Co., de Honolulu, para ser empregue no transporte de açucar entre Honolulu e portos na costa Oeste da América Latina. Fica registado no Hawaii e é baptizado "Hawaiian Isles".
1893 / 1900 - Após venda a A. Nelson, também de Honolulu, permanece no mesmo tráfego.
1893 / 1900 - Após venda a A. Nelson, também de Honolulu, permanece no mesmo tráfego.
1900 / 1901 - Surgem dificuldades no comércio do açucar. O navio é posto à venda sendo comprado pela empresa Welsch Co., de São Francisco. Começa a navegar com a bandeira dos Estados Unidos.
1901 / 1906 - Aumentam os problemas de transporte entre o Norte e o Sul do continente americano. Concretiza-se nova venda ao capitão Walter M. Mallet, ainda de São Francisco, que inicia viagens para a Austrália e para o continente europeu.
1906 / 1909 - O navio apresenta os primeiros sinais a pedir reparação urgente. Como a despesa promete ser considerável, é mais uma vez colocado à venda. Muda de dono. O novo armador, a Matson Navigation Co., também com sede em São Francisco recupera o navio, que desde então estabelece uma linha regular directa para portos ingleses.
1901 / 1906 - Aumentam os problemas de transporte entre o Norte e o Sul do continente americano. Concretiza-se nova venda ao capitão Walter M. Mallet, ainda de São Francisco, que inicia viagens para a Austrália e para o continente europeu.
1906 / 1909 - O navio apresenta os primeiros sinais a pedir reparação urgente. Como a despesa promete ser considerável, é mais uma vez colocado à venda. Muda de dono. O novo armador, a Matson Navigation Co., também com sede em São Francisco recupera o navio, que desde então estabelece uma linha regular directa para portos ingleses.
1909 / 1910 - Regressa à propriedade do capitão Walter M. Mallet.
1910 / 1926 - O capitão aceita a proposta de aquisição do navio em favor da companhia Alaska Packer's Association, igualmente de São Francisco, pelo valor de 60.000 dólares. A barca mantém a bandeira Americana, porém altera o nome para "Star of Greenland".
1910 / 1926 - O capitão aceita a proposta de aquisição do navio em favor da companhia Alaska Packer's Association, igualmente de São Francisco, pelo valor de 60.000 dólares. A barca mantém a bandeira Americana, porém altera o nome para "Star of Greenland".
1926 / 1929 - O navio perde utilidade. Amarra em Alameda, São Francisco, onde aguarda a melhor proposta para venda.
1929 /1942 - Aparece como comprador interessado a Escola Náutica de Stiftelsen Abraham Rydberg, de Estocolmo, que adquire o navio por 19.000 dólares. Atravessa o Atlântico, muda o registo para a Suécia e é rebaptizado "Abraham Rydberg III". Para que a Escola Náutica possa suportar as despesas do serviço de instrução, o navio utiliza os instruendos para trabalhar a bordo, enquanto combina a utilização dos porões para o transporte de graneis sólidos, em viagens à volta do mundo.
1929 /1942 - Aparece como comprador interessado a Escola Náutica de Stiftelsen Abraham Rydberg, de Estocolmo, que adquire o navio por 19.000 dólares. Atravessa o Atlântico, muda o registo para a Suécia e é rebaptizado "Abraham Rydberg III". Para que a Escola Náutica possa suportar as despesas do serviço de instrução, o navio utiliza os instruendos para trabalhar a bordo, enquanto combina a utilização dos porões para o transporte de graneis sólidos, em viagens à volta do mundo.
Durante este período por não ser normal, comenta-se uma viagem em Janeiro de 1930, de um transporte de carga a granel, com saída de São Francisco e chegada a Inglaterra 124 dias depois. No dia 10 de Maio de 1936, foi vitima de uma colisão com o vapor "Koranton", a cerca de 45 milhas a Sul de Eddystone. Do choque sofrido resultou que as chapas do casco por bombordo tivessem ficado muito danificadas, tal como o 2º mastro de vante (traquete) cuja substituição foi inevitável. Depois do acidente, o navio seguiu para o porto de Blyth, a fim de efectuar as necessárias reparações.
1942 / 1943 - Regressa aos Estados Unidos, outra vez ficando à espera de nova proposta de aquisição. Mantem-se durante meses amarrada no porto de Baltimore.
1943 / 1951 - Volta a cruzar o Atlântico, agora em viagem para Lisboa (apesar do nome, estamos em crer que o navio nunca entrou no rio Douro), chegando a 11 de Setembro. É agora propriedade do armador Júlio Ribeiro de Campos, faz registo na Capitania do Porto e começa a navegar com a bandeira Portuguesa, com o nome "Foz do Douro".
1951 / 1956 - Completamente desactualizada para a época, o navio foi negociado e confirmada a compra pela Sociedade Industrial Ultramarina, de Lisboa, para quem efectuou algumas viagens. Apesar de ter sido projectada a completa modernização da embarcação, para operar comercialmente no Mediterrâneo, gorou-se essa possibilidade levando à paralização do navio no cais de Pedrouços, em Lisboa, onde amarrou por largos meses a aguardar destino.
1943 / 1951 - Volta a cruzar o Atlântico, agora em viagem para Lisboa (apesar do nome, estamos em crer que o navio nunca entrou no rio Douro), chegando a 11 de Setembro. É agora propriedade do armador Júlio Ribeiro de Campos, faz registo na Capitania do Porto e começa a navegar com a bandeira Portuguesa, com o nome "Foz do Douro".
Imagem de autor desconhecido
Desde então passa a realizar viagens comerciais com destino ao Brasil, carregando algodão e carga diversa. Entretanto fica célebre a viagem com o Almirante Gago Coutinho, que embarcando no navio em Santos, a 21 de Dezembro de 1943, foi utilizado apenas um astrolábio quinhentista para navegar, na tentativa de recrear a viagem de Pedro Álvares Cabral. Terminada a viagem, o Almirante desembarcou em Leixões no dia 31 de Março de 1944.
Ainda no decorrer desse ano de 1944, o navio recebe grande reforma nos estaleiros americanos Kensington Shipyards, de Filadélfia, que incluem a instalação de 2 motores diesel, modelo 37E14 da Fairbanks, altura que procede à alteração da mastreação.
Ainda no decorrer desse ano de 1944, o navio recebe grande reforma nos estaleiros americanos Kensington Shipyards, de Filadélfia, que incluem a instalação de 2 motores diesel, modelo 37E14 da Fairbanks, altura que procede à alteração da mastreação.
1951 / 1956 - Completamente desactualizada para a época, o navio foi negociado e confirmada a compra pela Sociedade Industrial Ultramarina, de Lisboa, para quem efectuou algumas viagens. Apesar de ter sido projectada a completa modernização da embarcação, para operar comercialmente no Mediterrâneo, gorou-se essa possibilidade levando à paralização do navio no cais de Pedrouços, em Lisboa, onde amarrou por largos meses a aguardar destino.
13 comentários:
Reimar aí vai uma pergunta para ti e para outros prezados Colegas.
Alguém me sabe dizer se a Foz do Douro, como navio-motor alguma vez escalou Port Wellington, Nova Zelândia. O fundamento da pergunta é que um Camone do SNostalgia, nas suas viagens pelo Extremo-Oriente, julga ter visto naquele porto, Julho de 1950, um antigo navio de velas de bandeira Portugiuesa, ao qual em tempos lhe foram instalados motores.
Ora navios de vela de grande porte, que sofreram conversão para navios-motor foram a Foz do Douro e o Nacala (ex galera Leyland Brothers). Muito provavelmente seria o navio-escola Sagres (II) (actual Rickmer Rickmers) ao qual lhe foram instalados motores e que nos seus cruzeiros de instrução é muito possível que tenha escalado aquele porto da Oceânia.
Já agora, do mesmo armador da Foz do Douro, o meu conterrâneo Júlio Ribeiro Campos, havia o lugre de seis mastros Cidade do Porto, 102m/3.102tb, ex Hans, ex Mary Dollar, Tango(barca de quatros mastros), Tango (Patacho de 6 mastros) e Cidade do Porto (lugre de 6 mastros), constou-me que veio da Durban para Lisboa a reboque de um vapor português, a fim de ser desmantelada para sucata. Alguém sabe o nome desse vapor e se alguém que tenha uma foto a possa anexar?
Muito obrigado e saudações navegantes.
Parabéns pelo seu excelente blogue.
Só uma pequena nota:O desenho é de Luis Filipe Silva e não de Robert Jackson.
Nem só no mar há pirataria.
Luis Filipe Silva
Caro Rui Amaro
Para complementar a informação que possui do veleiro, barca de 4 mastros, «FOZ DO DOURO», adquirido por Júlio Ribeiro Campos, natural da freguesia de Foz do Douro, Porto, industrial têxtil e Cônsul Honorário da Dinamarca, onde também tinha negócios, bem como em Inglaterra, Suécia, Bélgica, Guiné Bissau, Brasil, Estados Unidos da América e outros países. Também navegou para Port Wellington, na Nova Zelândia.
Digo isto com toda a clareza, dado ser filho de Natália Ribeiro Campos d'Oliveira Lima, irmã do armador do «FOZ DO DOURO», igualmente natural da Foz, onde também vivi, mas anteriormente, meus pais, eu e meus irmãos, meu tio Júlio Ribeiro Campos, a tia Rosário Gallis Campos e meus primos, vivemos vários anos na casa comum da Quinta do Brás-Oleiro, em Ermesinde, Porto, casa onde também passou as suas férias o Almirante Gago Coutinho, que se serviu da «FOZ DO DOURO» para a realização de estudo relacionado com as navegações portuguesas no séc. XV.
Na garagem de recolha dos vários automóveis da família, situada dentro da Quinta do Brás-Oleiro, foi reparado um dos motores do «FOZ DO DOURO», trabalho realizado pelo meu pai, ex-aluno do curso de engenharia mecânica da Universidade do Porto, coadjuvado por alguns dos empregados da quinta. Meu pai era filho do Comendador Prof. Dr. José d'Oliveira Lima, professor catedrático de farmacologia e de cirurgia da Universidade do Porto, onde também foi reitor, foi ainda proprietário e fundador do Instituto Moderno, na Quinta da Bela Vista, S. Roque da Lameira, Porto, onde com projecto do arquitecto José Teixeira Lopes (filho e irmão dos conceituados escultores), mandou construir de raiz o palácio escolar, o ginásio (primeiros edifícios em betão armado no Porto), as instalações de apoio e internato, habitações dos professores, piscina, picadeiro de equitação, etc., tendo para esse empreendimento adquirido três quintas que juntou numa só. Posteriormente, o meu avô vendeu tudo ao estado que ali instalou a GNR, na actualidade a PSP. Quando os edifícios mandados construir pelo meu avô foral alvo de processo de classificação de interesse público forneci ao IGESPAR cópias de diversa documentação e um filme documentário da famosa INVICTA FILM, do Porto, realizado em 1916 sobre este estabelecimento de ensino.
Sou detentor de muita documentação e registos fotográficos sobre a «FOZ DO DOURO» em diversas ocasiões e situações, sobre o meu tio Júlio Ribeiro Campos e minha família na época, o Almirante Gago Coutinho a bordo daquela barca e em nossa casa.
Oportunamente, poderei colocar alguns para consulta livre.
Cordialmente
Manuel José Campos d'Oliveira Lima
Esclarecimento:
Entrada da barca «FOZ DO DOURO» no Rio Douro
Existe o desconhecimento de que a Barca «FOZ DO DOURO» alguma vez tenha entrado no porto do Rio Douro.
Para que conste, a «FOZ DO DOURO» fundeou pela primeira vez em Portugal, precisamente no Rio Douro, junto ao cais da extinta Companhia Arrozeira Mercantil, do lado de Vila Nova de Gaia, para aí ser pintada de negro e eliminada a denominação ABRAHAM RYDEBERG III, sendo pintada a branco a nova denominação «FOZ DO DOURO».
Entretanto, também esteve fundeado no rio douro em frente ao Cais do Bicalho, junto da Companhia Arrozeira Mercantil, Vila Nova de Gaia, também junto do Estaleiro do Ouro, no Porto.
Para Manuel d'Oliveira Lima
Boa noite
Sendo neta de Júlio Ribeiro Campos, portanto filha do Abel, gostei muito de ler as informações que acrescentou ao artigo da barca "Foz do Douro".
Meu nome é Maria Helena vivo no Porto (Foz) e caso seja possível, gostaria de poder ver a documentação e registos fotográficos que possui sobre a barca.
Felizmente herdei a maquete da "Foz do Douro" que estava no escritório do meu avô e alguns dos seus documentos pessoais.
Aguardo que me contacte para o mail para mhcampos@sapo.pt
Desde já agradeço a sua disponibilidade
Maria Helena Campos
A FOZ DO DOURO fez uma viagem à Austrália a seguir à Guerra, possivelmente esteve na Nova Zelândia.
Manuel J. Campos d'Oliveira Lima
Caríssimos participantes neste blogue, cuja descrição seguinte dedico, muito especialmente a minha prima Maria Helena, neta do armador da barca «Foz do Douro».
Dado a extensão da descrição, esta será publicada em várias partes.
Como anteriormente esclareci, o navio veleiro armado em barca «FOZ DO DOURO», ex-Abraham Rydberg, esteve fundeada várias vezes no Rio Douro, junto aos Cais do Ouro e Cais da Alfândega, embora as mais das vezes enquanto pertencente ao meu tio, seu armador Júlio Ribeiro Campos, tenha atracado no Porto de Leixões, onde descarregava principalmente algodão para os armazéns e fábrica têxtil do armador em Leça da Palmeira e Porto.
Antes de prosseguir com aspectos da actividade empresarial, começo por referir o início da actividade profissional e notável empreendedorismo do meu tio Júlio Ribeiro Campos, irmão de Artur e de Natália, minha mãe, que com os pais viviam na freguesia da Foz do Douro, aspectos desconhecidos de grande parte, senão mesmo de todos, os seus descendentes.
Júlio Ribeiro Campos, quase na fase final da adolescência, teve como primeiro emprego a função de "paquete" no BNU Banco Nacional Ultramarino, para onde se deslocava a pé diariamente desde a Foz, passando pelo Matadouro Municipal onde todos os dias de manhã cedo tomava uma tijela de sangue de bovino, que considerava garante da manutenção do seu bom estado de saúde. Ao serviço do BNU, desde logo se apercebeu que as informações úteis afavelmente prestadas a clientes do banco, lhe rendiam a gratificação com gorjetas não desprezáveis, como cedo se apercebeu que poderia investir na obtenção dos conhecimentos e informações úteis a fornecer aos investidores empresários nortenhos.
(Continuação do comentário acima)
Com esta sua primeira acção de empreendedorismo, obteve não só a simpatia dos notáveis da cidade e norte do país, como colheu consideráveis gratificações, com que abriu a sua primeira conta bancária em que mensalmente efectuava depósito das gorjetas e gratificações. Alguns anos depois investiu as suas poupanças em acções do próprio banco onde trabalhava e, a partir de então, não mais parou de negociar e investir na banca, na pequena indústria têxtil, na importação e exportação de produtos, sempre com uma notável perspicácia de investidor e empreendedor, embora com alguns altos e baixos, mas sempre num patamar elevado no mundo dos negócios, que projectou além fronteiras.
Assim surgiu o armador Júlio Ribeiro Campos, além de industrial têxtil, importador-exportador de produtos vários, nomeadamente de e para França, Reino Unido, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Estados Unidos da América, Brasil, México, ex-províncias ultramarinas portuguesas em África, Guiné Equatorial, Guiana, Austrália, e outros. Como investidor e negociante perspicaz, durante a II Guerra Mundial, teve a barca «Foz do Douro» a fazer transportes para a Cruz Vermelha Internacional, transporte de refugiados dos vários países da Europa para os E.U.A., fazendo uso dos privilégios especiais que Portugal tinha como país neutro, amigo de todos os outros países, mesmo até da Alemanha, como marca de livre trânsito, mandou pintar a branco no casco preto da sua barca, em grandes letras, o nome «FOZ DO DOURO» entre grandes quadrados brancos, marca que se tornou muito gradamente conhecida em quase todos os países beligerantes, também na Alemanha, pela sua constante e livre navegação pelos oceanos em prestimosos e necessários transportes. Nesse período, Portugal secretamente forneceu armas e minério de ferro à Alemanha, bem como o minério Volfrâmio explorado intensamente as minas no norte do país e transportado, por via ferroviária em extensos comboios, para o porto de Leixões, um dos vários negócios em que o industrial e armador portuense Júlio R. Campos muito investiu, sendo o transporte desse minério efectuado para o porto de Hamburgo no rio Elba, Alemanha, pela barca «Foz do Douro», um negócio altamente rentável que lhe permitiu desenvolver ainda mais os seus negócios, se tornou o maior accionista e director do BNU Banco Nacional Ultramarino, onde em moço tinha trabalhado.
Julio Ribeiro Campos foi também armador do navio de carga a vapor ULTRAMARINO, adquirido durante a segunda guerra mundial e que chegou a ser rebocado para Lisboa, mas nunca operou comercialmente sendo revendido ao antigo armador alemão Norddeutscher Lloyd Bremen. Tenho uma série de fotografias do ULTRAMARINO, e algumas da FOZ DO DOURO,
Luís Miguel Correia
O ULTRAMARINO pertenceu a Julio Ribeiro Campos de 1943 a 1951, ano em que foi revendido para a Alemanha passando a chamar-se TRAUNSTEIN. Navegou até 1960 e foi demolido em Wilhelmshaven 30.9.60 [Eisen u.Metall AG]
A Companhia Colonial de Navegação deu apoio técnico a JRC relativamente ao ULTRAMARINO. O BNU era acionista da Colonial.
Luís Miguel Correia
(Continuação do comentário acima)
Foi também neste período, entre a Segunda Guerra Mundial e do pós-guerra, que J. Ribeiro Campos adquiriu o navio-motor mercante que registou com o nome de «Ultramarino», para celebrar a sua posição no banco BNU, contudo, este navio-motor nunca chegou a navegar e fazer transportes, devido às grandes avarias que tinha, tendo acabado por ser vendido para uma sucata em Itália. Neste período áureo da sua actividade empresarial, Júlio R. Campos, teve não só atribuído cargo na direcção do banco BNU, mas também a atribuição do cargo de presidente do maior club desportivo nortenho, o Futebol Clube do Porto, bem como a sua nomeação pela coroa dinamarquesa como Cônsul Honorário da Dinamarca, na cidade do Porto, para representação diplomática daquele país escandinavo nas regiões portuguesas do norte e centro, cargo que desempenhou até o limite de idade, tendo esse cargo diplomático sido atribuído ao seu filho primogénito Abel Morais Campos, pai da minha prima e conterrânea Maria Helena Campos com participação neste Blogue.
Acresce ainda informar que, além de grande quantidade de documentos e registos fotográficos, não só relativa à família, sou igualmente detentor dos mesmos relativos às barcas «Cidade do Porto», «Foz do Douro» e «Ultramarino», constante do acervo do «Arquivo Histórico da Família». Possuo também cópia de filme em duas partes realizado pela "PATHÉ" a bordo da barca com o nome «Abraham Rydberg» quando pertencente a escola náutica da Suécia, e um filme também realizado a bordo da mesma barca já com o nome de «Foz do Douro». Esta barca, quando pertencente a uma pequena escola náutica sueca com poucos recursos financeiros, por isso efectuou também transportes nas viagens de instrução, mereceu que nela tivesse embarcado um repórter da Pathé que filmou vários aspectos da navegação na viagem por vários portos marítimos. Infelizmente, Portugal não fez o mesmo quando a mesma barca com o nome «Foz do Douro», efectuou a viagem de estudos náuticos do porto de Santos, Brasil, para o porto de Leixões, Portugal, sob o comando do Almirante Gago Coutinho. - Todo o acervo documental do «Arquivo Histórico da Família», de que faz parte os dados aqui divulgados, uma vez que resido no estrangeiro, estou a preparar para passar para a posse do meu irmão mais velho, residente em Gaia, Portugal. Saudações, Manuel J. Campos d'Oliveira Lima
Manuel J. Campos d'Oliveira Lima, novamente no Blogger.
Destaco que, tal como os 2 documentários da Pathé Gazette de 1938, possuo um filme, Documentário THE BARGE "ABRAHAM RYDBERG" DOCUMENTARY, de 1938, com duração de 30 minutos, através do qual se pode observar a viagem completa desta barca desde o porto de Baltimore as manobras do velame do navio veleiro, a actividade a bordo, a navegação em mar com águas calmas e em borrasca com mar muito alteroso, em que algumas das velas rasgaram e parcialmente desapareceram.
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