quinta-feira, 30 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 12 - " Luso "


“ Luso “
1926 – 1955
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Luso" numa das chegadas a Lisboa
Imagem de autor desconhecido

Nº Of.: 492-E > Iic.: H.L.S.O. > Registo : Lisboa, 31.10.1926
Construtor : Neptun A.G. Rostock, Alemanha, 09.1912
ex “Colmar”, Deutsch-Australische D.G., Hamburgo, 1912-1916
ex “Machico”, Transp. Marítimos do Estado, Lisboa, 1916-1926
Máquina : Neptun A.G.,1912 > 1:Te > 3.800 Ihp > Vlc. 12 m/h

O "Luso" encalhado em Sully Beach, Barry
Imagem de autor desconhecido

1º Registo
Tonelagens : Tab 6.207,48 to > Tal 3.898,05 to
Cpmts.: Pp 140,17 mt > Boca 17,72 mt > Pontal 8,19 mt
Equipagem : 45 tripulantes – 12 passageiros

2º Registo
Iic.: C.S.B.D. > Reg.: Lisboa, 1946
Tonelagens : Tab 6.207,48 to > Tal 3.898,05 to
Cpmts.: Ff 145,17 mt > Pp 140,17 mt > Bc 170,72 mt > Ptl 8,19 mt
Equipagem : 45 tripulantes – 12 passageiros

O "Luso"
desenho de Luis Filipe Silva

O navio perde-se por grave avaria no casco, aquando do encalhe em Sully Beach, Barry, Inglaterra, a 30.12.1954, para onde se destinou para receber uma partida de carvão. O acidente ficou a dever-se à violência da corrente no canal e forte ondulação. Conseguido o seu desencalhe durante o mês de Janeiro seguinte, seguiu viagem com destino a Briton Ferry, após venda a sucateiro local, tendo sido começada a sua demolição a partir de 26 de Março de 1955.

Soc. Geral - Nº 11 - " Silva Gouveia " (II)


“ Silva Gouveia “ (II)
1928 – 1949
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Silva Gouveia" na barra do rio Douro
Foto (c) autoria e colecção de F. Cabral

Nº Of.: 388-E > Iic.: H.S.G.O. > Registo : Lisboa, 19.04.1928
Cttor.: Schiffswerft J&S A.G., Hamburgo, Alemanha, 10.1922
ex “Taunus”, Ubersee Reederei, Hamburgo, 1922-1924
ex “Max Weidtman”, H. Stahl & Co., Hamburgo, 1924-1928
Máq.: Dresden M/fabrik,1922 > 1:Te > 580 Ihp > Vlc. 10 m/h

O "Silva Gouveia" à chegada a Leixões
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos

O "Silva Gouveia" recebe carga em Leixões
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos

1º Registo
Tonelagens : Tab 1.240,56 to > Tal 772,13 to
Cpmts.: Pp 63,64 mt > Boca 10,10 mt > Pontal 6,16 mt
Equipagem : 27 tripulantes – 2 passageiros

O "Silva Gouveia" no Douro durante a demolição
Foto (c) autoria e colecção de F. Cabral

2º Registo
Nº Oficial : F-560 > Iic.: C.S.B.N. > Reg.: Lisboa, 1946
Tonelagens : Tab 892,54 to > Tal 510,99 to
Cpmts.: Ff 67,46 mt > Pp 63,88 mt > Bc 9,73 mt > Ptl 3,94 mt
Equipagem : 27 tripulantes – 2 passageiros

O "Silva Gouveia"
desenho de Luís Filipe Silva

Existe um registo de colisão com o navio Alemão “Sevilla”, da O.P.D.R., Oldenburgo, no rio Douro, em 11.12.1929. Amarrado desde finais de 1949, foi vendido à empresa de sucatas Rocha, Mota & Soares, Lda., do Porto, tendo efectuado a última viagem até à margem sul do rio Douro, onde foi demolido, durante o ano de 1954.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 10 - " Mira Terra " (I)


“ Mira Terra “ (I)
1926 – 1952
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Mínimo" ex "Mira Terra" (à esquerda) aguarda a demolição
Imagem (c) da autoria e colecção de F. Cabral, Porto

Nº Of.: 495-E > Iic.: H.M.T.R. > Registo : Lisboa, 1926
Cttor.: Gebr. Boot de Hoop, Leiderdorp, Holanda, 03.1919
ex “Polldiep”, Hol. Vrachtvaart Maats, Roterdão, 1919-1925
ex “Westminster Bridge”, Onslow S/s Co., Inglt., 1925-1926
ex “Porto”, Soc. Geral ( nome não registado ), 1926-1926
Máq.: K.N.M.F., Roterdão, 1919 > 1:Te > 450 Ihp > 8,5 m/h

1º Registo
Tonelagens : Tab 503,61 to > Tal 255,41 to
Cpmts.: Pp 50,09 mt > Boca 7,83 mt > Pontal 3,20 mt
Equipagem : 15 tripulantes

2º Registo
Nº Oficial : 495-E > Iic.: C.S.H.K. > Reg.: Lisboa, 02.08.1946
Tonelagens : Tab 503,61 to > Tal 255,41 to
Cpmts.: Ff 53,35 mt > Pp 50,09 mt > Bc 7,83 mt > Ptl 3,20 mt
Equipagem : 15 tripulantes

O "Mira Terra"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido em 1952 a J. Vasconcelos, de Lisboa, mudou o nome para “Mínimo”, continuando a navegar com registo em Lisboa, mas apenas durante poucos meses. Amarrou em Lisboa ainda em 1952, ali se mantendo até meados de 1954. Após venda à empresa de sucatas Rocha, Mota & Soares, Lda., do Porto, o navio realizou a última viagem até ao rio Douro, onde foi demolido em finais de 1954.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 9 - " Amarante "


“ Amarante “
1926 – 1955
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Wurttemberg" da Hapag, depois "Amarante"
Postal da Companhia

Nº Of.: 490-E > Iic.: H.A.M.R. > Registo : Lisboa 29.03.1926
Cttor.: Bremer Vulkan A.G., Vegesack, Alemanha, 02.1914
ex “Wurttemberg”, Hapag, Hamburgo, Alemanha, 1914-1916
ex “Amarante”, Tranp. Marít. do Estado, Lisboa, 1916-1926
Máq.: Bremer Vulkan, 1914 > 1:Te > 4.200 Ihp > Vlc. 9 m/h

O "Amarante" em Inglaterra
Imagem Photoship.Uk

1º Registo
Tonelagens : Tab 7.896,01 to > Tal 4.940,46 to
Cpmts.: Pp 143,25 mt > Boca 17,68 mt > Pontal 10,94 mt
Equipagem : 55 tripulantes

O "Amarante" à chegada a Leixões
Imagem (c) Fotomar, Matosinhos

2º Registo
Nº Oficial : 490-E > Iic.: C.S.A.D. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 8.089,32 to > Tal 5.068,41 to
Cpmts.: Ff 148,49 mt > Pp 143,25 mt > Bc 17,68 mt > Ptl 10,94 mt
Equipagem : 55 tripulantes

O "Amarante"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido em 1955 ao armador Grego A. Frangistas Manessis, mudou o nome para “Veronica”, continuando a navegar com registo Porto Riquenho. Foi novamente vendido para demolição, em Osaka, Japão, a 17.06.1959.

domingo, 26 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 8 - " Maria Amélia "


“ Maria Amélia “
1925 – 1949
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Maria Amélia" em Lisboa
Imagem de autor desconhecido

Nº Of.: 453-E > Iic.: H.M.A.M. > Registo : Lisboa 12.01.1925
Construtor.: Neptun A.G., Rostock, Alemanha, 05.1913
ex “Girgenti”, R.M. Sloman Jr., Hamburgo, 1914-1916
ex “Gaia”, Tranp. Marítimos do Estado, Lisboa, 1916-1925
Máq.: Neptun A.G., 1913 > 1:Te > 1.100 Ihp > Vlc. 10 m/h

O "Maria Amélia" a navegar
Imagem de autor desconhecido

1º Registo
Tonelagens : Tab 1.765,54 to > Tal 1.038,82 to
Cpmts.: Pp 87,71 mt > Boca 12,50 mt > Pontal 4,97 mt
Equipagem : 31 tripulantes - 5 passageiros

2º Registo
Nº Oficial : 453-E > Iic.: C.S.J.A. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 1.765,54 to > Tal 1.038,82 to
Cpmts.: Ff 92,11 mt > Pp 87,71 mt > Bc 12,50 mt > Ptl 4,97 mt
Equipagem : 33 tripulantes

O "Maria Amélia"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido para demolição ao sucateiro Dantas & Leal, de Lisboa, em 1959.

sábado, 25 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 7 - " Gaza "


“ Gaza “
1925 – 1949
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Gaza" em Inglaterra
Imagem Photoship.Uk

Nº Oficial : 450-E > Iic.: H.G.A.Z. > Registo : Lisboa 1925
Construtor.: Neptun A.G., Rostock, Alemanha, 03.1914
ex “Hof”, Deutsch-Australische D.G., Hamburgo, 1914-1916
ex “Gaza”, Tranp. Marítimos do Estado, Lisboa, 1916-1925
Máq.: Neptun A.G., 1914 > 1:Te > 3.250 Ihp > Vlc. 12,5 m/h

O "Gaza" a navegar
Imagem Photoship.Uk

1º Registo
Tonelagens : Tab 4.835,65 to > Tal 2.985,54 to
Cpmts.: Pp 122,00 mt > Boca 16,51 mt > Pontal 7,92 mt
Equipagem : 42 tripulantes - 6 passageiros

2º Registo
Nº Oficial : 450-E > Iic.: C.S.A.R. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 6.036,87 to > Tal 3.802,37 to
Cpmts.: Ff 126,85 mt > Pp 122,00 mt > Bc 16,51 mt > Ptl 7,92 mt
Equipagem : 42 tripulantes - 6 passageiros

O "Gaza"
Desenho de Luís Filipe Silva

Vendido para demolição em Lisboa no início de 1949.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 6 - " Inhambane "


“ Inhambane “
1925 – 1955
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Inhambane" em Inglaterra
imagem Photoship.Uk

Nº Oficial : 446-E > Iic.: H.I.N.B. > Registo : Lisboa 21.07.1925
Cttor.: J. C. Tecklemborg, Geestemunde, Alemanha, 08.1912
ex “Essen”, Deutsch-Australische D.G., Hamburgo, 1912-1916
ex “Inhambane”, Tranp. Marítimos do Estado, Lisboa, 1916-1925
Máq.: J.C. Tecklemborg, 1912 > 1:Te > 3.600 Ihp > Vlc. 12,5 m/h

O "Inhambane" em Inglaterra
imagem Photoship.Uk

1º Registo
Tonelagens : Tab 7.526,25 to > Tal 4.765,82 to
Cpmts.: Pp 137,58 mt > Boca 17,44 mt > Pontal 8,14 mt
Equipagem : 45 tripulantes - 9 passageiros

O "Inhambane" a entrar em Leixões
imagem (c) Fotomar, Matosinhos

2º Registo
Nº Oficial : 446-E > Iic.: C.S.A.V. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 5.943,84 to > Tal 3.684,48 to
Cpmts.: Ff 142,92 mt > Pp 137,57 mt > Bc 17,44 mt > Ptl 8,14 mt
Equipagem : 45 tripulantes - 9 passageiros

O "Inhambane"
desenho de Luís Filipe Silva

O navio sofreu um violento incêndio na carga, durante a escala em Leixões a 05.06.1942. Vendido ao armador Grego A. Frangistas Manessis, em 1955, alterando-lhe o nome para “Vassiliki”, passando a navegar com registo Costa Riquenho. Foi novamente vendido para demolição em Hong-Kong, a 23.05.1959.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 5 - " Mello "


“ Mello “
1923 – 1964
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Mello" à chegada a Leixões
imagem (c) Fotomar, Matosinhos

Nº Oficial : 397-E > Iic.: H.M.E.O. > Registo : Lisboa 21.03.23
Construtor.: Blyth Shipbuilding Co., Blyth, Inglaterra, 04.1915
ex “Hebburn”, Huddart Parker, Ltd., Londres, Inglat.1915-1919
ex “Graziella”, A & C. Aboaf, Londres, Iglaterra, 1919-1922
Máq.: Rich. Westgarth & Co., 1915 > 1:Te > 2.000 Ihp > 11 m/h
1º Registo
Tonelagens : Tab 4.188,12 to > Tal 2.993,54 to
Cpmts.: Pp 112,77 mt > Boca 11,54 mt > Pontal 8,37 mt
Equipagem : 36 tripulantes - 6 passageiros
2º Registo
Nº Oficial : 397-E > Iic.: C.S.B.G. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 4.471,29 to > Tal 2.693,05 to
Cpmts.: Ff 117,30 mt > Pp 112,96 mt > Bc 15,63 mt > Ptl 7,58 mt
Equipagem : 33 tripulantes - 12 passageiros

O "Mello"
desenho de Luís Filipe Silva

O navio sofreu um violento incêndio ao largo da costa brasileira, em 1943, devido a sabotagem, registando-se a morte de 15 pessoas. Também por motivo de incêndio, o navio foi encalhado na costa de África, próximo a Mohammedia, posição 33º41’N 07º26’W, em 27.11.1964, sendo considerado perda total.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 4 - " Maria Christina "


“ Maria Christina “ (I)
1922 – 1933
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Maria Cristina" - no livro Alfredo da Silva
Edição do Circulo de Leitores

Nº Oficial : 392-E > Iic.: H.M.C.R. > Registo : Lisboa 30.10.22
Construtor : Smith’s Dock Co., South Bank, Inglaterra, 07.1920
ex “Urd”, Jacob R. Olsen, Oslo, Noruega, 1920- 1922
Máq.: Smith’s Dock Co., 1920 > 1:Te > 1.615 Ihp > Veloc. 9 m/h
1º Registo
Tonelagens : Tab 3.824,88 to > Tal 2.611,24 to
Cpmts.: Pp 101,47 mt > Boca 14,63 mt > Pontal 7,60 mt
Equipagem : 39 tripulantes - 4 passageiros
2º Registo – “ Maria Cristina “
1933 -1952
Nº Oficial : 392-E > Iic.: C.S.B.F. > Registo : Lisboa 1933
Tonelagens : Tab 3.330,21 to > Tal 2.024,39 to
Cpmts.: Ff 105,49 mt > Pp 101,88 mt > Bc 14,67 mt > Ptl 6,91 mt
Equipagem : 39 tripulantes - 4 passageiros

O "Maria Christina"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido ao armador Grego A. Frangistas Manessis em 1952, alterou o nome para “Areti”, continuando a navegar com registo no Panamá. Foi anos mais tarde demolido em Moji, Japão, a 04.08.1959

terça-feira, 21 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 3 - " Costeiro "


“ Costeiro “
1922 – 1959
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Costeiro" em Lisboa
Foto de autor desconhecido

Nº Oficial : 394-E > Iic.: H.C.O.T. > Registo : Lisboa 1922
Construtor : Gibles, Ltd., Southampton, Inglaterra, 06.1921
ex “Lorient”, Cosmo St./s Co., Cardiff, Escócia, 1921- 1922
Máq.: J. Samuel Whith, 1921 > 1:Te > 650 Ihp > Vlc. 8 m/h
1º Registo
Tonelagens : Tab 717,53 to > Tal 484,71 to
Cpmts.: Pp 54,25 mt > Boca 8,82 mt > Pontal 3,45 mt
Equipagem : 16 tripulantes
2º Registo
Nº Oficial : 394-E > Iic.: C.S.H.W. > Registo : Lisboa 05.08.46
Tonelagens : Tab 629,16 to > Tal 338,57 to
Cpmts.: Ff 56,13 mt > Pp 54,25 mt > Bc 8,82 mt > Ptl 3,45 mt
Equipagem : 16 tripulantes

O "Costeiro"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido à Empresa de Navegação Frasil, alterou o nome para “São Silvério”, mantendo o registo em Lisboa. Perde-se por encalhe na Ilha Salvora, ao largo de Vigo, norte de Espanha, em 19.03.1963.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 2 - " Pinhel " (I)


“ Pinhel “ (I)
1922 – 1950
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

O "Pinhel" - Postal ilustrado
Edição africana não identificada

Nº Oficial : 393-E > Iic.: H.P.I.N. > Registo : Lisboa 29.03.22
Cttor.: Ropner & Sons, Ltd., Stockton-on-Tees, Inglt., 04-1915
ex “Ellawood”, Const. & Pickering S/s Co., M’brough, 1915- 20
ex “Nelda”, A. & C. Aboaf, Londres, Inglaterra, 1920-1922
Máq.: Blair & Co., Ltd., 1915 > 1:Te > 301 Nhp > Veloc. 8,5 m/h
1º Registo
Tonelagens : Tab 3.204,16 to > Tal 1.995,68 to
Cpmts.: Pp 102,21 mt > Boca 14,65 mt > Pontal 6,81 mt
Equipagem : 32 tripulantes
2º Registo
Nº Oficial : 393-E > Iic.: C.S.B.L. > Registo : Lisboa
Tonelagens : Tab 3.185,77 to > Tal 1.993,15 to
Cpmts.: Ff 105,75 mt > Pp 102,21 mt > Bc 14,65 mt > Ptl 6,81 mt
Equipagem : 32 tripulantes

O "Pinhel"
desenho de Luís Filipe Silva

Vendido à empresa British Iron & Steel Co., de Londres, para demolição em 1950. Na última viagem de Lisboa para Inglaterra, seguiu a reboque com o nome “Bisco 2”, com destino ao porto de Borrowstounness, onde foi desmantelado em Julho de 1950.

domingo, 19 de abril de 2009

Soc. Geral - Nº 1 - "Silva Gouveia" (I)


“ Silva Gouveia “ (I)
1922 – 1927
Soc. Geral de Comércio, Indústria e Transportes, Lda.

Nº Oficial : 388-E > Iic.: H.S.G.O. > Registo : Lisboa
Cttor.: W. Harkess & Son, Ltd., M’brough, Inglat., 10-1906
ex “Faithful”, F.H. Powell & Co., L’pool, Inglat., 1906-1914
ex “Monmouth Coast”, Miller S/s Co., Liverpool, 1914-1922

O "Monmouth Coast" a navegar
imagem Photoship.Uk

Tonelagens : Tab 1.204,55 to > Tal 755,49 to
Cpmts.: Pp 64,50 mt > Boca 10,16 mt > Pontal 4,22 mt
Máq.: Rich., Westgarth, 1905 > 1:Te > 149 Nhp > 11 m/h
Equipagem : 26 tripulantes

O "Silva Gouveia"
desenho de Luís Filipe Silva

Naufragou após encalhe na praia do Rosto, situada a cerca de 5 milhas do Cabo Torinana, no norte de Espanha, em 23.12.1927. A notícia do naufrágio informa que o navio se achava em perigo, devido a violento temporal, tendo lançado pedidos de socorro durante a noite. Acabaria por encalhar e afundar-se cerca da 1 hora e 45 minutos da manhã, na costa espanhola, a Sudoeste do Cabo Finisterra.

sábado, 18 de abril de 2009

O arrastão " Fafe "


Arrastão “ Fafe “
1919 – 1925
Armador : Soc. Portuguesa Pesca de Arrasto, Ldª., Porto

Nº Oficial : B-185 > Iic.: H.F.A.E. > Registo : Porto
Cttor.: Cochrane & Sons, Ltd., Selby, Inglaterra, 07.1912
Tonelagem : Tab 298,45 to > Tal 132,62 to
Cpmts.: Pp 40,86 mt > Boca 7,02 mt > Pontal 3,66 mt
Máq.: C.D. Holmes & Co., 1912 > 1:Te > 480 Ihp > 9 m/h
Equipagem : 19 tripulantes

ex “Andrew Marvell”
Armador : -?- , Inglaterra, 1912-1914

ex “Naval Base”
Armador : Marinha de Guerra Inglesa, 1914-1919

“Fafe”
1925 – 19??
Armador : Soc. Portuguesa de Pesca Restelo, Lda., Lisboa

O arrastão "Fafe" - minha colecção
foto de autor desconhecido

Nº Oficial : P-446-A > Iic.: C.S.K.R. > Registo : Porto
Tonelagem : Tab 298,45 to > Tal 132,62 to
Cpmts.: Pp 40,86 mt > Boca 7,02 mt > Pontal 3,66 mt
Máq.: C.D. Holmes & Co., 1912 > 1:Te > 480 Ihp > 9 m/h
Equipagem : 19 tripulantes

“ Fafe “
1942 - 1945
Requisitado pela Armada Portuguesa, 1942-1945

O patrulha N.R.P."Fafe"
desenho de Luís Filipe Silva

Sem rasto após 1956.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O arrastão " Almourol "


" Almourol "
1929 – 1950
Armador : Companhia Portuguesa de Pesca, Lisboa

O arrastão "Almourol" - minha colecção
imagem de autor desconhecido

Cttor.: Goole Shipbuilding & Repairing Co. Ltd., 03.1911
Nº Oficial : 366-F > Iic.: C.S.F.A. > Registo : Lisboa
Nº Oficial : 366-F > Iic.: H.A.M.O. > Registo : Lisboa
Tonelagens : Tab 270,01 to > Tal 128,01 to
Cpmts.: Ff mt > Pp 38,59 mt > Bc 7,01 mt > Ptl 3,53 mt
Máq.: Earl’s & Co., Hull, 1911 > 1:Te > 370 Ihp > 9 m/h
Equipagem : 18 tripulantes

ex “Lucida”
Armador : -?- , Fleetwood, Inglaterra, 1911-1913
Máq.: Earl’s & Co., Hull, 1911 > 1:Te > 370 Ihp > 9 m/h

ex “Bicalho”
Armador : Emp. Portuense de Pescarias, Porto, 1913-1915
Nº Oficial : A-171 > Iic.: H.B.C.P. > Registo : Porto
Tonelagens : Tab 270,01 to > Tal 128,01 to
Cpmts.: Pp 38,58 mt > Bc 7,00 mt > Ptl 3,50 mt
Máq.: Earl’s & Co., Hull, 1911 > 1:Te > 370 Ihp > 9 m/h
Equipagem : 13 tripulantes

ex “Rio Minho”
Armador : Emp. Central de Pesca a Vapor, 1915-1929
Nº Oficial : 421-D > Iic.: H.R.M.I. > Registo : Lisboa
Tonelagens : Tab 296,59 to > Tal 92,61 to
Cpmts.: Pp 39,61 mt > Boca 6,92 mt > Pontal 3,50 mt
Máq.: Earl’s & Co., Hull, 1911 > 1:Te > 370 Ihp > 9 m/h
Equipagem : 13 tripulantes

ex “Almourol”
Requisitado pela Marinha de Guerra Portuguesa, Lisboa

Navio patrulha N.R.P."Almourol"
desenho de Luís Filipe Silva

Em serviço da Armada durante os anos de 1942 a 1945
Vendido para demolição no ano de 1950.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Bartolomeu Dias - O navegador e os navios


Bartolomeu Dias
Navegador
1450(?) - 1500

Selo dos C.T.T.

A Marinha de Guerra Portuguesa pelo menos desde 1858, tem vindo a homenagear com grande simbolismo e solenidade o nome deste notável navegador. A espaços de 30 a 40 anos, tem acontecido o baptismo regular de novas unidades, situação que se repetiu este ano, com a entrada em serviço de mais um navio. Assim se perpetua a lembrança dum capitão e marinheiro, provavelmente transmontano oriundo de Mirandela, cujas façanhas e viagens o colocam no quadro de honra dos descobrimentos.

Corveta “Bartolomeu Dias“
1858-1905

A corveta "Bartolomeu Dias"
gravura de autor desconhecido

Navio consagrado pela excelência da construção, foi o primeiro navio misto com propulsão à vela e a vapor ao serviço da Armada. Por ter sido escolhido para transportar a Rainha D. Maria Pia, na confirmação do seu casamento em Lisboa, com o então Príncipe herdeiro o Infante D. Luís e pela presença na América do Sul, por força do conflito entre o Brasil e o Paraguai, merece ser lembrada pelos brilhantes serviços prestados do país.

Aviso colonial de 1ª Classe “Bartolomeu Dias”
1935 - 1969

O aviso de 1ª classe "Bartolomeu Dias"
imagem Photoship.Uk

O segundo navio a que fazemos referência, revelou-se igualmente uma excelente aquisição. Primeiro como Aviso colonial de 1ª classe, mais tarde classificado como Fragata, ocupou sempre posição de relevo, muito em função das missões desempenhadas nas antigas colónias de Moçambique, Índia, Macau e Timor.

Fragata “Bartolomeu Dias”
16.01.2009 -

A nova Fragata "Bartolomeu Dias"
imagem da Revista da Armada

Ao novo navio e futuras guarnições, os nossos votos de boa sorte no cabal desempenho das missões que lhes forem atribuídas. E que todos em conjunto saibam continuar o exemplo dado pelos navios anteriores, dignificando o honroso nome que ostenta.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Os navios de Júdice Fialho (3), Portimão


Conclusão

Após o falecimento de Júdice Fialho em 1934, todos os seus bens passaram à propriedade da viúva e herdeiros, que constituíram empresa ainda no decorrer desse mesmo ano. Porque a pesca longínqua se revelou desastrosa nesta época, a que acrescia a necessidade de motorizar os lugres, levou ao divórcio com a pesca do bacalhau, pelo que a nova gerência concentrou-se na pesca costeira e depois na pesca do alto, com igual sentido de oportunidade e promissor desenvolvimento.
Não surpreende portanto que parte dos lugres tenham sido postos à venda. Com esta medida, considerando que os lugres podiam continuar a navegar no serviço de cabotagem costeira, dá-se por extinta a pesca do bacalhau com base a partir dos portos algarvios. Do lugre empregue na cabotagem, mais os 3 lugres empregues durante os anos vinte na pesca, consegui apurar terem todos eles passado à propriedade da viúva e herdeiros, ainda em 1934. Depois viveram destinos diferentes, como segue :

O lugre de 3 mastros “ALGARVE 3º”
Nº Oficial : 612 > Iic.: H.A.L.C. > Porto de registo : Portimão
Cttor.: Manuel M. Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, 1921
ex "Águia", Comp. Aveirense Naveg. e Pesca, Aveiro, 1921-1922
Tonelagens : Tab 222,00 to > Tal 162,00 to
Comprimentos : Pp 35,11 mt > Boca 9,05 mt > Pontal 3,73 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Foi vendido a Daniel da Silva, de Portimão, em 1935, alterando o nome para “ALGARVE TERCEIRO”, continuando ligado à cabotagem nacional e internacional.

Nº Oficial : 612 > Iic.: C.S.C.F. > Porto de registo : Portimão
Cttor.: Manuel M. Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, 1921
Tonelagens : Tab 222,14 to > Tal 161,70 to
Comprimentos : Pp 35,10 mt > Boca 9,05 mt > Pontal 3,73 mt
Máquina : Sem motor auxiliar
Equipagem : 10 tripulantes

Afundou-se em local não especificado ao largo da costa portuguesa, no dia 24.01.1937. A notícia indica que os náufragos foram recolhidos pelo vapor norueguês “Bra-Kar”, da empresa Fred Olsen Lines, de Oslo. Este navio construído na Noruega em 1929, tinha uma Tab de 3.778 to., 111,40 metros de comprimento e 15,80 metros de boca.

O lugre de 4 mastros “ALGARVE 2º”
Nº Oficial : 605 > Iic.: H.A.G.S. > Porto de registo : Portimão
Construtor : Joaquim Pedro de Sousa, Portimão, 1921
Tonelagens : Tab 459,73 to > Tal 388,31 to
Comprimentos : Pp 39,32 mt > Boca 8,75 mt > Pontal 4,93 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Manteve-se na propriedade da viúva e herdeiros de Júdice Fialho até 1941, desaparecendo dos registos a partir de 1942. Sem rasto.

O lugre de 3 mastros “ALGARVE 4º”
Nº Oficial : 605 > Iic.: H.A.G.S. > Porto de registo : Portimão
Construtor : Tobias de Lemos, Aveiro, lançado Maio de 1921
ex “Rigel”, Soc. Construção e Pesca Lda., Aveiro, 1921-1922
Tonelagens : Tab 273,20 to > Tal 259,54 to
Comprimentos : Pp 41,60 mt > Boca 9,00 mt > Pontal 4,00 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Foi vendido a Joaquim dos Santos Pité, Lda., de Faro, em 1937, tendo alterado o nome para “AMIZADE SEGUNDO”, passando ao serviço de cabotagem nacional e internacional. Navega desde então com os seguintes detalhes :

Nº Oficial : 700 > Iic.: C.S.C.G. > Porto de registo : Faro
Construtor : Tobias de Lemos, Aveiro, lançado Maio de 1921
ex “Rigel”, Soc. Construção e Pesca Lda., Aveiro, 1921-1922
Tonelagens : Tab 296,21 to > Tal 224,02 to
Cpmts.: Ff 46,36 mt > Pp 40,08 mt > Boca 9,09 mt > Ptl 3,83 mt
Máquina : Skandia, Suécia, 1937 > 1:Sd > 260 Bhp > Veloc. 9 m/h
Equipagem : 11 tripulantes

Não aparece no registo de navios naufragados. Desaparece da lista de navios nacionais em 1941. Sem rasto.

O lugre de 3 mastros “ALGARVE 5º”
Nº Oficial : 614 > Iic.: H.A.L.Q. > Porto de registo : Portimão
Construtor : Joaquim Pedro de Sousa, Portimão, 1923
Tonelagens : Tab 379,55 to > Tal 360,58 to
Comprimentos : Pp 38,75 mt > Boca 9,50 mt > Pontal 3,75 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Foi vendido a José Braz Alves, de Faro, em 1935, tendo alterado o nome para “VAGABUNDUS”, passando ao serviço de cabotagem nacional e internacional. Muda os detalhes para :

Nº Oficial : 696 > Iic.: C.S.C.H. > Porto de registo : Faro
Construtor : Joaquim Pedro de Sousa, Portimão, 1923
Tonelagens : Tab 331,01 to > Tal 251,78 to
Comprimentos : Pp 41,36 mt > Boca 9,91 mt > Pontal 3,53 mt
Máq.: Volund, Dinamarca, 1935 > 1:Sd > 220 Bhp > Veloc. 8 m/h
Equipagem : 12 tripulantes

Foi novamente vendido, desta feita à Empresa de Pesca Figueirense, em 1938, tendo alterado o nome para “PESCADOR”, regressando à pesca do bacalhau, serviço intercalado com viagens de cabotagem. Fica desde esse ano com o seguinte registo :

Nº Oficial : B-269 > Iic.: C.S.C.H. > Porto de registo : F. da Foz
Construtor : Joaquim Pedro de Sousa, Portimão, 1923
Tonelagens : Tab 332,36 to > Tal 232,80 to
Cpmts.: Ff 48,14 mt > Pp 41,36 mt > Boca 9,91 mt > Pontal 3,53 mt
Máq.: Volund, Dinamarca, 1935 > 1:Sd > 220 Bhp > Veloc. 8 m/h
Equipagem : 12 tripulantes

Não aparece no registo de navios naufragados. Desaparece da lista de navios nacionais em 1944. Sem rasto.

sábado, 11 de abril de 2009

A compra do "Polynesia" / "Argus"


O "Polynesia" em Aruba

O navio abandonado, ainda sem saber do destino
Imagem (c) Photoship.Uk

Estive ultimamente muito entretido a ler a entrevista do Dr. Aníbal Paião, da empresa Pascoal & Filhos, no Diário de Aveiro, com comentários à compra, reconstrução e futura utilização dos lugres “Santa Maria Manuela” e “Polynesia” / “Argus”. Dessa entrevista retiro logo à partida duas conclusões:
1º A concretização da compra no leilão de Janeiro último, do navio “Polynesia” / “Argus”, teve por essência a preservação do navio, que sabemos todos, terá estado muito perto de se transformar num coral artificial.
2º Faz todo o sentido acalmar a euforia reinante no meio náutico, pois ao contrário do que se poderia imaginar, as finanças da Pascoal & Filhos, não são um poço sem fundo, como préviamente se chegou a pensar.
Percebo a existência dum plano de actuação, que visa terminar a reconstrução do lugre “Santa Maria Manuela”, colocá-lo à exploração comercial, como navio de turismo cultural científico (?) e só depois será estudado o plano para a reconstrução do “Argus”, que certamente passará através de apoios nacionais ou europeus, dando ao navio a continuação dum merecido e justificado prolongamento de vida útil.
Levanto novamente a questão, também exposta pelo Dr. Aníbal Paião, quanto à exigência do projecto, que tem de ser sustentável do ponto de vista económico e financeiro. Ninguém tem dúvida das dificuldades que se avizinham, como também admitimos não ser fácil a concretização desse desejo.
Se este projecto de intenções se traduz no plano A, será que a não sustentabilidade pressupõe a passagem ao plano B, obrigando a nova venda dos navios, com o decepcionante regresso à estaca zero. Ou existe também um plano C, que visaria a transformação do lugre em navio museu, deixando-o por exemplo amarrado no Tejo, em frente aos Jerónimos…
É evidente que estas são perguntas, que o tempo e a Administração da Pascoal & Filhos, irão certamente responder, em momento oportuno. Felicito-os novamente pela tentativa de dar saúde a um navio que se apresenta com aspecto doente e de prognóstico reservado. E espero que o Presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, continue à frente da autarquia, para cumprir a promessa de apoiar esta iniciativa, excedendo o limitado “possível”, por ser do interesse local, que é também nacional, já que mereceu do mundo marítimo português, os mais rasgados elogios.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Páscoa


A todos os amigos


Os meus sinceros votos de Páscoa feliz,
com um grande abraço, desse tamanho.

Pesca do bacalhau


Naufrágio na campanha de 2009

Naufragou no dia 22 de Fevereiro nas proximidades de St. John’s, Terra Nova, o arrastão espanhol “Monte Galiñeiro”, durante as operações de pesca. O capitão do arrastão, Sr. Ivan Soaje Blanco, de regresso a Espanha, quando questionado sobre o motivo do naufrágio, informou terem-se escutado alguns golpes secos no navio, a que se seguiu uma explosão. Depois alquebrou e afundou-se rapidamente. Disse estar grato às autoridades do Canadá pelo tratamento recebido, que possibilitou o salvamento dos 22 homens da tripulação, em muito difíceis condições, agravadas pela água do mar se encontrar com uma temperatura que rondava os 3 graus negativos. Os tripulantes, 13 naturais da Galiza, uma bióloga Madrilena, 6 Ganeses, um Romeno e um Marroquino, chegaram a Espanha no dia 26, repatriados via Paris, sendo recebidos no terminal Peinador, em Vigo, por familiares e amigos.

O naufrágio - imagens (c) Agência Reuters

O arrastão “ Monte Galiñeiro “
2005 – 2009

Armador : Valiela S.L., Vigo
Construtor : Comp. de Montagens, Vigo, 11.2005
Tonelagens : Tab 545,00 to > Porte 400,00 to
Cpmts.: Ff 35,60 mt > Pp 34,50 mt > Boca 10,00 mt
Máquina : Espanha, 2005 > 1:Di > Veloc. 12 m/h

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fait divers


As novas navegações

A caminho de porto seguro...

O receio bem fundamentado de desmaritimização do litoral, tem recebido apoios das forças para-militares do interior, com indicações de boa vontade, que apontam no sentido do regresso às águas.

Preparando a amarração

Por isso sentimo-nos na obrigação de divulgar todas as iniciativas, venham elas de onde vierem, que mostrem e justifiquem bons exemplos de motivação náutica, nesse sentido.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Os navios de Júdice Fialho (1), Portimão


João António Júdice Fialho
Portimão 1895 – Lisboa 1934

Apesar das inúmeras referências ligadas ao nome deste ilustre algarvio, em diversas cidades da província, pouco ou quase nada se encontra relativamente às suas facetas como armador e empresário, excepto ter casado com a filha dum abastado médico italiano, radicado localmente e ter sido dono duma belíssima moradia, na cidade de Portimão.
Como empresário o nome Júdice Fialho aparece ocasionalmente associado à indústria conserveira, devido às fábricas postas a laborar próximo a diversos portos piscatórios, com relevo para Faro, Matosinhos e Peniche.
Convém contudo lembrar que Júdice Fialho terá iniciado a sua carreira profissional, através da venda de palamenta e equipamentos para as embarcações de pesca, pelo que ainda jovem estaria já muito familiarizado com essa actividade.
Com a compra de pequenos barcos para a pesca, deu início à criação duma considerável frota pesqueira, ao longo dos anos, que o ligaram à pesca costeira, à pesca do alto, à pesca do bacalhau na Terra Nova, tendo ainda colocado um dos seus lugres no serviço de cabotagem nacional e internacional.
Naturalmente com extrema facilidade adquiriu vantagem em relação aos restantes concorrentes armadores algarvios, que existiam à época em número considerável, pois na eventualidade do peixe não ser comercializado, tinha sempre garantido o escoamento para as fabricas de conserva. E se por acaso houvesse falta de peixe, a situação era normalmente ultrapassada com a conserva de frutas e legumes.
Convém igualmente salientar que o pai Júdice Fialho, por se encontrar referência ao nome a partir de 1906, devia igualmente ter um forte vínculo à pesca, ainda que sem a grandeza e dimensão que se verificaram posteriormente.
Da frota da sua propriedade, até à data do seu falecimento, salientamos as seguintes embarcações:

Navio de cabotagem nacional e internacional

Lugre de 3 mastros “ALGARVE 3º”
Nº Oficial : 612 > Iic.: H.A.L.C. > Porto de registo : Portimão
Cttor.: Manuel M. Bolais Mónica, Gafanha da Nazaré, 1921
Tonelagens : Tab 222,00 to > Tal 162,00 to
Comprimentos : Pp 35,11 mt > Boca 9,05 mt > Pontal 3,73 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Navegação de longo curso – pesca do bacalhau

Lugre de 4 mastros “ALGARVE 2º”
Nº Oficial : 605 > Iic.: H.A.G.S. > Porto de registo : Portimão
Construtor : J.P. de Sousa, Portimão, 1921
Tonelagens : Tab 459,73 to > Tal 388,31 to
Comprimentos : Pp 39,32 mt > Boca 8,75 mt > Pontal 4,93 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Lugre de 3 mastros “ALGARVE 4º”
Nº Oficial : 605 > Iic.: H.A.G.S. > Porto de registo : Portimão
Construtor : Tobias de Lemos, Aveiro, lançado Maio de 1921
ex “Rigel”, Soc. Construção e Pesca Lda., Aveiro, 1921-1922
Tonelagens : Tab 273,20 to > Tal 259,54 to
Comprimentos : Pp 41,60 mt > Boca 9,00 mt > Pontal 4,00 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Lugre de 3 mastros “ALGARVE 5º”
Nº Oficial : 614 > Iic.: H.A.L.Q. > Porto de registo : Portimão
Construtor : J.P. de Sousa, Portimão, 1923
Tonelagens : Tab 379,55 to > Tal 360,58 to
Comprimentos : Pp 38,75 mt > Boca 9,50 mt > Pontal 3,75 mt
Máquina : Sem motor auxiliar

Continua…

terça-feira, 7 de abril de 2009

Os navios de Júdice Fialho (2), Portimão


João António Júdice Fialho
Portimão 1895 – Lisboa 1934
Continuação

Navios utilizados na pesca do alto e costeira

Vapor “COLOMBO”
Nº Oficial : 38 > Iic.: H.J.W.Q > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Inglaterra, 1889
Tonelagens : Tab 138,55 to > Tal 62,35 to
Comprimentos : Pp 30,65 mt > Boca 6,06 mt > Pontal 3,80 mt
Equipagem : 10 tripulantes
Supostamente comprado a armador de Lisboa entre 1910 a 1913

Vapor “ALGARVE 6º”
Nº Oficial : 615 > Iic.: H.A.R.V. > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-
Tonelagens : Tab 229,05 to > Tal 167,45 to
Comprimentos : Pp 38,21 mt > Boca 6,40 mt > Pontal 3,35 mt

Vapor “PORTUGAL 6º”
Nº Oficial : 607 > Iic.: H.P.T.O. > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-
Tonelagens : Tab 91,58 to > Tal 55,37 to
Comprimentos : Pp 25,60 mt > Boca 5,65 mt > Pontal 2,73 mt

Vapor “PORTUGAL 8º”
Nº Oficial : 608 > Iic.: H.P.R.O. > Porto de Registo : Portimão
Construtor : -?-
Tonelagens : Tab 96,44 to > Tal 51,72 to
Comprimentos : Pp 26,10 mt > Boca 5,57 mt > Pontal 2,92 mt

Navios utilizados na pesca costeira e no tráfego local

Vapor “GALGO”
Nº Oficial : 37 > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-
Tonelagens : Tab 82,99 to > Tal 61,85 to
Comprimentos : Pp 25,59 mt > Boca 5,28 mt > Pontal 2,78 mt
Equipagem : 10 tripulantes

Motor “FADISTA”
Nº Oficial : 19 > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Pprtimão, 1911
Tonelagens : Tab 10,07 to
Comprimentos : Pp 10,68 mt > Boca 3,60 mt > Pontal 1,10 mt
Equipagem : 2 tripulantes

Motor “FUNCHAL”
Nº Oficial : 46 > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Olhão, 1900
Tonelagens : Tab 15,41 to
Comprimentos : Pp 17,45 mt > Boca 4,46 mt > Pontal 1,15 mt
Equipagem : 5 tripulantes

Motor “FUTURO”
Nº Oficial : Não tem > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Portimão, 1911
Tonelagens : Tab 7,02 to
Comprimentos : Pp 9,70 mt > Boca 3,35 mt > Pontal 0,50 mt
Equipagem : 2 tripulantes

Motor “PORTIMÃO”
Nº Oficial : 45 > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Olhão, 1900
Tonelagens : Tab 16,89 to > Tal 15,90 to
Comprimentos : Pp16,00 mt > Boca 4,00 mt > Pontal 1,10 mt
Equipagem : 4 tripulantes

Motor “PORTUGAL”
Nº Oficial : 43 > Iic.: Não tem > Porto de registo : Portimão
Construtor : -?-, Olhão, 1900
Tonelagens : Tab 20,78 to > Tal 19,87 mt
Comprimentos : Pp 16,30 mt > Boca 4,25 mt > Pontal 1,25 mt
Equipagem : 4 tripulantes

De acordo com os documentos disponíveis, não foi possível descobrir qual o destino dado a todas as embarcações referenciadas, pelo que vão ser consideradas sem rasto.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A notícia do dia


A chegada do "Polynesia" / "Argus" a Aveiro

Imagem do "Argus" à chegada
foto (c) Dra. Ana Maria Lopes

Como estava previsto o antigo bacalhoeiro "Argus" da Parceria Geral de Pescarias, chegou esta manhã a Aveiro, entrando a barra do porto pelas 10 horas e 30 minutos, seguindo ria acima e atracando na ponte cais da empresa Pascoal & Filhos, cerca do meio-dia. Pode-se dizer que está finalmente em casa.

Todos os detalhes da chegada estão disponíveis no link
http://marintimidades.blogspot.com/2009/04/o-argus-entrou-barra-de-aveiro.html

Penso que estamos todos ansiosos por saber do início e fim da reparação a que o navio vai estar sujeito, pronto para como outrora embelezar o nosso mar.

domingo, 5 de abril de 2009

O "Wappen von Hamburg" no cabo de S. Vicente


Sempre que posso passeio pela cidade à procura de postais e de vez em quando aparecem imagens muito interessantes. Inicialmente ao ver mais um postal do farol no cabo de S. Vicente, encontro uma imagem desconhecida, que me levou a erro de julgamento, quanto ao navio a navegar ao largo. Com a colaboração do Rui Amaro, chegamos finalmente a consenso. Trata-se do ferry Alemão “Wappen von Hamburg”, tal como se apresentava originalmente, pelo que a foto retratada no postal é do período entre 1955 a 1958. Depois, foi fácil descobrir um pouco da história do navio, como segue :

“ Wappen von Hamburg “
1955 – 1960
Armador : Hafendampfschiffahrt A.G., Hamburgo
Alemanha


Cttor.: Steinwerder Industrie A.G., Hamburgo, 14.05.1955
dp “Delos”, Nomikos Lines, Piréu, Grécia, 1960-1967
>> Reconstruído e remodelado no Piréu, entre 1960-1961
dp “Polar Star, Westours, 1967-1970
dp “Pacific Star”, West Lines, 1970-1972
dp “Xanadu 2”, Xanadu Cruises, 1972-1980
Tonelagens : Tab 2.496,00 to > Porte 428,00 to
Cpmts.: Ff 89,30 mt > Pp 76,70 mt > Boca 13,2 mt
Máquina : Alemanha, 1955 > 2:Di > Veloc. 18 m/h

Primeiro ferry para transporte de passageiros, construído no estaleiro de Steinweder, hoje identificado por Blohm & Voss, esteve colocado num trafego que fazia a ligação entre as cidades de Hamburgo, Cuxhaven, Heligoland e Hornum. Apesar de se tratar dum ferry de pequena dimensão, tinha capacidade para transportar 1.600 passageiros, pelo que operou igualmente no mercado de cruzeiros Alemão, certamente com viagens ao Mediterrâneo e ao norte de África, o que explica a passagem próximo à costa Algarvia.
Enquanto “Delos” esteve posicionado a efectuar cruzeiros entre o Piréu e as Ilhas Gregas, agora dispondo de acomodações para 186 passageiros. Já como “Polar Star” viajou entre o Ártico e portos no Canadá. Depois efectuou cruzeiros nos Estados Unidos, visitando portos ao longo da costa do Pacífico, até amarrar em Vancouver, durante o ano de 1977. Vendido a interesses Americanos, mudou o nome para “Faithful”, ficando amarrado para funcionar como navio hospital, situação que não chegou a acontecer. A falta de fundos obriga à venda do navio a um grupo missionário com sede em Los Angeles.
A partir de 1980 ficou amarrado ao largo de Los Angeles, com o nome “Espess”, semi-abandonado, período em que foi severamente vandalizado. Recupera o nome “Faithful” em 1991, continuando amarrado em Los Angeles, servindo de base ao mesmo grupo missionário. Ali foram efectuados encontros, reuniões, cerimónias religiosas e exposições. Na impossibilidade de continuar a manter o navio em porto, nova venda a outro armador Americano, em 2005, que promoveu o reboque do navio para o porto de Alameda, também na Califórnia, sendo novamente reconstruído e transformado em iate de luxo. Tanto quanto se sabe, mantém-se a navegar.

sábado, 4 de abril de 2009

O voo das gaivotas...


A situação vivida pelas tripulações dos navios nacionais, de total e completa insegurança no mar, durante a II Grande Guerra Mundial, na constante dúvida se iriam ou não completar as viagens programadas, levou a que muitos tripulantes desertassem dos navios, para viver em locais onde lhes parecia existir maiores probabilidades de sobrevivência. Essas tomadas de posição, depois dos ataques e respectivos torpedeamentos dos navios "Cassequel" e "Ganda" da Companhia Colonial, do "Corte Real" dos Carregadores Açoreanos, entre outros navios de menor porte, terá ditado a fuga dos navios, nesses tempos conturbados. Face ao descalabro reinante, com os navios obrigados a navegar com tripulações reduzidas, o governo decidiu então criar legislação específica, perfeitamente lógica e compreensível nos dias da "caça às bruxas"...

A eterna dúvida, ficar ou voar...

A legislação de Fevereiro de 1942
Sanções a aplicar aos inscritos marítimos, tripulantes de navios da marinha mercante nacional, que, nas actuais circunstâncias derivadas da guerra, desertem em portos estrangeiros.

MINISTÉRIO DA MARINHA
Repartição do Gabinete
----------
Decreto-lei Nº 31.892

Considerando que se tem verificado ultimamente a deserção em portos estrangeiros de excepcional número de tripulantes portugueses dos navios da frota mercante nacional;
Considerando que é necessário coibir este procedimento, que pode causar sérias perturbações ao abastecimento do País e irreparáveis prejuízos à economia nacional;
Considerando ainda que as sanções normalmente aplicadas a tais faltas não correspondem à gravidade que na realidade elas assumem nas circunstâncias actuais;
Usando da faculdade conferida pela 2ª parte do Nº 2º do artigo 109º da Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o seguinte :
Artigo único. Os inscritos marítimos, tripulantes de navios da marinha mercante nacional, que, nas actuais circunstâncias derivadas da guerra e a partir da publicação do presente decreto-lei, desertem em portos estrangeiros serão julgados pelo Tribunal Militar de Marinha, nos termos do Código de Justiça Militar, aplicando-se-lhes em especial as disposições da secção VIII, capítulo I, título II, livro I.
Publique-se e cumpra-se como nele se contém.

Paços do Governo da República, 25 de Fevereiro de 1942.
António Óscar de Fragoso Carmona, António de Oliveira Salazar, Mário Pais de Sousa, Adriano Pais da Silva Vaz Serra, João Pinto da Costa Leite, Manuel Ortins de Bettencourt, Duarte Pacheco, Francisco José Vieira Machado, Mário de Figueiredo, Rafael da Silva Neves Duque. (Diário do Governo Nº 45, 1ª Série, de 25 de Fevereiro de 1942)