domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pequenas grandes construções!


Chalupa “A Portugueza”
1892 - 1917

Anúncio correspondente à viagem desde o Porto para
o Algarve, na ocasião do encalhe na Figueira da Foz.

Armador: A.J. Rebello de Lima e outros, Porto, 1916-1917
Nº Oficial: 166 - Iic. H.F.C.M. - Registo: Douro, Porto
Construtor: José Dias dos Santos Borda, Fão, 14.05.1892
ex “A Portugueza”, Francisco Ferreira da Maia, Aveiro, 1892-1898
ex “A Portuguesa”, A.J. Rebello de Lima, Porto, 1899-1900
ex “A Portugueza”, Francisco Estevão Soares, Porto, 1900-1915
Arqueação: Tab 106,65 tons - Tal 99,42 tons
Dimensões: Pp 24,36 mtrs - Boca 6,90 mtrs - Pontal 2,66 mtrs
Propulsão: À vela, sem motor auxiliar
Equipagem: 6 tripulantes

A chalupa navegou desde Esposende na viagem inaugural, com destino ao rio Douro e Aveiro. Dali viajou para um porto do norte, regressando a Aveiro, sob o comando do mestre Francisco Forte-Homem.
(Felgueiras, José - A constr. de embarcações, Esposende, 2010)

A 26 de Março de 1903, durante a tarde apareceu à entrada da barra do porto da Figueira da Foz, uma chalupa desarvorada, que veio abicar à praia pelo sul do forte de Santa Catarina. A tripulação, que se compunha de sete homens, foi toda salva pela baleeira salva-vidas, em que foi o capitão do porto, o capitão Ferreira, da marinha mercante e tripulado por vários marinheiros. Da praia foram atirados 3 foguetões, mas o vento destruiu-os. O navio era a chalupa “A Portugueza”, da praça do Porto, seguindo com destino a Vila Nova de Portimão, para onde levava carga diversa. Na maré da noite o navio galgou o cabeço de areia e foi encalhar dentro do porto. Está previsto tentar salvar o casco e parte da carga. O sinistro deu-se por altura das Berlengas. A chalupa partiu o mastro da mezena, ficando desarvorada e correndo com o tempo.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, sábado, 28 de Março de 1903)
Nota: Na embarcação estava embarcado um menor, que seguia como passageiro. O casco foi recuperado e reparado, tendo a chalupa regressado ao serviço comercial.

A 11 de Dezembro de 1917, quando em viagem de Lisboa para o Porto, em frente à da praia da Granja e já próximo da barra do rio Douro, foi afundada (supostamente com carga explosiva) por um submarino alemão. Não há registo de vitimas em resultado desse ataque.

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