sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

História trágico-marítima ( I )


Encalhes e naufrágios

14 de Novembro de 1858 – Nesta data, naufragou no Funchal a galera “Defensora”, propriedade dos Cunhas de Miragaia, Porto, morrendo afogadas oito pessoas. In (Jornal o “Comércio do Porto”, de 29 de Novembro de 1908)

8 de Maio de 1861 – Em frente da barra do porto de Vila do Conde, ficou feito em pedaços o hiate “Dourado”, da praça de Setúbal, tendo morrido 5 homens da tripulação incluindo o capitão. In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 8 de Maio de 1921)

O vapor "Desertas" encalhado em Aveiro
Foto de Henrique Ramos - Arquivo Digital de Aveiro

5 de Setembro de 1918 – Um submarino alemão, que apareceu à vista da barra de Aveiro, canhoneou o vapor “Desertas”, ali encalhado desde 16 de Novembro de 1916, sem ter conseguido atingir o alvo. Imediatamente, da base naval Francesa voaram dois hidroaviões, que procuraram bombardear o submarino, mas este submergiu, sendo perdido de vista. In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 6 de Setembro de 1918)

5 de Dezembro de 1921 – Naufragou em Sagres, junto do penedo conhecido por Lobo da praia da Balieira, o hiate “Lili”, matriculado na praça de Vila Real de Santo António e pertencente ao sr. João de Souza Brito. A tripulação era composta por sete homens, que foi salva, tendo-se perdido toda a carga, que não estava no seguro, constando de atum, conservas, amêndoas e figos, com um peso total de 50 toneladas. In (Jornal O “Comércio do Porto”, de 6 de Dezembro de 1921)

5 de Dezembro de 1921 – Nesta data encontrava-se a arder a galeota inglesa “Lila Bonfilier”, na latitude 40º07’N e longitude 10º40’W (várias milhas ao largo, em frente à Figueira da Foz). A tripulação foi recolhida a bordo pelo vapor francês “Ariadne”. In (Jornal O “Comércio do Porto”, de 6 de Dezembro de 1921)

7 de Novembro de 1927 – O lugre-motor “Nossa Senhora da Nazaré”, regressado ao rio Douro de onde saíra para Setúbal, com carga de carvão, encalhou nas areias do Cabedelo, com avaria na máquina. O mau tempo e a força da corrente (largou ferros no canal) não impediram que o lugre fosse parar à restinga, na barra do rio. Foi possível passar-lhe uma espia desde a catraia dos pilotos, que entregue ao rebocador “Burmester II”, procedeu ao desencalhe, rebocando o navio até ao ancoradouro em frente a Massarelos. A tripulação foi salva, registando apenas dois feridos, que receberam tratamento hospitalar. In (Jornal “O Século”, de 8 de Novembro de 1927)

8 de Novembro de 1927 – Pelas três horas da manhã, o lugre-motor “Santa Ana” encalhou na praia da Marofa, em Sagres. A embarcação que arqueava 380 toneladas, estava matriculada na praça de Vila Real de Santo António e pertencia à firma Sanches, Lima & Cª., Lda. A tripulação composta por nove homens, viu-se na necessidade de abandonar o navio, cuja carga constituída por sal foi considerada perdida. IN (Jornal “O Século” de 10 de Novembro de 1927)

23 de Novembro de 1927 – Naufragou o lugre “Futuro de Sines”, pertencente aos Srs. Rosa & Estevão. O barco, que era movido a motor de gasolina, ficou completamente destruído. As causas do sinistro foram atribuídas às más condições em que se encontravam as amarrações no porto de Sines. In (Jornal “O Século” de 24 de Novembro de 1927)

1 comentário:

Rui Amaro disse...

Caro Reinaldo
No relato do lugre NOSSA SENHORA DA NAZARÉ, e pela data, o rebocador que prestou assitência deverá ser o BURNAY 2º da delegação no Porto do Banco Burnay, e não BURMESTER II que segundo sei não existiu.
Saudações maritimo-entusiasticas
Rui Amaro