Encalhes e naufrágios
23 de Outubro de 1913 - O encalhe do patacho “ Navegante 2º “
Este patacho naufragou em Sines, salvando-se, felizmente, toda a tripulação. Era capitaneado por um dos seus proprietários, o Ílhavense Sr. João Magano, digno oficial da marinha mercante.
In (Jornal “O Nauta”, Nº 447 de 13 de Novembro de 1913)
Este patacho naufragou em Sines, salvando-se, felizmente, toda a tripulação. Era capitaneado por um dos seus proprietários, o Ílhavense Sr. João Magano, digno oficial da marinha mercante.
In (Jornal “O Nauta”, Nº 447 de 13 de Novembro de 1913)
O "Navegante 2º" encalhado em Sines
Foto de José Monteiro Guerreiro
In (Ilustração Portuguesa, Nº 402, 03.11.1913)
Foto de José Monteiro Guerreiro
In (Ilustração Portuguesa, Nº 402, 03.11.1913)
Nº Of.: -?- - Iic.: H.G.P.L. - Porto de registo: Lisboa
Arqueação: Tab 189,27 tons - Tal 179,80 tons
Máquina: Sem motor auxiliar
Equipagem: 10 tripulantes
Arqueação: Tab 189,27 tons - Tal 179,80 tons
Máquina: Sem motor auxiliar
Equipagem: 10 tripulantes
Na Praia Grande da vila de Sines, o patacho em referência deu à costa, devido à grande violência do mar, com um carregamento de oito mil sacos de adubo da firma Abecassis & Cª., Lda. A tripulação era composta pelo capitão João Magano; contra-mestre António Marques; cozinheiro Manuel Tomé Rosa e pelos marinheiros Eduardo Nunes, Paulo Lopes Tavares, António Santos Soares, Carlos Guilherme Monteiro, Romão Pinto Gomes, Ricardo Pinto Cabral e João Fortes Livramento, todos salvos através dum cabo de vai-vem.
São dignos dos maiores elogios, pela abnegação de que deram provas, todas as pessoas que tomaram parte no salvamento e entre estas, o cabo e os soldados da Guarda Republicana ali destacados, por terem recolhido alguns náufragos, fornecendo-lhes roupas.
O carregamento estava seguro na companhia Portugal Previdente, salvando-se deste quatro mil e quinhentos sacos de adubo. A Alfândega tomou conta dos destroços do barco que o mar tem atirado à praia. Trabalharam com grande afã no salvamento das roupas da tripulação. A restante carga está completamente destruída e os prejuízos estão avaliados em doze contos. O “Navegante 2º estava seguro na Companhia de seguros Ultramarina.
In (Jornal “O Século”, de 24 de Outubro de 1913)
28.04.1921 - O encalhe do lugre “ Maria Manuela “
Nesta data, durante a manhã, o lugre “Maria Manuela”, ancorado há dias na baía do porto de Angra do Heroísmo, ao levantar ferro para sair com destino ao porto da Praia da Vitória, devido à grande ventania de oeste, foi impelido com violência para o sitio denominado “As Águas”, encalhando na ponta do Castelinho. Todos os esforços da tripulação para salvá-lo foram impotentes, por quanto, momentos depois, já a água invadia rapidamente os porões. No local compareceram alguns barcos de pesca e o bote do hiate “Graciosa” (Nº Of. 928 - Tab 164,91 - Ponta Delgada - Mutualista Açoreana), também ancorado na baía, que prestaram os devidos socorros, trazendo para terra os tripulantes, bem como vários trabalhadores da Ribeirinha, que seguiam a bordo para auxiliarem na descarga de sal destinado àquele porto. O casco foi destruído pelas ondas de um dia para o outro, vendo-se muitos destroços a boiar, alguns já distantes de terra.
O navio que era um novo e elegante barco de 405 toneladas e 11 tripulantes, pertencia à Empresa de Navegação Açoreana de Pescarias, Limitada, de Lisboa, tendo como agentes na cidade os Srs. Elias Pinto & Rego e estava seguro no valor de Esc. 160.000$00. Ao local do sinistro acorreu muita gente e foram tiradas algumas fotografias.
São dignos dos maiores elogios, pela abnegação de que deram provas, todas as pessoas que tomaram parte no salvamento e entre estas, o cabo e os soldados da Guarda Republicana ali destacados, por terem recolhido alguns náufragos, fornecendo-lhes roupas.
O carregamento estava seguro na companhia Portugal Previdente, salvando-se deste quatro mil e quinhentos sacos de adubo. A Alfândega tomou conta dos destroços do barco que o mar tem atirado à praia. Trabalharam com grande afã no salvamento das roupas da tripulação. A restante carga está completamente destruída e os prejuízos estão avaliados em doze contos. O “Navegante 2º estava seguro na Companhia de seguros Ultramarina.
In (Jornal “O Século”, de 24 de Outubro de 1913)
28.04.1921 - O encalhe do lugre “ Maria Manuela “
Nesta data, durante a manhã, o lugre “Maria Manuela”, ancorado há dias na baía do porto de Angra do Heroísmo, ao levantar ferro para sair com destino ao porto da Praia da Vitória, devido à grande ventania de oeste, foi impelido com violência para o sitio denominado “As Águas”, encalhando na ponta do Castelinho. Todos os esforços da tripulação para salvá-lo foram impotentes, por quanto, momentos depois, já a água invadia rapidamente os porões. No local compareceram alguns barcos de pesca e o bote do hiate “Graciosa” (Nº Of. 928 - Tab 164,91 - Ponta Delgada - Mutualista Açoreana), também ancorado na baía, que prestaram os devidos socorros, trazendo para terra os tripulantes, bem como vários trabalhadores da Ribeirinha, que seguiam a bordo para auxiliarem na descarga de sal destinado àquele porto. O casco foi destruído pelas ondas de um dia para o outro, vendo-se muitos destroços a boiar, alguns já distantes de terra.
O navio que era um novo e elegante barco de 405 toneladas e 11 tripulantes, pertencia à Empresa de Navegação Açoreana de Pescarias, Limitada, de Lisboa, tendo como agentes na cidade os Srs. Elias Pinto & Rego e estava seguro no valor de Esc. 160.000$00. Ao local do sinistro acorreu muita gente e foram tiradas algumas fotografias.
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Os náufragos do lugre “Maria Manuela”, que se afundou na baía de Angra do Heroísmo, regressaram a Lisboa a bordo do vapor “S. Miguel”. As passagens foram custeadas pelo Instituto de Socorros a Náufragos.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 17 e 27 de Maio de 1921).
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 17 e 27 de Maio de 1921).
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