Navio novo construído no estaleiro da Gafanha
Outubro, 24 - Nos estaleiros da Gafanha foi lançado à água o lanchão-motor “Sadino”, de dois mastros, destinado ao serviço de cabotagem. A nova unidade, que desloca 270 toneladas de carga é propriedade da firma Chaves & Mateus, de Setúbal.
O lanchão "Sadino" no rio Douro
Caractrísticas
Caractrísticas
Armador: Chaves & Mateus, Lda., Setúbal
Nº Oficial: 511 - Iic: C.S.P.C. - Porto de registo: Setúbal
Construtor: Arménio Bolais Monica, Gafanha da Nazaré, 1952
Arqueação: Tab 193,27 tons - Tal 136,93 tons
Dimensões: Ff 34,18 mt - Pp 30,98 mt - Bc 7,73 mt - Ptl 3,44 mt
Propulsão: Deutz, 1952 - 1:Di - 6:Ci - 230 Bhp
Nº Oficial: 511 - Iic: C.S.P.C. - Porto de registo: Setúbal
Construtor: Arménio Bolais Monica, Gafanha da Nazaré, 1952
Arqueação: Tab 193,27 tons - Tal 136,93 tons
Dimensões: Ff 34,18 mt - Pp 30,98 mt - Bc 7,73 mt - Ptl 3,44 mt
Propulsão: Deutz, 1952 - 1:Di - 6:Ci - 230 Bhp
À cerimónia do bota-abaixo assistiram diversas entidades oficiais e convidados. Foi madrinha do novo navio a menina Maria do Carmo, filha do sr. Celestino Rosa Mateus, um dos proprietários do “Sadino”, tendo procedido ao corte dos cabos o capitão do porto, sr. comandante Pinto Basto Carreira.
Numa dependência dos estaleiros foi servido um «Copo de Água», tendo usado da palavra e dirigido felicitações aos construtores e proprietários do navio, os srs. prof. Manuel Nunes Carlos e António Maria Rodrigues, funcionário superior do ministério da Marinha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 26 de Outubro de 1952
Numa dependência dos estaleiros foi servido um «Copo de Água», tendo usado da palavra e dirigido felicitações aos construtores e proprietários do navio, os srs. prof. Manuel Nunes Carlos e António Maria Rodrigues, funcionário superior do ministério da Marinha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 26 de Outubro de 1952
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
Leixões na rota do turismo!
Navios em porto na segunda quinzena de Outubro
No dia 27, o navio de passageiros "Island Sky"
No dia 27, o navio de passageiros "Island Sky"
Características
Armador: Noble Caledonia Ltd., Londres, Inglaterra
Nº Oficial: 8000809 - Iic: C.6.T.Q.2. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Nuovi Cantieri Apuania SpA, Carrara, Itália, 1992
Arqueação: Tab 4.200,00 tons - Tal 1.286,00 tons
Dimensões: Ff 90,60 mt - Pp 78,78 mt - Bc 15,30 mt - Ptl 5,85 mt
Propulsão: 3,560 kW (4.840 hp), 750 rpm - 2 hélices CP, 195 - 12 nós
Equipagem: 72 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino à Figueira da Foz
Nº Oficial: 8000809 - Iic: C.6.T.Q.2. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Nuovi Cantieri Apuania SpA, Carrara, Itália, 1992
Arqueação: Tab 4.200,00 tons - Tal 1.286,00 tons
Dimensões: Ff 90,60 mt - Pp 78,78 mt - Bc 15,30 mt - Ptl 5,85 mt
Propulsão: 3,560 kW (4.840 hp), 750 rpm - 2 hélices CP, 195 - 12 nós
Equipagem: 72 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino à Figueira da Foz
No dia 28, o navio de passageiros "Artania"
Características
Armador: V Ships Leisure SAM, Mónaco-Ville, Mónaco
Operadores: Phoenix Reisen GmbH, Bona, Alemanha
Nº Oficial: 7000988 - Iic: C.6.C.Y.5. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Oy Wartsila Ab, Helsínquia, Finlândia
Arqueação: Tab 44.656,00 tons - Tal 19.772,00 tons
Dimensões: Ff 230,61 mt - Pp 193,17 mt - Bc 32,21 mt - Ptl 19,33 mt
Propulsão: 39.644 hp, 750 rpm - 2 hélices CP, 125 - 18 nós
Equipagem: 520 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
No dia 29, o navio de passageiros “Hamburg”
Operadores: Phoenix Reisen GmbH, Bona, Alemanha
Nº Oficial: 7000988 - Iic: C.6.C.Y.5. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Oy Wartsila Ab, Helsínquia, Finlândia
Arqueação: Tab 44.656,00 tons - Tal 19.772,00 tons
Dimensões: Ff 230,61 mt - Pp 193,17 mt - Bc 32,21 mt - Ptl 19,33 mt
Propulsão: 39.644 hp, 750 rpm - 2 hélices CP, 125 - 18 nós
Equipagem: 520 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
No dia 29, o navio de passageiros “Hamburg”
Este navio já foi citado na visita ao porto no dia 30 de Setembro, tendo
chegado procedente de Lisboa, e saído com destino ao Ferrol.
chegado procedente de Lisboa, e saído com destino ao Ferrol.
quarta-feira, 17 de novembro de 2021
domingo, 14 de novembro de 2021
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
História trágico-marítima (CCCXXVIII)
O lugre “Amisade Primeiro” afundou-se perto do porto de
Cadiz, tendo-se salvo a tripulação
Cadiz, tendo-se salvo a tripulação
Por notícias recebidas ontem em Lisboa, soube-se que se afundou, perto do porto de Cadiz, para onde se dirigia, o lugre-motor português de 172 toneladas, “Amisade Primeiro”, da praça de Faro, propriedade da Empresa de Navegação Amisade, Limitada.
A tripulação foi salva e o sinistro ocorreu devido a ter lavrado antes, a bordo, um violento incêndio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 9 de Outubro de 1951
A tripulação foi salva e o sinistro ocorreu devido a ter lavrado antes, a bordo, um violento incêndio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 9 de Outubro de 1951
Foto do "Amisade Primeiro", em Leixões
Características do navio
Características do navio
Lugre-motor “Amizade Primeiro“
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 15.03.1945
Armador: Empresa de Navegação Amisade, Lda., Faro
Construtor: António M. Mónica, Murraceira, F. da Foz, 1921
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 to - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 - 1:Sd - 130 Bhp - Veloc. 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 15.03.1945
Armador: Empresa de Navegação Amisade, Lda., Faro
Construtor: António M. Mónica, Murraceira, F. da Foz, 1921
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 to - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 - 1:Sd - 130 Bhp - Veloc. 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
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ex lugre-motor “Amisade 1º“, Joaquim S. Pité, Faro, 1935-1945
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 1935
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 mt - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 > 1:Sd > 130 Bhp > Veloc. 6 m/h
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 1935
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 mt - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 > 1:Sd > 130 Bhp > Veloc. 6 m/h
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ex lugre “Amizade”, Soc. Pesca Amizade, Lda., 1921-1935
Nº Of.: A-280 - Iic.: H.A.M.I. - Registo: Figueira da Foz, 1921
Arqueação: Tab 170,16 tons - Tal 127,33 tons
Dimensões: Pp 33,26 mts - Boca 8,53 mts - Pontal 3,22 mts
Nº Of.: A-280 - Iic.: H.A.M.I. - Registo: Figueira da Foz, 1921
Arqueação: Tab 170,16 tons - Tal 127,33 tons
Dimensões: Pp 33,26 mts - Boca 8,53 mts - Pontal 3,22 mts
O naufrágio do “Amisade Primeiro”, ao largo de Cadiz
Sabe-se que a tripulação do lugre-motor “Amisade Primeiro”, que se afundou ao largo de Cadiz, lutou aflitivamente com o incêndio, que se manifestou a bordo. O navio tinha saído, há dias, de Setúbal, para Gibraltar e Tanger, para onde transportava petróleo e cimento.
Os tripulantes, que se encontram salvos, muito embora tenham perdido os seus haveres, são: João Tavares, mestre, natural de Faro; Rui Rocha, motorista, de Setúbal; José Campina, ajudante de motorista, de Lisboa; Máximo Raul, José Nobre e Jaime Fundador, marinheiros, todos de Faro; Augusto Gonçalves S. João, moço, de Viana do Castelo; Florival Lourenço, moço, de Faro; e João Gonçalves Pinto, cozinheiro, também de Viana do Castelo.
Os náufragos são esperados por estes dias, em Lisboa, regressando depois às terras das suas naturalidades por via terrestre.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Outubro de 1951
Os tripulantes, que se encontram salvos, muito embora tenham perdido os seus haveres, são: João Tavares, mestre, natural de Faro; Rui Rocha, motorista, de Setúbal; José Campina, ajudante de motorista, de Lisboa; Máximo Raul, José Nobre e Jaime Fundador, marinheiros, todos de Faro; Augusto Gonçalves S. João, moço, de Viana do Castelo; Florival Lourenço, moço, de Faro; e João Gonçalves Pinto, cozinheiro, também de Viana do Castelo.
Os náufragos são esperados por estes dias, em Lisboa, regressando depois às terras das suas naturalidades por via terrestre.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Outubro de 1951
Alguns dos náufragos do “Amisade Primeiro”,
chegaram ontem a Lisboa
chegaram ontem a Lisboa
Chegaram ontem a Lisboa, no comboio do Algarve, alguns dos oito náufragos do navio “Amisade Primeiro”, afundado há dias por motivo de uma explosão ao largo de Tarifa. O mestre João da Encarnação Tavares e o motorista Raul declararam que o lugre navegava em direcção a Gibraltar, junto à costa espanhola, quando, na noite de 4, se manifestou forte temporal no Estreito. Para esgotar a água que entrava nos porões do navio, foram postos a trabalhar todos os tripulantes.
Como os homens estivessem fatigados, o mestre ordenou que se aprestasse uma bomba, para o que foi necessário pôr em andamento o motor auxiliar. Foi no momento em que um dos tripulantes aquecia o motor, com o emprego de um maçarico, que se deu a explosão ateando-se rápidamente o fogo desde a ré até à vante do navio.
Sem que houvesse tempo de salvar fosse o que fosse, os tripulantes recolheram-se numa baleeira e andaram cerca de 5 horas, à vista da costa espanhola, vendo passar alguns navios e um avião, mas sem que, por seu turno, fossem assinalados, pois não dispunham de qualquer sistema de sinalização.
Só de madrugada foram avistados e recolhidos pela traineira espanhola “Joven Victoria”, que os levou para Espanha, donde agora vieram para Lisboa, tendo ficado em várias terras do Algarve os que dali são naturais. O mestre João Tavares ainda apresenta alguns ferimentos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Outubro de 1951
Como os homens estivessem fatigados, o mestre ordenou que se aprestasse uma bomba, para o que foi necessário pôr em andamento o motor auxiliar. Foi no momento em que um dos tripulantes aquecia o motor, com o emprego de um maçarico, que se deu a explosão ateando-se rápidamente o fogo desde a ré até à vante do navio.
Sem que houvesse tempo de salvar fosse o que fosse, os tripulantes recolheram-se numa baleeira e andaram cerca de 5 horas, à vista da costa espanhola, vendo passar alguns navios e um avião, mas sem que, por seu turno, fossem assinalados, pois não dispunham de qualquer sistema de sinalização.
Só de madrugada foram avistados e recolhidos pela traineira espanhola “Joven Victoria”, que os levou para Espanha, donde agora vieram para Lisboa, tendo ficado em várias terras do Algarve os que dali são naturais. O mestre João Tavares ainda apresenta alguns ferimentos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Outubro de 1951
quarta-feira, 20 de outubro de 2021
A renovação to "titan" do molhe sul de Leixões
Projecto “Titan – O renascer”
Tendo por base o lançamento da primeira pedra do paredão de abrigo do molhe norte, em 23 de Julho de de 1884, é de certa forma admissível considerar, que os guindastes (titãs) utilizados na construção dos molhes, que deram origem ao porto de Leixões, já pudessem ter chegado da oficina francesa, para entrega ao adjucatário da obra, srs. Dauderni, Duparchy & Cª., pela firma construtora, a Fives, de Lille.
Estes guindastes, autênticos monstros de ferro, com pesos na ordem das 365 toneladas, tinham como se depreende um grande poder, estando preparados tanto para erguer zorras carregadas de material, como enormes blocos de granito com cerca de 50 toneladas.
Terminada a construção dos molhes, coube ao sr. Engenheiro Tomás da Costa, director da 2.ª Circunscrição Hidráulica, tomar posse definitiva para o Estado, na sexta-feira, dia 29 de Março de 1895, por delegação do Governo, do porto de Leixões, terrenos anexos, linha férrea de Leixões às pedreiras de S. Gens, e de todo o material de construção que a empresa construtora do porto tinha obrigação de entregar ao Governo, no final do contrato em vigor. O Governo, nessa ocasião, para liquidação da empreitada, que orçou em 4.489 contos, pagou o restante do valor em dívida no montante de 200:000$000 réis.
Imagem do titan - Foto Alvão, Porto
Todo esse dinheiro, que o tempo provou ter sido bem gasto, serviu, segundo notícias da época, para construir 1.147,95 metros de molhe do lado sul e 1.579,47 metros do lado norte, mantendo uma distância de 1.100 metros entre os grandes alinhamentos paralelos dos dois paredões e um espaço de 220 metros entre as cabeças dos molhes, avançando o molhe norte 150 metros mais que o do sul, com farolins nas cabeças, simpáticamente oferecidos pelo jornal “Comércio do Porto”.
Deve ainda ser salientado que, para além da extraordinária importância que os titãs tiveram na construção dos molhes, foram ainda durante muitos anos de extrema utilidade na reparação dos paredões, sempre que a implacável força do mar, durante várias situações de forte temporal, deslocava os blocos de pedra, abrindo buracos de considerável dimensão.
Em 12 de Abril de 2012, a Administração do Porto decididiu recuperar o titã, que é desde sempre um ex-libris da cidade, mas para tanto revelava-se indispensável ser desmontado, para permitir dar continuidade aos trabalhos. Porém, como a operação não correu de modo satisfatório, provocando-lhe a queda, o velho titã ficou completamente desconjuntado, permanecendo guardado peça por peça, na área portuária à espera de melhores dias.
Dias esses que chegaram, no dia 27 de Novembro de 2019, após o anúncio por parte da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, com a apresentação do projecto “Titan – o Renascer”, que visava dar início a diversos programas educativos e culturais, dinamizados pela empresa. O referido projecto que propunha o restauro do icónico guindaste, foi adjudicado à empresa Macwide, ficando o conjunto do investimento infraestrutural e de programação, orçado em cerca de Eur. 2 milhões, possibilitando a visita à infraestrutura, contando, ainda, com um programa que envolve toda a comunidade escolar e artística da região.
O anúncio do restauro do titã, que julgamos há muito aguardado, é de opinião do presidente da APDL, engº Nuno Araújo, ser da maior importância para «devolver à cidade de Matosinhos e a todo o seu litoral aquela que é uma memória paisagística da nossa costa. O valor patrimonial do Titan é inegável e, por isso, será visitável por todos num percurso que se pretende que integre os passeios das famílias, as visitas das escolas e as rotas dos turistas».
Os trabalhos de restauro estavam pensados terminar no Verão de 2020, tarefa que as contingências provocadas pela pandemia lamentavelmente não o permitiram. Porém, porque ultimamente foram levantadas restrições, os trabalhos continuaram em bom ritmo, pelo que se espera a curto prazo a sua conclusão. - Julho, 2021
Os trabalhos de restauro estavam pensados terminar no Verão de 2020, tarefa que as contingências provocadas pela pandemia lamentavelmente não o permitiram. Porém, porque ultimamente foram levantadas restrições, os trabalhos continuaram em bom ritmo, pelo que se espera a curto prazo a sua conclusão. - Julho, 2021
O novo «titan» do molhe Sul de Leixões
O novo, velho titan, regressou finalmente ao local onde sempre esteve, para ser visto e admirado pelos habitantes da cidade de Matosinhos, do Porto, e de outras cidades cuja proximidade poderá motivar as pessoas a um pouco habitual passeio de fim de semana.
Em clara oposição ao que se pensava inicialmente, toda a estrutura metálica que compõe o esqueleto do guindaste foi construída de raiz, devido ao mau estado de conservação em que se encontrava o original. Porém, muitas das peças nas quais se inclui a maquinaria, tais como o sistema de vapor, receberam tratamento adequado, sendo devidamente reinstaladas.
Em clara oposição ao que se pensava inicialmente, toda a estrutura metálica que compõe o esqueleto do guindaste foi construída de raiz, devido ao mau estado de conservação em que se encontrava o original. Porém, muitas das peças nas quais se inclui a maquinaria, tais como o sistema de vapor, receberam tratamento adequado, sendo devidamente reinstaladas.
A inauguração oficial
Para a administração portuária, a recuperação do "titã" subjacente ao projecto “O Renascer”, revelou-se obrigatório devolver uma parte importantíssima do património, em função das características, da história, e fundamentalmente pelo trabalho realizado na construção dos molhes.
Para a autarquia, a localização previligiada do guindaste, repõe no seu devido lugar um dos ex-líbris do município, recuperada que fica a memória paisagística da costa.
A inauguração oficial ocorreu dois dias antes da data dos dias designados, para consagrar com notoriedade a 12ª celebração do Dia do porto de Leixões. Primeiro a imprensa teve oportunidade de visitar o titan, a quem foi fornecido detalhados pormenores da sua fulcral e imprescindível utilidade, e durante a tarde foi oficializada a cerimónia da inauguração, presidida pelo ministro Pedro Nuno Santos, responsável pelas Infraestruturas e Habitação, e ainda pela presidente do município, Drª. Luísa Salgueiro.
Para a autarquia, a localização previligiada do guindaste, repõe no seu devido lugar um dos ex-líbris do município, recuperada que fica a memória paisagística da costa.
A inauguração oficial ocorreu dois dias antes da data dos dias designados, para consagrar com notoriedade a 12ª celebração do Dia do porto de Leixões. Primeiro a imprensa teve oportunidade de visitar o titan, a quem foi fornecido detalhados pormenores da sua fulcral e imprescindível utilidade, e durante a tarde foi oficializada a cerimónia da inauguração, presidida pelo ministro Pedro Nuno Santos, responsável pelas Infraestruturas e Habitação, e ainda pela presidente do município, Drª. Luísa Salgueiro.
Após uma eloquente explicação sobre os trabalhos realizados na construção do titan, pelo historiador Dr. Joel Cleto, para uma agradável plateia de convidados, usaram da palavra o presidente da Administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, a autarca matosinhense e o ministro Pedro Santos. Depois de acalorados discursos, as autoridades e convidados tiveram então a oportunidade de visitar o titan, tecendo rasgados elogios de vária ordem.
Dias 9 e 10 de Outubro - Os dias do porto de Leixões
Se a iniciativa visava trazer a população à área portuária, propiciando visitas ao titan e à estação de passageiros, o objectivo foi muito além das melhores espectativas. Durante o dia de sábado foram organizadas visitas guiadas e livres, entre as 14 e as 19 horas, e no Domingo foi ainda alargado o horário das visitas, a partir das 10 horas da manhã, até às 5 horas da tarde.
Dentro de leque das diversas actividades que constavam no programa de sábado, às 15 horas foi inaugurada a Exposição de Fotografia Sentir… Mais do que um porto!, a que se seguiu a entrega de prémios do referido concurso de fotografias. Meia hora depois, foi também feita a entrega do Prémio Escolar da APDL aos Melhores Alunos do Concelho de Matosinhos, e pelas 16 horas houve quem se tivesse deliciado com a Orquestra Jazz de Matosinhos, que preparou para o evento "Uma viagem pelos tempos do JAZZ".
Por sua vez no Domingo, foi possível apreciar as exposições “TITAN na Arte”, que reuniu obras das coleções da Câmara de Matosinhos e da APDL, e ainda um conjunto de pinturas sob o pretexto “1885/2021-TITAN”, assinadas pelo artista plástico Sobral Centeno.
Todos os trabalhos estavam e vão continuar expostos e abertos ao público, fazendo igualmente parte uma colecção de fotografias sobre “O Renascer do TITAN”, de Sérgio Jacques, um vídeo de Luis Morais documentando as diferentes fases da reconstrução do TITAN, e ainda, o trabalho “TITAN. O Renascer”, que será a partir de agora uma exposição itinerante sobre a história do TITAN e a origem do Porto de Leixões. - Outubro, 1922
Dentro de leque das diversas actividades que constavam no programa de sábado, às 15 horas foi inaugurada a Exposição de Fotografia Sentir… Mais do que um porto!, a que se seguiu a entrega de prémios do referido concurso de fotografias. Meia hora depois, foi também feita a entrega do Prémio Escolar da APDL aos Melhores Alunos do Concelho de Matosinhos, e pelas 16 horas houve quem se tivesse deliciado com a Orquestra Jazz de Matosinhos, que preparou para o evento "Uma viagem pelos tempos do JAZZ".
Por sua vez no Domingo, foi possível apreciar as exposições “TITAN na Arte”, que reuniu obras das coleções da Câmara de Matosinhos e da APDL, e ainda um conjunto de pinturas sob o pretexto “1885/2021-TITAN”, assinadas pelo artista plástico Sobral Centeno.
Todos os trabalhos estavam e vão continuar expostos e abertos ao público, fazendo igualmente parte uma colecção de fotografias sobre “O Renascer do TITAN”, de Sérgio Jacques, um vídeo de Luis Morais documentando as diferentes fases da reconstrução do TITAN, e ainda, o trabalho “TITAN. O Renascer”, que será a partir de agora uma exposição itinerante sobre a história do TITAN e a origem do Porto de Leixões. - Outubro, 1922
quarta-feira, 13 de outubro de 2021
Leixões na rota do turismo!
Navios em porto, na primeira quinzena de Outubro
No dia 3, o navio de passageiros "Marina"
No dia 3, o navio de passageiros "Marina"
Características
Armador: Oceania Cruises Inc., Doral, FL, EUA
Nº Oficial: 3668 - Iic: V.7.S.K.2. - Registo: Majuro, Ilhas Marshall
Construtor: Sestri Cant. Nav. SpA, Genova, Itália, 2011
Arqueação: Tab 66.084,00 tons - Tal 29.151,00 tons
Dimensões: Ff 239,30 mt - Pp 213,36 mt - Bc 32,20 mt - Ptl 37,07 mt
Propulsão: 57.104 hp, 500.00 rpm - 2 hélices FP, 140 rpm - 22 nós
Equipagem: 780 tripulantes
Chegou procedente de Villagarcia, saiu com destino a Lisboa
Nº Oficial: 3668 - Iic: V.7.S.K.2. - Registo: Majuro, Ilhas Marshall
Construtor: Sestri Cant. Nav. SpA, Genova, Itália, 2011
Arqueação: Tab 66.084,00 tons - Tal 29.151,00 tons
Dimensões: Ff 239,30 mt - Pp 213,36 mt - Bc 32,20 mt - Ptl 37,07 mt
Propulsão: 57.104 hp, 500.00 rpm - 2 hélices FP, 140 rpm - 22 nós
Equipagem: 780 tripulantes
Chegou procedente de Villagarcia, saiu com destino a Lisboa
No dia 4, o navio de passageiros "Seaventure"
Características
Armador: RSR Nemo Ship Management Ltd., Limassol, Chipre
Nº Oficial: 81000 - Iic: 5.B.P.T.5. - Registo: Limassol, Chipre
Construtor: Mitsubishi Shipbuilding Co. Ltd., Kobe, Japão, 1990
ex “Frontier Spirit” 1990/1993 e ex “Bremen” 1993/2020
Arqueação: Tab 6.752,00 tons - Tal 2.073,00 tons
Dimensões: Ff 111,51 mt - Pp 98,00 mt - Bc 17,25 mt - Ptl 11,90 mt
Propulsão: 2xDaihatsu 8DKM-32L, 6.600 hp, 720 rpm - 2 hélices CP
Equipagem: 94 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino Lisboa
Nº Oficial: 81000 - Iic: 5.B.P.T.5. - Registo: Limassol, Chipre
Construtor: Mitsubishi Shipbuilding Co. Ltd., Kobe, Japão, 1990
ex “Frontier Spirit” 1990/1993 e ex “Bremen” 1993/2020
Arqueação: Tab 6.752,00 tons - Tal 2.073,00 tons
Dimensões: Ff 111,51 mt - Pp 98,00 mt - Bc 17,25 mt - Ptl 11,90 mt
Propulsão: 2xDaihatsu 8DKM-32L, 6.600 hp, 720 rpm - 2 hélices CP
Equipagem: 94 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino Lisboa
No dia 6, o navio de passageiros "Europa"
Características
Armador: TUI A.G., Hannover, Alemanha
Nº Oficial: 9183855 - Iic: 9.H.A.5.2.7.5. - Registo: La Valleta, Malta
Construtor: Kvaerner Masa-Yards Inc., Helsínquia, Finlandia, 1999
Arqueação: Tab 28.890,00 tons - Tal 9.205,00 tons
Dimensões: Ff 198,60 mt - Pp 179,86 mt - Bc 24,00 mt - Ptl 18,00 mt
Propulsão: 29.366 hp, 550 rpm - 2 hélices Azimuteis, - 21 nós
Equipagem: 245 tripulantes
Chegou procedente de St. Malô, saiu com destino a Lisboa
Nº Oficial: 9183855 - Iic: 9.H.A.5.2.7.5. - Registo: La Valleta, Malta
Construtor: Kvaerner Masa-Yards Inc., Helsínquia, Finlandia, 1999
Arqueação: Tab 28.890,00 tons - Tal 9.205,00 tons
Dimensões: Ff 198,60 mt - Pp 179,86 mt - Bc 24,00 mt - Ptl 18,00 mt
Propulsão: 29.366 hp, 550 rpm - 2 hélices Azimuteis, - 21 nós
Equipagem: 245 tripulantes
Chegou procedente de St. Malô, saiu com destino a Lisboa
No dia 9, o navio de passageiros "Hanseatic Venture"
Características
Armador: Preussag GmbH IX, Hannover, Alemanha
Nº Oficial: 7001218 - Iic: C.6.E.D.6. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Vard Langsten, Tomrefjord, Noruega, 2019
Casco construído em Tulcea, Roménia
Arqueação: Tab 15.651,00 - Tal 4.707,00 tons
Dimensões: Ff 139,00 mt - Pp 128,84 mt - Bc 22,28 mt - Ptl 7,75 mt
Propulsão: 11.200 kW (15.228 hp), 750 rpm - 2 hélices FP
Equipagem: 170 tripulantes
Chegou procedente de Santander, saiu com destino a P. Delgada
Nº Oficial: 7001218 - Iic: C.6.E.D.6. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: Vard Langsten, Tomrefjord, Noruega, 2019
Casco construído em Tulcea, Roménia
Arqueação: Tab 15.651,00 - Tal 4.707,00 tons
Dimensões: Ff 139,00 mt - Pp 128,84 mt - Bc 22,28 mt - Ptl 7,75 mt
Propulsão: 11.200 kW (15.228 hp), 750 rpm - 2 hélices FP
Equipagem: 170 tripulantes
Chegou procedente de Santander, saiu com destino a P. Delgada
domingo, 10 de outubro de 2021
Leixões na rota do turismo!
Navios em porto nos últimos dias de Setembro
No dia 29, o navio de passageiros "World Voyager"
No dia 29, o navio de passageiros "World Voyager"
Características
Armador: Mystic Cruises S.A., Porto
Nº Oficial: N/d - Iic: C.Q.A.E.4. - Registo: Madeira
Construtor: West Sea Shipyard, Viana do Castelo, 2020
Arqueação: Tab 9.315,00 tons - Tal 2.812,00 tons
Dimensões: Ff 119,88 mt - Pp 105,29 mt - Bc 18,00 mt - Ptl 12,90 mt
Propulsão: : 2x Bergens, 6.308 hp, 1.000 rpm - 2 hélices CP, 16 nós
Equipagem: 111 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saindo com destino a Lisboa
Nº Oficial: N/d - Iic: C.Q.A.E.4. - Registo: Madeira
Construtor: West Sea Shipyard, Viana do Castelo, 2020
Arqueação: Tab 9.315,00 tons - Tal 2.812,00 tons
Dimensões: Ff 119,88 mt - Pp 105,29 mt - Bc 18,00 mt - Ptl 12,90 mt
Propulsão: : 2x Bergens, 6.308 hp, 1.000 rpm - 2 hélices CP, 16 nós
Equipagem: 111 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saindo com destino a Lisboa
No dia 30, o navio de passageiros "Hamburg"
Características
Armador: Plantours & Partner GmbH, Bremen, Alemanha
Nº Oficial: 730513 - Iic: C.6.O.X.6. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: MTW Schiffswerft GmbH, Wismar, Alemanha, 1997
Arqueação: Tab 15.067,00 tons - Tal 5.092,00 tons
Dimensões: Ff 145,00 mt - Pp 125,20 mt - Bc 21,50 mt - Ptl 13,25 mt
Propulsão: 10.560 kW (14,356 hp) - 2 hélices CP, 200 rpm, 18 nós
Equipagem: 170 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino ao Ferrol
Nº Oficial: 730513 - Iic: C.6.O.X.6. - Registo: Nassau, Bahamas
Construtor: MTW Schiffswerft GmbH, Wismar, Alemanha, 1997
Arqueação: Tab 15.067,00 tons - Tal 5.092,00 tons
Dimensões: Ff 145,00 mt - Pp 125,20 mt - Bc 21,50 mt - Ptl 13,25 mt
Propulsão: 10.560 kW (14,356 hp) - 2 hélices CP, 200 rpm, 18 nós
Equipagem: 170 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino ao Ferrol
No dia 30, o navio de passageiros "Seven Seas Splendor"
Características
Armador: Norwegian Cruise Line Holdings Ltd., Miami, FL, EUA
Operadores: Regent Seven Seas Cruises Inc., Miami, FL, EUA
Nº Oficial: 7673 - Iic: V.7.Z.Z.6. - Registo: Majuro, Ilhas Marshall
Construtor: Fincantieri - Cantieri Navali S.P., Ancona, Itália, 2020
Arqueação: Tab 56.182,00 tons - Tal 20.738,00 tons
Dimensões: Ff 223,88 mt - Pp 194,48 mt - Bc 31,00 mt - Ptl 28,00 mt
Propulsão: 4x MaK - 43,508 hp - 514 rpm - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 542 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
Operadores: Regent Seven Seas Cruises Inc., Miami, FL, EUA
Nº Oficial: 7673 - Iic: V.7.Z.Z.6. - Registo: Majuro, Ilhas Marshall
Construtor: Fincantieri - Cantieri Navali S.P., Ancona, Itália, 2020
Arqueação: Tab 56.182,00 tons - Tal 20.738,00 tons
Dimensões: Ff 223,88 mt - Pp 194,48 mt - Bc 31,00 mt - Ptl 28,00 mt
Propulsão: 4x MaK - 43,508 hp - 514 rpm - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 542 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
terça-feira, 5 de outubro de 2021
domingo, 3 de outubro de 2021
Novos petroleiros: O “Claudia” e o “Bornes”
Novo navio-tanque “Claudia”
Procedente de Marselha, chegou ao Tejo o petroleiro “Claudia”, nova unidade adquirida pela Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, destinada ao serviço de baldeação de combustíveis nos nossos portos. O “Claudia” de 1.015 toneladas, foi adquirino na República das Honduras, tendo sido construído nos Estados Unidos, em 1944. Vai ficar a operar fretado pela Sacor.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 21 de Setembro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 21 de Setembro de 1951
O navio "Claudia", carregado, a entrar em Leixões
Características do navio-tanque “Claudia”
Armador: Soc. Portuguesa de Navios Tanques, Lisboa
Nº Oficial: H-404 - Iic: C.S.P.O. - Registo: Lisboa, 24.10.1951
Construtor: Odenbach Shipbuilding Co., Greece, N. York
Arqueação: Tab 638,13 tons - Tal 328,30 tons
Dimensões: Ff 56,08 mts - Pp 54,68 mts - Bc 9,17 mts - Ptl 3,64 mts
Propulsão: Clark Co., 1944 - 2:Di - 8:Ci - 700 Bhp
Equipagem: 17 tripulantes
Nº Oficial: H-404 - Iic: C.S.P.O. - Registo: Lisboa, 24.10.1951
Construtor: Odenbach Shipbuilding Co., Greece, N. York
Arqueação: Tab 638,13 tons - Tal 328,30 tons
Dimensões: Ff 56,08 mts - Pp 54,68 mts - Bc 9,17 mts - Ptl 3,64 mts
Propulsão: Clark Co., 1944 - 2:Di - 8:Ci - 700 Bhp
Equipagem: 17 tripulantes
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Novo petroleiro “Bornes”
Novo petroleiro “Bornes”
Dentro de dias será entregue à Soponata o petroleiro “Bornes”, nova unidade daquela empresa construída na Bélgica, para onde seguiu ontem o sr. engº. Aulânio Lobo, que vai assistir às provas de mar do novo navio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 25 de Outubro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 25 de Outubro de 1951
Novo navio “Bornes”
Começaram na Bélgica as experiências do navio-tanque “Bornes”, de 16.500 toneladas, nova unidade da Soponata. As experiências terminam no dia 27 deste mês, data em que o navio será entregue ao sr. engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela empresa, que nele regressará a Lisboa, onde está previsto chegar no dia 29.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 26 de Outubro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 26 de Outubro de 1951
O petroleiro "Bornes", em Leixões
Características do navio-tanque “Bornes”
Armador: Soc. Portuguesa de Navios Tanques, Lisboa
Nº Oficial: H-406 - Iic: C.S.M.E. - Registo: Lisboa, 26.11.1951
Construtor: John Cockerill S.A., Hoboken, Bélgica, 1951
Arqueação: Tab 11.053,92 tons - Tal 6.597,08 tons
Dimensões: Ff 163,99 mt - Pp 155,66 mt - Bc 21,10 mt - Ptl 11,55 mt
Propulsão: John Cockrill, 1950 - 1:Di - 7:Ci - 6.000 Bhp - 13,5 nós
Equipagem: 41 tripulantes
Nº Oficial: H-406 - Iic: C.S.M.E. - Registo: Lisboa, 26.11.1951
Construtor: John Cockerill S.A., Hoboken, Bélgica, 1951
Arqueação: Tab 11.053,92 tons - Tal 6.597,08 tons
Dimensões: Ff 163,99 mt - Pp 155,66 mt - Bc 21,10 mt - Ptl 11,55 mt
Propulsão: John Cockrill, 1950 - 1:Di - 7:Ci - 6.000 Bhp - 13,5 nós
Equipagem: 41 tripulantes
Novo petroleiro da Soponata
Na Bélgica, começaram ontem as experiências de máquinas do petroleiro “Bornes”, nova unidade da Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, que em breve chegará a Lisboa.
Assistem às experiências o sr. engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade. O “Bornes”, logo que chegar a Lisboa será visitado pelo sr. presidente da República e membros do Governo. Será essa a primeira visita do actual Chefe do Estado a um navio mercante português.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 Novembro de 1951
Assistem às experiências o sr. engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade. O “Bornes”, logo que chegar a Lisboa será visitado pelo sr. presidente da República e membros do Governo. Será essa a primeira visita do actual Chefe do Estado a um navio mercante português.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 Novembro de 1951
Navio-tanque “Bornes”
Por via aérea, seguiu para Bruxelas mais um grupo de tripulantes destinados ao novo navio-tanque “Bornes”, mandado construir naquele país pela Sociedade Portuguesa de Navios Tanques.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 10 de Novembro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 10 de Novembro de 1951
Navio-tanque “Bornes”
O sr. presidente da República visitará, amanhã, pelas 16,15 horas, o navio-tanque “Bornes”, da Soponata, que vai estar atracado frente à gare marítima da Rocha do Conde de Óbidos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 18 Novembro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 18 Novembro de 1951
O petroleiro “Bornes” entrou ontem no Tejo
Procedente de Antuérpia, onde foi construído, chegou ontem ao Tejo o petroleiro “Bornes”, de 23.000 toneladas, a maior unidade da frota da Soponata, que no dia 24 partirá para o Golfo Pérsico, onde vai buscar o primeiro carregamento de combustíveis líquidos para Portugal.
O navio era aguardado pelo srs. Jaime de Pinho, do conselho-gerência daquela sociedade, e dr. Vaz Pinto, comissário do Governo, os quais apresentaram cumprimentos ao engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade, que assistiu às provas de máquinas e à cerimónia de entrega do navio. O “Bornes” sofreu violento temporal na viagem para Lisboa, não podendo, por isso, ter sido visitado ontem pelo Chefe do Estado, conforme estava previsto.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 20 Novembro de 1951
O navio era aguardado pelo srs. Jaime de Pinho, do conselho-gerência daquela sociedade, e dr. Vaz Pinto, comissário do Governo, os quais apresentaram cumprimentos ao engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade, que assistiu às provas de máquinas e à cerimónia de entrega do navio. O “Bornes” sofreu violento temporal na viagem para Lisboa, não podendo, por isso, ter sido visitado ontem pelo Chefe do Estado, conforme estava previsto.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 20 Novembro de 1951
Visitas a bordo do navio
De manhã, um grupo de congressistas presentes no Congresso da Marinha Mercante a decorrer em Lisboa, foram recebidos a bordo do novo petroleiro “Bornes”, da Soponata, onde se encontravam os administradores desta sociedade, srs. engº. Aulânio Lobo, major Vitorino Branco e Jaime de Pinho, bem como o presidente e vogais da comissão executiva do congresso. Os visitantes, muitos dos quais se faziam acompanhar por suas esposas, percorreram todo o navio, que foi entregue a semana passada pelo estaleiro belga que o construiu. É, portanto, a unidade mais recente da nossa frota mercante. No final da visita, foi servido um lanche aos congressistas. O navio, embandeirado em arco encontrava-se atracado na Estação Marítima da Rocha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 21 Novembro de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 21 Novembro de 1951
O Chefe do Estado visitou ontem o novo petroleiro “Bornes”
Às primeiras horas da manhã de hoje, sai do Tejo com destino ao porto de Rastanura, no Golfo Pérsico, onde vai carregar combustíveis líquidos para o nosso País, o novo petroleiro “Bornes”, a sexta unidade da Soponata. Ontem, o sr. general Craveiro Lopes visitou o novo navio, que se encontrava atracado à Rocha do Conde de Óbidos, embandeirado em arco. Ali o receberam, entre outras individualidades, os srs. almirante Américo Tomás, ministro da Marinha; comandante Pereira da Fonseca, director-geral da Marinha; comandante Guerreiro de Brito, superintendente dos Serviços de Marinha; Cunha Gomes, chefe do Estado Maior Naval; coronel Mário Cunha, comandante geral das Polícias; comandantes Pereira Viana, da Junta Nacional da Marinha Mercante; comandante Fialho, capitão do porto de Lisboa; Correia Monteiro, director da Marinha Mercante, capitão Agostinho Lourenço, director da P.I.D.E.; dr. Câmara Pestana, director-geral das Alfândegas; Gonçalo Rosa e Barros Cacho, comandante e imediato do “Bornes”; engº. Perestrelo de Vasconcelos, administrador do Arsenal do Alfeite; Henry Querin, encarregado de negócios na Bélgica; engº. Aulânio Lobo, Pinto Basto e Jaime de Pinho, dos corpos directivos da Soponata; directores de empresas de navegação e de combustíveis, etc.
O sr. presidente da República percorreu as instalações do navio, interessando-se pelos pormenores. Depois, na messe dos oficiais, foi servido um aperitivo que deu motivo a troca de brindes e saudações.
O sr. Pinto Basto, em nome da empresa proprietária do navio, depois de agradecer a presença do Chefe do Estado e das restantes individualidades, historiou a formação da Sociedade e as vantagens que trouxe ao País, necessitado que estava de transportes desta natureza. Fez considerações quanto às dificuldades em certos portos, por falta de apetrechamento para receber petroleiros, citando em especial o de Leixões. Depois de ter elogiado o sr. almirante Américo Tomás, pelo seu programa de renovação da Marinha Mercante, fez votos pela saúde do chefe do estado e agradeceu-lhe o interesse que toma pelas realizações nacionais, votos estes que foram secundados pelo sr. ministro da Marinha.
O sr. general Craveiro Lopes, num pequeno discurso, felicitou a Soponata, agradecendo-lhe a dedicação com que está a servir o país. E a propósito de realizações afirmou:
- «Os novos não se impressionam com estas manifestações a favor da Nação. Os da minha geração sentem-nas, porque ainda têm presente comparações que felizmente desapareceram. Os problemas que eram então um sonho, são agora uma realidade, que vai aumentando pouco a pouco, e é consolador verificar o que em dez anos se tem feito quanto a serviços da Marinha Mercante. Novos problemas e insatisfações surgem, mas isso não é mais do que uma ansiedade de progresso. Cabe-me felicitar o sr. ministro da Marinha pela sua obra e pela sua acção, pela maneira como tem serviço a Nação». E a terminar:
- «Quando um dia se fizer a história, surgirá nela um homem que soube orientar bem os portugueses, e um louvor ao nosso grande povo que o soube compreender e seguir».
O sr. general Craveiro Lopes saiu depois do navio, seguido até ao cais pelas altas individualidades, que o acompanharam na visita.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 26 Novembro 1951
O sr. presidente da República percorreu as instalações do navio, interessando-se pelos pormenores. Depois, na messe dos oficiais, foi servido um aperitivo que deu motivo a troca de brindes e saudações.
O sr. Pinto Basto, em nome da empresa proprietária do navio, depois de agradecer a presença do Chefe do Estado e das restantes individualidades, historiou a formação da Sociedade e as vantagens que trouxe ao País, necessitado que estava de transportes desta natureza. Fez considerações quanto às dificuldades em certos portos, por falta de apetrechamento para receber petroleiros, citando em especial o de Leixões. Depois de ter elogiado o sr. almirante Américo Tomás, pelo seu programa de renovação da Marinha Mercante, fez votos pela saúde do chefe do estado e agradeceu-lhe o interesse que toma pelas realizações nacionais, votos estes que foram secundados pelo sr. ministro da Marinha.
O sr. general Craveiro Lopes, num pequeno discurso, felicitou a Soponata, agradecendo-lhe a dedicação com que está a servir o país. E a propósito de realizações afirmou:
- «Os novos não se impressionam com estas manifestações a favor da Nação. Os da minha geração sentem-nas, porque ainda têm presente comparações que felizmente desapareceram. Os problemas que eram então um sonho, são agora uma realidade, que vai aumentando pouco a pouco, e é consolador verificar o que em dez anos se tem feito quanto a serviços da Marinha Mercante. Novos problemas e insatisfações surgem, mas isso não é mais do que uma ansiedade de progresso. Cabe-me felicitar o sr. ministro da Marinha pela sua obra e pela sua acção, pela maneira como tem serviço a Nação». E a terminar:
- «Quando um dia se fizer a história, surgirá nela um homem que soube orientar bem os portugueses, e um louvor ao nosso grande povo que o soube compreender e seguir».
O sr. general Craveiro Lopes saiu depois do navio, seguido até ao cais pelas altas individualidades, que o acompanharam na visita.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 26 Novembro 1951
segunda-feira, 27 de setembro de 2021
Leixões na rota do turismo!
Escalas em meados de Setembro
Mais dois navios de passageiros estiveram de visita ao porto, sendo que o “Spirit of Discovery”, depois de ter anunciada uma primeira escala em 2019, só agora, no passado dia 21, foi possível concretizá-la. Um outro navio, o “Viking Jupiter”, já conhecido de viagens anteriores, esteve em porto no dia seguinte, vindo procedente da Corunha.
Gostaria de dizer que é sempre muito agradável ver estes navios em Leixões, e ter a grata possibilidade de fotografá-los em porto. Quanto a tentar conseguir imagens dos navios em mar aberto, é bem mais complicado, porque a falta de luz de manhã bem cedo, é sempre um inultrapassável obstáculo. Mas vamos tentando...
As imagens publicadas seguidamente são disso exemplo.
Gostaria de dizer que é sempre muito agradável ver estes navios em Leixões, e ter a grata possibilidade de fotografá-los em porto. Quanto a tentar conseguir imagens dos navios em mar aberto, é bem mais complicado, porque a falta de luz de manhã bem cedo, é sempre um inultrapassável obstáculo. Mas vamos tentando...
As imagens publicadas seguidamente são disso exemplo.
Leixões, 6 horas e 30 da manhã
Leixões, 6 horas e 45 da manhã
Navio de passageiros "Spirit of Discovery"
Características
Armador: Saga Cruises Ltd., Folkestone, Inglaterra
Nº Oficial: 923924 - Iic: M.E.Y.E.7. - Registo: Londres, Inglaterra
Construtor: Meyer Werft GmbH & Co. KG., Papenburg, RFA, 2019
Arqueação: Tab 58.119,00 tons - Tal 23.503,00 tons
Dimensões: Ff 236,70 mt - Pp 211,90 mt - Bc 34,43 mt - Ptl 10,40 mt
Propulsão: 29.368 hp - 2 hélices Azimutais - 20 nós
Equipagem: 506 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino à Corunha
Nº Oficial: 923924 - Iic: M.E.Y.E.7. - Registo: Londres, Inglaterra
Construtor: Meyer Werft GmbH & Co. KG., Papenburg, RFA, 2019
Arqueação: Tab 58.119,00 tons - Tal 23.503,00 tons
Dimensões: Ff 236,70 mt - Pp 211,90 mt - Bc 34,43 mt - Ptl 10,40 mt
Propulsão: 29.368 hp - 2 hélices Azimutais - 20 nós
Equipagem: 506 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino à Corunha
Navio de passageiros "Viking Jupiter"
Características
Armador: Viking River Cruises Inc., Woodland Hills, CA, EUA
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2019
Arqueação: Tab 47.861,00 tons - Tal 18.865,00 tons
Dimensões: Ff 228,26 mt - Pp 193,50 mt - Bc 28,89 mt - Ptl 8,85 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2019
Arqueação: Tab 47.861,00 tons - Tal 18.865,00 tons
Dimensões: Ff 228,26 mt - Pp 193,50 mt - Bc 28,89 mt - Ptl 8,85 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Rebocadores dos pilotos - O "Pedro Rodrigues"
Um novo barco vai ser lançado ao Tejo mandado construir
pelos pilotos da barra em homenagem ao contra-almirante
Pedro Rodrigues
pelos pilotos da barra em homenagem ao contra-almirante
Pedro Rodrigues
Os estaleiros da Administração Geral do porto de Lisboa estão a preparar para lançar ao Tejo, no dia 14, o rebocador “Comandante Pedro Rodrigues”, mandado construir pela Corporação dos Pilotos da barra, em homenagem ao sr. contra-almirante reformado Pedro Rodrigues, que ainda há pouco exerceu os cargos de comandante do Departamento Marítimo do Centro e capitão do porto de Lisboa. Para a cerimónia vão ser convidadas várias entidades oficiais e particulares.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 5 de Abril de 1938
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 5 de Abril de 1938
Pilotos do rio e barra de Lisboa
Lançamento à água do “Pedro Rodrigues”
Lançamento à água do “Pedro Rodrigues”
No estaleiro naval da Administração Geral do porto de Lisboa, actualmente explorado pela Companhia União Fabril, realiza-se quinta-feira, pelas 15 e 45 horas, a cerimónia do lançamento do rebocador “Pedro Rodrigues”, destinado à Corporação dos Pilotos do rio e barra de Lisboa. A cerimónia será presidida pelo sr. engº. Salvador Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 13 de Abril de 1938
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 13 de Abril de 1938
Foto do rebocador "Pedro Rodrigues"
Características do “Pedro Rodrigues”
Armador: Corporação dos Pilotos do rio e barra de Lisboa
Nº. Oficial: G-385 - Iic: C.S.H.J. - Porto de registo: Lisboa
Arqueação: Tab 441,66 tons - Tal 76,01 tons
Dimensões: Ff 43,48 mt - Pp 40,78 mt - Bc 7,74 mt - Ptl 3,99 mts
Propulsão: Holanda, 1:Te - 3:Ci - 66º Ihp
Nº. Oficial: G-385 - Iic: C.S.H.J. - Porto de registo: Lisboa
Arqueação: Tab 441,66 tons - Tal 76,01 tons
Dimensões: Ff 43,48 mt - Pp 40,78 mt - Bc 7,74 mt - Ptl 3,99 mts
Propulsão: Holanda, 1:Te - 3:Ci - 66º Ihp
Pilotos da barra do Douro e Leixões
A convite da Corporação dos Pilotos de Lisboa partiram, ontem, no rápido da manhã, para a capital, os srs. Francisco Brandão, piloto-mor, e José Fernandes Tato, cabo-de-pilotos, como representantes da Corporação de Pilotos da barra do Douro e Leixões, no lançamento à água do novo rebocador “Pedro Rodrigues”, que se destina aos serviços daquela corporação. A cerimónia daquele lançamento, deve efectuar-se, hoje, pelas 16 horas.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 14 de Abril de 1938
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 14 de Abril de 1938
O “Pedro Rodrigues”, novo rebocador dos pilotos de Lisboa,
foi hoje lançado à água
foi hoje lançado à água
Nos estaleiros da Administração Geral do porto de Lisboa, actualmente confiados à Companhia União Fabril, efectuou-se esta tarde a cerimónia do lançamento à água do novo rebocador dos pilotos “Pedro Rodrigues”, que ali foi construído em 43 dias úteis de trabalho, o que representa uma actividade interessante, apesar de se tratar de uma pequena embarcação de 40 metros de comprimento e 651 toneladas de deslocamento.
Compareceram, além de muitas senhoras, os srs. engº. Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa; capitão de mar-e-guerra Carlos de Sousa Coutinho, chefe do Departamento Marítimo do Centro, e Peres Murinelo, chefe dos Serviços Marítimos; Jaime Thompson e Bernardino Correia, representando respectivamente as Companhias Nacional e Colonial de Navegação; muitos outros oficiais da Armada; o piloto-mor aposentado Eduardo Florêncio; deputações de pilotos de Lisboa, Leixões e Setúbal; e muitos outros convidados, os quais eram aguardados pelo sr. Manuel de Melo, administrador da C.U.F., e pelos engenheiros que ali prestam serviço.
Pouco depois das 15 e 45 horas, procedeu-se à cerimónia. O sr. engº. Sá Nogueira quebrou uma garrafa de champanhe na proa do “Pedro Rodrigues”, o qual, pintado de zarcão, começou a descer lentamente pela carreira, por entre salvas de palmas de toda a assistência. No rio, diversos barcos embandeirados e cheios de gente, silvaram festivamente produzindo novas e alegres manifestações.
O “Pedro Rodrigues” entrou elegantemente nas águas do Tejo demonstrando tratar-se de uma construção segura e cuidada. A assistência, antes de se retirar, felicitou os dirigentes da C.U.F. e o sr. capitão-de-fragata engenheiro construtor naval Sousa Mendes, que dirigiu técnicamente a construção do novo rebocador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 15 de Abril de 1938
Compareceram, além de muitas senhoras, os srs. engº. Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa; capitão de mar-e-guerra Carlos de Sousa Coutinho, chefe do Departamento Marítimo do Centro, e Peres Murinelo, chefe dos Serviços Marítimos; Jaime Thompson e Bernardino Correia, representando respectivamente as Companhias Nacional e Colonial de Navegação; muitos outros oficiais da Armada; o piloto-mor aposentado Eduardo Florêncio; deputações de pilotos de Lisboa, Leixões e Setúbal; e muitos outros convidados, os quais eram aguardados pelo sr. Manuel de Melo, administrador da C.U.F., e pelos engenheiros que ali prestam serviço.
Pouco depois das 15 e 45 horas, procedeu-se à cerimónia. O sr. engº. Sá Nogueira quebrou uma garrafa de champanhe na proa do “Pedro Rodrigues”, o qual, pintado de zarcão, começou a descer lentamente pela carreira, por entre salvas de palmas de toda a assistência. No rio, diversos barcos embandeirados e cheios de gente, silvaram festivamente produzindo novas e alegres manifestações.
O “Pedro Rodrigues” entrou elegantemente nas águas do Tejo demonstrando tratar-se de uma construção segura e cuidada. A assistência, antes de se retirar, felicitou os dirigentes da C.U.F. e o sr. capitão-de-fragata engenheiro construtor naval Sousa Mendes, que dirigiu técnicamente a construção do novo rebocador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 15 de Abril de 1938
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
Leixões na rota do turismo!
O regresso dos navios de passageiros
Os navios de passageiros estão finalmente de regresso ao país, depois dum longo período em que se revelou necessário interromper uma actividade, cuja importância e aumento das escalas de navios nos portos, iam permitindo ao país, a nível turístico, uma notória visibilidade internacional.
Nesse sentido, tudo parece indicar que ainda há tempo, durante este mesmo ano, para mais visitas de navios já conhecidos, e até eventuais primeiras escalas, com passageiros que esperamos partam felizes com a descoberta de alguns lugares do nosso território, e das diversas maravilhas que podemos continuar a dar-lhes a conhecer.
Nesse sentido, tudo parece indicar que ainda há tempo, durante este mesmo ano, para mais visitas de navios já conhecidos, e até eventuais primeiras escalas, com passageiros que esperamos partam felizes com a descoberta de alguns lugares do nosso território, e das diversas maravilhas que podemos continuar a dar-lhes a conhecer.
Navio de passageiros “Viking Sky”
Características
Características
Armador: Viking River Cruises A.G., Basileia, Suíça
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2017
Arqueação: Tab 47.842,00 tons - Tal 18.858,00 tons
Dimensões: Ff 228,28 mt - Pp 195,50 mt - Bc 28,69 mt - Ptl 14,73 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2017
Arqueação: Tab 47.842,00 tons - Tal 18.858,00 tons
Dimensões: Ff 228,28 mt - Pp 195,50 mt - Bc 28,69 mt - Ptl 14,73 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes
Neste caso, como já perceberam, o primeiro navio a marcar esta agradável visita foi o “Viking Sky”, que se encontra a realizar uma viagem de cruzeiro, durante 14 dias, com início no porto de Reykjavik, na Islândia, para terminar no próximo dia 18 do corrente, em Barcelona. Passou por Leixões no passado dia 12, procedente da Corunha, tendo passado várias horas em porto, de onde saiu para continuar a viagem com destino a Lisboa.
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Navios portugueses: Os paquetes "India" e "Timor"
Marinha Mercante
Construção de novas unidades em Inglaterra
Construção de novas unidades em Inglaterra
De avião seguiram ontem para Inglaterra os srs. dr. José Gonçalves e comandante Luís Noronha de Andrade, administradores da Companhia Nacional de Navegação, que vão assistir à nova fase de construção dos navios “India” e “Timor”, de 7.000 toneladas, cada um, mandados construir naquele país e que devem chegar ao Tejo entre Novembro deste ano e Janeiro de 1951.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, seg.-feira, 27 de Novembro de 1950
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, seg.-feira, 27 de Novembro de 1950
Foto do navio "India, em Leixões
O novo paquete “India”, entrou, ontem, em Leixões,
vindo do porto de Antuérpia
O novo paquete “India”, entrou, ontem, em Leixões,
vindo do porto de Antuérpia
O “India” - nova unidade da frota da Companhia Nacional de Navegação – entrou, ontem, ao início da manhã, festivamente embandeirado, no porto de Leixões. De linhas modernas, o novo navio, que vem procedente de Antuérpia, foi saudado pelo “Rovuma” e pelo “S. Tomé”, da mesma empresa, que, também embandeiraram.
Para verem o moderno navio, que desloca cerca de 7.600 toneladas e se destina ao transporte de passageiros e carga, acorreram ao interior da doca Nº 1, onde amarrou, pouco depois, algumas centenas de pessoas. O “India”, que vem carregado, demorar-se-á dois ou três dias em porto, seguindo, depois, para Lisboa. A bordo e desde Antuérpia, viaja um dos administradores da empresa armadora.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, qta.-feira, 28 de Fevereiro de 1951
Para verem o moderno navio, que desloca cerca de 7.600 toneladas e se destina ao transporte de passageiros e carga, acorreram ao interior da doca Nº 1, onde amarrou, pouco depois, algumas centenas de pessoas. O “India”, que vem carregado, demorar-se-á dois ou três dias em porto, seguindo, depois, para Lisboa. A bordo e desde Antuérpia, viaja um dos administradores da empresa armadora.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, qta.-feira, 28 de Fevereiro de 1951
O novo paquete “India” entra hoje no Tejo e será visitado
por membros do Governo
por membros do Governo
Entra hoje no Tejo o novo paquete “India”, da Companhia Nacional de Navegação. A magnífica unidade, que vem enriquecer a frota mercante, será visitada por alguns membros do Governo, que embarcarão às 11 horas no rebocador “Aveiro”, no cais da Alfândega, e entrarão a bordo do “India”, quando estiver fundeado em frente a Belém.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 2 de Março de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 2 de Março de 1951
Foto do vapor "India"
Características do paquete “India”
Características do paquete “India”
Armador: Companhia Nacional de Navegação, Lisboa
Nº Oficial: H-396 - Iic: C.S.K.K. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Bartram & Sons, Ltd., Sunderland, Inglaterra, 1950
Arqueação: Tab 7.619,82 tons - Tal 4.145,84 tons
Dimensões: Ff 131,78 mt - Pp 125,26 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp
Nº Oficial: H-396 - Iic: C.S.K.K. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Bartram & Sons, Ltd., Sunderland, Inglaterra, 1950
Arqueação: Tab 7.619,82 tons - Tal 4.145,84 tons
Dimensões: Ff 131,78 mt - Pp 125,26 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp
O novo paquete “India” foi ontem visitado pelos ministros da
Marinha e das Colónias
Marinha e das Colónias
Chegou, ontem, a Lisboa, o paquete “India”, da Companhia Nacional de Navegação, que se destina ao serviço de passageiros e carga, até aos portos daquela longínqua possessão. Para ir ao encontro do navio os srs. ministro da Marinha e das Colónias embarcaram, às 11 horas, na ponte da Alfândega, a bordo do rebocador “Aveiro”, que os conduziu até próximo da Torre do Bugio, onde o navio “India” os aguardava. No rebocador seguiam, também, várias individualidades.
A bordo do “India” receberam-nos os srs. comandante Luís Noronha de Andrade e engº Vasco Taborda Ferreira, da Companhia Nacional de Navegação, a quem o navio foi entregue em Sunderland, Inglaterra, local da sua construção; e o comandante do navio, sr. capitão José de Sousa Contreiras, que antes comandava o “Cubango”.
A visita a todas as dependências foi demorada, enquanto o navio navegava Tejo acima, até ao cais da companhia. O “India”, construído para viajar em regiões quentes, oferece excelentes comodidades; tem 131 metros de comprimento, comporta 6.600 toneladas de carga, tendo quatro porões frigoríficos e acomoda 56 passageiros em 1ª classe e 16 em 3ª, podendo, em caso de necessidade, transportar 300 nas cobertas. A sua velocidade é de 14,5 milhas horárias.
No final da visita foi oferecida uma merenda aos visitantes. O sr. comandante Jaime Thompson pronunciou palavras de agradecimento pela comparência a bordo dos membros do Governo, dizendo que ela constituía uma compensação à frota que a companhia vem fazendo.
O sr. ministro da Marinha agradeceu os cumprimentos e felicitou a Companhia pela aquisição de mais uma unidade, que tivera o prazer de visitar e formulou votos para que ela não fosse desviada do serviço a que se destina.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 3 de Março de 1951
A bordo do “India” receberam-nos os srs. comandante Luís Noronha de Andrade e engº Vasco Taborda Ferreira, da Companhia Nacional de Navegação, a quem o navio foi entregue em Sunderland, Inglaterra, local da sua construção; e o comandante do navio, sr. capitão José de Sousa Contreiras, que antes comandava o “Cubango”.
A visita a todas as dependências foi demorada, enquanto o navio navegava Tejo acima, até ao cais da companhia. O “India”, construído para viajar em regiões quentes, oferece excelentes comodidades; tem 131 metros de comprimento, comporta 6.600 toneladas de carga, tendo quatro porões frigoríficos e acomoda 56 passageiros em 1ª classe e 16 em 3ª, podendo, em caso de necessidade, transportar 300 nas cobertas. A sua velocidade é de 14,5 milhas horárias.
No final da visita foi oferecida uma merenda aos visitantes. O sr. comandante Jaime Thompson pronunciou palavras de agradecimento pela comparência a bordo dos membros do Governo, dizendo que ela constituía uma compensação à frota que a companhia vem fazendo.
O sr. ministro da Marinha agradeceu os cumprimentos e felicitou a Companhia pela aquisição de mais uma unidade, que tivera o prazer de visitar e formulou votos para que ela não fosse desviada do serviço a que se destina.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 3 de Março de 1951
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Vindo directamente da Inglaterra, onde acaba de ser
construído, entrou em Leixões o novo paquete “Timor”
construído, entrou em Leixões o novo paquete “Timor”
Matosinhos, 24 - Pelas 20 horas de ontem, entrou no porto de Leixões, o paquete “Timor”, da Companhia Nacional de Navegação, procedente de Sundeland, na Inglaterra, em cujos estaleiros navais foi construído.
Esta nova unidade, idêntica ao paquete “India”, era aguardado por inúmeras pessoas e à sua chegada provocou grande entusiasmo. Ao seu encontro, foram os rebocadores da Administração dos portos do Douro e Leixões, que lhe deram as boas vindas.
Após a chegada o “Timor” entrou directamente na doca Nº 1, atracando do lado Sul, tendo sido, durante o dia de hoje muito visitado.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 25 de Junho de 1951
Esta nova unidade, idêntica ao paquete “India”, era aguardado por inúmeras pessoas e à sua chegada provocou grande entusiasmo. Ao seu encontro, foram os rebocadores da Administração dos portos do Douro e Leixões, que lhe deram as boas vindas.
Após a chegada o “Timor” entrou directamente na doca Nº 1, atracando do lado Sul, tendo sido, durante o dia de hoje muito visitado.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 25 de Junho de 1951
Foto do navio "Timor", em Leixões
Características do paquete “Timor”
Características do paquete “Timor”
Armador: Companhia Nacional de Navegação, Lisboa
Nº Oficial: H-399 - Iic: C.S.K.N. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Bartram & Sons, Ltd., Sunderland, Inglaterra, 1950
Arqueação: Tab 7.649,99 tons - Tal 4.193,06 tons
Dimensões: Ff 131,42 mt - Pp 124,91 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp
Arqueação: Tab 7.649,99 tons - Tal 4.193,06 tons
Dimensões: Ff 131,42 mt - Pp 124,91 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp
Foto do navio "Timor"
O ministro da Marinha visitou o paquete “Timor”
O ministro da Marinha visitou o paquete “Timor”
Na sua primeira viagem, fundeou ontem no Tejo vindo de Leixões, o paquete “Timor”, destinado à Companhia Nacional de Navegação. Cerca das 8 e 30, no cais da Rocha do Conde de Óbidos embarcou a bordo do rebocador “Aveiro”, daquela companhia, o sr. ministro da Marinha, que foi ali recebido pelos directores daquela empresa e pelos srs. almirante Pereira da Fonseca, Director-geral da Marinha; comandante Pereira Viana, presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante; comandante João Fialho, capitão do porto de Lisboa; Melo e Silva, em representação do sr. D. Manuel José de Melo, administrador da Sociedade Geral, etc.
O rebocador foi ao encontro do “Timor” até Belém, onde ambos os navios trocaram saudações. O sr. comandante Américo Tomás e as entidades que o acompanhavam subiram, então, a bordo da nova unidade, onde foram recebidos pelos srs. comandante Noronha de Andrade e engº. Vasco Taborda Ferreira, respectivamente, administrador e consultor técnico da companhia, e pelo comandante do “Timor”, sr. capitão Filipe freire.
Aquele membro do Governo com os demais visitantes, percorreu demoradamente o novo navio, admirando as suas excelentes instalações e tendo manifestado a mais viva satisfação por a nossa Marinha Mercante ser enriquecida com esta magnífica unidade. Entretanto, o “Timor” subia o Tejo indo atracar ao cais da Fundição, onde o sr. ministro da Marinha e a comitiva que o acompanhava abandonaram o navio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951
O rebocador foi ao encontro do “Timor” até Belém, onde ambos os navios trocaram saudações. O sr. comandante Américo Tomás e as entidades que o acompanhavam subiram, então, a bordo da nova unidade, onde foram recebidos pelos srs. comandante Noronha de Andrade e engº. Vasco Taborda Ferreira, respectivamente, administrador e consultor técnico da companhia, e pelo comandante do “Timor”, sr. capitão Filipe freire.
Aquele membro do Governo com os demais visitantes, percorreu demoradamente o novo navio, admirando as suas excelentes instalações e tendo manifestado a mais viva satisfação por a nossa Marinha Mercante ser enriquecida com esta magnífica unidade. Entretanto, o “Timor” subia o Tejo indo atracar ao cais da Fundição, onde o sr. ministro da Marinha e a comitiva que o acompanhava abandonaram o navio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951
Companhia Nacional de Navegação
Outras unidades previstas construir para a empresa
Outras unidades previstas construir para a empresa
Em Setembro próximo será entregue à companhia outro navio, que está a ser construído em Inglaterra, e que vai ser denominado “Save”, de 1.800 toneladas, destinado ao serviço de cabotagem na África Oriental, para substituir o “Inharrime”, que entretanto se afundou.
Ainda, dentro do programa de renovação da Marinha Mercante, o sr. ministro da Marinha autorizou a companhia a construir mais um navio misto, para o transporte de carga e passageiros, com um peso morto na ordem das 10.000 toneladas, e 16 nós de velocidade, que irá ser denominado “Niassa”.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951
Ainda, dentro do programa de renovação da Marinha Mercante, o sr. ministro da Marinha autorizou a companhia a construir mais um navio misto, para o transporte de carga e passageiros, com um peso morto na ordem das 10.000 toneladas, e 16 nós de velocidade, que irá ser denominado “Niassa”.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
Navios de visita ao porto de Leixões
Os palhabotes “Avontuur” e “De Gallant”
Os dois palhabotes motorizados estiveram recentemente de visita a Leixões, sendo que o “Avontuur” chegou procedente de Ijmuiden, regressando à Holanda, continuando a viagem com destino a Roterdão. Já o “De Gallant” veio do porto de Paimpol, na França, para seguir viagem com destino a Bristol, na Inglaterra.
Enquanto que o “Avontuur” tem sido utilizado como navio de treino de mar, o “De Gallant” ainda que igualmente receba passageiros a bordo, está também preparado para transportar pequenas parcelas de carga. Abaixo, as características de ambos os navios:
Enquanto que o “Avontuur” tem sido utilizado como navio de treino de mar, o “De Gallant” ainda que igualmente receba passageiros a bordo, está também preparado para transportar pequenas parcelas de carga. Abaixo, as características de ambos os navios:
“AVONTUUR”
Tipo: Navio de treino-de-mar
Nacionalidade: Alemã
IMO: 5336600 - MMSI: 218863000 - Classe: Registro Italiano Navale
Nº Oficial: 1942 - Iic: D.G.D.L.2. - Porto de registo: Elsfleth
Armador: Timbercoast Pty., Ltd., Cairns, Austrália
Operadores: Avontuur Shipping Co., Ltd., Elsfleth, Alemanha
Construtor: Otto Schmidt, Stadskanaal, Holanda, 1920
Arqueação: Tab 124,00 tons - Porte 114,00 tons
Dimensões: Ff 43,50 mts - Boca 5,88 mts - Calado: 2,49 mts
Número de Tripulantes: 6 - Número de passageiros: 10
Capacidade de carga granulada: 198,00 tons
Propulsão: 224.00 kW (300.00 hp), 1.800 rpm - 1 hélice FP - 6 nós
Área velica: 495,00 m2/ 612,00 m2
Nacionalidade: Alemã
IMO: 5336600 - MMSI: 218863000 - Classe: Registro Italiano Navale
Nº Oficial: 1942 - Iic: D.G.D.L.2. - Porto de registo: Elsfleth
Armador: Timbercoast Pty., Ltd., Cairns, Austrália
Operadores: Avontuur Shipping Co., Ltd., Elsfleth, Alemanha
Construtor: Otto Schmidt, Stadskanaal, Holanda, 1920
Arqueação: Tab 124,00 tons - Porte 114,00 tons
Dimensões: Ff 43,50 mts - Boca 5,88 mts - Calado: 2,49 mts
Número de Tripulantes: 6 - Número de passageiros: 10
Capacidade de carga granulada: 198,00 tons
Propulsão: 224.00 kW (300.00 hp), 1.800 rpm - 1 hélice FP - 6 nós
Área velica: 495,00 m2/ 612,00 m2
Nomes anteriores: Avontuur (1920-1923), Catharina (1923-1932), Spes (1932-1977). Transformado de navio de carga geral em navio de treino-de-mar em Fevereiro de 2010. Reaparelhado entre 2014 e 2015 em Elsfleth, Alemanha.
“DE GALLANT”
Tipo: Navio de treino-de-mar
Nacionalidade: Vanuatu
IMO: 5190252 - MMSI: 577402000 - Classe: Bureau Veritas
Nº Oficial: 2476 - Iic: Y.J.W.J.6.- Porto de registo: Port Vila
Armador: Jean François LeBleu, Saint-Pol-de-Leon, França
Construtor: Figee Brothers, Vlaardingen, Holanda, 1916
Arqueação: Tab 88,00 tons - Tal 33,00 tons - Porte 160,00 tons
Dimensões: Ff 36,20 mt - Boca 6,56 mt - Ptl 2,93 mt - Calado 2,70 mt
Número de tripulantes: 6 - Número de passageiros: 16
Capacidade de carga a granel: 170,00 tons - 1 grua x 1,00 tons
Propulsão: 1x DAF DK1160, 143kW (194hp), 2.200 rpm - 1 hélice CP
Área vélica: 415,00 m2
Nacionalidade: Vanuatu
IMO: 5190252 - MMSI: 577402000 - Classe: Bureau Veritas
Nº Oficial: 2476 - Iic: Y.J.W.J.6.- Porto de registo: Port Vila
Armador: Jean François LeBleu, Saint-Pol-de-Leon, França
Construtor: Figee Brothers, Vlaardingen, Holanda, 1916
Arqueação: Tab 88,00 tons - Tal 33,00 tons - Porte 160,00 tons
Dimensões: Ff 36,20 mt - Boca 6,56 mt - Ptl 2,93 mt - Calado 2,70 mt
Número de tripulantes: 6 - Número de passageiros: 16
Capacidade de carga a granel: 170,00 tons - 1 grua x 1,00 tons
Propulsão: 1x DAF DK1160, 143kW (194hp), 2.200 rpm - 1 hélice CP
Área vélica: 415,00 m2
Nomes anteriores: Jannetje Margaretha (1916-1926), Tine (1926-1930), Knape (1930-1965), Gertrud (1965-1993).
Transformado de navio de pesca em navio de carga geral em 1936. Transformado de navio de carga geral em navio de treino-de-mar em 1993.
terça-feira, 7 de setembro de 2021
História trágico-marítima (CCCXXVII)
O navio português “Sete Cidades” abalroou na doca de
Southampton com o paquete “América”
Southampton com o paquete “América”
Southampton, 24 - O navio de carga português “Sete Cidades”, da Companhia de Navegação Carregadores Açoreanos, colidiu nesta data, na doca de Southampton, com o paquete “América”, da United States Lines, de 26 mil toneladas. As chapas numa das alhetas da popa do navio mercante português, de 2.954 toneladas, ficaram amolgadas.
Imagens dos navios envolvidos no sinistro
O paquete americano, cuja pintura estalou, partiu com atraso de regresso a Nova Iorque. A colisão deu-se quando o navio português manobrava para atracar. A ponte deste navio colidiu com o “America”, pelo lado de bombordo, sensívelmente a meio do paquete.
O navio “Sete Cidades” havia chegado poucas horas antes a Southampton, procedente dos Açores, com um carregamento de mil caixas de ananases para o mercado londrino.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 25 de Setembro de 1951
O navio “Sete Cidades” havia chegado poucas horas antes a Southampton, procedente dos Açores, com um carregamento de mil caixas de ananases para o mercado londrino.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 25 de Setembro de 1951
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
História trágico-marítima (CCCXXVI)
O encalhe do lanchão “Eduardo Xisto” nas Berlengas
Um lanchão da praça do Porto embateu nuns rochedos nas
Berlengas, tendo sofrido um rombo de grandes dimensões
Um lanchão da praça do Porto embateu nuns rochedos nas
Berlengas, tendo sofrido um rombo de grandes dimensões
Peniche, 7 - Entrou esta madrugada, neste porto, com um rombo na proa, o lanchão “Eduardo Xisto”, da praça do Porto, que, devido ao nevoeiro, embateu nuns rochedos nas Berlengas.
O navio que seguia de Setúbal para o Porto com um carregamento de 160 toneladas de cimento, dirigiu-se imediatamente para este porto pelos seus próprios meios, enquanto a tripulação tentava estancar a água, chegando a Peniche ligeiramente afundado de proa, pelo que procederam desde logo à descarga de parte da carga.
O navio que seguia de Setúbal para o Porto com um carregamento de 160 toneladas de cimento, dirigiu-se imediatamente para este porto pelos seus próprios meios, enquanto a tripulação tentava estancar a água, chegando a Peniche ligeiramente afundado de proa, pelo que procederam desde logo à descarga de parte da carga.
Foto do lanchão em Peniche
Características do lanchão “Eduardo Xisto”
Características do lanchão “Eduardo Xisto”
Armador: Eduardo Beltrão, Lda., Porto
Nº Oficial: C-137 - Iic.: C.S.N.Q. - Registo: Porto, 6.6.1947
Construtor: Tomaz Francisco Lapa, V. Nova de Gaia, 1947
dp “Carlos Augusto”, Casimiro Augusto Tavares, Setúbal
Arqueação: Tab 107,49 tons - Tal 67,65 tons - Pm 176 tons
Dimensões: Ff 29,67 mt - Pp 26,40 mt - Bc 6,75 mt - Ptl 2,62 mt
Propulsão: M.A.N., 1936 - 1:Di - 3:Ci - 150 Bhp - 6 nós
Nº Oficial: C-137 - Iic.: C.S.N.Q. - Registo: Porto, 6.6.1947
Construtor: Tomaz Francisco Lapa, V. Nova de Gaia, 1947
dp “Carlos Augusto”, Casimiro Augusto Tavares, Setúbal
Arqueação: Tab 107,49 tons - Tal 67,65 tons - Pm 176 tons
Dimensões: Ff 29,67 mt - Pp 26,40 mt - Bc 6,75 mt - Ptl 2,62 mt
Propulsão: M.A.N., 1936 - 1:Di - 3:Ci - 150 Bhp - 6 nós
O mestre José Cadilha, já em Outubro de 1947 tinha encalhado junto ao farol do Cabo Carvoeiro, também devido ao nevoeiro, a bordo do lugre “Santa Madalena”, que se perdeu, pelo que considera fatídica a sua passagem pelo canal das Berlengas, sempre que o faz com nevoeiro.
A situação do “Eduardo Xisto”, que é propriedade da firma Eduardo Beltrão, Lda., é melindrosa, porque o rombo é de grandes dimensões, tornando difícil a sua reparação neste porto.
A carga não se considera perdida, aguardando-se a vinda de peritos da companhia de seguros e de representantes do armador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 de Outubro de 1952
A situação do “Eduardo Xisto”, que é propriedade da firma Eduardo Beltrão, Lda., é melindrosa, porque o rombo é de grandes dimensões, tornando difícil a sua reparação neste porto.
A carga não se considera perdida, aguardando-se a vinda de peritos da companhia de seguros e de representantes do armador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 de Outubro de 1952
domingo, 29 de agosto de 2021
História trágico-marítima (CCCXXV)
O encalhe do iate "Flor de Setúbal" em Marrocos
Um navio de carga português encalhou à entrada de
Port Liautey, mas a tripulação já foi salva
Um navio de carga português encalhou à entrada de
Port Liautey, mas a tripulação já foi salva
Telegramas recebidos ontem em Lisboa e Setúbal informam que o navio de carga português “Flor de Setúbal”, de 249 toneladas, da praça de Setúbal, pertencente à firma Chaves & Mateus, Lda., encalhou ante-ontem à entrada de Port Liautey e que se encontrava em perigo.
O iate “Flor de Setúbal” tinha a bordo a seguinte tripulação, sob a chefia do mestre José Machado; António Freitas, contra-mestre, e José Fernandes, motorista, todos de Viana do Castelo; José Bomba Marro, ajudante de motorista, de Portimão; António Pereira, cozinheiro, Manuel Passos e Henrique Araújo, marinheiros, também todos de Viana do Castelo; e Ilídio Malhão, moço, de Vila Praia de Âncora.
O navio procedia ao transporte de mais de 200 toneladas de cimento para aquele porto, tendo saído de Setúbal no dia 20 de Agosto. Os primeiros telegranas eram alarmantes mas informações posteriores dizem que foi possível salvar toda a tripulação, a qual já se encontra em terra. A situação do navio, que foi construído há 5 anos, continua, porém, a ser muito crítica. Entretanto, sabe-se que seguiram socorros para o local do encalhe.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 8 de Agosto de 1951
O iate “Flor de Setúbal” tinha a bordo a seguinte tripulação, sob a chefia do mestre José Machado; António Freitas, contra-mestre, e José Fernandes, motorista, todos de Viana do Castelo; José Bomba Marro, ajudante de motorista, de Portimão; António Pereira, cozinheiro, Manuel Passos e Henrique Araújo, marinheiros, também todos de Viana do Castelo; e Ilídio Malhão, moço, de Vila Praia de Âncora.
O navio procedia ao transporte de mais de 200 toneladas de cimento para aquele porto, tendo saído de Setúbal no dia 20 de Agosto. Os primeiros telegranas eram alarmantes mas informações posteriores dizem que foi possível salvar toda a tripulação, a qual já se encontra em terra. A situação do navio, que foi construído há 5 anos, continua, porém, a ser muito crítica. Entretanto, sabe-se que seguiram socorros para o local do encalhe.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 8 de Agosto de 1951
Características do iate “Flor de Setúbal”
Armador: Chaves & Mateus, Setúbal
Nº Oficial: 514 - Iic: C.S.N.J. - Porto de registo: Setúbal, 16.3.1946
Construtor: Chaves & Chaves, Lda., Setúbal, 1946
Arqueação: Tab 148,76 tons - Tal 93,75 tons - Pm 243 tons
Dimensões: Ff 32,07 mt - Pp 28,10 mt - Boca 7,65 mt - Pontal 3,40 mt
Propulsão: Jonkopings, 1945 - 1:Sd - 2:Ci - 165 Bhp - 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
Nº Oficial: 514 - Iic: C.S.N.J. - Porto de registo: Setúbal, 16.3.1946
Construtor: Chaves & Chaves, Lda., Setúbal, 1946
Arqueação: Tab 148,76 tons - Tal 93,75 tons - Pm 243 tons
Dimensões: Ff 32,07 mt - Pp 28,10 mt - Boca 7,65 mt - Pontal 3,40 mt
Propulsão: Jonkopings, 1945 - 1:Sd - 2:Ci - 165 Bhp - 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
O naufrágio do “Flor de Setubal”
Um telegrama recebido pelos armadores do iate “Flor de Setúbal”, que se encontra encalhado na barra de Port Liautey, na costa marroquina, informa que o navio está encalhado em fundo de areia, e que, na baixa-mar, fica em seco. Por esse motivo continuam a aguardar a chegada dum rebocador, possivelmente de Casablanca, pois a circunstância do navio estar sobre areia, admite a possibilidade de vir a ser desencalhado numa preia-mar, sem avarias de maior importância.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 de Agosto de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 de Agosto de 1951
O naufrágio do "Flor de Setúbal"
No rebocador "Atlético" chegaram ontem a Lisboa, cinco náufragos do iate "Flor de Setúbal", que há cerca de três meses naufragou quando seguia para Marrocos. Entre os cinco náufragos conta-se o mestre do iate, sr. José Gonçalves Muchacho.
Fonte: Jornal "Comércio do Porto", segunda-feira, 26 Novembro 1951
Fonte: Jornal "Comércio do Porto", segunda-feira, 26 Novembro 1951
sexta-feira, 27 de agosto de 2021
Navios portugueses - O "Ana Mafalda"
O navio “Ana Mafalda” foi ontem lançado à água,
com a assistência de vários membros do Governo
com a assistência de vários membros do Governo
Nos estaleiros da C.U.F. foi ontem lançado à água o navio “Ana Mafalda”, destinado à Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, para a carreira da Guiné. À cerimónia assistiram os srs. ministro da Marinha, das Colónias, da Economia e das Corporações, sub-secretário de Estado do Comércio e Indústria, capitão de mar-e-guerra Pereira Viana, presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante; almirantes Oliveira Pinto, comandante-geral da Armada, Pereira da Fonseca, director-geral de Marinha; Jaime Thompsom, engº Fernando de Abreu Reis, comandante Celestino Ramos; directores da Companhia Nacional de Navegação; major Raposo Ferreira, administrador da Companhia Colonial de Navegação; Visconde de Botelho, pela Companhia dos Carregadores Açoreanos; comandante José dos Santos, pelo Sindicato Nacional da Marinha Mercante; funcionários superiores das Alfândegas, muitas senhoras, etc.
Os convidados foram recebidos pelos srs. D. Manuel José de Melo, Jorge de Melo e pelo engº Aulânio Lobo, administradores da C.U.F., da Sociedade Geral e dos estaleiros. Numa tribuna montada para o efeito, assistiram as autoridades, várias individualidades, e as senhoras das famílias de Alfredo da Silva e D. Manuel José de Melo. O prior de Santos, monsenhor Fernandes Duarte, lançou a bênção ao novo navio.
Depois, a menina Ana Mafalda da Cunha Melo, neta do sr. D. Manuel José de Melo e bisneta do falecido industrial Alfredo da Silva, partiu a simbólica garrada de champanhe no casco do navio, enquanto este deslizava pela carreira em direcção ao rio. Neste momento as sirenes de bordo tocaram festivamente.
O presidente do conselho de administração da Sociedade Geral e dos estaleiros, sr. D. Manuel José de Melo, agradeceu a comparência do sr. ministro da Marinha e dos seus colegas do Governo. É o segundo navio desta série - disse - que a sociedade encomendou nestes estaleiros; outros se seguirão em execução no plano traçado e para a contribuição do desolvolvimento da Marinha Mercante nacional, de que o sr. ministro da Marinha tem sido o grande impulsionador. Defendeu a construção de mais navios mercantes nos estaleiros portugueses, que pela sua qualidade de construção, dada a técnica dos nossos engenheiros navais, não são inferiores aos que são construídos lá fora. E terminou dizendo:
Para o sr. ministro da Marinha, a quem o país deve já a importante obra da reconstrução da frota mercante nacional, apelamos para em complemento da sua grande obra realizada, continue a impulsionar o progresso da construção naval, protegendo-a e dando-lhe condições económicas possíveis e assim trabalhara para um Portugal maior.
O sr. ministro da Marinha disse fora fôra com prazer que assistira ao lançamento à água de mais uma unidade mercante destinada à Sociedade Geral e elogiou a acção e perseverança dos seus dirigentes. Concordou com o alvitre do sr. D. Manuel José de Melo para que o Governo da Nação apoiassa a construção de mais navios mercantes no nosso país, assim como já protegeu largamente a renovação da Marinha Mercante Nacional.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Janeiro de 1951
Os convidados foram recebidos pelos srs. D. Manuel José de Melo, Jorge de Melo e pelo engº Aulânio Lobo, administradores da C.U.F., da Sociedade Geral e dos estaleiros. Numa tribuna montada para o efeito, assistiram as autoridades, várias individualidades, e as senhoras das famílias de Alfredo da Silva e D. Manuel José de Melo. O prior de Santos, monsenhor Fernandes Duarte, lançou a bênção ao novo navio.
Depois, a menina Ana Mafalda da Cunha Melo, neta do sr. D. Manuel José de Melo e bisneta do falecido industrial Alfredo da Silva, partiu a simbólica garrada de champanhe no casco do navio, enquanto este deslizava pela carreira em direcção ao rio. Neste momento as sirenes de bordo tocaram festivamente.
O presidente do conselho de administração da Sociedade Geral e dos estaleiros, sr. D. Manuel José de Melo, agradeceu a comparência do sr. ministro da Marinha e dos seus colegas do Governo. É o segundo navio desta série - disse - que a sociedade encomendou nestes estaleiros; outros se seguirão em execução no plano traçado e para a contribuição do desolvolvimento da Marinha Mercante nacional, de que o sr. ministro da Marinha tem sido o grande impulsionador. Defendeu a construção de mais navios mercantes nos estaleiros portugueses, que pela sua qualidade de construção, dada a técnica dos nossos engenheiros navais, não são inferiores aos que são construídos lá fora. E terminou dizendo:
Para o sr. ministro da Marinha, a quem o país deve já a importante obra da reconstrução da frota mercante nacional, apelamos para em complemento da sua grande obra realizada, continue a impulsionar o progresso da construção naval, protegendo-a e dando-lhe condições económicas possíveis e assim trabalhara para um Portugal maior.
O sr. ministro da Marinha disse fora fôra com prazer que assistira ao lançamento à água de mais uma unidade mercante destinada à Sociedade Geral e elogiou a acção e perseverança dos seus dirigentes. Concordou com o alvitre do sr. D. Manuel José de Melo para que o Governo da Nação apoiassa a construção de mais navios mercantes no nosso país, assim como já protegeu largamente a renovação da Marinha Mercante Nacional.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Janeiro de 1951
Foto do navio “Ana Mafalda”, em Leixões
Características do navio
Características do navio
Armador: Soc. Geral de Comércio, Industria e Transportes, Sarl.
Nº Oficial: H-397 - Iic: C.S.L.Y. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Companhia União Fabril, Lisboa
Arqueação: Tab 3.317,78 tons - Tal 1.882,56 tons
Dimensões: Ff 103,07 mt - Pp 98,57 mt - Bc 13,90 mt - Ptl 7,51 mt
Propulsão: Atlas, Suécia, 1949 - 2:Di - 14:Ci - 2x1.330 Bhp
Nº Oficial: H-397 - Iic: C.S.L.Y. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Companhia União Fabril, Lisboa
Arqueação: Tab 3.317,78 tons - Tal 1.882,56 tons
Dimensões: Ff 103,07 mt - Pp 98,57 mt - Bc 13,90 mt - Ptl 7,51 mt
Propulsão: Atlas, Suécia, 1949 - 2:Di - 14:Ci - 2x1.330 Bhp
Dois membros do Governo assistiram à entrega do navio
“Ana Mafalda”, nova unidade da Marinha Mercante Nacional
“Ana Mafalda”, nova unidade da Marinha Mercante Nacional
No estaleiro naval da C.U.F., à Rocha do Conde de Óbidos, fizeram ontem a entrega à Sociedade Geral, do navio-motor “Ana Mafalda”, de 5.500 toneladas, nova unidade da Marinha Mercante nacional, encomendada por aquela empresa, em obediência ao plano de renovação da frota de comércio do nosso país.
Pelas 17,30 horas chegaram os srs. ministro da Marinha e das Comunicações, que eram aguardados pelos srs. almirante Pereira da Fonseca, director-geral da Marinha, comandante Simões Vaz, vice-presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante, comandante Oliveira Lima, director da Marinha Mercante, capitão-de-fragata João Francisco Fialho, capitão do porto de Lisboa, D. Manuel José de Melo, presidente dos conselhos de administração da C.U.F. e da Sociedade Geral, dr. Jorge de Melo e engº Aulânio Lobo, administradores, D. Vasco de Melo, director do estaleiro, funcionários superiores da C.U.F., oficiais da Marinha Mercante, etc.
Os membros do Governo e outras individualidades percorreram demoradamente todas as dependências do “Ana Mafalda”, que é o segundo navio construído naquele estaleiro possuindo óptimas instalações para 60 passageiros das três classes, onde nada falta em termos de conforto e comodidade, pois até possui uma sala apetrechada com brinquedos para crianças, e grandes alojamentos para a tripulação e oficialidade. Após a visita, na sala da 1ª classe, perante os ministros e outras individualidades, a menina Ana Mafalda, que deu o nome à nova unidade, descerrou o seu retrato, que estava coberto com a bandeira da Sociedade Geral. A seguir, no convés da 1ª classe, foi oferecido um lanche aos ministros e demais convidados.
O sr. ministro da Marinha felicitou o conselho de administração da Sociedade Geral pela nova unidade que acaba de adquirir, de óptima construção, feito em estaleiros portugueses, com todos os apetrechos modernos, adiantando ter grande alegria em afirmar que a Sociedade Geral tem dia a dia aumentado e renovado a sua frota mercante, sem pedir o auxílio do Estado.
Dirigiu palavras de louvor ao sr. D. Manuel José de Melo pelo seu entusiasmo e dedicação no ressurgimento da marinha mercante, a quem entregou depois o diploma e as insígnias de Grande Oficial da Ordem de Cristo, com que fora agraciado pelo chefe de Estado.
O sr. D. Manuel José de Melo recordou a figura inolvidável do sr. marechal Carmona, que durante a sua presidência tanto entusiasmo teve no aumento e renovação da marinha mercante nacional, agradecendo as amáveis referências que lhe fez o sr. comandante Américo Tomás, afirmando que tinha grande honra em ter sido agraciado pelo Chefe do Estado. Terminou, garantindo que trabalharia sempre com dedicação e entusiasmo para o progresso da nossa marinha mercante.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 10 de Maio de 1951
Pelas 17,30 horas chegaram os srs. ministro da Marinha e das Comunicações, que eram aguardados pelos srs. almirante Pereira da Fonseca, director-geral da Marinha, comandante Simões Vaz, vice-presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante, comandante Oliveira Lima, director da Marinha Mercante, capitão-de-fragata João Francisco Fialho, capitão do porto de Lisboa, D. Manuel José de Melo, presidente dos conselhos de administração da C.U.F. e da Sociedade Geral, dr. Jorge de Melo e engº Aulânio Lobo, administradores, D. Vasco de Melo, director do estaleiro, funcionários superiores da C.U.F., oficiais da Marinha Mercante, etc.
Os membros do Governo e outras individualidades percorreram demoradamente todas as dependências do “Ana Mafalda”, que é o segundo navio construído naquele estaleiro possuindo óptimas instalações para 60 passageiros das três classes, onde nada falta em termos de conforto e comodidade, pois até possui uma sala apetrechada com brinquedos para crianças, e grandes alojamentos para a tripulação e oficialidade. Após a visita, na sala da 1ª classe, perante os ministros e outras individualidades, a menina Ana Mafalda, que deu o nome à nova unidade, descerrou o seu retrato, que estava coberto com a bandeira da Sociedade Geral. A seguir, no convés da 1ª classe, foi oferecido um lanche aos ministros e demais convidados.
O sr. ministro da Marinha felicitou o conselho de administração da Sociedade Geral pela nova unidade que acaba de adquirir, de óptima construção, feito em estaleiros portugueses, com todos os apetrechos modernos, adiantando ter grande alegria em afirmar que a Sociedade Geral tem dia a dia aumentado e renovado a sua frota mercante, sem pedir o auxílio do Estado.
Dirigiu palavras de louvor ao sr. D. Manuel José de Melo pelo seu entusiasmo e dedicação no ressurgimento da marinha mercante, a quem entregou depois o diploma e as insígnias de Grande Oficial da Ordem de Cristo, com que fora agraciado pelo chefe de Estado.
O sr. D. Manuel José de Melo recordou a figura inolvidável do sr. marechal Carmona, que durante a sua presidência tanto entusiasmo teve no aumento e renovação da marinha mercante nacional, agradecendo as amáveis referências que lhe fez o sr. comandante Américo Tomás, afirmando que tinha grande honra em ter sido agraciado pelo Chefe do Estado. Terminou, garantindo que trabalharia sempre com dedicação e entusiasmo para o progresso da nossa marinha mercante.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 10 de Maio de 1951
O “Ana Mafalda” vai partir para a sua viagem inaugural
O navio “Ana Mafalda”, nova unidade da Sociedade Geral de Transportes, construída nos estaleiros da C.U.F., e da qual o sr. ministro da Marinha, no acto da inauguração, disse ser a melhor construção feita em Portugal, tem sido submetido a experiências de navegação em velocidade, no Tejo e no mar. Amanhã, o “Ana Mafalda” vai a Leixões, e no dia 5, iniciará a sua viagem inaugural, saindo de Lisboa para Bissau, Praia e S. Vicente, com carga e passageiros.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 28 de Maio de 1951
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 28 de Maio de 1951
terça-feira, 24 de agosto de 2021
Memorativo da Armada
O Departamento Marítimo do Norte
Brasão heráldico do Departamento Marítimo do Norte
A criação do Departamento Marítimo dos portos do Douro e
Leixões, satisfez uma das maiores aspirações da cidade do Porto
Leixões, satisfez uma das maiores aspirações da cidade do Porto
Causou geral satisfação na cidade do Porto a publicação, no «Diário do Governo», do decreto-lei que cria o Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões. A promulgação deste diploma veio satisfazer uma das maiores aspirações desta cidade que estava, também sob este aspecto, numa situação de grande inferioridade em relação a Lisboa, não obstante tratar-se da segunda cidade do País, com um considerável movimento portuário e volumosa exportação.
Além de, mercê da construção da doca e cais acostável de Leixões e seu moderno apetrechamento, dia a dia era mais premente a necessidade de reunir numa única entidade os dois portos, dada a manifesta situação de inferioridade a que se achava condenado o porto do Douro.
Segundo a letra do decreto-lei agora publicado, a Capitania do porto do Douro passa a designar-se por Capitania do porto do Douro e esta e a de Leixões a ficar reunidas num departamento, que se designará por Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões, sob a chefia dum capitão de mar-e-guerra da classe de marinha, do activo, acumulando as suas funções com as de Capitão do porto do Douro, com a designação abreviada de Chefe do Departamento Marítimo.
Estipula-se, mais, no referido diploma, que o chefe do novo Departamento Marítimo ficará directamente subordinado ao director-geral da Marinha, enquanto que o Capitão do porto de Leixões ficará subordinado ao chefe do Departamento.
O decreto-lei, que entrou já em vigor no dia 1 do corrente, estipula, ainda, que para a administração e contabilidade do Departamento Marítimo existirá um conselho administrativo, presidido pelo chefe do Departamento, que manterá as actuais atribuições do conselho administrativo da Capitania do porto do Porto, que substitui.
Compete ao chefe do Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões: A superintendência e inspecção dos serviços das respectivas capitanias; A organização de trabalhos estatísticos concernantes ao pessoal e material marítimos, aos de pesca e quaisquer outros indicados nos respectivos regulamentos; A direcção e superintendência dos serviços de fiscalização marítima da zona Norte, que compreende o litoral desde a foz do rio Minho até ao extremo Sul do litoral do concelho da Figueira da Foz, e o comando dos navios quando constituam uma esquadrilha, apenas no que respeita aos serviços específicos da fiscalização; A jurisdição disciplinar, policial e fiscal, em conformidade com a legislação em vigor.
Além de, mercê da construção da doca e cais acostável de Leixões e seu moderno apetrechamento, dia a dia era mais premente a necessidade de reunir numa única entidade os dois portos, dada a manifesta situação de inferioridade a que se achava condenado o porto do Douro.
Segundo a letra do decreto-lei agora publicado, a Capitania do porto do Douro passa a designar-se por Capitania do porto do Douro e esta e a de Leixões a ficar reunidas num departamento, que se designará por Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões, sob a chefia dum capitão de mar-e-guerra da classe de marinha, do activo, acumulando as suas funções com as de Capitão do porto do Douro, com a designação abreviada de Chefe do Departamento Marítimo.
Estipula-se, mais, no referido diploma, que o chefe do novo Departamento Marítimo ficará directamente subordinado ao director-geral da Marinha, enquanto que o Capitão do porto de Leixões ficará subordinado ao chefe do Departamento.
O decreto-lei, que entrou já em vigor no dia 1 do corrente, estipula, ainda, que para a administração e contabilidade do Departamento Marítimo existirá um conselho administrativo, presidido pelo chefe do Departamento, que manterá as actuais atribuições do conselho administrativo da Capitania do porto do Porto, que substitui.
Compete ao chefe do Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões: A superintendência e inspecção dos serviços das respectivas capitanias; A organização de trabalhos estatísticos concernantes ao pessoal e material marítimos, aos de pesca e quaisquer outros indicados nos respectivos regulamentos; A direcção e superintendência dos serviços de fiscalização marítima da zona Norte, que compreende o litoral desde a foz do rio Minho até ao extremo Sul do litoral do concelho da Figueira da Foz, e o comando dos navios quando constituam uma esquadrilha, apenas no que respeita aos serviços específicos da fiscalização; A jurisdição disciplinar, policial e fiscal, em conformidade com a legislação em vigor.
- - -
Cumprimentos ao ministro da Marinha pela criação
do novo Departamento Marítimo
Pela presidência da Câmara Municipal do Porto, foi ontem enviado ao sr. comandante Américo Tomás o seguinte telegrama:
do novo Departamento Marítimo
Pela presidência da Câmara Municipal do Porto, foi ontem enviado ao sr. comandante Américo Tomás o seguinte telegrama:
«Ministro da Marinha - A Câmara Municipal do Porto cumprimenta e agradece a V.Exa., a distinção conferida à cidade do Porto, pela promulgação do Decreto que cria o Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões, e, ainda, pelos termos honrosos com que V.Exa., fundamenta as medidas adoptadas. (a) Lucínio Presa, coronel»
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 4 de Janeiro de 1951
A criação do Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões
Mais telegramas de congratulação ao sr. ministro da Marinha
Mais telegramas de congratulação ao sr. ministro da Marinha
Pelo motivo da recente criação do Departamento Marítimo dos portos do Douro e Leixões, foram enviados ao sr. comandante Américo Tomás, ministro da Marinha, telegramas de congratulação e agradecimento por mais as seguintes entidades:
Direcção da Associação Comercial do Porto, Associação Industrial Portuense, Associação dos Armadores Marítimos e Agentes de Navegação do Porto e Leixões, Delegação do Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau, Delegação dos Armadores da Pesca de Arrasto e Delegação dos Armadores da Pesca da Sardinha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 6 de Janeiro de 1951
Direcção da Associação Comercial do Porto, Associação Industrial Portuense, Associação dos Armadores Marítimos e Agentes de Navegação do Porto e Leixões, Delegação do Grémio dos Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau, Delegação dos Armadores da Pesca de Arrasto e Delegação dos Armadores da Pesca da Sardinha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 6 de Janeiro de 1951
sábado, 21 de agosto de 2021
A inundação a bordo do paquete "Serpa Pinto"
O paquete “Serpa Pinto”
esteve em risco de se afundar na doca de Alcântara, devido a ter
sofrido forte inundação que chegou a atingir três metros de altura
esteve em risco de se afundar na doca de Alcântara, devido a ter
sofrido forte inundação que chegou a atingir três metros de altura
Cerca das 2 horas da madrugada de ontem, o piloto de serviço a bordo do paquete “Serpa Pinto”, da Companhia Colonial de Navegação, atracado dentro da doca de Alcântara, notou que o navio perdia a sua posição normal, adernando para estibordo. Numa rápida volta pelo navio, teve a certeza que o navio estava a meter água por qualquer circunstância, que ainda se ignora e, auxiliado pelo pessoal de serviço a bordo, distribuiu os homens para diversas missões, enquanto uns iam à Administração Geral do porto de Lisboa pedir bombas para esgotar a água, outros telefonavam para a residência do comandante do navio, sr. capitão Paulo Baptista e do imediato, sr. Vasconcelos e Sá, os quais compareceram sem demora, seguidos pelos restantes oficiais e outro pessoal, a pequenos intervalos.
Imagem do paquete "Serpa Pinto" - Postal da companhia
Entretanto, a inclinação do navio para bombordo acentuava-se, pondo, também, em risco o paquete “Guiné”, que estava atracado de braço dado, obrigando os rebocadores da empresa, com compreensível urgência a transferi-lo para o outro lado da doca.
Quando o comandante e o imediato tentaram descer à casa das máquinas, não puderam ir além do primeiro patim, porque a água já atingia, naquele compartimento, a altura de três metros, o que constituía uma indicação segura da gravidade da situação e da necessidade de assistência urgente. Todavia, os serviços do porto de Lisboa ainda não tinham comparecido e o navio continuava a adernar fortemente para estibordo. Foram então passadas para terra catorze fortes espias de aço, no sentido de manter o navio, pelo menos naquela posição, enquanto não fosse dado início ao esgotamento da água.
Às 5 horas da manhã, compareceu no cais o sr. Bernardino Correia, presidente da Companhia Colonial, tendo assistido aos vários trabalhos preliminares, para o ataque à crítica situação em que o navio se encontrava. A bordo, alguns dos tripulantes arrombaram portas de camarotes de estibordo, para fecharem as vigias, pois que a inclinação do navio fazia recear a entrada de água por ali, o que tornaria a situação irremediável.
Seis horas depois de terem pedido socorros, começou a trabalhar uma pequena bomba do porto de Lisboa, cujo rendimento não resolvia o problema. Compareceram, depois, bombas e outro material dos estaleiros Parry & Son e da C.U.F., com os respectivos engenheiros e outros técnicos, o que permitiu então encarar a situação sob um aspecto prático. A inclinação do navio, que chegou a ser de 25 graus, tornava difícil andar a bordo, mas todo o pessoal revelou grande decisão e perfeito espírito de trabalho.
O inspector da C.C.N., sr. comandante Júlio Ramos, e o seu adjunto sr. comandante Benevenuto, permaneceram por largos períodos a bordo e no cais, dirigindo vários trabalhos ou coadjuvando os oficiais do navio e os técnicos dos estaleiros, numa árdua tarefa, que se prolongou por quase todo o dia.
Com a baixa-mar, cerca das 8 horas, o navio assentou no fundo da doca, mas quando a maré subiu, o navio ainda oferecia tendência para adernar mais, apesar do intenso trabalho das bombas de esgotamento. Assim, entre as 11 horas e o meio-dia, rebentaram duas espias de aço e o “Serpa Pinto” adernou mais um pouco. Em face da situação, não houve almoço à hora habitual, para o pessoal empregado naquela faina, pelo que foram estabelecidos turnos às bombas, a fim de evitar interrupções no trabalho de esgotamento da água.
Logo que a notícia da ocorrência se espalhou pela área das docas, onde a estranha posição do navio chamava as atenções, começaram a acorrer muitos curiosos à muralha. Um serviço de Polícia mantinha os populares à distância, especialmente longe dos peoris de amarração, dado o risco das espias rebentarem, como algumas vezes se verificou.
Ainda sem certezas, os técnicos supõe que o alagamento do navio possa ter ocorrido através duma válvula de um condensador. A água continua a ser esgotada, estando agora o “Serpa Pinto” com 10 graus de inclinação, antecipando estar definitivamente fora de risco.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 1 de Setembro de 1948
Quando o comandante e o imediato tentaram descer à casa das máquinas, não puderam ir além do primeiro patim, porque a água já atingia, naquele compartimento, a altura de três metros, o que constituía uma indicação segura da gravidade da situação e da necessidade de assistência urgente. Todavia, os serviços do porto de Lisboa ainda não tinham comparecido e o navio continuava a adernar fortemente para estibordo. Foram então passadas para terra catorze fortes espias de aço, no sentido de manter o navio, pelo menos naquela posição, enquanto não fosse dado início ao esgotamento da água.
Às 5 horas da manhã, compareceu no cais o sr. Bernardino Correia, presidente da Companhia Colonial, tendo assistido aos vários trabalhos preliminares, para o ataque à crítica situação em que o navio se encontrava. A bordo, alguns dos tripulantes arrombaram portas de camarotes de estibordo, para fecharem as vigias, pois que a inclinação do navio fazia recear a entrada de água por ali, o que tornaria a situação irremediável.
Seis horas depois de terem pedido socorros, começou a trabalhar uma pequena bomba do porto de Lisboa, cujo rendimento não resolvia o problema. Compareceram, depois, bombas e outro material dos estaleiros Parry & Son e da C.U.F., com os respectivos engenheiros e outros técnicos, o que permitiu então encarar a situação sob um aspecto prático. A inclinação do navio, que chegou a ser de 25 graus, tornava difícil andar a bordo, mas todo o pessoal revelou grande decisão e perfeito espírito de trabalho.
O inspector da C.C.N., sr. comandante Júlio Ramos, e o seu adjunto sr. comandante Benevenuto, permaneceram por largos períodos a bordo e no cais, dirigindo vários trabalhos ou coadjuvando os oficiais do navio e os técnicos dos estaleiros, numa árdua tarefa, que se prolongou por quase todo o dia.
Com a baixa-mar, cerca das 8 horas, o navio assentou no fundo da doca, mas quando a maré subiu, o navio ainda oferecia tendência para adernar mais, apesar do intenso trabalho das bombas de esgotamento. Assim, entre as 11 horas e o meio-dia, rebentaram duas espias de aço e o “Serpa Pinto” adernou mais um pouco. Em face da situação, não houve almoço à hora habitual, para o pessoal empregado naquela faina, pelo que foram estabelecidos turnos às bombas, a fim de evitar interrupções no trabalho de esgotamento da água.
Logo que a notícia da ocorrência se espalhou pela área das docas, onde a estranha posição do navio chamava as atenções, começaram a acorrer muitos curiosos à muralha. Um serviço de Polícia mantinha os populares à distância, especialmente longe dos peoris de amarração, dado o risco das espias rebentarem, como algumas vezes se verificou.
Ainda sem certezas, os técnicos supõe que o alagamento do navio possa ter ocorrido através duma válvula de um condensador. A água continua a ser esgotada, estando agora o “Serpa Pinto” com 10 graus de inclinação, antecipando estar definitivamente fora de risco.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 1 de Setembro de 1948
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