O lugre “Amisade Primeiro” afundou-se perto do porto de
Cadiz, tendo-se salvo a tripulação
Cadiz, tendo-se salvo a tripulação
Por notícias recebidas ontem em Lisboa, soube-se que se afundou, perto do porto de Cadiz, para onde se dirigia, o lugre-motor português de 172 toneladas, “Amisade Primeiro”, da praça de Faro, propriedade da Empresa de Navegação Amisade, Limitada.
A tripulação foi salva e o sinistro ocorreu devido a ter lavrado antes, a bordo, um violento incêndio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 9 de Outubro de 1951
A tripulação foi salva e o sinistro ocorreu devido a ter lavrado antes, a bordo, um violento incêndio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 9 de Outubro de 1951
Foto do "Amisade Primeiro", em Leixões
Características do navio
Características do navio
Lugre-motor “Amizade Primeiro“
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 15.03.1945
Armador: Empresa de Navegação Amisade, Lda., Faro
Construtor: António M. Mónica, Murraceira, F. da Foz, 1921
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 to - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 - 1:Sd - 130 Bhp - Veloc. 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 15.03.1945
Armador: Empresa de Navegação Amisade, Lda., Faro
Construtor: António M. Mónica, Murraceira, F. da Foz, 1921
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 to - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 - 1:Sd - 130 Bhp - Veloc. 6 nós
Equipagem: 8 tripulantes
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ex lugre-motor “Amisade 1º“, Joaquim S. Pité, Faro, 1935-1945
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 1935
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 mt - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 > 1:Sd > 130 Bhp > Veloc. 6 m/h
Nº Of.: A-651 - Iic.: C.S.M.L. - Registo: Faro, 1935
Arqueação: Tab 171,77 tons - Tal 124,60 tons - Porte 280 tons
Dimensões: Ff 40,20 mt - Pp 34,36 mt - Bc 8,53 mt - Ptl 3,21 mt
Máquina: Skandia, 1935 > 1:Sd > 130 Bhp > Veloc. 6 m/h
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ex lugre “Amizade”, Soc. Pesca Amizade, Lda., 1921-1935
Nº Of.: A-280 - Iic.: H.A.M.I. - Registo: Figueira da Foz, 1921
Arqueação: Tab 170,16 tons - Tal 127,33 tons
Dimensões: Pp 33,26 mts - Boca 8,53 mts - Pontal 3,22 mts
Nº Of.: A-280 - Iic.: H.A.M.I. - Registo: Figueira da Foz, 1921
Arqueação: Tab 170,16 tons - Tal 127,33 tons
Dimensões: Pp 33,26 mts - Boca 8,53 mts - Pontal 3,22 mts
O naufrágio do “Amisade Primeiro”, ao largo de Cadiz
Sabe-se que a tripulação do lugre-motor “Amisade Primeiro”, que se afundou ao largo de Cadiz, lutou aflitivamente com o incêndio, que se manifestou a bordo. O navio tinha saído, há dias, de Setúbal, para Gibraltar e Tanger, para onde transportava petróleo e cimento.
Os tripulantes, que se encontram salvos, muito embora tenham perdido os seus haveres, são: João Tavares, mestre, natural de Faro; Rui Rocha, motorista, de Setúbal; José Campina, ajudante de motorista, de Lisboa; Máximo Raul, José Nobre e Jaime Fundador, marinheiros, todos de Faro; Augusto Gonçalves S. João, moço, de Viana do Castelo; Florival Lourenço, moço, de Faro; e João Gonçalves Pinto, cozinheiro, também de Viana do Castelo.
Os náufragos são esperados por estes dias, em Lisboa, regressando depois às terras das suas naturalidades por via terrestre.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Outubro de 1951
Os tripulantes, que se encontram salvos, muito embora tenham perdido os seus haveres, são: João Tavares, mestre, natural de Faro; Rui Rocha, motorista, de Setúbal; José Campina, ajudante de motorista, de Lisboa; Máximo Raul, José Nobre e Jaime Fundador, marinheiros, todos de Faro; Augusto Gonçalves S. João, moço, de Viana do Castelo; Florival Lourenço, moço, de Faro; e João Gonçalves Pinto, cozinheiro, também de Viana do Castelo.
Os náufragos são esperados por estes dias, em Lisboa, regressando depois às terras das suas naturalidades por via terrestre.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 10 de Outubro de 1951
Alguns dos náufragos do “Amisade Primeiro”,
chegaram ontem a Lisboa
chegaram ontem a Lisboa
Chegaram ontem a Lisboa, no comboio do Algarve, alguns dos oito náufragos do navio “Amisade Primeiro”, afundado há dias por motivo de uma explosão ao largo de Tarifa. O mestre João da Encarnação Tavares e o motorista Raul declararam que o lugre navegava em direcção a Gibraltar, junto à costa espanhola, quando, na noite de 4, se manifestou forte temporal no Estreito. Para esgotar a água que entrava nos porões do navio, foram postos a trabalhar todos os tripulantes.
Como os homens estivessem fatigados, o mestre ordenou que se aprestasse uma bomba, para o que foi necessário pôr em andamento o motor auxiliar. Foi no momento em que um dos tripulantes aquecia o motor, com o emprego de um maçarico, que se deu a explosão ateando-se rápidamente o fogo desde a ré até à vante do navio.
Sem que houvesse tempo de salvar fosse o que fosse, os tripulantes recolheram-se numa baleeira e andaram cerca de 5 horas, à vista da costa espanhola, vendo passar alguns navios e um avião, mas sem que, por seu turno, fossem assinalados, pois não dispunham de qualquer sistema de sinalização.
Só de madrugada foram avistados e recolhidos pela traineira espanhola “Joven Victoria”, que os levou para Espanha, donde agora vieram para Lisboa, tendo ficado em várias terras do Algarve os que dali são naturais. O mestre João Tavares ainda apresenta alguns ferimentos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Outubro de 1951
Como os homens estivessem fatigados, o mestre ordenou que se aprestasse uma bomba, para o que foi necessário pôr em andamento o motor auxiliar. Foi no momento em que um dos tripulantes aquecia o motor, com o emprego de um maçarico, que se deu a explosão ateando-se rápidamente o fogo desde a ré até à vante do navio.
Sem que houvesse tempo de salvar fosse o que fosse, os tripulantes recolheram-se numa baleeira e andaram cerca de 5 horas, à vista da costa espanhola, vendo passar alguns navios e um avião, mas sem que, por seu turno, fossem assinalados, pois não dispunham de qualquer sistema de sinalização.
Só de madrugada foram avistados e recolhidos pela traineira espanhola “Joven Victoria”, que os levou para Espanha, donde agora vieram para Lisboa, tendo ficado em várias terras do Algarve os que dali são naturais. O mestre João Tavares ainda apresenta alguns ferimentos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Outubro de 1951
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