quinta-feira, 8 de novembro de 2018

História trágico-marítima (CCLXXXVII)


O encalhe do navio "Almirante Schultz", na barra de Viana

Quando demandava o porto de Viana do Castelo encalhou
um navio que, porém, conseguiu safar-se horas depois
Viana do Castelo, 9 – Hoje, pelas 12 horas, ao demandar o porto de Viana, encalhou numa coroa de areia criada pelas recentes cheias, na foz do Lima, o navio balizador da Armada “Almirante Schultz”, de 547 toneladas, vindo de Leixões.
Este navio de guerra, que usualmente faz serviço de abastecimento de faróis, veio a Viana do Castelo para colocar uma boia-amarra destinada às corvetas da Marinha de Guerra, empregues na fiscalização da pesca.
Felizmente, o “Almirante Schultz”, safou-se na maré da tarde.

Imagem do navio-balizador "Almirante Schultz", em Leixões
Minha colecção

Características do navio balizador “Almirante Schultz”
Armador: Marinha de Guerra
Nº Oficial (Armada): 70 - Iic: C.T.B.O. - Porto de armamento: Lisboa
Data de lançamento: 1929 – Material do casco: Aço
Deslocamento standard: 529,45 tons
Deslocamento normal: 538,35 tons
Deslocamento máximo: 547,25 tons
Arqueação: Tab 547,55 tons - Tal 380,65 tons
Dimensões: Pp 40,00 mts - Boca 9,50 mts - Pontal 4,00 mts
Autonomia: 2.300 milhas
Propulsão: 1 motor diesel - 2x250 Bhp - 11,5 m/h

O caso só tem importância pelo que significa o assoreamento da barra. Por um lado, pedra, por outro, areia. Nestas circunstâncias, a navegação tem de ser feita com riscos. Basta uma rajada de vento mais forte, que foi o que aconteceu hoje, ou uma vaga alterosa para os navios enfrentarem situações de perigo.
O quebramento da rocha submersa na entrada da barra e a dragagem correspondente, afiguram-se como medidas urgentes e necessárias.
(Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 10 de Fevereiro de 1946)

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