A entrega do salva-vidas "Gago Countinho" em Olhão
Mais uma vez o blog recorda a notícia de um novo barco salva-vidas, que na ocasião foi entregue aos Socorros a Náufragos de Olhão.
E muito me apraz poder fazê-lo, pelo respeito e reconhecimento que as tripulações destes barcos merecem, devido às provas de coragem e abnegação demonstrados ao longo dos anos.
Porém, foi imprescindível estarem dotados de equipamento adequado, pois só assim foi possível dar responta às perigosas missões de salvamento, que lhes foram confiadas.
A estatistica que abaixo se apresenta, é disso a principal evidência.
E muito me apraz poder fazê-lo, pelo respeito e reconhecimento que as tripulações destes barcos merecem, devido às provas de coragem e abnegação demonstrados ao longo dos anos.
Porém, foi imprescindível estarem dotados de equipamento adequado, pois só assim foi possível dar responta às perigosas missões de salvamento, que lhes foram confiadas.
A estatistica que abaixo se apresenta, é disso a principal evidência.
A estação de Socorros a Náufragos de Olhão tem um novo salva-vidas
A entrega do salva-vidas “Gago Coutinho” teve um festivo entusiasmo
A entrega do salva-vidas “Gago Coutinho” teve um festivo entusiasmo
Olhão, 24 – Chegou hoje a este porto, vindo de Lisboa, o novo salva-vidas “Gago Coutinho”, que à entrada da barra foi recebido festivamente por vários vapores, gasolinas e outras embarcações repletas de pessoas desta vila e da Filarmónica Olhanense.
O novo barco foi conduzido a esta ria, pelo sr. comandante Borges de Carvalho, pelo mestre Joaquim Casaca e pelo maquinista José Rodrigues Rocha. Após a sua chegada, organizou-se um cortejo fluvial em direcção à vila, onde depois se realizou, na Câmara Municipal, uma sessão solene, que foi presidida pelo sr. capitão de mar-e-guerra Eduardo Soares, secretariado pelos srs. Celestino Pereira, chefe da Repartição do Instituto de Socorros a Náufragos, comandante Borges de Carvalho e Duval Pestana, presidente da Câmara, que usou da palavra em primeiro lugar.
O novo barco foi conduzido a esta ria, pelo sr. comandante Borges de Carvalho, pelo mestre Joaquim Casaca e pelo maquinista José Rodrigues Rocha. Após a sua chegada, organizou-se um cortejo fluvial em direcção à vila, onde depois se realizou, na Câmara Municipal, uma sessão solene, que foi presidida pelo sr. capitão de mar-e-guerra Eduardo Soares, secretariado pelos srs. Celestino Pereira, chefe da Repartição do Instituto de Socorros a Náufragos, comandante Borges de Carvalho e Duval Pestana, presidente da Câmara, que usou da palavra em primeiro lugar.
Foto do salva-vidas "Gago Coutinho" à chegada a Olhão
Imagem publicada no jornal referido no texto
Imagem publicada no jornal referido no texto
O sr. Duval Pestana que se congratulou por tão importante melhoramento, pediu ao sr. comandante Eduardo Soares, que transmitisse ao sr. Ministro da Marinha, a quem o país devia tão relevantes serviços, a sua imensa gratidão. Enalteceu a figura prestigiosa do sr. comandante Borges de Carvalho. Terminou com palavras de louvor para o sr. Celestino Pereira e expondo a grave situação em que a classe piscatória se encontra, a qual podia ser remediada pelas entidades superiores.
A seguir falou o sr. Celestino Pereira, que como algarvio manifestou muita satisfação por vir associar-se a esta simpática festa, motivada pela vinda do salva-vidas, para esta ridente vila do Algarve e manifesta, também, o seu regozijo por ver Olhão dotado com uma bela estação de Socorros a Náufragos, o melhor edifício deste género, que o Instituto até hoje mandou construir, a qual fica devidamente apetrechada.
Rendeu preito de sincera homenagem ao prestigioso inspector dos Serviços de Socorros a Náufragos, capitão de mar-e-guerra, sr. Eduardo Soares, pessoa de inteligência lúcida e grande orientador dos mesmos serviços, a quem Olhão deve a vinda deste belo salva-vidas.
A seguir usou da palavra o sr. Cruz Azevedo, que como algarvio se congratulou também pela vinda do novo salva-vidas, afirmando que era o melhor preito de homenagem que poderia prestar, por tal motivo. Relembrou a nobilitante figura do Patrão Joaquim Lopes, honra e glória da terra portuguesa e pediu aos assistentes 2 minutos de silencio, de respeito e gratidão pela memória daquele que foi um verdadeiro lobo do mar e que abnegadamente tantas vidas salvou.
Finalmente falou o sr. comandante Eduardo Soares, que se associou a esta tocante manifestação de gratidão e saudade, pela memória de tão prestimoso algarvio. Agradeceu as palavras que lhe foram dirigidas, prometendo dirigir ao sr. Ministro da Marinha o reconhecimento e as aspirações do laborioso povo de Olhão.
(Jornal "Comércio do Porto", terça-feira, 26 de Julho de 1938)
A seguir falou o sr. Celestino Pereira, que como algarvio manifestou muita satisfação por vir associar-se a esta simpática festa, motivada pela vinda do salva-vidas, para esta ridente vila do Algarve e manifesta, também, o seu regozijo por ver Olhão dotado com uma bela estação de Socorros a Náufragos, o melhor edifício deste género, que o Instituto até hoje mandou construir, a qual fica devidamente apetrechada.
Rendeu preito de sincera homenagem ao prestigioso inspector dos Serviços de Socorros a Náufragos, capitão de mar-e-guerra, sr. Eduardo Soares, pessoa de inteligência lúcida e grande orientador dos mesmos serviços, a quem Olhão deve a vinda deste belo salva-vidas.
A seguir usou da palavra o sr. Cruz Azevedo, que como algarvio se congratulou também pela vinda do novo salva-vidas, afirmando que era o melhor preito de homenagem que poderia prestar, por tal motivo. Relembrou a nobilitante figura do Patrão Joaquim Lopes, honra e glória da terra portuguesa e pediu aos assistentes 2 minutos de silencio, de respeito e gratidão pela memória daquele que foi um verdadeiro lobo do mar e que abnegadamente tantas vidas salvou.
Finalmente falou o sr. comandante Eduardo Soares, que se associou a esta tocante manifestação de gratidão e saudade, pela memória de tão prestimoso algarvio. Agradeceu as palavras que lhe foram dirigidas, prometendo dirigir ao sr. Ministro da Marinha o reconhecimento e as aspirações do laborioso povo de Olhão.
(Jornal "Comércio do Porto", terça-feira, 26 de Julho de 1938)
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