O encalhe em Leixões do vapor dinamarquês "Broholm"
Mau tempo – O porto sob a acção dum violento temporal
Ontem em Leixões um tufão que produziu grandes prejuízos
O temporal que assolou o porto de Leixões começou a sentir-se mais pronunciadamente ao princípio da noite de ante-ontem, Domingo.
O vento soprava do quadrante sudoeste, aumentando a cada momento a sua velocidade. O mar agitou-se muito, por tal motivo tornando-se perigosa a situação dos navios ancorados dentro da bacia do porto.
Como medida preventiva o capitão do porto de Leixões, Sr. capitão-de-fragata Carlos Rodrigues Coelho, ordenou que fossem reforçadas as amarras dos navios ali surtos, mandando ainda recolher aos pontos mais abrigados traineiras e fragatas ancoradas no meio da bacia.
O paquete “Hilary”, da companhia Booth Line, que havia ali entrado no Domingo, procedente de Liverpool, para receber passageiros com destino ao Pará, Manaus e outros portos brasileiros, teve de suportar durante largo tempo o forte temporal.
O comandante do vapor, vendo a segurança do seu navio ameaçada, dado as grandes dimensões do paquete e o atravancamento da bacia tomou as disposições aconselhadas pela sua larga experiência de homem do mar, mandando pôr as caldeiras em pressão, para o que desse e viesse…
O temporal, longe de abrandar, redobrava de violência cada vez mais, não permitindo a agitação do mar que desembarcassem, sequer, os pilotos, empregados da agência da companhia, estivadores e outro pessoal que, no exercício das suas funções, havia subido a bordo.
Pelas 22,30 horas, o comandante do “Hilary”, vendo que a tempestade ameaçava tornar-se maior ainda, mandou levantar ferro, saindo para o mar e tomando o rumo de Lisboa, onde fará escala para desembarcar aquele pessoal que levou a bordo.
Porque chegasse a oferecer certo risco a situação do “Hilary”, foi-lhe prestada assistência pelo rebocador “Mars II”, que, sob o comando do patrão Marcelino Justino, e tendo como maquinista Firmino Neves, se manteve junto dele até o “Hilary” se fazer ao mar.
O temporal aumentou extraordinariamente cerca da meia-noite, soprando o vento com velocidade de verdadeiro ciclone. Alguns navios estiveram por vezes em iminente risco de partirem as amarras e soçobrarem, apitando as sereias em aflitivos pedidos de socorro, aos quais o salva-vidas “Carvalho Araújo”, em rigorosa e continua prevenção, acorria pressuroso, ajudando a mudar de fundeadouro uns, reforçando as amarras de outros num labor constante e exaustivo.
Um desses navios, o lugre “João José Iº”, chegou a garrar, descaindo perigosamente sobre uma fragata, que esteve quase a perder-se. Também o aviso de 1ª classe “Bartolomeu Dias”, que veio ao Porto por motivo da visita do chefe do Estado, chegou a correr certo risco. Devido à ventania e à ondulação forte do mar, garrou, sendo impelido na direcção do molhe sul. Valeu-lhe o facto de a bordo estar tudo a postos e disposto para prevenir qualquer eventualidade. Prontamente as possantes máquinas entraram em funcionamento e, ao cabo de algumas manobras, habilmente executadas, aquela magnifica unidade da nossa marinha de guerra estava de novo em bom fundeadouro. Não obstante, manteve-se a bordo tudo de prevenção.
O vento soprava do quadrante sudoeste, aumentando a cada momento a sua velocidade. O mar agitou-se muito, por tal motivo tornando-se perigosa a situação dos navios ancorados dentro da bacia do porto.
Como medida preventiva o capitão do porto de Leixões, Sr. capitão-de-fragata Carlos Rodrigues Coelho, ordenou que fossem reforçadas as amarras dos navios ali surtos, mandando ainda recolher aos pontos mais abrigados traineiras e fragatas ancoradas no meio da bacia.
O paquete “Hilary”, da companhia Booth Line, que havia ali entrado no Domingo, procedente de Liverpool, para receber passageiros com destino ao Pará, Manaus e outros portos brasileiros, teve de suportar durante largo tempo o forte temporal.
O comandante do vapor, vendo a segurança do seu navio ameaçada, dado as grandes dimensões do paquete e o atravancamento da bacia tomou as disposições aconselhadas pela sua larga experiência de homem do mar, mandando pôr as caldeiras em pressão, para o que desse e viesse…
O temporal, longe de abrandar, redobrava de violência cada vez mais, não permitindo a agitação do mar que desembarcassem, sequer, os pilotos, empregados da agência da companhia, estivadores e outro pessoal que, no exercício das suas funções, havia subido a bordo.
Pelas 22,30 horas, o comandante do “Hilary”, vendo que a tempestade ameaçava tornar-se maior ainda, mandou levantar ferro, saindo para o mar e tomando o rumo de Lisboa, onde fará escala para desembarcar aquele pessoal que levou a bordo.
Porque chegasse a oferecer certo risco a situação do “Hilary”, foi-lhe prestada assistência pelo rebocador “Mars II”, que, sob o comando do patrão Marcelino Justino, e tendo como maquinista Firmino Neves, se manteve junto dele até o “Hilary” se fazer ao mar.
O temporal aumentou extraordinariamente cerca da meia-noite, soprando o vento com velocidade de verdadeiro ciclone. Alguns navios estiveram por vezes em iminente risco de partirem as amarras e soçobrarem, apitando as sereias em aflitivos pedidos de socorro, aos quais o salva-vidas “Carvalho Araújo”, em rigorosa e continua prevenção, acorria pressuroso, ajudando a mudar de fundeadouro uns, reforçando as amarras de outros num labor constante e exaustivo.
Um desses navios, o lugre “João José Iº”, chegou a garrar, descaindo perigosamente sobre uma fragata, que esteve quase a perder-se. Também o aviso de 1ª classe “Bartolomeu Dias”, que veio ao Porto por motivo da visita do chefe do Estado, chegou a correr certo risco. Devido à ventania e à ondulação forte do mar, garrou, sendo impelido na direcção do molhe sul. Valeu-lhe o facto de a bordo estar tudo a postos e disposto para prevenir qualquer eventualidade. Prontamente as possantes máquinas entraram em funcionamento e, ao cabo de algumas manobras, habilmente executadas, aquela magnifica unidade da nossa marinha de guerra estava de novo em bom fundeadouro. Não obstante, manteve-se a bordo tudo de prevenção.
Imagem do navio "Broholm" em mar aberto
Foto do Norsk Digital Museum
O encalhe do vapor dinamarquês “Broholm”
O salvamento da tripulação
Foto do Norsk Digital Museum
O encalhe do vapor dinamarquês “Broholm”
O salvamento da tripulação
O balanço do temporal no porto de Leixões não podia deixar de incluir um navio encalhado, pelo menos. De facto, outro vapor de carga lá está encalhado, quase defronte do “Ashanti”, que o vendaval da noite de 27 de Janeiro passado arremessou sobre as pedras do cais do embarque, a uma escassa centena de metros do casco do “Orania”, que emerge ainda das águas, à entrada do porto, e emergirá, não se sabe até quando…
O vapor encalhado, desta vez, é um belo navio mercante, de nacionalidade dinamarquesa – o “Broholm” – que desloca 781 toneladas liquidas e 1.350 toneladas brutas.
Entrara Domingo, pelas 17 horas, procedente de Lisboa, vindo a Leixões receber um carregamento de vinhos e caixas de ardósias, com destino a Copenhaga. Trazia, estivados no convés, grande quantidade de fardos de cortiça, tendo fundeado a nordeste, na bacia.
Como tempo ameaçasse piorar ainda mais, pela manhã, o comandante do “Broholm” resolveu mudar de fundeadouro, para o que reclamou o auxílio do rebocador “Mars II”. Eram 8 horas e meia quando procederam à manobra. Suspensos os ferros, e no momento que o “Mars II” o auxiliava a manobrar, uma rajada mais violenta de vento, batendo-lhe fortemente de lado – pois o vento mudara bruscamente do quadrante sudoeste, para oeste noroeste – impeliu-o sobre as pedras da praia do pescado, onde encalhou.
O vapor deve ter ficado preso nos rochedos a meio navio, por isso que momentos depois, outra rajada de vento fazia-o rodar sobre o seu eixo, mudando-lhe a proa para o lado onde estava a popa – a praia do pescado de Matosinhos!
Do rebocador foi-lhe passada uma forte amarra, sendo feitas várias tentativas para o retirar daquela situação, o que não foi conseguido, por rebentarem os cabos.
O “Broholm”, que, além dos fardos de cortiça, trazia muita carga diversa, tinha a bordo 23 homens de tripulação, que foram retirados pelo salva-vidas “Carvalho Araújo”, comparecendo também, com o seu material de socorros a náufragos, os Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça e de Leixões, cujos bons serviços, felizmente, não chegaram a ser necessários. Para terra vieram apenas 16 homens, ficando a bordo o capitão A. Henriksen, e alguns oficiais.
Ao princípio da tarde, foi feita a bordo a vistoria da praxe, tendo sido verificado que o navio havia sofrido alguns rombos, tendo a água nos porões nºs. 2 e 3 a altura de 13 pés e achando-se ainda totalmente inundadas a casa das máquinas e das caldeiras, assim como todas as divisões e compartimentos situados abaixo da linha de flutuação.
Na preia-mar, foi verificado, ainda, que a água subira alguns pés, à popa e à vante, denunciando claramente achar-se o navio assente e preso nos rochedos.
Embora sejam mínimas as esperanças de salvarem o vapor (?), pelo motivo dos grandes rombos sofridos e, ainda, da sua critica posição, deve ser tentado retirá-lo do local depois de descarregadas por completo as mercadorias. Para esse efeito, vem já a caminho de Leixões o salvádego dinamarquês “Geir”.
Não obstante o mau tempo, foi considerável o número de pessoas que se dirigiu a Leixões e Matosinhos para observar o vapor e presenciar os trabalhos de salvamento da tripulação.
O vapor encalhado, desta vez, é um belo navio mercante, de nacionalidade dinamarquesa – o “Broholm” – que desloca 781 toneladas liquidas e 1.350 toneladas brutas.
Entrara Domingo, pelas 17 horas, procedente de Lisboa, vindo a Leixões receber um carregamento de vinhos e caixas de ardósias, com destino a Copenhaga. Trazia, estivados no convés, grande quantidade de fardos de cortiça, tendo fundeado a nordeste, na bacia.
Como tempo ameaçasse piorar ainda mais, pela manhã, o comandante do “Broholm” resolveu mudar de fundeadouro, para o que reclamou o auxílio do rebocador “Mars II”. Eram 8 horas e meia quando procederam à manobra. Suspensos os ferros, e no momento que o “Mars II” o auxiliava a manobrar, uma rajada mais violenta de vento, batendo-lhe fortemente de lado – pois o vento mudara bruscamente do quadrante sudoeste, para oeste noroeste – impeliu-o sobre as pedras da praia do pescado, onde encalhou.
O vapor deve ter ficado preso nos rochedos a meio navio, por isso que momentos depois, outra rajada de vento fazia-o rodar sobre o seu eixo, mudando-lhe a proa para o lado onde estava a popa – a praia do pescado de Matosinhos!
Do rebocador foi-lhe passada uma forte amarra, sendo feitas várias tentativas para o retirar daquela situação, o que não foi conseguido, por rebentarem os cabos.
O “Broholm”, que, além dos fardos de cortiça, trazia muita carga diversa, tinha a bordo 23 homens de tripulação, que foram retirados pelo salva-vidas “Carvalho Araújo”, comparecendo também, com o seu material de socorros a náufragos, os Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça e de Leixões, cujos bons serviços, felizmente, não chegaram a ser necessários. Para terra vieram apenas 16 homens, ficando a bordo o capitão A. Henriksen, e alguns oficiais.
Ao princípio da tarde, foi feita a bordo a vistoria da praxe, tendo sido verificado que o navio havia sofrido alguns rombos, tendo a água nos porões nºs. 2 e 3 a altura de 13 pés e achando-se ainda totalmente inundadas a casa das máquinas e das caldeiras, assim como todas as divisões e compartimentos situados abaixo da linha de flutuação.
Na preia-mar, foi verificado, ainda, que a água subira alguns pés, à popa e à vante, denunciando claramente achar-se o navio assente e preso nos rochedos.
Embora sejam mínimas as esperanças de salvarem o vapor (?), pelo motivo dos grandes rombos sofridos e, ainda, da sua critica posição, deve ser tentado retirá-lo do local depois de descarregadas por completo as mercadorias. Para esse efeito, vem já a caminho de Leixões o salvádego dinamarquês “Geir”.
Não obstante o mau tempo, foi considerável o número de pessoas que se dirigiu a Leixões e Matosinhos para observar o vapor e presenciar os trabalhos de salvamento da tripulação.
Diversas notas
O “Broholm” pertence à companhia Det Forened Dampskib Selskab, de Copenhaga, Dinamarca, proprietária de mais 109 vapores, que amiúde vem aos portos do Douro e Leixões. Foi construído em 1925, em Frederikshavn, mede 254.6 pés de comprimento, 37.7 pés de largura e 16 pés de pontal.
Vinha consignado à firma Kendall, Pinto Basto & Cª., Lda., do Porto, cujo representante, o Sr. capitão Eduardo Romero, esteve durantev a tarde em Leixões, a fim de prestar assistência à tripulação do vapor e tomar outras providências.
(Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 13 de Abril de 1937)
Vinha consignado à firma Kendall, Pinto Basto & Cª., Lda., do Porto, cujo representante, o Sr. capitão Eduardo Romero, esteve durantev a tarde em Leixões, a fim de prestar assistência à tripulação do vapor e tomar outras providências.
(Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 13 de Abril de 1937)
Em Leixões
Chegou o salvádego “Geir” que vem cooperar nos
trabalhos de salvamento do vapor dinamarquês
Chegou o salvádego “Geir” que vem cooperar nos
trabalhos de salvamento do vapor dinamarquês
Ontem, em Leixões, nada mais de registou de anormal. O vento abrandou e o mar também.
O vapor dinamarquês “Broholm”, encalhado na praia do pescado, para onde uma forte rajada de vento e a ressaca o arremessaram na manhã de ante-ontem, manteve-se na mesma situação.
A tripulação que, por ordem da capitania, abandonara o vapor durante a noite, como medida preventiva, embarcou às primeiras horas da manhã, desenvolvendo desde logo grande actividade para preparar a descarga dos fardos de cortiça acumulados no convés.
Foram passados fortes cabos para evitar que o navio, impelido por alguma vaga mais alterosa, descaísse sobre a praia, mantendo-se próximo e pronto a prestar os seus serviços o salva-vidas “Carvalho Araújo”, sob o comando do seu arrojado patrão António Crista.
Ao princípio da tarde, deu entrada no porto de Leixões o salvadego dinamarquês “Geir”, cujo comandante desembarcou logo depois, indo proceder a um rigoroso exame a bordo do “Broholm”, para se certificar da verdadeira situação do navio.
Como o estado do mar melhorasse, acostaram ao “Broholm” diversas barcas para onde começou a ser retirada a carga, trabalho que prosseguirá hoje, se o tempo e o mar continuarem a permiti-lo.
Há esperança de salvar o vapor, o qual deverá, depois de aliviado da carga, sofrer algumas reparações no próprio local onde está encalhado, após o que irão tentar a reflutuação. O “Broholm” logo que esteja a flutuar, terá de ser rebocado para Lisboa, a fim de ser submetido a uma vistoria rigorosa, na doca seca e ali convenientemente reparado.
Em Matosinhos esteve ontem muita gente a presenciar os trabalhos de salvamento.
Como medida preventiva, o aviso “Bartolomeu Dias”, assim como outros navios surtos no porto, mantiveram durante a noite de ante-ontem e dia de ontem as caldeiras sob pressão e as tripulações a postos.
O vapor dinamarquês “Broholm”, encalhado na praia do pescado, para onde uma forte rajada de vento e a ressaca o arremessaram na manhã de ante-ontem, manteve-se na mesma situação.
A tripulação que, por ordem da capitania, abandonara o vapor durante a noite, como medida preventiva, embarcou às primeiras horas da manhã, desenvolvendo desde logo grande actividade para preparar a descarga dos fardos de cortiça acumulados no convés.
Foram passados fortes cabos para evitar que o navio, impelido por alguma vaga mais alterosa, descaísse sobre a praia, mantendo-se próximo e pronto a prestar os seus serviços o salva-vidas “Carvalho Araújo”, sob o comando do seu arrojado patrão António Crista.
Ao princípio da tarde, deu entrada no porto de Leixões o salvadego dinamarquês “Geir”, cujo comandante desembarcou logo depois, indo proceder a um rigoroso exame a bordo do “Broholm”, para se certificar da verdadeira situação do navio.
Como o estado do mar melhorasse, acostaram ao “Broholm” diversas barcas para onde começou a ser retirada a carga, trabalho que prosseguirá hoje, se o tempo e o mar continuarem a permiti-lo.
Há esperança de salvar o vapor, o qual deverá, depois de aliviado da carga, sofrer algumas reparações no próprio local onde está encalhado, após o que irão tentar a reflutuação. O “Broholm” logo que esteja a flutuar, terá de ser rebocado para Lisboa, a fim de ser submetido a uma vistoria rigorosa, na doca seca e ali convenientemente reparado.
Em Matosinhos esteve ontem muita gente a presenciar os trabalhos de salvamento.
Como medida preventiva, o aviso “Bartolomeu Dias”, assim como outros navios surtos no porto, mantiveram durante a noite de ante-ontem e dia de ontem as caldeiras sob pressão e as tripulações a postos.
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A acrescentar à informação relativa ao encalhe do vapor, há o seguinte:
Depois do “Broholm” estar encalhado nas pedras, e ainda na vazante da maré, foi solicitado o auxílio do rebocador “Mars II”, que lhe passou um cabo de reboque, puxando-o durante cerca de uma hora, sem resultado.
O sinistro deu-se rapidamente, devido à violência do vento; de contrário, e se os serviços do “Mars II” fossem reclamados a tempo, o “Broholm” com as suas máquinas, auxiliado pelo rebocador, safar-se-ia facilmente.
(Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 14 de Abril de 1937)
Características do vapor “Broholm”
Depois do “Broholm” estar encalhado nas pedras, e ainda na vazante da maré, foi solicitado o auxílio do rebocador “Mars II”, que lhe passou um cabo de reboque, puxando-o durante cerca de uma hora, sem resultado.
O sinistro deu-se rapidamente, devido à violência do vento; de contrário, e se os serviços do “Mars II” fossem reclamados a tempo, o “Broholm” com as suas máquinas, auxiliado pelo rebocador, safar-se-ia facilmente.
(Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 14 de Abril de 1937)
Imagem do vapor "Broholm" na Dinamarca
Foto do Vaerftshistorisk Selskab
Foto do Vaerftshistorisk Selskab
Características do vapor “Broholm”
Armador: Det Forened Dampskib Selskab, Copenhaga, Dinamarca
Nº Oficial: N/d - Iic: O.Y.B.B. - Porto de registo: Copenhaga
Construtor: Frederikshavn Skibsvaerft & Flydedok A/S, 1925
Arqueação: Tab 1.544,00 tons - Tal 913,00 tons
Dimensões: Pp 85,52 mts - Boca 11,46 mts - Pontal 4,88 mts
Propulsão: Svendborg Msk., Svendborg - 1:Tv - 4:Ci
Equipagem: 23 tripulantes
Vendido em 1941 à United States Maritime Commission, Panama
Nº Oficial: N/d - Iic: O.Y.B.B. - Porto de registo: Copenhaga
Construtor: Frederikshavn Skibsvaerft & Flydedok A/S, 1925
Arqueação: Tab 1.544,00 tons - Tal 913,00 tons
Dimensões: Pp 85,52 mts - Boca 11,46 mts - Pontal 4,88 mts
Propulsão: Svendborg Msk., Svendborg - 1:Tv - 4:Ci
Equipagem: 23 tripulantes
Vendido em 1941 à United States Maritime Commission, Panama
Ainda o encalhe do vapor dinamarquês “Broholm”
A bordo do vapor “Broholm”, encalhado, há dias, no porto de Leixões, têm procedido à descarga da sua mercadoria, a fim de verem se conseguirão reparar as grossas avarias sofridas no casco daquele vapor, aquando do seu encalhe.
Esses trabalhos têm sido executados pelos mergulhadores do salvádego da mesma nacionalidade “Geir”, que, parece, ainda não puseram de parte as possibilidades de salvar aquele vapor.
(Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 17 de Abril de 1937)
É posto a flutuar o vapor dinamarquês “Broholm”
Esses trabalhos têm sido executados pelos mergulhadores do salvádego da mesma nacionalidade “Geir”, que, parece, ainda não puseram de parte as possibilidades de salvar aquele vapor.
(Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 17 de Abril de 1937)
É posto a flutuar o vapor dinamarquês “Broholm”
Ontem, cerca das 11 horas, foi posto a flutuar o vapor dinamarquês “Broholm”, encalhado, há dias, numas pedras dentro do porto de Leixões e próximo da praia do pescado, de Matosinhos.
O vapor salvádego, da mesma nacionalidade, “Geir”, que tinha vindo a Leixões para se dedicar ao salvamento daquele vapor, conseguiu, após uma segunda tentativa, retirá-lo do lugar onde se encontrava.
Assim, depois dos mergulhadores do referido salvádego terem procedido aos trabalhos provisórios, a fim de tapar os rombos no casco do vapor encalhado, foi puxado pela popa pelo citado salvádego que, numa segunda tentativa, foi melhor sucedido, rebocando-o para o fundeadouro do lado norte do porto.
O vapor “Broholm” aguardará agora uma nova vistoria, para seguir para Lisboa, no sentido de entrar em doca seca, para sofrer as devidas reparações.
(Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 21 de Abril de 1937)
O vapor salvádego, da mesma nacionalidade, “Geir”, que tinha vindo a Leixões para se dedicar ao salvamento daquele vapor, conseguiu, após uma segunda tentativa, retirá-lo do lugar onde se encontrava.
Assim, depois dos mergulhadores do referido salvádego terem procedido aos trabalhos provisórios, a fim de tapar os rombos no casco do vapor encalhado, foi puxado pela popa pelo citado salvádego que, numa segunda tentativa, foi melhor sucedido, rebocando-o para o fundeadouro do lado norte do porto.
O vapor “Broholm” aguardará agora uma nova vistoria, para seguir para Lisboa, no sentido de entrar em doca seca, para sofrer as devidas reparações.
(Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 21 de Abril de 1937)
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