O ataque e afundamento do paquete "Avila Star"
Um dos últimos sobreviventes do “Avila Star” chegou
a Londres e prestou calorosa homenagem aos esforços
dos portugueses para encontrarem os náufragos
Londres, 31 – Chegou a esta cidade um dos últimos sobreviventes do paquete “Avila Star”. Tem dezoito anos de idade e chama-se Allen Fisher.
Presta efusiva homenagem à eficiência do auxílio dado pelos portugueses. Fisher era o quinto piloto do paquete e teve ao seu cargo a direcção de um salva-vidas, que um segundo torpedo, dirigido contra o navio, fez ir pelos ares.
Depois de andar à tôa durante cinco horas, foi recolhido por outro salva-vidas. Este andou sem governo durante quatro dias, alimentando-se os passageiros de tablóides de alimentos concentrados, de chocolate, e tendo apenas escassa ração de água.
Um navio contra-torpedeiro português recolheu-os e conduziu os náufragos a uma ilha, donde passaram para bordo dum navio britânico.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Agosto de 1942)
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Agosto de 1942)
Imagem do navio e aspectos diversos de interiores
Postal ilustrado da companhia armadora
Características do paquete “Avila Star”
Postal ilustrado da companhia armadora
Armador: Blue Star Line Ltd., Londres, Inglaterra
Nº Oficial: N/d - Iic: G.M.T.Y. - Porto de registo: Londres
Construtor: J. Brown & Co. Ltd., Glasgow, Escócia, Março 1927
Arqueação: Tab 14.443,00 tons - Tal 11.899,00 tons
Dimensões: Pp 167,74 mts - Boca 20,78 mts - Pontal 12,95 mts
Propulsão: Do construtor, 4xTv - 1.840 Nhp - Velocidade 18 m/h
Nº Oficial: N/d - Iic: G.M.T.Y. - Porto de registo: Londres
Construtor: J. Brown & Co. Ltd., Glasgow, Escócia, Março 1927
Arqueação: Tab 14.443,00 tons - Tal 11.899,00 tons
Dimensões: Pp 167,74 mts - Boca 20,78 mts - Pontal 12,95 mts
Propulsão: Do construtor, 4xTv - 1.840 Nhp - Velocidade 18 m/h
O salvamento da baleeira com os náufragos do “Avila Star”
Festa de homenagem no Instituto Britânico
Festa de homenagem no Instituto Britânico
No Instituto Britânico, em Lisboa, realizou-se, ontem, à tarde, uma festa de homenagem aos oficiais e marinheiros do aviso “Pedro Nunes” e aos oficiais do Centro de Aviação Naval, que pesquisaram no mar e localizaram a baleeira do “Avila Star”.
Assistiram, também, alguns dos náufragos que chegaram a Lisboa.
Trocaram-se amistosos brindes.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Agosto de 1942)
Assistiram, também, alguns dos náufragos que chegaram a Lisboa.
Trocaram-se amistosos brindes.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Agosto de 1942)
O salvamento dos náufragos do “Avila Star”
Lisboa tem os habitantes mais amáveis do mundo,
afirma um jornal de Londres
Lisboa tem os habitantes mais amáveis do mundo,
afirma um jornal de Londres
Londres, 3 – Os jornais desta manhã publicam com grande relevo as primeiras gravuras do salvamento dos náufragos do “Avila Star”, pelo navio de guerra português “Pedro Nunes”. Mostram igualmente o estado lastimoso em que estavam muitos desses sobreviventes e o tocante carinho com que foram tratados pelos portugueses.
Uma dessas gravuras, por exemplo, mostra como os marinheiros portugueses prestaram assistência aos náufragos exaustos a bordo do “Pedro Nunes”. Em longos períodos descreve-se como os sobreviventes recordam a bondade dos portugueses.
O jornal «Daily Sketch” publica as fotografais com este titulo: «Dos mares perigosos para a terra amiga», recordando no texto que, durante a viagem do “Pedro Nunes” do local do salvamento para Lisboa, marinheiros portugueses deram o sangue para aqueles cujo estado exigia uma transfusão urgente.
Não há duvida que a publicação destas fotografias virá aumentar ainda o sentimento de gratidão que o povo britânico já manifestou pelos esforços que em Portugal se despenderam em auxílio das vitimas da tragédia do “Avila Star”.
Todos os ingleses sentirão que miss Muriel Clark, quando chegou à Grã-Bretanha, vinda de Lisboa, exprimiu com felicidade e verdade o sentimento geral nestas palavras: «Lisboa tem os habitantes mais amáveis do mundo».
(In jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 4 de Agosto de 1942)
Uma dessas gravuras, por exemplo, mostra como os marinheiros portugueses prestaram assistência aos náufragos exaustos a bordo do “Pedro Nunes”. Em longos períodos descreve-se como os sobreviventes recordam a bondade dos portugueses.
O jornal «Daily Sketch” publica as fotografais com este titulo: «Dos mares perigosos para a terra amiga», recordando no texto que, durante a viagem do “Pedro Nunes” do local do salvamento para Lisboa, marinheiros portugueses deram o sangue para aqueles cujo estado exigia uma transfusão urgente.
Não há duvida que a publicação destas fotografias virá aumentar ainda o sentimento de gratidão que o povo britânico já manifestou pelos esforços que em Portugal se despenderam em auxílio das vitimas da tragédia do “Avila Star”.
Todos os ingleses sentirão que miss Muriel Clark, quando chegou à Grã-Bretanha, vinda de Lisboa, exprimiu com felicidade e verdade o sentimento geral nestas palavras: «Lisboa tem os habitantes mais amáveis do mundo».
(In jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 4 de Agosto de 1942)
Salva-vidas oferecido ao Instituto de Socorros a Náufragos
A baleeira salva-vidas, que conduziu os 28 náufragos do paquete inglês “Avila Star”, afundado no mês passado, e que foi recolhida pelo aviso “Pedro Nunes”, foi oferecida ao Instituto de Socorros a Náufragos.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 16 de Agosto de 1942)
O paquete “Avila Star” foi atacado e afundado pelo submarino alemão U-201, sob o comando do capitão Adalbert Schnee, no dia 6 de Julho de 1942, a cerca de 90 milhas a este da Ilha de S. Miguel, Açores, na posição 38° 04'N, 22° 48'W. O paquete procedia dos portos de Buenos Aires e Freetown, encontrando-se a navegar com destino a Liverpool. Da equipagem composta por 196 tripulantes, há a registar 59 mortos e 137 sobreviventes, parte dos quais foram resgatados pelo contra-torpedeiro “Lima” (D 333) e desembarcados em Ponta Delgada, sendo os restantes salvos pelo aviso “Pedro Nunes” (A 528) e desembarcados em Lisboa.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 16 de Agosto de 1942)
O paquete “Avila Star” foi atacado e afundado pelo submarino alemão U-201, sob o comando do capitão Adalbert Schnee, no dia 6 de Julho de 1942, a cerca de 90 milhas a este da Ilha de S. Miguel, Açores, na posição 38° 04'N, 22° 48'W. O paquete procedia dos portos de Buenos Aires e Freetown, encontrando-se a navegar com destino a Liverpool. Da equipagem composta por 196 tripulantes, há a registar 59 mortos e 137 sobreviventes, parte dos quais foram resgatados pelo contra-torpedeiro “Lima” (D 333) e desembarcados em Ponta Delgada, sendo os restantes salvos pelo aviso “Pedro Nunes” (A 528) e desembarcados em Lisboa.
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