O afundamento do vapor cisterna “Alviela”, em Lisboa
Encontra-se em frente da ponte do Arsenal de Marinha, a realizar trabalhos de reflutuação o navio de salvação “Patrão Lopes”, na tentativa de recuperar o vapor “Alviela”, afundado na madrugada de ante-ontem, quando estava atracado à canhoneira “Quanza”.
Na preamar das 6 horas de ontem, não houve trabalhos, para repouso da guarnição e dos mergulhadores do “Patrão Lopes”, que tem desenvolvido uma acção intensa e extenuante, sob a direcção do seu comandante, sr. Capitão-tenente Monteiro de Barros.
Na baixa-mar do meio-dia recomeçaram os trabalhos que haviam sido interrompidos às duas horas da madrugada. Os dois mergulhadores prosseguem no calafetamento exterior do “Alviela”, trabalha que se encontra já bastante adiantado. A chaminé do navio, que quase aflora à superfície, na baixa-mar, foi já tapada por um grupo de marinheiros, que se empregou afanosamente nessa tarefa.
Estão prontos a ser introduzidos no “Alviela” os restantes chupadores, que pela madrugada de amanhã começarão possivelmente a esgotar a água do navio afundado.
O sr. comandante Monteiro de Barros está bem impressionado com a marcha dos trabalhos e convencido que eles serão em breve coroados do melhor êxito.
É curiosos salientar que este é o primeiro trabalho de pôr a flutuar um vapor afundado, que se realiza no porto de Lisboa. Justo é destacar também a forma notável como estão agindo os mergulhadores e a guarnição do “Patrão Lopes”, sob a direcção do seu comandante, sr. Capitão-tenente Monteiro de Barros, coadjuvado pelos seus oficiais segundos-tenentes srs. Trindade de Sousa e Rosa.
Durante o dia de hoje foram passadas de bordo do “Patrão Lopes” para uma fragata do Arsenal, algumas das poderosas bombas daquele navio da Armada, que farão entrar em acção os chupadores de água, logo que tudo esteja pronto para tal.
Os srs. Ministro da Marinha, Almirante comandante-geral da Armada e Intendente do Arsenal, voltaram hoje a informar-se da marcha dos trabalhos de salvamento do navio cisterna afundado.
Na preamar das 6 horas de ontem, não houve trabalhos, para repouso da guarnição e dos mergulhadores do “Patrão Lopes”, que tem desenvolvido uma acção intensa e extenuante, sob a direcção do seu comandante, sr. Capitão-tenente Monteiro de Barros.
Na baixa-mar do meio-dia recomeçaram os trabalhos que haviam sido interrompidos às duas horas da madrugada. Os dois mergulhadores prosseguem no calafetamento exterior do “Alviela”, trabalha que se encontra já bastante adiantado. A chaminé do navio, que quase aflora à superfície, na baixa-mar, foi já tapada por um grupo de marinheiros, que se empregou afanosamente nessa tarefa.
Estão prontos a ser introduzidos no “Alviela” os restantes chupadores, que pela madrugada de amanhã começarão possivelmente a esgotar a água do navio afundado.
O sr. comandante Monteiro de Barros está bem impressionado com a marcha dos trabalhos e convencido que eles serão em breve coroados do melhor êxito.
É curiosos salientar que este é o primeiro trabalho de pôr a flutuar um vapor afundado, que se realiza no porto de Lisboa. Justo é destacar também a forma notável como estão agindo os mergulhadores e a guarnição do “Patrão Lopes”, sob a direcção do seu comandante, sr. Capitão-tenente Monteiro de Barros, coadjuvado pelos seus oficiais segundos-tenentes srs. Trindade de Sousa e Rosa.
Durante o dia de hoje foram passadas de bordo do “Patrão Lopes” para uma fragata do Arsenal, algumas das poderosas bombas daquele navio da Armada, que farão entrar em acção os chupadores de água, logo que tudo esteja pronto para tal.
Os srs. Ministro da Marinha, Almirante comandante-geral da Armada e Intendente do Arsenal, voltaram hoje a informar-se da marcha dos trabalhos de salvamento do navio cisterna afundado.
Características do navio “Alviela”
Armador: Ministério da Marinha
Nº Oficial: N/t - Iic: N/t - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Desconhecido, Bordéus, França, 1928
Arqueação: Tab 158,40 tons - Tal 77,13 tons
Dimensões: Pp 30,72 mts - Boca 6,05 mts - Pontal 2,15 mts
Propulsão: 1 motor compósito - 120 Ihp
Nº Oficial: N/t - Iic: N/t - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Desconhecido, Bordéus, França, 1928
Arqueação: Tab 158,40 tons - Tal 77,13 tons
Dimensões: Pp 30,72 mts - Boca 6,05 mts - Pontal 2,15 mts
Propulsão: 1 motor compósito - 120 Ihp
Durante o dia de hoje continuou activamente o trabalho do “Patrão Lopes” para fazer voltar à superfície o navio cisterna “Alviela”, afundado em frente do Arsenal.
Prosseguiu com êxito a acção dos chupadores de água, que esvaziaram grande parte do navio.
Esteve a bordo do “Patrão Lopes” o sr. engenheiro Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa, a oferecer os préstimos da administração-geral, que o sr. comandante Monteiro de Barros agradeceu, recusando, todavia, por desnecessário.
É muito provável que hoje, ao fim da tarde, ou à noite, o “Alviela” possa ser trazido à superfície.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 18 de Julho de 1934)
Prosseguiu com êxito a acção dos chupadores de água, que esvaziaram grande parte do navio.
Esteve a bordo do “Patrão Lopes” o sr. engenheiro Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa, a oferecer os préstimos da administração-geral, que o sr. comandante Monteiro de Barros agradeceu, recusando, todavia, por desnecessário.
É muito provável que hoje, ao fim da tarde, ou à noite, o “Alviela” possa ser trazido à superfície.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 18 de Julho de 1934)
O vapor cisterna “Alviela” continua afundado
Está ainda na mesma posição o vapor cisterna “Alviela”, afundado há dias em frente do Arsenal de Marinha.
Quando hoje, pelas 14 e 30 horas, no máximo da baixa-mar faziam a primeira tentativa de salvamento, rebentaram os fortes cabos de aço com que a barca “Alfeite” coadjuvava os trabalhos auxiliando a desagregação do barco do fundo do rio.
Em face deste contra tempo, voltaram a agir os mergulhadores que estabeleceram novos cabos, devendo na baixa-mar das 15 horas de amanhã fazerem nova tentativa.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 20 de Julho de 1934)
Quando hoje, pelas 14 e 30 horas, no máximo da baixa-mar faziam a primeira tentativa de salvamento, rebentaram os fortes cabos de aço com que a barca “Alfeite” coadjuvava os trabalhos auxiliando a desagregação do barco do fundo do rio.
Em face deste contra tempo, voltaram a agir os mergulhadores que estabeleceram novos cabos, devendo na baixa-mar das 15 horas de amanhã fazerem nova tentativa.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 20 de Julho de 1934)
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