O naufrágio do vapor “Roumania”
2ª Parte
O naufrágio do “Roumania”
O “Times”, chegado ontem, refere-se largamente ao naufrágio do vapor “Roumania”, perto de Peniche. O “Roumania” havia saído de Glasgow para Liverpool em 19 de Outubro para meter carga e embarcar passageiros. Na sua viagem para Bombaim deixou o Mersey (rio) em 22 de Outubro, à noite, tendo embarcado todos os passageiros em Liverpool. O piloto que deu saída ao navio em Liverpool deixou o vapor em Point Lynas e o que morreu talvez seja de Lisboa.
O “Roumania” era um vapor de 3.387 toneladas. Foi construído em Glasgow, em 1880, por David & William Henderson & Co. Ltd.; as máquinas eram da força de 480 cavalos, o comprimento mais de 364 pés (111 metros), largura de 38 (12 metros) e altura de água de 28 (9 metros).
O capitão G.F.D. Hamilton, um dos dois europeus sobreviventes, pertence ao Bengal Staff Corps. Tem 32 anos de idade. Tendo obtido licença, foi para Inglaterra e durante a sua estada neste país contraiu matrimónio e agora, acompanhado de sua esposa, voltava novamente para Kurvachee, via Bombaim.
O naufrágio do “Roumania” produziu muita sensação em Plymouth, pelo facto de uma das pessoas que ia a bordo, a sra. Burgess, era muito conhecida ali. A sra. Burgess, que com um filhinho e a ama deste foi vítima do naufrágio, era filha do rev. Hay, que por alguns anos foi ministro de uma igreja nessa cidade.
O marido, rev. John Burgess é missionário na Índia. A sra. Burgess há poucos meses que viera de lá no “Roumania” e regressava agora no mesmo vapor. Era uma senhora de muitos conhecimentos linguísticos e também cantora, sendo os seus talentos geralmente apreciados.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 3 de Novembro de 1892)
O “Roumania” era um vapor de 3.387 toneladas. Foi construído em Glasgow, em 1880, por David & William Henderson & Co. Ltd.; as máquinas eram da força de 480 cavalos, o comprimento mais de 364 pés (111 metros), largura de 38 (12 metros) e altura de água de 28 (9 metros).
O capitão G.F.D. Hamilton, um dos dois europeus sobreviventes, pertence ao Bengal Staff Corps. Tem 32 anos de idade. Tendo obtido licença, foi para Inglaterra e durante a sua estada neste país contraiu matrimónio e agora, acompanhado de sua esposa, voltava novamente para Kurvachee, via Bombaim.
O naufrágio do “Roumania” produziu muita sensação em Plymouth, pelo facto de uma das pessoas que ia a bordo, a sra. Burgess, era muito conhecida ali. A sra. Burgess, que com um filhinho e a ama deste foi vítima do naufrágio, era filha do rev. Hay, que por alguns anos foi ministro de uma igreja nessa cidade.
O marido, rev. John Burgess é missionário na Índia. A sra. Burgess há poucos meses que viera de lá no “Roumania” e regressava agora no mesmo vapor. Era uma senhora de muitos conhecimentos linguísticos e também cantora, sendo os seus talentos geralmente apreciados.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 3 de Novembro de 1892)
O naufrágio do vapor “Roumania”
Peniche, 2 de Novembro – Dos náufragos do “Roumania”, que deram entrada no hospital, só um se encontra ainda em estado grave. Tem aparecido mais cadáveres, sendo alguns deles reconhecidos pelo capitão Hamilton e pelo tenente Rooke. Dois deles diz-se serem das filhas do capitão Tower.
O tenente Rooke está ferido nas pernas, mas tem andado a cavalo a reconhecer os cadáveres que vão aparecendo. O capitão Hamilton tem uma ferida num dos joelhos e outra num pé, além de contusões pelo corpo.
No enterro dos cadáveres o cortejo tem sido grande, tomando parte nele as autoridades civis, administrativas e militares, além de muitos ingleses, crescido número de populares e a filarmónica desta vila.
A força militar que aqui estava a fim de evitar o roubo dos objectos arrojados à praia, não era suficiente para conter os larápios e por isso foi reforçada com mais outra, que chegou das Caldas da Rainha.
Tem estado aqui o correspondente do “Times” a colher informações sobre o naufrágio. O sr. governador civil do distrito veio aqui, a fim de inquirir do modo como se portaram as autoridades por ocasião do naufrágio, tendo ordem de demitir as que não cumprissem com os seus deveres, perseguindo os larápios.
Lisboa, 2 de Novembro – O capitão do porto de S. Martinho desmente que tenham sido tiradas joias aos cadáveres das vítimas do naufrágio do “Roumania”; e diz que os roubos têm sido somente de objectos arrojados à praia.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 3 de Novembro de 1892)
O tenente Rooke está ferido nas pernas, mas tem andado a cavalo a reconhecer os cadáveres que vão aparecendo. O capitão Hamilton tem uma ferida num dos joelhos e outra num pé, além de contusões pelo corpo.
No enterro dos cadáveres o cortejo tem sido grande, tomando parte nele as autoridades civis, administrativas e militares, além de muitos ingleses, crescido número de populares e a filarmónica desta vila.
A força militar que aqui estava a fim de evitar o roubo dos objectos arrojados à praia, não era suficiente para conter os larápios e por isso foi reforçada com mais outra, que chegou das Caldas da Rainha.
Tem estado aqui o correspondente do “Times” a colher informações sobre o naufrágio. O sr. governador civil do distrito veio aqui, a fim de inquirir do modo como se portaram as autoridades por ocasião do naufrágio, tendo ordem de demitir as que não cumprissem com os seus deveres, perseguindo os larápios.
Lisboa, 2 de Novembro – O capitão do porto de S. Martinho desmente que tenham sido tiradas joias aos cadáveres das vítimas do naufrágio do “Roumania”; e diz que os roubos têm sido somente de objectos arrojados à praia.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 3 de Novembro de 1892)
O naufrágio do “Roumania”
O “Times” continua a trazer largas informações sobre o naufrágio do “Roumania”. O número chegado ontem, entre as informações fornecidas pelo seu correspondente em Lisboa, faz algumas referências, bem desagradáveis para nós, às cenas de pilhagem que diz terem-se dado na costa. Entre outras afirmações encontram-se as seguintes:
«Sir George Petre pediu já formalmente ao governo português que adote providências imediatas para proteger os mortos e seus haveres. As autoridades de Gronho e circunvizinhanças parecem-lhes ser completamente indiferentes. Os habitantes que são surpreendidos nas pilhagens não são presos, em parte porque não há prisão para os encarcerar nem para isso se tomaram providências e também porque a opinião pública vê na espoliação dos salvados uma legítima fonte de receita. Estão-se vendendo abertamente em Gronho e imediações objectos pertencentes às vítimas».
Como se vê na carta do nosso correspondente de Lisboa, publicada em outro lugar, foi dirigido ao sr. ministro da marinha um telegrama oficial, declarando que não tinha havido nem os roubos nem as espoliações de cadáveres que certos jornais noticiaram.
É, pois, conveniente que lá fora se saiba que Portugal não é um país de canibais, onde fossem praticadas cenas tão repugnantes como aquelas que erradamente narra o correspondente do “Times”.
O mesmo jornal refere também que foram tiradas fotografias dos cadáveres sepultados para haver mais facilidade no reconhecimento das vítimas. Diz ainda que um dos naufragados, F. Littlewood, era filho de uma senhora viúva, de Dover, tinha 20 anos e saíra recentemente de um colégio daquela cidade, seguindo para a Índia em serviço do Estado.
O capitão Hamilton, que perdeu a sua jovem esposa, e que é um dos sobreviventes do naufrágio, afirma que não sairá de Peniche sem que encontre o cadáver da sua extremosa companheira.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 4 de Novembro de 1892)
«Sir George Petre pediu já formalmente ao governo português que adote providências imediatas para proteger os mortos e seus haveres. As autoridades de Gronho e circunvizinhanças parecem-lhes ser completamente indiferentes. Os habitantes que são surpreendidos nas pilhagens não são presos, em parte porque não há prisão para os encarcerar nem para isso se tomaram providências e também porque a opinião pública vê na espoliação dos salvados uma legítima fonte de receita. Estão-se vendendo abertamente em Gronho e imediações objectos pertencentes às vítimas».
Como se vê na carta do nosso correspondente de Lisboa, publicada em outro lugar, foi dirigido ao sr. ministro da marinha um telegrama oficial, declarando que não tinha havido nem os roubos nem as espoliações de cadáveres que certos jornais noticiaram.
É, pois, conveniente que lá fora se saiba que Portugal não é um país de canibais, onde fossem praticadas cenas tão repugnantes como aquelas que erradamente narra o correspondente do “Times”.
O mesmo jornal refere também que foram tiradas fotografias dos cadáveres sepultados para haver mais facilidade no reconhecimento das vítimas. Diz ainda que um dos naufragados, F. Littlewood, era filho de uma senhora viúva, de Dover, tinha 20 anos e saíra recentemente de um colégio daquela cidade, seguindo para a Índia em serviço do Estado.
O capitão Hamilton, que perdeu a sua jovem esposa, e que é um dos sobreviventes do naufrágio, afirma que não sairá de Peniche sem que encontre o cadáver da sua extremosa companheira.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 4 de Novembro de 1892)
O naufrágio do “Roumania”
Os passageiros que o vapor inglês “Roumania”, naufragado há dias na costa de Óbidos, conduzia a bordo, eram os seguintes:
Capitão J.E. Barry e sua esposa, senhora Barry, senhora Beathy, senhora Edith B. Bouthflower, menina Catherine Bouthflower, três crianças e uma aia, menina Burbridge, senhora Burgess, uma filha e aia, senhora Dunlop, senhor Malcolm Fleming, capitão George Frederick Hamilton e sua esposa, senhora Hamilton, senhor A.E. Heald, senhora J.G. Heaton, senhor J.H. Holroyd, senhora Horsford, lady Johnson, uma filha e ama, senhora Keily, menina Kiermander, senhora De Lange, senhora E.A. Lee, senhor F. Littlewood, rev. J.H. Malkin, menina M. George, menina Gertrude Murray, senhor S. Nichol, menina Ida M. Pisani, senhora W.C. Pollard, dias filhas e aia, capitão B.H. Randolph e esposa, tenente B.P.S. Brooke, senhor A.H. Rooper, tenente E.W. Thompson e esposa. Dos 46 passageiros, 26 eram mulheres, 13 homens e 7 crianças.
A tripulação era assim composta:
W.S. Young, capitão; A.W. Loutitt, imediato; John Stuart, 2º oficial; J. McMillan, 3º oficial; James Mecreadie, engenheiro-chefe; dr. Ginders, médico; John Ross, chefe dos criados; senhora Bald, chefe das criadas; W. Bone, carpinteiro; J. Bjorkman, Edward Murphy, James Watson e Angus Kennedy, oficiais de quarto; J. Russel, 2º engenheiro; Ernest Brown, 3º engenheiro; Henry McKay, 4º engenheiro. O resto da tripulação era composta por 22 indianos e vários criados ingleses. A bordo havia ainda os praticantes T. Bowman e J. Hughes.
O piloto que deu saída ao navio em Liverpool desembarcou em Point Lynas. Devia tomar novo piloto em Lisboa. No sábado 22 de Outubro, deixou o Mersey, dando início à viagem.
O capitão do porto de S. Martinho mandou ante-ontem para a capitania do porto de Lisboa o seguinte despacho:
«Cheguei aqui ontem à noite, tendo acompanhado o bispo de Gibraltar a percorrer a costa, em busca dos seus parentes naufragados. Apareceram ontem à tarde nove cadáveres na praia inferior à serra do Bouro; não foi possível reconhece-los, por estarem ainda flutuando; um deles parece ser o da esposa do capitão inglês Hamilton. Tenho recebido bastantes pedidos para fazer o reconhecimento de cadáveres. Vou para a praia do Bouro, com o sacerdote inglês e parentes das vítimas».
O sr. administrador do concelho de Peniche recebeu um ofício muito honroso do sr. cônsul inglês, em Lisboa, testemunhando a sua gratidão e em nome do capitão Hamilton e tenente Rooke e de toda a colónia inglesa de Peniche, pelo interesse, cuidado e dedicação que tem mostrado no lamentável naufrágio do “Roumania”. Pede no mesmo ofício para ser interprete para com o governador militar, oficiais, empregados e povo de Peniche. O administrador mandou já relatório circunstanciado para o governo.
O sr. cônsul inglês encarregou um fotógrafo de tirar vistas do local onde se deu o naufrágio e fazer reproduções dos retratos que tem aparecido dentro de álbuns ou em caixas.
Eram ontem esperadas em Lisboa muitas famílias que tinham parentes entre os náufragos.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 5 de Novembro de 1892)
Capitão J.E. Barry e sua esposa, senhora Barry, senhora Beathy, senhora Edith B. Bouthflower, menina Catherine Bouthflower, três crianças e uma aia, menina Burbridge, senhora Burgess, uma filha e aia, senhora Dunlop, senhor Malcolm Fleming, capitão George Frederick Hamilton e sua esposa, senhora Hamilton, senhor A.E. Heald, senhora J.G. Heaton, senhor J.H. Holroyd, senhora Horsford, lady Johnson, uma filha e ama, senhora Keily, menina Kiermander, senhora De Lange, senhora E.A. Lee, senhor F. Littlewood, rev. J.H. Malkin, menina M. George, menina Gertrude Murray, senhor S. Nichol, menina Ida M. Pisani, senhora W.C. Pollard, dias filhas e aia, capitão B.H. Randolph e esposa, tenente B.P.S. Brooke, senhor A.H. Rooper, tenente E.W. Thompson e esposa. Dos 46 passageiros, 26 eram mulheres, 13 homens e 7 crianças.
A tripulação era assim composta:
W.S. Young, capitão; A.W. Loutitt, imediato; John Stuart, 2º oficial; J. McMillan, 3º oficial; James Mecreadie, engenheiro-chefe; dr. Ginders, médico; John Ross, chefe dos criados; senhora Bald, chefe das criadas; W. Bone, carpinteiro; J. Bjorkman, Edward Murphy, James Watson e Angus Kennedy, oficiais de quarto; J. Russel, 2º engenheiro; Ernest Brown, 3º engenheiro; Henry McKay, 4º engenheiro. O resto da tripulação era composta por 22 indianos e vários criados ingleses. A bordo havia ainda os praticantes T. Bowman e J. Hughes.
O piloto que deu saída ao navio em Liverpool desembarcou em Point Lynas. Devia tomar novo piloto em Lisboa. No sábado 22 de Outubro, deixou o Mersey, dando início à viagem.
O capitão do porto de S. Martinho mandou ante-ontem para a capitania do porto de Lisboa o seguinte despacho:
«Cheguei aqui ontem à noite, tendo acompanhado o bispo de Gibraltar a percorrer a costa, em busca dos seus parentes naufragados. Apareceram ontem à tarde nove cadáveres na praia inferior à serra do Bouro; não foi possível reconhece-los, por estarem ainda flutuando; um deles parece ser o da esposa do capitão inglês Hamilton. Tenho recebido bastantes pedidos para fazer o reconhecimento de cadáveres. Vou para a praia do Bouro, com o sacerdote inglês e parentes das vítimas».
O sr. administrador do concelho de Peniche recebeu um ofício muito honroso do sr. cônsul inglês, em Lisboa, testemunhando a sua gratidão e em nome do capitão Hamilton e tenente Rooke e de toda a colónia inglesa de Peniche, pelo interesse, cuidado e dedicação que tem mostrado no lamentável naufrágio do “Roumania”. Pede no mesmo ofício para ser interprete para com o governador militar, oficiais, empregados e povo de Peniche. O administrador mandou já relatório circunstanciado para o governo.
O sr. cônsul inglês encarregou um fotógrafo de tirar vistas do local onde se deu o naufrágio e fazer reproduções dos retratos que tem aparecido dentro de álbuns ou em caixas.
Eram ontem esperadas em Lisboa muitas famílias que tinham parentes entre os náufragos.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 5 de Novembro de 1892)
O naufrágio do “Roumania”
O “Times”, chegado ontem, refere-se ainda largamente ao naufrágio do “Roumania” e insere um telegrama da rainha Vitória dirigido ao bispo de Gibraltar, que se acha no nosso país. Esse telegrama é assim concebido:
«Balmoral – Tenho por vós grande pesar depois da perda de vossa esposa e do vosso sobrinho. Vitória R».
Diz ainda o “Times”:
«Tem arrolado à praia alguns cadáveres mais e bastante carga. Os cadáveres acham-se em adiantado estado de decomposição e muito mutilados. O dr. Bellingham Smith, cunhado do capitão Hamilton, esteve em Peniche, mas já seguiu para Lisboa, acompanhado pelo capitão, a quem foi custoso persuadir a abandonar o local do sinistro, esperançado, como estava, de descobrir o cadáver da esposa».
Os sete indianos lascares que se salvaram do naufrágio já foram de Lisboa para Gibraltar. O cônsul inglês, sr. Cooper, que tinha ido a Peniche e povoações marginais da costa a fim de colher informações, voltou para Lisboa.
O capitão do porto de S. Martinho andou com dois sacerdotes ingleses, os rev. Bacon e Morton, à margem da costa, a ver se encontravam cadáveres, descobrindo alguns que, pelo seu estado de decomposição, não puderam ser reconhecidos.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 6 de Novembro de 1892)
«Balmoral – Tenho por vós grande pesar depois da perda de vossa esposa e do vosso sobrinho. Vitória R».
Diz ainda o “Times”:
«Tem arrolado à praia alguns cadáveres mais e bastante carga. Os cadáveres acham-se em adiantado estado de decomposição e muito mutilados. O dr. Bellingham Smith, cunhado do capitão Hamilton, esteve em Peniche, mas já seguiu para Lisboa, acompanhado pelo capitão, a quem foi custoso persuadir a abandonar o local do sinistro, esperançado, como estava, de descobrir o cadáver da esposa».
Os sete indianos lascares que se salvaram do naufrágio já foram de Lisboa para Gibraltar. O cônsul inglês, sr. Cooper, que tinha ido a Peniche e povoações marginais da costa a fim de colher informações, voltou para Lisboa.
O capitão do porto de S. Martinho andou com dois sacerdotes ingleses, os rev. Bacon e Morton, à margem da costa, a ver se encontravam cadáveres, descobrindo alguns que, pelo seu estado de decomposição, não puderam ser reconhecidos.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 6 de Novembro de 1892)
Agradecimento do governo inglês
Lisboa, 2 de Dezembro – No ministério dos negócios estrangeiros foi recebida uma nota do sr. Petre, na qual o representante da Inglaterra participa que Lord Roseberry manifesta ao governo português os agradecimentos da Grã-Bretanha pela forma como as autoridades e o povo de Peniche auxiliaram os náufragos do vapor “Roumania”.
Os termos na nota são extremamente lisonjeiros não só para as pessoas que praticaram actos de verdadeira abnegação por ocasião daquele lamentável sinistro, mas ainda para o nosso país.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 3 de Dezembro de 1892)
Os termos na nota são extremamente lisonjeiros não só para as pessoas que praticaram actos de verdadeira abnegação por ocasião daquele lamentável sinistro, mas ainda para o nosso país.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 3 de Dezembro de 1892)
Sem comentários:
Enviar um comentário