Navio-escola da marinha brasileira
O navio-escola da marinha brasileira “Almirante Saldanha”, que chega ao Tejo no dia 30, deve atracar à muralha de Alcântara.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 28 de Julho de 1934)
Navio-escola brasileiro
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 28 de Julho de 1934)
Navio-escola brasileiro
O navio-escola da Marinha de Guerra Brasileira “Almirante Saldanha” é esperado no Tejo pelas 19 horas de amanhã.
O sr. ministro da Marinha, em seu nome e da corporação da Armada oferece ao comandante e oficiais do navio brasileiro um chá no Palácio Hotel do Estoril e no Luna-parque realizar-se-à uma festa de confraternização entre praças da nossa armada e as daquele navio.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 31 de Julho de 1934)
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 31 de Julho de 1934)
Navio-escola "Almirante Saldanha", em 1934
Foto de autor desconhecido - Imagem Photoship.Uk
Foto de autor desconhecido - Imagem Photoship.Uk
O navio-escola brasileiro “Almirante Saldanha” fundeou
hoje no Tejo, sendo saudado pela marinha e pela aviação
hoje no Tejo, sendo saudado pela marinha e pela aviação
Está desde hoje no Tejo o navio-escola da armada brasileira “Almirante Saldanha”, que vem a Lisboa em visita oficial saudar o governo português, em nome do governo do Brasil.
Catorze anos depois da última estada no Tejo de um navio de guerra brasileiro, o navio-escola “Almirante Saldanha” vem retribuir visitas de navios da armada portuguesa a terras de Santa Cruz e fá-lo em circunstâncias especiais, duplamente honrosas para o país: vindo de Inglaterra, onde acaba de ser construído, visita Portugal antes da sua própria Pátria.
Pouco depois do meio-dia a mastreação alta do elegante navio – que se assemelha à “Sagres” – denunciava o seu avanço rumo a Cascais. Pintado de branco a rigor, o “Almirante Saldanha” oferecia, na verdade, um belo aspecto, singrando vagaroso para a baía e ostentando no penol uma grande bandeira verde e amarela do Brasil.
Não vinha à vela, mas com o auxílio dos seus motores. Entretanto saía a barra, com rumo feito ao navio brasileiro o torpedeiro “Mondego”, que ia levar aos marinheiros do “Almirante Saldanha” a primeira saudação da armada portuguesa.
O encontro dos dois navios deu-se ao largo de Cascais. O “Mondego” passou pela popa do navio brasileiro e com a guarnição alinhada em continência foi dar-lhe escolta por estibordo. No convés do “Almirante Saldanha” alinhou também a guarnição e uma luzida guarda de honra de marinheiros envergando jaquetões vermelhos, calças e barretes brancos. A charanga de bordo executou os primeiros acordes dos hinos português e brasileiro.
O navio-escola brasileiro, depois de meter piloto, tomou o rumo da barra, escoltado até ao enfiamento pelo torpedeiro português. Um hidro-avião do Bom Sucesso voava a pouca altura, em curiosas evoluções, saudando também os marinheiros do Brasil.
O “Almirante Saldanha” entrou a barra pelas 13 horas e salvou com 21 tiros em frente de Belém, respondendo-lhe o forte do Bom Sucesso. Uma vez nas alturas de Alcântara, guinou em direcção ao cais do Ginjal, indo então busca-lo o rebocador “Cabo Sardão”, que o trouxe para dentro da doca. À entrada ali, a guarnição brasileira foi saudada pelos seus camaradas portugueses do aviso “Cinco de Outubro” e do transporte “Gil Eanes”, que se encontravam atracados à muralha norte.
Depois do navio ter atracado, entrou a bordo um secretário da embaixada do Brasil, tendo trocado impressões com o comandante Sílvio Noronha acerca dos cumprimentos oficiais e outras solenidades. Cerca das 17 horas o comandante do navio brasileiro desembarcou, dirigindo-se à embaixada do seu país, onde saudou o sr. dr. Guerra Duval, que ao fim da tarde irá a bordo retribuir a visita.
Do programa de festas em honra da armada brasileira constam: um chá no Estoril, oferecido pelo sr. ministro da Marinha, em seu nome e no da armada portuguesa, uma recepção na embaixada do Brasil e outra a bordo do “Almirante Saldanha” e uma festa no Luna-parque, de confraternização entre marinheiros portugueses e brasileiros.
A oficialidade brasileira deporá uma coroa no monumento aos Mortos da Guerra e irá a Belém saudar o sr. Presidente da República, se o estado de saúde do sr. general Carmona lhe permitir conceder audiência.
Depois de amanhã o sr. embaixador do Brasil vai a bordo do “Almirante Saldanha” retribuir cumprimentos ao sr. comandante Sílvio Noronha. Na quinta-feira o sr. embaixador do Brasil oferece no Palácio da Embaixada um jantar em honra do comandante do navio.
O chá dançante que o sr. ministro da Marinha oferece ao comandante e oficiais do “Almirante Saldanha” realiza-se sexta-feira, tendo a sociedade do Estoril comunicado que manda pôr à disposição dos convidados e do sr. ministro um comboio especial com 250 lugares e oferece também aos mesmos convidados um «Porto de Honra», no Tamariz e à noite oferecerá um jantar à americana.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 1 de Agosto de 1934)
Catorze anos depois da última estada no Tejo de um navio de guerra brasileiro, o navio-escola “Almirante Saldanha” vem retribuir visitas de navios da armada portuguesa a terras de Santa Cruz e fá-lo em circunstâncias especiais, duplamente honrosas para o país: vindo de Inglaterra, onde acaba de ser construído, visita Portugal antes da sua própria Pátria.
Pouco depois do meio-dia a mastreação alta do elegante navio – que se assemelha à “Sagres” – denunciava o seu avanço rumo a Cascais. Pintado de branco a rigor, o “Almirante Saldanha” oferecia, na verdade, um belo aspecto, singrando vagaroso para a baía e ostentando no penol uma grande bandeira verde e amarela do Brasil.
Não vinha à vela, mas com o auxílio dos seus motores. Entretanto saía a barra, com rumo feito ao navio brasileiro o torpedeiro “Mondego”, que ia levar aos marinheiros do “Almirante Saldanha” a primeira saudação da armada portuguesa.
O encontro dos dois navios deu-se ao largo de Cascais. O “Mondego” passou pela popa do navio brasileiro e com a guarnição alinhada em continência foi dar-lhe escolta por estibordo. No convés do “Almirante Saldanha” alinhou também a guarnição e uma luzida guarda de honra de marinheiros envergando jaquetões vermelhos, calças e barretes brancos. A charanga de bordo executou os primeiros acordes dos hinos português e brasileiro.
O navio-escola brasileiro, depois de meter piloto, tomou o rumo da barra, escoltado até ao enfiamento pelo torpedeiro português. Um hidro-avião do Bom Sucesso voava a pouca altura, em curiosas evoluções, saudando também os marinheiros do Brasil.
O “Almirante Saldanha” entrou a barra pelas 13 horas e salvou com 21 tiros em frente de Belém, respondendo-lhe o forte do Bom Sucesso. Uma vez nas alturas de Alcântara, guinou em direcção ao cais do Ginjal, indo então busca-lo o rebocador “Cabo Sardão”, que o trouxe para dentro da doca. À entrada ali, a guarnição brasileira foi saudada pelos seus camaradas portugueses do aviso “Cinco de Outubro” e do transporte “Gil Eanes”, que se encontravam atracados à muralha norte.
Depois do navio ter atracado, entrou a bordo um secretário da embaixada do Brasil, tendo trocado impressões com o comandante Sílvio Noronha acerca dos cumprimentos oficiais e outras solenidades. Cerca das 17 horas o comandante do navio brasileiro desembarcou, dirigindo-se à embaixada do seu país, onde saudou o sr. dr. Guerra Duval, que ao fim da tarde irá a bordo retribuir a visita.
Do programa de festas em honra da armada brasileira constam: um chá no Estoril, oferecido pelo sr. ministro da Marinha, em seu nome e no da armada portuguesa, uma recepção na embaixada do Brasil e outra a bordo do “Almirante Saldanha” e uma festa no Luna-parque, de confraternização entre marinheiros portugueses e brasileiros.
A oficialidade brasileira deporá uma coroa no monumento aos Mortos da Guerra e irá a Belém saudar o sr. Presidente da República, se o estado de saúde do sr. general Carmona lhe permitir conceder audiência.
Depois de amanhã o sr. embaixador do Brasil vai a bordo do “Almirante Saldanha” retribuir cumprimentos ao sr. comandante Sílvio Noronha. Na quinta-feira o sr. embaixador do Brasil oferece no Palácio da Embaixada um jantar em honra do comandante do navio.
O chá dançante que o sr. ministro da Marinha oferece ao comandante e oficiais do “Almirante Saldanha” realiza-se sexta-feira, tendo a sociedade do Estoril comunicado que manda pôr à disposição dos convidados e do sr. ministro um comboio especial com 250 lugares e oferece também aos mesmos convidados um «Porto de Honra», no Tamariz e à noite oferecerá um jantar à americana.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 1 de Agosto de 1934)
Navio-escola “Almirante Saldanha”
O comandante e o imediato do navio-escola brasileiro “Almirante Saldanha”, estiveram hoje no Ministério da Marinha a apresentar cumprimentos de despedida ao ministro e mais autoridades da marinha.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 7 de Agosto de 1934)
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 7 de Agosto de 1934)
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