O lugre “António Júlio” / “Minho”
Penso estar chegada a hora em que me posso debruçar com mais profundidade, relativamente aos veleiros que estiveram ao serviço do país, entre finais do século XIX e princípios do século XX, dos quais pouco se sabe, porque infelizmente os registos são escassos. Ocasionalmente encontra-se um ou outro episódio, notas num ex-voto e pouco mais. Depois, lamento a dificuldade em encontrar testemunhos vivos, que se revelariam fundamentais para completar uma história cuja memória é ainda, mais de cem anos depois, importante preservar.
O lugre “António Júlio”
1910 – 1916
1910 – 1916
Imagem sem correspondência ao texto
Este navio foi um lugre de madeira com 3 mastros, construído em Harwich, Inglaterra, no estaleiro de John H. Vaux, durante o ano de 1887. Foi batizado com o nome “Jubilee” e registado no porto de Harwich com o Nº Oficial 91329, cabendo-lhe as letras K.L.Q.T., do indicativo internacional. Ficou inicialmente ao serviço da empresa do construtor, pelo menos até 1896, desde quando passa a ser operado pela firma de John Mann, até cerca de 1900, tendo amarrado devido a greve prolongada. Só em 1903 o navio volta a navegar, sob operação da empresa de Walter Thos. Howard, até 1907, ano em que volta a amarrar. Em 1910 o lugre é colocado à venda, ainda em Harwich, tendo atraído o interesse de António dos Santos Sá, do Porto, que lhe efectua a respectiva matricula na Capitania do porto do Douro, embandeirando em português com as seguintes características:
Nº Oficial: A-153 – Iic.: H.B.C.L.- Registo: Porto
Arqueação: Tab 177,64 tons – Tal 142,55 tons
Dimensões: Pp 38,90 mt – Boca 7,53 mt – Pontal 2,65 mt
Propulsão: À vela
Equipagem: 8 tripulantes
Capitães embarcados: Luiz Teiga Júnior (1910) e Tito dos Santos Marnoto (1911 a 1915)
Este navio foi um lugre de madeira com 3 mastros, construído em Harwich, Inglaterra, no estaleiro de John H. Vaux, durante o ano de 1887. Foi batizado com o nome “Jubilee” e registado no porto de Harwich com o Nº Oficial 91329, cabendo-lhe as letras K.L.Q.T., do indicativo internacional. Ficou inicialmente ao serviço da empresa do construtor, pelo menos até 1896, desde quando passa a ser operado pela firma de John Mann, até cerca de 1900, tendo amarrado devido a greve prolongada. Só em 1903 o navio volta a navegar, sob operação da empresa de Walter Thos. Howard, até 1907, ano em que volta a amarrar. Em 1910 o lugre é colocado à venda, ainda em Harwich, tendo atraído o interesse de António dos Santos Sá, do Porto, que lhe efectua a respectiva matricula na Capitania do porto do Douro, embandeirando em português com as seguintes características:
Nº Oficial: A-153 – Iic.: H.B.C.L.- Registo: Porto
Arqueação: Tab 177,64 tons – Tal 142,55 tons
Dimensões: Pp 38,90 mt – Boca 7,53 mt – Pontal 2,65 mt
Propulsão: À vela
Equipagem: 8 tripulantes
Capitães embarcados: Luiz Teiga Júnior (1910) e Tito dos Santos Marnoto (1911 a 1915)
O lugre “Minho”
1916 – 1917
Em 1916 o navio foi novamente colocado à venda, sendo adquirido pela empresa J. Mourão & Cª., também do Porto, que mantém o lugre matriculado na Capitania do Douro, sem alteração nas características.
Nº Oficial: A-153 – Iic.: H.B.C.L.- Registo: Porto
Arqueação: Tab 177,64 tons – Tal 142,55 tons
Dimensões: Pp 38,90 mt – Boca 7,53 mt – Pontal 2,65 mt
Propulsão: À vela
Equipagem: 5 tripulantes
Capitães embarcados: Júlio Francisco Bichão (1916 e 1917)
O lugre “Minho” naufraga por motivo de ataque do submarino alemão U-57, que se encontrava sob o comando do cap. Carl-Siegfried Ritter von Georg, no dia 22 de Janeiro de 1917, com cargas explosivas, quando o navio se encontrava à distância de 250 milhas de Cardiff, porto para onde seguia viagem, que teve início no rio Douro. O lugre foi abandonado pela tripulação por força do violento incêndio registado a bordo, em consequência das explosões e considerado perda total, muito embora tivesse demorado diversas horas a desaparecer, eventualmente por acção da carga transportada. A tripulação chegou a salvamento no escaler do navio.
1916 – 1917
Em 1916 o navio foi novamente colocado à venda, sendo adquirido pela empresa J. Mourão & Cª., também do Porto, que mantém o lugre matriculado na Capitania do Douro, sem alteração nas características.
Nº Oficial: A-153 – Iic.: H.B.C.L.- Registo: Porto
Arqueação: Tab 177,64 tons – Tal 142,55 tons
Dimensões: Pp 38,90 mt – Boca 7,53 mt – Pontal 2,65 mt
Propulsão: À vela
Equipagem: 5 tripulantes
Capitães embarcados: Júlio Francisco Bichão (1916 e 1917)
O lugre “Minho” naufraga por motivo de ataque do submarino alemão U-57, que se encontrava sob o comando do cap. Carl-Siegfried Ritter von Georg, no dia 22 de Janeiro de 1917, com cargas explosivas, quando o navio se encontrava à distância de 250 milhas de Cardiff, porto para onde seguia viagem, que teve início no rio Douro. O lugre foi abandonado pela tripulação por força do violento incêndio registado a bordo, em consequência das explosões e considerado perda total, muito embora tivesse demorado diversas horas a desaparecer, eventualmente por acção da carga transportada. A tripulação chegou a salvamento no escaler do navio.
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