O lugre “ Lídia “ (II)
Armador: José Joaquim Gouveia - Parceria Marítima Douro, Porto
1918 - 1935
= 1ª Parte =
Imagem do navio correspondente à data do bota-abaixo em Fão
Foto do construtor sr. Borda Júnior, na Ilustração Portuguesa
Foto do construtor sr. Borda Júnior, na Ilustração Portuguesa
Características do navio em conformidade com a lista de 1926
Nº Oficial: B-122 - Iic.: H.L.I.D. - Registo: Capitania do Douro
Construtor: José Dias dos Santos Borda Júnior, Fão, 17.01.1919
Arqueação: Tab 453,36 tons - Tal 401,30 tons - Porte 800 tons
Dimensões: Pp 46,00 mts - Boca 9,70 mts - Pontal 4,35 mts
Propulsão: À vela, sem motor auxiliar
Equipagem: 10 tripulantes
Capitães embarcados: João Reinaldo da Rocha (1920 a 1922), Manuel dos Santos Marnoto (1923 a 1926), José Gonçalves da Silva (1927) e João José Lopes (1928 a 1930). Não está disponível informação relativamente ao comando do lugre nos anos posteriores.
Muito embora já me tenha ocupado da história comercial deste navio anteriormente, como entretanto encontrei imagens e outros elementos que julgo interessantes, decidi corrigir e melhorar o texto anterior, como segue:
Parece haver concordância de opinião no estudo já feito sobre este navio, que a encomenda de José Joaquim Gouveia ao referido estaleiro de Fão, visou a substituição de um outro lugre, que havia sido construído no mesmo estaleiro e pelo mesmo construtor, com bota-abaixo em 12 de Outubro de 1916. Esse navio também batizado “Lídia”, embora mais pequeno e com um custo de cerca de Esc. 8.000$00, fora encontrado a sul do Faial durante uma viagem que efectuava entre os portos de Nova Orleães e o Porto, pelo submarino alemão U-157, que se encontrava sob o comando do capitão Max Valentiner, provocando-lhe o afundamento a 26 de Dezembro de 1917.
Aprontada a construção do lugre, foi inicialmente vistoriado com toda a atenção e minuciosidade, no dia 18 de Novembro de 1918, por uma equipa presidida pelo construtor naval José de Azevedo Linhares, tendo igualmente tomado parte o capitão João Dias dos Santos Borda, na qualidade de Patrão-Mor, em representação da Capitania de Esposende. Tratava-se de um navio de 3 mastros, proa de beque, popa redonda, com 1 pavimento. Uma segunda vistoria foi efectuada com o navio já sobre as águas do Cávado, no dia 23 de Janeiro de 1919, solicitada oficialmente pelo construtor. A Comissão nomeada para o efeito declarou que o navio se achava solidamente construído, fechado e estanque, munido de todo o aparelho e sobressalentes necessários para empreender viagens de longo curso. Acredito que o navio deve ser saído da barra de Esposende no dia 4 de Abril de 1919, com destino ao rio Douro, de onde partiu em viagem inaugural logo depois, a 12 de Maio, para Nova Orleães, regressando ao Porto no dia 10 de Outubro seguinte.
Nº Oficial: B-122 - Iic.: H.L.I.D. - Registo: Capitania do Douro
Construtor: José Dias dos Santos Borda Júnior, Fão, 17.01.1919
Arqueação: Tab 453,36 tons - Tal 401,30 tons - Porte 800 tons
Dimensões: Pp 46,00 mts - Boca 9,70 mts - Pontal 4,35 mts
Propulsão: À vela, sem motor auxiliar
Equipagem: 10 tripulantes
Capitães embarcados: João Reinaldo da Rocha (1920 a 1922), Manuel dos Santos Marnoto (1923 a 1926), José Gonçalves da Silva (1927) e João José Lopes (1928 a 1930). Não está disponível informação relativamente ao comando do lugre nos anos posteriores.
Muito embora já me tenha ocupado da história comercial deste navio anteriormente, como entretanto encontrei imagens e outros elementos que julgo interessantes, decidi corrigir e melhorar o texto anterior, como segue:
Parece haver concordância de opinião no estudo já feito sobre este navio, que a encomenda de José Joaquim Gouveia ao referido estaleiro de Fão, visou a substituição de um outro lugre, que havia sido construído no mesmo estaleiro e pelo mesmo construtor, com bota-abaixo em 12 de Outubro de 1916. Esse navio também batizado “Lídia”, embora mais pequeno e com um custo de cerca de Esc. 8.000$00, fora encontrado a sul do Faial durante uma viagem que efectuava entre os portos de Nova Orleães e o Porto, pelo submarino alemão U-157, que se encontrava sob o comando do capitão Max Valentiner, provocando-lhe o afundamento a 26 de Dezembro de 1917.
Aprontada a construção do lugre, foi inicialmente vistoriado com toda a atenção e minuciosidade, no dia 18 de Novembro de 1918, por uma equipa presidida pelo construtor naval José de Azevedo Linhares, tendo igualmente tomado parte o capitão João Dias dos Santos Borda, na qualidade de Patrão-Mor, em representação da Capitania de Esposende. Tratava-se de um navio de 3 mastros, proa de beque, popa redonda, com 1 pavimento. Uma segunda vistoria foi efectuada com o navio já sobre as águas do Cávado, no dia 23 de Janeiro de 1919, solicitada oficialmente pelo construtor. A Comissão nomeada para o efeito declarou que o navio se achava solidamente construído, fechado e estanque, munido de todo o aparelho e sobressalentes necessários para empreender viagens de longo curso. Acredito que o navio deve ser saído da barra de Esposende no dia 4 de Abril de 1919, com destino ao rio Douro, de onde partiu em viagem inaugural logo depois, a 12 de Maio, para Nova Orleães, regressando ao Porto no dia 10 de Outubro seguinte.
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