Ser ou não ser...
Na continuação do post anterior, regresso à imagem editada no N&N de 5 de Outubro p.p., com os veleiros no rio Douro, colocando agora a questão nestes termos :
E se a cheia não é nos anos vinte, como inicialmente se admitiu, mas a grande cheia de Dezembro de 1909? Lembrei-me à posteriori dessa possibilidade, porque o rio e o infortúnio estão amplamente documentados em fotos e postais. Como desconhecia esta foto, devia igualmente ter partido do pressuposto que pode ter sido tirada durante a cheia, antes das grandes avarias, dos encalhes, dos afundamentos e dos navios saírem levados barra fora, provocando dois erros de análise; o ano em causa e os navios sugeridos.
Depois de contar diversas vezes os mastros das três embarcações, valho-me dos apontamentos, que me permitem chegar à seguinte conclusão :
1º - Trata-se efectivamente da cheia de 1909
2º - O local fotografado é em Massarelos
3º - Estavam três navios amarrados no ancoradouro, a saber :
No exterior encontra-se o iate “Villa do Conde” (2 mastros), no meio a barca “Soares da Costa” (3 mastros) e em 1º plano está o patacho “Progresso 1º” (2 mastros). Relendo as notas, posso então adiantar que o iate “Villa do Conde” que estava ancorado em Massarelos, ali submergiu. Foi posto a flutuar no dia 11 de Janeiro de 1910. A barca “Soares da Costa” que estava em Massarelos ficou encalhada. Foi também posta a flutuar a 11 de Janeiro de 1910 e o patacho “Progresso 1º” permaneceu amarrado no local, sem avarias.
Esta pesquisa demorou um pouco mais, mas valeu a pena…
E se a cheia não é nos anos vinte, como inicialmente se admitiu, mas a grande cheia de Dezembro de 1909? Lembrei-me à posteriori dessa possibilidade, porque o rio e o infortúnio estão amplamente documentados em fotos e postais. Como desconhecia esta foto, devia igualmente ter partido do pressuposto que pode ter sido tirada durante a cheia, antes das grandes avarias, dos encalhes, dos afundamentos e dos navios saírem levados barra fora, provocando dois erros de análise; o ano em causa e os navios sugeridos.
Depois de contar diversas vezes os mastros das três embarcações, valho-me dos apontamentos, que me permitem chegar à seguinte conclusão :
1º - Trata-se efectivamente da cheia de 1909
2º - O local fotografado é em Massarelos
3º - Estavam três navios amarrados no ancoradouro, a saber :
No exterior encontra-se o iate “Villa do Conde” (2 mastros), no meio a barca “Soares da Costa” (3 mastros) e em 1º plano está o patacho “Progresso 1º” (2 mastros). Relendo as notas, posso então adiantar que o iate “Villa do Conde” que estava ancorado em Massarelos, ali submergiu. Foi posto a flutuar no dia 11 de Janeiro de 1910. A barca “Soares da Costa” que estava em Massarelos ficou encalhada. Foi também posta a flutuar a 11 de Janeiro de 1910 e o patacho “Progresso 1º” permaneceu amarrado no local, sem avarias.
Esta pesquisa demorou um pouco mais, mas valeu a pena…
2 comentários:
Caro Reimar
Vai-me desculpar, mas na primeira foto podemos contar oito mastros. Se reparar com atenção, no mesmo enfiamento do mastro grande do 1º lugre, pode-se ver um outro mastro, que será sem qualquer dúvida, o mastro de mezena do lugre patacho que está no meio. Sendo assim estaremos na presença de um hiate e dois lugres.
Saudações Marinheiras
Luis Filipe Morazzo
Caro Sr Morazzo,
A sua informação está correcta, pelo que a pesquisa continua. Penso estar certo relativamente à cheia de 1909 e quanto ao local. Acredito igualmente que o iate é o "Villa do Conde", quanto aos outros vou indagar melhor. O iate que se vê em 2º plano, ao fundo, é certamente o "Rio Ave".
Cumprimentos,
Reimar
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