O afundamento do vapor “Brava”
Torpedeamento do vapor “Brava”
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Torpedeamento do vapor “Brava”
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Segundo um telegrama recebido ontem à noite, sabe-se ter sido torpedeado no dia 3, à entrada do porto de Cardiff, o vapor “Brava”, antigo alemão “Tango”, dos Transportes Marítimos, tendo-se salvo 30 tripulantes e ignorando-se o paradeiro dos 20 restantes.
Este vapor, que era comandado pelo Sr. Domingos Rocha, saíra de Leixões em 20 de Julho para Bordéus, com um importante carregamento de vinhos e, em seguida a 28 do passado mês para Cardiff, com um carregamento de toros de pinheiro, tendo previsto trazer deste porto um lote de carvão para Lisboa.
O valor deste navio, que fora construído em Hamburgo, em 1893, era de 83.680 libras; tinha 98,26 metros de comprimento, 12,26 metros de largura e 8,28 metros de pontal. A sua tonelagem bruta era de 3.184 e liquida de 2.050, tendo capacidade para 4.485 toneladas de carga.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 4 de Setembro de 1918).
Este vapor, que era comandado pelo Sr. Domingos Rocha, saíra de Leixões em 20 de Julho para Bordéus, com um importante carregamento de vinhos e, em seguida a 28 do passado mês para Cardiff, com um carregamento de toros de pinheiro, tendo previsto trazer deste porto um lote de carvão para Lisboa.
O valor deste navio, que fora construído em Hamburgo, em 1893, era de 83.680 libras; tinha 98,26 metros de comprimento, 12,26 metros de largura e 8,28 metros de pontal. A sua tonelagem bruta era de 3.184 e liquida de 2.050, tendo capacidade para 4.485 toneladas de carga.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 4 de Setembro de 1918).
Tripulantes desaparecidos do vapor “Brava”
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Encontram-se desaparecidos os seguintes tripulantes deste vapor:
Armando Augusto Adriano, 3º piloto; Emílio Teixeira Lacerda, 3º maquinista; João Alexandre, moço; Jaime Pires Tavares, moço; António Augusto, padeiro; Jorge Joaquim, cozinheiro; Brooklim Abreu, criado; Inácio dos Santos, criado; Manuel Ferreira, aceitador; Manuel Nunes de Castro. fogueiro; Manuel Nascimento Lima, fogueiro; Pedro da Costa Breda, chegador; Joaquim de Sousa, chegador; Francisco da Silva Zimbarra, artilheiro e Abel da Costa, também artilheiro.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 5 de Setembro de 1918).
Armando Augusto Adriano, 3º piloto; Emílio Teixeira Lacerda, 3º maquinista; João Alexandre, moço; Jaime Pires Tavares, moço; António Augusto, padeiro; Jorge Joaquim, cozinheiro; Brooklim Abreu, criado; Inácio dos Santos, criado; Manuel Ferreira, aceitador; Manuel Nunes de Castro. fogueiro; Manuel Nascimento Lima, fogueiro; Pedro da Costa Breda, chegador; Joaquim de Sousa, chegador; Francisco da Silva Zimbarra, artilheiro e Abel da Costa, também artilheiro.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 5 de Setembro de 1918).
Tripulantes do vapor “Brava” chegaram a Lisboa
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Desembarcaram no passado dia 2 em Lisboa os sobreviventes do vapor “Brava”, após viagem com escala por França e Espanha.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 3 de Outubro de 1918).
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 3 de Outubro de 1918).
Os náufragos do vapor “Brava”
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Chegaram a Lisboa os sobreviventes do vapor português “Brava”, torpedeado próximo a Cardiff, com um grande carregamento de toros de pinheiro, destinados ao governo inglês. O “Brava” fazia parte de um comboio de quatro navios: um inglês, um americano e outro norueguês. Dos quatro só o último conseguiu escapar. Um torpedo atingiu o “Brava” próximo das caldeiras.
Os tripulantes, que se dizia terem embarcado numa baleeira e cujo paradeiro se ignorava, parece que, infelizmente, morreram ao dar-se a violenta explosão. Dos feridos ainda ficaram hospitalizados em Inglaterra o engenheiro Cabral e o marinheiro Manoel Galante. Os náufragos que conseguiram salvar-se apresentaram-se no Instituto de Socorros a Náufragos, onde lhes foram dados dinheiro e passagens para as terras da sua naturalidade.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 12 de Outubro de 1918).
Os tripulantes, que se dizia terem embarcado numa baleeira e cujo paradeiro se ignorava, parece que, infelizmente, morreram ao dar-se a violenta explosão. Dos feridos ainda ficaram hospitalizados em Inglaterra o engenheiro Cabral e o marinheiro Manoel Galante. Os náufragos que conseguiram salvar-se apresentaram-se no Instituto de Socorros a Náufragos, onde lhes foram dados dinheiro e passagens para as terras da sua naturalidade.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 12 de Outubro de 1918).
Vapor “ Brava “
1916 - 1918
Transportes Marítimos do Estado, Lisboa
1916 - 1918
Transportes Marítimos do Estado, Lisboa
Imagem aproximada do vapor "Brava"
Desenho de autor desconhecido
Desenho de autor desconhecido
Nº Oficial: 397-E - Iic.: N.B.R.A. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Blohm & Voss, Hamburgo, Alemanha, 27.05.1893
ex “Rosario”, Hamburg-Sudamerikanische D.G., 1893-1904
ex “Erich Woermann”, Woermann Linje, Hamburgo, 1904-1907
ex “Togo” Hamburg America Packet, Hamburgo, 1907-1916
Arqueação: Tab 3.183,81 tons - Tal 2.055,58 tons
Dimensões: Pp 96,26 mts - Boca 12,25 mts - Pontal 8,23 mts
Propulsão: Blohm & Voss, 1893 – 1:Te - 3ci - 250 nhp - 10,5 m/h
Equipagem: 50 tripulantes
Construtor: Blohm & Voss, Hamburgo, Alemanha, 27.05.1893
ex “Rosario”, Hamburg-Sudamerikanische D.G., 1893-1904
ex “Erich Woermann”, Woermann Linje, Hamburgo, 1904-1907
ex “Togo” Hamburg America Packet, Hamburgo, 1907-1916
Arqueação: Tab 3.183,81 tons - Tal 2.055,58 tons
Dimensões: Pp 96,26 mts - Boca 12,25 mts - Pontal 8,23 mts
Propulsão: Blohm & Voss, 1893 – 1:Te - 3ci - 250 nhp - 10,5 m/h
Equipagem: 50 tripulantes
O vapor “Brava”, de acordo com as notícias acima publicadas, foi atacado pelo submarino U-125, sob o comando do cap. Werner Vater, ao largo de Trevose Head, na Cornualha, no dia 3 de Setembro de 1918. Esta unidade militar alemã manteve-se em actividade, até à rendição do navio e tripulação às autoridades Japonesas, no dia 16 de Novembro de 1918.
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