terça-feira, 28 de julho de 2009

Efeméride


O incêndio no terminal de petroleiros

A notícia publicada na revista "Visão"

No próxima sexta-feira, dia 31, estarão decorridos 5 anos após o sinistro que teve lugar no terminal de petroleiros de Leixões. Para recordar o facto, valho-me da notícia na revista “Visão”, uma das melhores publicações do género no país. Contudo, apesar da indiscutível qualidade, há que estar atento e sempre que possível investigar “in loco” as circunstâncias do acidente, em vez de fabricar informação, sentado na mesa de trabalho.
Por esse motivo, julgo poder afirmar que da notícia retiro duas verdades; o incêndio propriamente dito numa conduta de nafta e a apresentação do respectivo inquérito pela Petrogal.
Também é verdade que se ouviram 2 violentas explosões, em resultado do rebentamento de 2 garrafas de gás, que se encontravam no bar-restaurante do Clube Naval de Leça, colaborando na sua parcial destruição. Quanto a feridos tivemos conhecimento de um único caso a merecer tratamento hospitalar; tratou-se de um jovem bombeiro praticante, nitidamente mal preparado para atender a um incêndio, com o nível de especificidade do ocorrido.
Logo e mais uma vez foi posto em causa a localização da refinaria, que estaria no local certo se a Petrogal tivesse comprado os terrenos envolventes. Ou se a autarquia de Matosinhos, agindo criteriosamente, não tivesse permitido a construção de habitações, sabendo que estas poderiam ficar sobre um barril de pólvora.
Quanto às obras nas condutas de ligação do terminal à refinaria, obrigaram a trabalho dentro e fora do terminal, onde em minha opinião terá começado o incêndio (ouso acreditar ter sido a acender um cigarro!). Após a conclusão, tiveram início as obras a cargo do município, verificando-se uma melhoria considerável na marginal de Leça da Palmeira. Actualmente é bem mais agradável poder desfrutar o ambiente, convidativo a efectuar aprazíveis caminhadas à beira-mar.

A marginal de Leça depois da recuperação ambiental

3 comentários:

Luís Bonifácio disse...

Pode ser que em caso de Matosinhos andar às arrecuas e eleger novamente o "Recuado", ele reivindique a demolição da Sacor (Paga por alguém que não a câmara).

Rui Amaro disse...

È uma má conduta das Autarquias autorizarem a construção de edificações residenciais onde eventualmente o perigo espreita, e depois mesmo que haja um pequeno acidente, há que pôr as mãos á cabeça e mandar embora a industria sinistrada e as centenas de trabalhadores para o desemprego, além de afectar a economoa local, mas já não há cura (há o ditado "Depois de casa roubada trancas à porta!"). Eu de por mim nem de borla queria morar naquela zona, já bastou gramar o terror chamado JAKOB MAERSK, que nem na Ribeira do Porto se estava descansado com o odor à nafta queimada a subir o rio Douro.
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro - Foz do Douro

JOSÉ MODESTO disse...

Meus caros Amigos.
Convém não esqueçermos o seguinte:
A Sacor quando foi construida não existia nada á volta, sómente a pequena povoação do qual eu era um habitante de nome: PEDRAS NOVAIS.

Parece-me importante salientar o facto de que as responsabilidades são sempre de quem as toma, neste caso todos os Presidentes que passaram por Matosinhos.

As autarquias não devem autorizar qualquer tipo de construção junto de empresas susceptiveis de causarem desastres ambientais como os que de vez em quando acontecem na Petrogal.

Saudações Marítimas
José Modesto