“ Andrea Doria “
(Almirante Italiano nascido em Génova)
16.06.1951 – 26.07.1956
Comp. Italia di Navegazione Spa., Génova
(Almirante Italiano nascido em Génova)
16.06.1951 – 26.07.1956
Comp. Italia di Navegazione Spa., Génova
Publicidade editada nos Estados Unidos
Como normalmente acontece, só grandes acidentes fazem grandes notícias. No caso deste navio, apesar da concepção luxuosa e rara imponência teria sido esquecido, a partir do momento da venda para a inevitável demolição. Assim aconteceu com o seu irmão gémeo, o “Cristoforo Colombo”, notável representante Italiano, no serviço que ligou Trieste a Nova Iorque, durante os últimos anos ao serviço da emigração. Aproveito pois a oportunidade para recordar o “Andrea Doria”, na passagem do 53º aniversário do seu afundamento, ocorrido a 26 de Julho de 1956, por motivo de colisão com o navio Sueco “Stockholm”, da Swedish América Line, ocorrido na véspera, sem que a culpa do acidente fosse atribuída a qualquer dos navios, considerando que ambos os armadores desistiram do processo legal, por mútuo acordo.
O "Andrea Doria" numa escala em Lisboa
Imagem (c) da Agência Fotográfica - minha colecção
Imagem (c) da Agência Fotográfica - minha colecção
A viagem inaugural teve início em Génova, a 14 de Maio de 1953, dispondo de acomodações para 218 passageiros em 1ª, 320 em 2ª e 703 em classe túristica, com uma equipagem que rondava os 580 tripulantes. A exemplo de outros grandes navios da companhia, a construção ficou a cargo do estaleiro Cantiere Ansaldo, de Sestri Ponente (subúrbio de Génova), tendo ficado terminado a 16 de Junho de 1951. O estaleiro procedeu à entrega do navio ao armador a 9 de Dezembro de 1952, ficando desde então a receber o mobiliário, a ultimar a decoração de interiores e finalizar os respectivos acabamentos.
O navio tinha de arqueação bruta 29.083 toneladas, líquida 15.788 toneladas e o porte consistia em 9.567 toneladas. O comprimento total (fora a fora) era de 213,50 metros e de largura (boca) 27,50 metros. Apesar de equipado com dois motores (turbinas a vapor), assegurando uma velocidade de 23 milhas por hora, nunca teve hipóteses de competir com os dois colossos da época em velocidade, o “Queen Elizabeth”, da Cunard Lines, de Londres e o “United States”, da United States Lines. Mas seguramente ganhava-lhes em fausto e opulência.
Uma hora antes da meia-noite de 26 de Julho, o “Stockholm” a navegar para leste colidia com o “Andrea Doria” a navegar para oeste, na posição 40º29’30”N 69º50’36”W, a cerca de 25 milhas de Nantucket (Massachusetts). Ambos os navios seguiam velozmente, o Italiano com nevoeiro e o Sueco com boa visibilidade, até pouco antes do local do impacto. Um enorme buraco logo provocou o adorno do “Andrea Doria” por estibordo, anulando a possibilidade de fazer descer as lanchas salva-vidas por bombordo. O “Stockholm” afasta-se do local e imobiliza com ambas as ancoras fundeadas, largadas fortuitamente por força da violência do embate, com a proa destruída. Felizmente os pedidos de socorro foram logo atendidos, respondendo sem demora ao apelo dois navios, um dos quais o paquete “Ile de France”, da Comp. Generale Transatlantique, colocando no mar todas as baleeiras disponíveis a bordo e recuperando larga quantidade de náufragos. Mesmo assim terão perecido no acidente 52 passageiros e tripulantes, entre as 1706 pessoas que se encontravam no navio.
Ao fim de 23 horas após a colisão, o “Andrea Doria” ao submergir entrava na história das grandes navegações. Mais do que a notícia que correu mundo, foi apenas outra vitima do Atlântico.
Fonte : Commander C.R. Vernon Gibbs (R.N.)
Western Ocean Passanger Lines and Liners 1934-1969
O navio tinha de arqueação bruta 29.083 toneladas, líquida 15.788 toneladas e o porte consistia em 9.567 toneladas. O comprimento total (fora a fora) era de 213,50 metros e de largura (boca) 27,50 metros. Apesar de equipado com dois motores (turbinas a vapor), assegurando uma velocidade de 23 milhas por hora, nunca teve hipóteses de competir com os dois colossos da época em velocidade, o “Queen Elizabeth”, da Cunard Lines, de Londres e o “United States”, da United States Lines. Mas seguramente ganhava-lhes em fausto e opulência.
Uma hora antes da meia-noite de 26 de Julho, o “Stockholm” a navegar para leste colidia com o “Andrea Doria” a navegar para oeste, na posição 40º29’30”N 69º50’36”W, a cerca de 25 milhas de Nantucket (Massachusetts). Ambos os navios seguiam velozmente, o Italiano com nevoeiro e o Sueco com boa visibilidade, até pouco antes do local do impacto. Um enorme buraco logo provocou o adorno do “Andrea Doria” por estibordo, anulando a possibilidade de fazer descer as lanchas salva-vidas por bombordo. O “Stockholm” afasta-se do local e imobiliza com ambas as ancoras fundeadas, largadas fortuitamente por força da violência do embate, com a proa destruída. Felizmente os pedidos de socorro foram logo atendidos, respondendo sem demora ao apelo dois navios, um dos quais o paquete “Ile de France”, da Comp. Generale Transatlantique, colocando no mar todas as baleeiras disponíveis a bordo e recuperando larga quantidade de náufragos. Mesmo assim terão perecido no acidente 52 passageiros e tripulantes, entre as 1706 pessoas que se encontravam no navio.
Ao fim de 23 horas após a colisão, o “Andrea Doria” ao submergir entrava na história das grandes navegações. Mais do que a notícia que correu mundo, foi apenas outra vitima do Atlântico.
Fonte : Commander C.R. Vernon Gibbs (R.N.)
Western Ocean Passanger Lines and Liners 1934-1969
2 comentários:
Excelente imagem do desventurado ANDREA DORIA, com o rebocador D.LUIS da CNN a auxiliar a manobra e passados tantos anos cá nos veio parar o seu "carrasco" STOCKHOLM,o agora modernizado ATHENA, felizmente arvorando pavilhão português. Ainda Bem!
Saudações maritimo-entusiaticas
Rui Amaro
amigo me dis trieste e nome de navio ou lugar
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