terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Frotas mercantes no Mundo - 35 anos na vida da Holland America Line


Holland America Line
1934 a 1969

Introdução




A Holanda foi a primeira nação a constatar que Nova Iorque seria a grande porta de entrada na América do Norte e já em 1629 estavam instalados na foz do rio Hudson, colocados estratégicamente a serviço da grande metrópole, por eles identificada como Nieuw Amsterdam, a Nova Amesterdão. Teria parecido estranho não usufruir do trabalho já planeado, para fundar uma das principais companhias de navegação a ligar ambos os continentes. Assim nasce a Holland America Line, que não é senão a apresentação internacional da empresa Nederlandsch- Amerikaansche Stoomvaart Maatschappij, com sede em Roterdão, apesar de ao longo dos anos não se ter revelado tarefa fácil. Uma das dificuldades foi a ausência de apoio governamental, mas pior foi o facto originado pelas péssimas condições de acessibilidade para ligar Roterdão ao mar, inalteradas durante muito tempo. O início da linha para Nova Iorque foi conseguido a partir de 1872, através de 2 navios pequenos utilizados no transporte de emigrantes. Só a partir dessa data com a abertura do canal navegável, com ligação ao Mar do Norte, começa a ganhar significado. E a confirmá-lo, a decisão da Direcção da Companhia ao baptizar o 3º navio de "W.A. Scholten", que é o nome do Engenheiro responsável pelas obras ali realizadas. Contudo a abertura inicial do canal não permitia ainda a navegação de navios de maior porte, pelo que a opção foi trabalhar a partir de Amesterdão, durante os anos seguintes. Depois veio a tentativa de asfixiamento da empresa por parte da rival Red Star Line, de Antuérpia, levando a que os navios só muito mais tarde escalassem portos franceses e ingleses. Os anos vinte mostram-se favoráveis. A Red Star Line entra em declínio, perdendo 51 por cento do seu capital para os americanos da Mercantile Marine Company, que a Holland America recupera anos depois. Nova melhoria de condições chega com a autorização que permitia aos armadores holandeses contruírem os seus navios localmente, terminando com a obrigação de construir nos estaleiros Harland & Wolff de Belfast, como sempre acontecia.
Face à regularidade semanal de saídas dos navios de Roterdão, com escalas nos portos de Bolonha e Plymouth, entretanto substituído por Southampton depois de 1923, dois navios de grande porte, bem apetrechados, alternando com dois navios menores, granjearam grande popularidade à Companhia. No final dos anos trinta já operam para Nova Iorque dois paquetes equipados com motores diesel, aumentando a frota com outros dois navios da Red Star Line, para o mesmo destino mas desde Antuérpia, sendo mantidos a navegar com os nomes de origem.
A quase totalidade da frota durante os anos da guerra prestou inestimáveis serviços, quer no transporte de tropas, quer no deslocamento de refugiados para portos na América do Norte e da América do Sul. O assalto das tropas Alemãs a Roterdão em Maio de 1940, lamentávelmente levaram à destruição do "Statendam", que fora o orgulho da empresa na década anterior.
Todas as carreiras são repostas a partir de meados de 1946. Começam as escalas no Havre e nos Estados Unidos é alargado o destino até Filadélfia, em viagens com preços acessíveis através da larga disponibilidade de espaços nas classes turísticas. O notável "Rotterdam" de 1959 vem colmatar o amargor deixado em aberto com a destruição do "Statendam". Começam as escalas nos portos irlandeses de Cobh e Galway e é alargado o trafégo com o Canadá, desde 1960, com viagens regulares para o Quebec e Montreal. Segue-se a aquisição da Europe- Canadá Line e é aumentada a oferta ao mercado Alemão, com saídas desde Bremerhaven.
Actualmente a Holland America Line é lembrada através dos navios que se vão encontrando um pouco por todo o mundo, ligados à Holland America Cruises e que espelham a firme vontade de continuar na defesa dos interesses Europeus, permanecendo a trabalhar nos caminhos do mar.

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