O patacho “ Mediterrâneo “
1912 - 1917
Armador: José Soares da Costa, Porto
Desenho de navio armado em patacho,
sem correspondência ao texto
sem correspondência ao texto
Nº Oficial: A-152 - Iic: H.D.J.R. - Porto de registo: Porto
Construtor: Não identificado, Montrose, Inglaterra, 1896
ex “Standard”, Armador não identificado, Aberdeen, 1896-1910
ex “Soares da Costa“, José Soares da Costa, Porto, 1910-1912
Arqueação: Tab 189,50 tons - Tal 149,88 tons
Dimensões: Pp 35,00 mts - Boca 7,19 mts - Pontal 3,50 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 8 tripulantes
Capitães embarcados: Francisco da Rocha (1912 a 1913) e Manuel dos Santos Saltão (1914 a 1917)
O patacho encalhou em Caceia, ou Cacela (Vila Nova), Algarve, em 23.12.1917, quando em viagem do Porto para Mazagão. Não foi encontrada qualquer notícia, nos jornais consultados, com o respectivo relato do sinistro em causa.
O patacho encalhou em Caceia, ou Cacela (Vila Nova), Algarve, em 23.12.1917, quando em viagem do Porto para Mazagão. Não foi encontrada qualquer notícia, nos jornais consultados, com o respectivo relato do sinistro em causa.
Aos armadores e construtores de navios
Venda do casco do patacho “Mediterrâneo”, no dia 15 do corrente (Janeiro de 1918), ao meio dia, na praia denominada Manta Rota, Cacela, próximo a Vila Real de Santo António. Vai ter lugar a venda particular do casco do patacho “Mediterrâneo”, ali naufragado. O referido casco é forrado de cobre e tem muitas cavilhas de cobre e magnificas ferragens.
A praia onde está encalhado, dista da estação de Cacela pouco mais de 1 quilometro, é de areia e o navio, na baixa-mar, fica todo em seco, de modo que é possível salvar-se tudo e conduzir-se, quer por mar quer por terra para Vila Real, Tavira ou Lisboa. Pode ser aproveitada, pois, tão boa ocasião.
Havendo concorrência suficiente, no mesmo dia, hora e local, se venderão os salvados, que constam de velas do navio, vergas, cabos, ferros, correntes e outras miudezas, cuja relação segue abaixo.
A praia onde está encalhado, dista da estação de Cacela pouco mais de 1 quilometro, é de areia e o navio, na baixa-mar, fica todo em seco, de modo que é possível salvar-se tudo e conduzir-se, quer por mar quer por terra para Vila Real, Tavira ou Lisboa. Pode ser aproveitada, pois, tão boa ocasião.
Havendo concorrência suficiente, no mesmo dia, hora e local, se venderão os salvados, que constam de velas do navio, vergas, cabos, ferros, correntes e outras miudezas, cuja relação segue abaixo.
Salvados do patacho “Mediterrâneo”,
naufragado na costa de Cacela, Algarve:
naufragado na costa de Cacela, Algarve:
Todas as velas do navio, algumas novas e as restantes em estado de quase novas, 1 espia nova, 2 espias velhas, 2 escotas do traquete novas, 1 ostaga do joanete nova, 1 talha de ferros, 2 talhas do vergueiro, 1 peça de cabo de linho, colhedor, ½ fieira de colhedor mais fino, 1 bocado de cabo novo, 1 ostaga do velacho, escada de cabo nova, 1 talha nova.
Todos os cabos de manilha do navio em meio uso, 3 faróis de borda, 2 globos de socorro vermelhos, 3 caixas de petróleo, 1 sino, 2 pipas, 3 quartolas, 4 barris de água e vinho (vazios), pedaço de vela, 6 vassouras novas, 3 madeixas de fio de vela, 9 escovas novas, 38 moitões grandes e pequenos, 19 cadernais, 2 guardinis de pau de carga, 12 manilhas de corrente de polegada, 2 ferros grandes, 2 ancoretes, 2 cadernais de ferro, 2 moitões de ferro, 3 guias de ferro, 1 macho de gatas, 12 arcos de pano de proa, 3 rodas de poleame novas, 700 gramas de arame, todas as vergas, retrancas e mastaréus do navio, etc., 1 pau de carga, 1 arpão, ferramentas, 1 baleeira, 1 bote, 10 remos de pinho, código de sinais, panelas, pratos, bandejas e mais louças, 2 rosas de vento, 5 cartas, 1 linha de barca, 1 hélice, 1 barómetro-orómetro, 1 cronómetro, mariato grande e bandeira nacional, relógio, 1 candeeiro de metal, 1 candeeiro, 2 binóculos, correntes finas, amantilhos e cabos de arame de aço do aparelho do navio.
Enfim quase o aparelho completo para o navio, faltando-lhe os mastros reais, que são de Riga e que se venderão com o casco ou em separado, conforme for combinado no acto de venda.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 13 de Janeiro de 1918)
Todos os cabos de manilha do navio em meio uso, 3 faróis de borda, 2 globos de socorro vermelhos, 3 caixas de petróleo, 1 sino, 2 pipas, 3 quartolas, 4 barris de água e vinho (vazios), pedaço de vela, 6 vassouras novas, 3 madeixas de fio de vela, 9 escovas novas, 38 moitões grandes e pequenos, 19 cadernais, 2 guardinis de pau de carga, 12 manilhas de corrente de polegada, 2 ferros grandes, 2 ancoretes, 2 cadernais de ferro, 2 moitões de ferro, 3 guias de ferro, 1 macho de gatas, 12 arcos de pano de proa, 3 rodas de poleame novas, 700 gramas de arame, todas as vergas, retrancas e mastaréus do navio, etc., 1 pau de carga, 1 arpão, ferramentas, 1 baleeira, 1 bote, 10 remos de pinho, código de sinais, panelas, pratos, bandejas e mais louças, 2 rosas de vento, 5 cartas, 1 linha de barca, 1 hélice, 1 barómetro-orómetro, 1 cronómetro, mariato grande e bandeira nacional, relógio, 1 candeeiro de metal, 1 candeeiro, 2 binóculos, correntes finas, amantilhos e cabos de arame de aço do aparelho do navio.
Enfim quase o aparelho completo para o navio, faltando-lhe os mastros reais, que são de Riga e que se venderão com o casco ou em separado, conforme for combinado no acto de venda.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 13 de Janeiro de 1918)
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