sábado, 26 de janeiro de 2008

Os navios tanques nacionais durante a II Grande Guerra Mundial


Os navios tanques

A II Grande Guerra Mundial independentemente da participação de países da América do Norte, da América do Sul e do Japão, foi um conflito entre europeus, cuja extensão alargada à África privilegiou a continuação da presença e do domínio pelos países colonizadores. A permeio desse conjunto de interesses, o nosso país que por sistema depende de economias mais fortes, manteve uma neutralidade ambígua, participando nos jogos de guerra superficialmente.
Com o país isento de meios para assegurar a estabilidade social, deixou mais uma vez em claro as nossas fragilidades marítimas, conservando-se este sector, como habitualmente muito abaixo das necessidades para acorrer a todo o tipo de fornecimentos, de bens essenciais de consumo.
Daí que também os transportes por falta de carburantes, se vissem obrigados a recorrer às senhas de racionamento, face às exíguas quantidades de combustível postos à disposição do mercado. Como foram seguramente tempos difíceis, julgamos ser importante e relevante lembrar os navios, que conseguiram heroicamente furar os bloqueios durante os anos da guerra, possibilitando o continuar da laboração fabril, andar a pescar no mar e ter camiões nas estradas.

O " Shell 15 "
Porto de registo: Lisboa


O "Shell 15" no Douro - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro

Armador : Companhia Shell Portuguesa - em serviço 1924-?
Ctdo. no estaleiro Haarlemsche, em Haarlem, Holanda, 1924
Nº Of.: 464-E > Iic.: CSIF > Equipagem : 10 tripulantes
Tonelagens: Tab 216,46 to > Tal 119,89 to > Pm 489 to
Cpmts.: Ff 38,09 > Pp 36,27 mt > Bc 7,01 mt > Ptl 2,83 mt
Máquina: D. Hoedkoop, Jr., Ans, Haarlem, 1924
2:Di > 2 x 80 Bhp > 175 Rpm > Velocidade 9 m/h
Desconhecemos qual o destino dado a este navio


O "Shell 15" - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro
possívelmente varado algures no Tejo, para limpeza do casco


O " Penteola "
Porto de Registo: Lisboa


O "Penteola" - detalhe de postal ilustrado na Figueira da Foz

Armador : Companhia Shell Portuguesa - em serviço 1936-1951
Ctdo. por van der Giessen, Krimpen a/d Ijssel, Holanda, 03.1936
Nº Of.: G-375 > Iic.: CSCF > Equipagem : 16 tripulantes
Tonelagens: Tab 544,52 to > Tal 259,45 to > Pm 850 to
Cpmts.: Ff 53,03 > Pp 51,05 mt > Bc 8,58 mt > Ptl 3,58 mt
Máquina: D. Hoedkoop, Jr., Ans, Haarlem, 1924
1:Di > 300 Bhp > 225 Rpm > Velocidade 10 m/h
Vendido em 1951. Alterou o nome para "Faero Shell"
Histórico
Vendido em 1956. Alterou o nome para "Peter"
Vendido em 1957. Alterou o nome para "Ela"
Vendido em 1964. Alterou o nome para "Carlotta"
Vendido em 1967. Alterou o nome para "Agia Lavra"
Vendido em 1968. Alterou o nome para "Rodos"
Vendido para demolição em Perama, em 1970.


O "Penteola" - foto de autor desconhecido - Colecção R/amaro


O NRP " Sam Braz " (A-523)


O "Sam Braz" em Lisboa - imagem de Roiz, Lda., Lisboa

Armador : Marinha de Guerra - em serviço 1942-1976
Construído no Arsenal do Alfeite, em 1942
Nº Of.: A-523 > Equipagem : 41 tripulantes
Deslocamento: 7.375 to
Comprimentos : Pp 107,75 mt > Bc 15,15 mt > Ptl 5,01 mt
Máquina: 1:Di > 2.820 Bhp > 300 Rpm > Veloc. 13 m/h
Alterou o nome para "São Brás" em 1967.
Abatido ao activo da Armada, foi demolido em 1976.


O "São Brás" a navegar - imagem de autor desconhecido

1 comentário:

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Este postal a cores do NRP SAM BRAZ foi editado pelos fotógrafos Perestrelos, do Funchal, Madeira com base numa fotografia deles tirada quando o navio escalou o Funchal a caminho de Moçambique após reconstrução. Na mesma série há um bonito postal da fragata PERO ESCOBAR