domingo, 3 de outubro de 2021

Novos petroleiros: O “Claudia” e o “Bornes”


Novo navio-tanque “Claudia”
Procedente de Marselha, chegou ao Tejo o petroleiro “Claudia”, nova unidade adquirida pela Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, destinada ao serviço de baldeação de combustíveis nos nossos portos. O “Claudia” de 1.015 toneladas, foi adquirino na República das Honduras, tendo sido construído nos Estados Unidos, em 1944. Vai ficar a operar fretado pela Sacor.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 21 de Setembro de 1951
O navio "Claudia", carregado, a entrar em Leixões

Características do navio-tanque “Claudia”
Armador: Soc. Portuguesa de Navios Tanques, Lisboa
Nº Oficial: H-404 - Iic: C.S.P.O. - Registo: Lisboa, 24.10.1951
Construtor: Odenbach Shipbuilding Co., Greece, N. York
Arqueação: Tab 638,13 tons - Tal 328,30 tons
Dimensões: Ff 56,08 mts - Pp 54,68 mts - Bc 9,17 mts - Ptl 3,64 mts
Propulsão: Clark Co., 1944 - 2:Di - 8:Ci - 700 Bhp
Equipagem: 17 tripulantes

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Novo petroleiro “Bornes”
Dentro de dias será entregue à Soponata o petroleiro “Bornes”, nova unidade daquela empresa construída na Bélgica, para onde seguiu ontem o sr. engº. Aulânio Lobo, que vai assistir às provas de mar do novo navio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 25 de Outubro de 1951

Novo navio “Bornes”
Começaram na Bélgica as experiências do navio-tanque “Bornes”, de 16.500 toneladas, nova unidade da Soponata. As experiências terminam no dia 27 deste mês, data em que o navio será entregue ao sr. engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela empresa, que nele regressará a Lisboa, onde está previsto chegar no dia 29.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 26 de Outubro de 1951
O petroleiro "Bornes", em Leixões

Características do navio-tanque “Bornes”
Armador: Soc. Portuguesa de Navios Tanques, Lisboa
Nº Oficial: H-406 - Iic: C.S.M.E. - Registo: Lisboa, 26.11.1951
Construtor: John Cockerill S.A., Hoboken, Bélgica, 1951
Arqueação: Tab 11.053,92 tons - Tal 6.597,08 tons
Dimensões: Ff 163,99 mt - Pp 155,66 mt - Bc 21,10 mt - Ptl 11,55 mt
Propulsão: John Cockrill, 1950 - 1:Di - 7:Ci - 6.000 Bhp - 13,5 nós
Equipagem: 41 tripulantes

Novo petroleiro da Soponata
Na Bélgica, começaram ontem as experiências de máquinas do petroleiro “Bornes”, nova unidade da Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, que em breve chegará a Lisboa.
Assistem às experiências o sr. engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade. O “Bornes”, logo que chegar a Lisboa será visitado pelo sr. presidente da República e membros do Governo. Será essa a primeira visita do actual Chefe do Estado a um navio mercante português.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 Novembro de 1951

Navio-tanque “Bornes”
Por via aérea, seguiu para Bruxelas mais um grupo de tripulantes destinados ao novo navio-tanque “Bornes”, mandado construir naquele país pela Sociedade Portuguesa de Navios Tanques.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 10 de Novembro de 1951

Navio-tanque “Bornes”
O sr. presidente da República visitará, amanhã, pelas 16,15 horas, o navio-tanque “Bornes”, da Soponata, que vai estar atracado frente à gare marítima da Rocha do Conde de Óbidos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 18 Novembro de 1951

O petroleiro “Bornes” entrou ontem no Tejo
Procedente de Antuérpia, onde foi construído, chegou ontem ao Tejo o petroleiro “Bornes”, de 23.000 toneladas, a maior unidade da frota da Soponata, que no dia 24 partirá para o Golfo Pérsico, onde vai buscar o primeiro carregamento de combustíveis líquidos para Portugal.
O navio era aguardado pelo srs. Jaime de Pinho, do conselho-gerência daquela sociedade, e dr. Vaz Pinto, comissário do Governo, os quais apresentaram cumprimentos ao engº. Aulânio Lobo, presidente do conselho fiscal daquela sociedade, que assistiu às provas de máquinas e à cerimónia de entrega do navio. O “Bornes” sofreu violento temporal na viagem para Lisboa, não podendo, por isso, ter sido visitado ontem pelo Chefe do Estado, conforme estava previsto.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 20 Novembro de 1951

Visitas a bordo do navio
De manhã, um grupo de congressistas presentes no Congresso da Marinha Mercante a decorrer em Lisboa, foram recebidos a bordo do novo petroleiro “Bornes”, da Soponata, onde se encontravam os administradores desta sociedade, srs. engº. Aulânio Lobo, major Vitorino Branco e Jaime de Pinho, bem como o presidente e vogais da comissão executiva do congresso. Os visitantes, muitos dos quais se faziam acompanhar por suas esposas, percorreram todo o navio, que foi entregue a semana passada pelo estaleiro belga que o construiu. É, portanto, a unidade mais recente da nossa frota mercante. No final da visita, foi servido um lanche aos congressistas. O navio, embandeirado em arco encontrava-se atracado na Estação Marítima da Rocha.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 21 Novembro de 1951

O Chefe do Estado visitou ontem o novo petroleiro “Bornes”
Às primeiras horas da manhã de hoje, sai do Tejo com destino ao porto de Rastanura, no Golfo Pérsico, onde vai carregar combustíveis líquidos para o nosso País, o novo petroleiro “Bornes”, a sexta unidade da Soponata. Ontem, o sr. general Craveiro Lopes visitou o novo navio, que se encontrava atracado à Rocha do Conde de Óbidos, embandeirado em arco. Ali o receberam, entre outras individualidades, os srs. almirante Américo Tomás, ministro da Marinha; comandante Pereira da Fonseca, director-geral da Marinha; comandante Guerreiro de Brito, superintendente dos Serviços de Marinha; Cunha Gomes, chefe do Estado Maior Naval; coronel Mário Cunha, comandante geral das Polícias; comandantes Pereira Viana, da Junta Nacional da Marinha Mercante; comandante Fialho, capitão do porto de Lisboa; Correia Monteiro, director da Marinha Mercante, capitão Agostinho Lourenço, director da P.I.D.E.; dr. Câmara Pestana, director-geral das Alfândegas; Gonçalo Rosa e Barros Cacho, comandante e imediato do “Bornes”; engº. Perestrelo de Vasconcelos, administrador do Arsenal do Alfeite; Henry Querin, encarregado de negócios na Bélgica; engº. Aulânio Lobo, Pinto Basto e Jaime de Pinho, dos corpos directivos da Soponata; directores de empresas de navegação e de combustíveis, etc.
O sr. presidente da República percorreu as instalações do navio, interessando-se pelos pormenores. Depois, na messe dos oficiais, foi servido um aperitivo que deu motivo a troca de brindes e saudações.
O sr. Pinto Basto, em nome da empresa proprietária do navio, depois de agradecer a presença do Chefe do Estado e das restantes individualidades, historiou a formação da Sociedade e as vantagens que trouxe ao País, necessitado que estava de transportes desta natureza. Fez considerações quanto às dificuldades em certos portos, por falta de apetrechamento para receber petroleiros, citando em especial o de Leixões. Depois de ter elogiado o sr. almirante Américo Tomás, pelo seu programa de renovação da Marinha Mercante, fez votos pela saúde do chefe do estado e agradeceu-lhe o interesse que toma pelas realizações nacionais, votos estes que foram secundados pelo sr. ministro da Marinha.
O sr. general Craveiro Lopes, num pequeno discurso, felicitou a Soponata, agradecendo-lhe a dedicação com que está a servir o país. E a propósito de realizações afirmou:
- «Os novos não se impressionam com estas manifestações a favor da Nação. Os da minha geração sentem-nas, porque ainda têm presente comparações que felizmente desapareceram. Os problemas que eram então um sonho, são agora uma realidade, que vai aumentando pouco a pouco, e é consolador verificar o que em dez anos se tem feito quanto a serviços da Marinha Mercante. Novos problemas e insatisfações surgem, mas isso não é mais do que uma ansiedade de progresso. Cabe-me felicitar o sr. ministro da Marinha pela sua obra e pela sua acção, pela maneira como tem serviço a Nação». E a terminar:
- «Quando um dia se fizer a história, surgirá nela um homem que soube orientar bem os portugueses, e um louvor ao nosso grande povo que o soube compreender e seguir».
O sr. general Craveiro Lopes saiu depois do navio, seguido até ao cais pelas altas individualidades, que o acompanharam na visita.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 26 Novembro 1951

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