Estrou no rio Douro um moderno iate inglês
destinado a experiências rádio-eléctricas
destinado a experiências rádio-eléctricas
Vindo dos portos de Pasajes (San Sebastian), Bilbao, Santander, Gijon, Ferrol, Corunha e Vigo, onde realizou demonstrações com aparelhagem rádio-eléctrica que traz a bordo, chegou, ante-ontem, ao rio Douro, fundeando em frente a Massarelos, após passagem breve por Leixões, o iate “Elettra II”, da Marconi International Marine Comunications, Co., Ltd., representada no nosso País pela Rádio-Marítima Portuguesa, Lda.
Verdadeiro laboratório flutuante, o moderno barco, foi visitado, ontem, de manhã, pelos representantes da imprensa, e outros convidados. Além do respectivo comandante, capitão Robothan, e engenheiro Cathie, estiveram a bordo a receber os visitantes, os srs. José Ferreira de Sousa e Orlando Simões, representantes da citada firma, e os srs. D. Luís de Lencastre e António de Castro e Sousa, da agência Kendal, Pinto Basto & Cª., Lda., à qual o “Elettra II” vem consignado.
Tal como aconteceu nos portos espanhois acima referidos, foram feitas demonstrações com a aparelhagem de bordo, toda destinada a facilitar e a dar condições de segurança à navegação marítima. Assim, os visitantes tomaram contacto com novos e aperfeiçoados modelos de radar, radiogoniómetros, receptores e emissores de fonia e grafia, sondas para a pesca, gravadores de som, amplificadores de voz, etc.
No final e na câmara de comando, foi servido um «whisky de honra», tendo o sr. José Ferreira de Sousa saudado todos os presentes, agradecendo a visita a bordo e o interesse demonstrado. O “Elettra II” vai permanecer do rio Douro por breves dias, seguindo depois para Lisboa, onde vai igualmente proporcionar as mesmas demonstrações.
Fonte: Jornal "Comércio do Porto", sábado, 18 de Abril de 1953
O iate "Elettra II" em Leixões
O iate “Elettra II”, tal como o seu antecessor, o “Elettra I”, pertenceram a Guglielmo Marconi, tendo ambos sido utilizados para divulgar os trabalhos de desenvolvimento tecnológico para utilização marítima. Tinha 20 metros de comprimento, e uma modesta construção, em resultado da conversão feita em 1950, a partir do casco dum navio torpedeiro, previamente construído no estaleiro de J. Samuel White, na ilha de White, em Inglaterra. Apesar das muitas visitas feitas a portos de larga quantidade de países, provou ser pequeno para acomodar todo o equipamento a bordo para os fins em vista e o número de pessoas que podia receber, pelo que poucos anos depois foi vendido para sucata. Em sua substituição foi construído o “Elettra III”, em 1962.
Verdadeiro laboratório flutuante, o moderno barco, foi visitado, ontem, de manhã, pelos representantes da imprensa, e outros convidados. Além do respectivo comandante, capitão Robothan, e engenheiro Cathie, estiveram a bordo a receber os visitantes, os srs. José Ferreira de Sousa e Orlando Simões, representantes da citada firma, e os srs. D. Luís de Lencastre e António de Castro e Sousa, da agência Kendal, Pinto Basto & Cª., Lda., à qual o “Elettra II” vem consignado.
Tal como aconteceu nos portos espanhois acima referidos, foram feitas demonstrações com a aparelhagem de bordo, toda destinada a facilitar e a dar condições de segurança à navegação marítima. Assim, os visitantes tomaram contacto com novos e aperfeiçoados modelos de radar, radiogoniómetros, receptores e emissores de fonia e grafia, sondas para a pesca, gravadores de som, amplificadores de voz, etc.
No final e na câmara de comando, foi servido um «whisky de honra», tendo o sr. José Ferreira de Sousa saudado todos os presentes, agradecendo a visita a bordo e o interesse demonstrado. O “Elettra II” vai permanecer do rio Douro por breves dias, seguindo depois para Lisboa, onde vai igualmente proporcionar as mesmas demonstrações.
Fonte: Jornal "Comércio do Porto", sábado, 18 de Abril de 1953
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